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Dispepsia: Causas e Tratamento Nutricional

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Estômago
Professora: Rafaella de Andrade
Dispepsia: 
“Dificuldade de digestão” - "indigestão" 
Caracteriza-se por desconforto ou dor abdominal superior
inespecífica persistente e/ou sensação precoce de
saciedade durante a alimentação
Pode estar relacionado a causas orgânicas:
 DRGE, gastrites, úlceras pépticas, doenças da vesícula e
outras patologias
Sintomas: desconforto abdominal difuso, distensão,
saciedade precoce, náuseas e eructações
Tratamento médico nutricional:
 Evitar excesso de alimentos ou elevada ingestão de
gorduras, açúcares, cafeína, condimentos ou álcool
 Alimentar-se lentamente, mastigar bem os
alimentos, não comer ou beber em excesso
 Tratamento comportamental e suporte emocional
Gastrite e úlcera péptica: 
 Podem resultar de rupturas da integridade da
mucosa do estômago devido a anormalidades
infecciosas, químicas e neurais
 A causa mais comum é a infecção por Helicobacter
pylori  destruição da barreira protetora que reveste
a mucosa do estômago, permitindo que o ácido
gástrico agrida a própria mucosa gástrica (10% em
países desenvolvidos e 80 a 90% nos em
desenvolvimento)
Caso clínico
Paciente T.R.S, 30 anos, sexo feminino, dentista,
casada e natural de Olinda. Refere que há 6 meses
sente dor epigástrica, mal estar e náuseas. Relata
anorexia há 2 meses. Realizou endoscopia e foi
diagnosticada uma gastrite crônica com presença de H.
Pylori. O gastroenterologista encaminhou a paciente
para atendimento nutricional.
Caso clínico
Na consulta, a paciente refere ser sedentária e
ingerir refrigerantes e café diariamente em grande
quantidade (todas as refeições). Almoça sempre em
restaurantes e tem preferência por alimentos
condimentados e empanados (gordurosos). Nos finais
de semana ingere bebidas alcoólicas em grande
quantidade (10 - 12 taças de vinho por dia).
Caso clínico
Dados antropométricos:
Altura: 1,63m
Peso: 72 Kg
IMC: ____
1) Analise os dados antropométricos.
2) Quais os objetivos do tratamento nutricional?
3) Quais recomendações devem ser feitas no
tratamento nutricional?
Gastrite:
Inflamação da mucosa gástrica
Aguda: rápido início da inflamação e dos sintomas
Crônica: meses a décadas com redução e exacerbação dos
sintomas
Atrofia da mucosa gástrica  perda das células parietais
do estômago  perda da secreção de ácido clorídrico e
fator intrínseco = ANEMIA FERROPRIVA E
MEGALOBLÁSTICA (deficiência de ferro e vitamina B12)
 Gastrite AGUDA: medicamentos (aspirina, AAS, anti-
inflamatórios não esteroides, corticóides), estresse
físico ou psíquico, bebidas alcoólicas e a ingestão
acidental ou proposital de substâncias corrosivas
 Gastrite CRÔNICA: Infecção por H. pylori é
responsável pela maioria dos casos de inflamação
CRÔNICA da mucosa gástrica, úlceras pépticas e
gastrite atrófica (inflamação crônica com deterioração
da membrana mucosa e das glândulas, resultando em
acloridria e perda do fator intrínseco) e câncer gástrico
 A infecção não se resolve espontaneamente e os
riscos de complicações aumentam com a duração da
infecção
O uso crônico de aspirina ou outros anti
inflamatórios não esteroides, bebidas alcoólicas,
substâncias erosivas, tabaco  pode aumentar a chance
da gastrite aguda evoluir para crônica
Sintomas:
Náuseas, vômitos, mal estar, anorexia, hemorragia e dor
epigástrica
Úlcera:
Apresenta erosão através da camada muscular da
mucosa para dentro da submucosa ou muscular própria
A mucosa gástrica e duodenal é protegida das
ações digestivas de ácido e pepsina pela secreção de
muco, produção de bicarbonato, remoção do excesso de
ácido pelo fluxo sanguíneo normal e pela renovação e
reparo rápidos das lesões de células epiteliais
A úlcera péptica se refere à lesão que ocorre em
decorrência da falha dos mecanismos normais de defesa
Causas:
 H. Pylori
 Gastrite crônica
 Aspirina e outros AINE
 Doença grave (úlcera de estresse)
 Estresse
O uso excessivo de formas concentradas de
etanol pode danificar a mucosa gástrica, agravar os
sintomas de úlceras e interferir na cicatrização
Doses moderadas de bebida alcoólica em
indivíduos saudáveis não parecem causar úlcera
O consumo de cerveja e vinho aumenta as
secreções gástricas, enquanto as baixas concentrações
de álcool não o fazem
O uso de nicotina diminui a secreção de
bicarbonato, diminui o fluxo sanguíneo da mucosa e
exacerba a inflamação
Sintomas:
 Dor ou desconforto abdominal
 Anorexia
 Perda de peso
 Náuseas
 Vômitos
 Azia
Complicações:
 Hemorragia
 Perfuração
Úlceras gástricas x duodenais:
Gástricas: 
 Podem ocorrer em qualquer parte do estômago, mas a
maioria ocorre ao longo da curvatura menor
 Geralmente estão associadas à gastrite generalizada,
envolvimento inflamatório de células parietais
(produtoras de ácido) e atrofia das células produtoras de
ácido e pepsina com o avançar da idade
Duodenais: 
 Caracterizada pelo aumento da secreção ácida, em
muitos casos da secreção noturna e diminuição da
secreção de bicarbonato
 A maioria ocorre nos primeiros centímetros do bulbo
duodenal, em uma área logo abaixo do piloro
Tratamento clínico: 
 Antibióticos: erradicação do Helicobacter pylori (???)
 Medicamento supressores da secreção ácida
(inibidores da bomba de prótons ou bloqueadores de
receptores de H2)
 Hemorragias, estenoses e perfurações  tratamento
cirúrgico
Tratamento nutricional:
 Durante várias décadas, fatores dietéticos ganharam ou
perderam importância como um componente importante
na causa e tratamento de dispepsia, gastrite e úlcera.
 Há poucas evidências de que fatores dietéticos
específicos podem causar ou exacerbar a gastrite e úlcera
péptica
 Valor energético total: suficiente para manter ou
recuperar o estado nutricional
 Distribuição calórica:
Carboidratos  50 a 60%
Proteínas  10 a 15% 
Lipídios  25 a 30% 
Atenção para deficiência de micronutrientes (Fe e B12)
 Dieta de Sippy: leite, ovos e nata batidos
 Mathewson: estudou efeito lácteo do aumento na
produção de ácido pelos aminoácidos derivados da
hidrólise das proteínas do leite
Os alimentos ricos em proteína abrandam
temporariamente as secreções gástricas, mas também
estimulam a secreção de gastrina, ácido e pepsina
O leite ou creme de leite não são considerados
terapêuticos
Na gastrite crônica, deve-se avaliar o estado do ferro
e da vitamina B12
Os estados de baixa acidez resultam em redução da
absorção de ferro, cálcio e outros nutrientes, devido ao
papel do ácido clorídrico na biodisponibilidade dessas
substâncias
O pH dos alimentos tem pouca importância
terapêutica, exceto em pacientes com lesões na boca ou
no esôfago
pH gástrico: 1,0 a 3,0
pH do suco de laranja: 3,2 a 3,6
pH dos refrigerantes: 2,8 – 3,5
Respeitar a tolerância individual do paciente 
O consumo de grandes quantidades de álcool
pode causar no mínimo uma lesão da mucosa
superficial e agravar a doença existente ou interferir no
tratamento da úlcera
Bebidas alcoólicas aumentam a secreção ácida =
potente irritante da mucosa gastrintestinal
Cervejas e vinhos aumentam significativamente
as secreções gástricas
Cafés e chás (cafeína / mateína): aumento da
produção ácida gástrica, resultando em irritação da
mucosa e pode diminuir a pressão do EEI
Refrigerantes: são relacionados ao aumento da
produção ácida e por serem gasosos provocam
distensão gástrica e podem relacionar-se à dispepsia
Pimentas malagueta, caiena e preta (capsaicina): 
irritantes da mucosa gastrointestinal
Boas práticas alimentares com nutrientes adequados,
ingestão de frutas, vegetais e fibras podem diminuir o
risco de complicações por H. pylori
Deficiências nutricionais x cicatrização de feridasDieta para doença ulcerosa péptica:
 Seguir uma dieta leve;
 Investigar se há anemia e, quando presente, corrigir;
 Verificar se há deficiência de cobalamina e, quando
presente, corrigí-la;
 Evitar grandes refeições (fracionamento);
 Evitar alimentos condimentados (pimenta);
 Evitar excesso de café;
 Evitar o álcool e fumo;
 Incluir cotas extras de proteínas e vitamina C para a
cicatrização.
Irritantes gástricos e estimulantes da secreção ácida do
estômago:
Irritantes:
 Pimenta, curry, páprica
Estimulantes da secreção ácida: 
 Café, chá, refrigerante e álcool

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