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PROCESSO CIVIL (DP)

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Processo Civil I
Processo e procedimento
1 – PROCESSO E PROCEDIMENTO Primeira parte:
Conceito Processo: O processo engloba o conjunto de atos que se alonga no tempo, estabelecendo uma relação duradoura entre os personagens da relação processual. Processo nunca é um fim em si mesmo, é o instrumento utilizado pela jurisdição para aplicar a lei ao caso concreto, desta forma o processo deve amoldar-se a relação de direito material discutida e por essa razão é que existem numerosos tipos de processo. (conhecimento execução e cautelar)
Conceito Procedimento O procedimento é a exteriorização da relação processual que representa o processo. Forma pela qual a lei determina que tais atos sejam encadeados. Procedimento significa “rito”, ou seja, sequência organizada de atos processuais. 
Já se viu que para cumprir função jurisdicional o judiciário não atua livremente. Dada a própria natureza dessa função ele se vale de uma forma de atuação, que é o processo. O processo é o meio de que se vale o Estado para cumprir a função jurisdicional. O processo é, pois, o instrumento da jurisdição, visto que é através dele que é cumprida a função jurisdicional. Constitui-se de uma série de atos dos órgãos jurisdicionais, de atos dos seus sujeitos ativo e passivo, cuja participação é necessária, tendentes ao cumprimento da função jurisdicional, que é a atuação da vontade da lei aos conflitos ocorrentes, ou seja, da realização do direito. O critério de classificação dos processos é o mesmo que se adota para a classificação das ações. Os tipos processuais correspondem às tutelas jurisdicionais a que visam. Sendo três as espécies de tutela jurisdicional, são respectivamente três os tipos de processo: processo de conhecimento, processo de execução, processo cautelar ou preventivo (art. 270 CPC).
Já o procedimento é o conjunto regulador daqueles atos concatenados, de que se constitui o processo, esteado em disposições legais e que dizem respeito à forma, à sequência, ao lugar, à oportunidade etc..., com que devem eles desenvolver-se. O procedimento é noção formal, é o meio pelo qual se instaura, desenvolve-se e termina o processo.
Os conceitos de processo e procedimento, portanto, não são idênticos. Na verdade, num mesmo procedimento podem existir e serem decididos diversos processos [1], como é o caso da reunião de processos (CPC, art. 105). Da mesma forma, pode haver dois procedimentos para uma só modalidade de processo, como o de conhecimento (CPC, arts. 271 e 272) [2].
O processo é instrumento de realização do poder. Como instrumento, tem uma forma constituída pelos atos e suas relações entre si e a força motriz revelada pela relação jurídica. Na utilização da forma com vistas a um fim, há a necessidade de um ritmo que imprima seu movimento, esse é o procedimento. Procedimento, portanto, é o ritmo disciplinado em lei, pelo qual o processo se movimenta para atingir o fim. É o lado visível do processo em sua forma.
Tomando-se a sistemática adotada pelo Código de Processo Civil, o procedimento pode ser classificado em procedimento comum e procedimentos especiais. O procedimento comum é aquele aplicado a todas as causas para as quais a lei não previu forma especial (art. 271, CPC). Já os procedimentos especiais, assim, dizem respeito àquelas hipóteses que por refugirem a regra comum, se acha previstas pelo legislador no Código de Processo Civil em seu Livro IV (art. 270, in fine) e em outras leis extravagantes. Mas, a própria lei processual (art. 272) se encarrega de subdividir o procedimento comum em ordinário e sumário. De molde que, o procedimento ordinário se aplicará a todo aquele processo, para o qual não esteja previsto algum procedimento especial ou o procedimento sumário.
A lei disciplina exaustivamente somente o procedimento ordinário. Nos procedimentos especial e sumário serão aplicadas as regras que lhe são próprias. No entanto, naquilo que essas normas não dispuserem, incidirão subsidiariamente sobre os procedimentos especial e sumário as disposições gerais do procedimento ordinário (art. 273, CPC).
Procedimentos no processo de cognição:
- Comum e especial (em matéria de procedimento, nosso CPC trata de procedimento comum e procedimentos especiais);
- Procedimentos especiais (o procedimento da Lei nº 9.099/95 é procedimento especial, podendo ser chamado sumaríssimo, em razão de suas características essenciais: oralidade, simplicidade, informidade, economia processual e celeridade);
- Procedimento comum (o procedimento comum é aquele que se aplica por exclusão, quando para a causa não houver procedimento especial previsto em lei - artigo 272, CPC.). 
O procedimento comum pode ser ordinário e sumário;
- Procedimento sumário (na verdade, o procedimento sumário acaba sendo considerado especial, pois só é aplicado a algumas causas, em razão do valor ou da matéria - artigo 275 CPC).
- Procedimento ordinário (somente o procedimento ordinário foi tratado com exaustão pelo legislador, sendo ele subsidiário aos demais procedimentos - artigo 272, § Único, CPC).
2) PROCEDIMENTO SUMÁRIO 
NOÇÕES GERAIS SOBRE O PROCEDIMENTO SUMÁRIO
A depender do tipo de demanda proposta, os atos processuais irão ser organizados conforme um determinado rito (procedimento). 
Ex.: se João ajuíza uma ação contra Maria cobrando 500 mil reais, os atos deste processo serão organizados segundo o procedimento comum ordinário. 
Ex2: se Pedro maneja uma ação de consignação em pagamento contra a empresa “B”, os atos deste processo seguirão o rito do procedimento especial previsto nos arts. 890-900 (ação de consignação em 	pagamento)
O procedimento é considerado especial quando ele é adotado para uma situação específica (ex: a lei prevê um procedimento especial para os casos de ação possessória).
 Ao contrário, o procedimento é comum quando pode ser aplicado em várias hipóteses (são inúmeras as demandas que se utilizam do procedimento comum). 
HIPÓTESES DE CABIMENTO 
O CPC traz as hipóteses nas quais terá que ser adotado o procedimento sumário (art. 275). 
O legislador utilizou dois critérios para escolher as causas que deveriam tramitar sob o rito sumário: 
I – causas de até 60 salários-mínimos; 
II – causas que tratem sobre determinados assuntos (não importando o valor). 
Art. 275. Observar-se-á o procedimento sumário: 
I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo; 
II - nas causas, qualquer que seja o valor: 
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; 
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; 
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; 
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; 
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução; 
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; 
g) que versem sobre revogação de doação; 
h) nos demais casos previstos em lei. 
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS PROCEDIMENTOS ORDINÁRIO E SUMÁRIO 
O autor, na petição inicial, indica apenas quais os meios de prova que pretenderá utilizar (testemunhal, pericial, etc.). É feito um requerimento genérico (“Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em especial a testemunhal e pericial”). Somente depois é que o autor será intimado para especificar (detalhar) as provas (arrolar testemunhas, indicar quesitos e assistente técnico etc.) (art. 331 do CPC). Não há necessidade, portanto, de indicação do rol de testemunhas na petição inicial. O réu é citado para apresentar sua resposta no prazo legal de 15 dias. 
No procedimento sumário, não basta ao autor à mera indicação do meio de prova na petição inicial, devendo já enumerar quais são as testemunhas, bem como indicar os quesitos, sob pena de preclusão probatória para o autor. Em outras palavras, o autor, na própria petiçãoinicial, terá que: 
 Arrolar as testemunhas;  Formular os quesitos para perícia e indicar assistente técnico. O réu é citado para comparecer à audiência de conciliação, a ser realizada no prazo de 30 dias, momento em que, não tendo havido conciliação, apresentará a sua defesa. O réu deverá ser citado com antecedência mínima de 10 dias. O réu, na contestação, já deverá apresentar documentos, arrolar testemunhas e indicar quesitos e assistentes técnicos. 
Não são permitidas: 
 Reconvenção (mas cabe pedido contraposto)
 Ação declaratória incidental; 
 Intervenção de terceiros (com exceção de contraposto); assistência, recurso de terceiro prejudicado e intervenção fundada em contrato de seguro). 
CONVERSÃO DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO EM SUMÁRIO 
Pode acontecer de o autor ajuizar a ação indicando como rito aplicável o ordinário (“ação ordinária”) quando, na verdade, o correto seria que ela tramitasse segundo o rito sumário, por se enquadrar em uma das hipóteses do art. 275 do CPC. Ex: Manoel ajuíza uma “ação ordinária” (ação segundo o rito ordinário) pleiteando a revogação de uma doação, situação que está prevista no art. 275, II, “g”, do CPC. O magistrado, percebendo que a demanda se amolda a uma das hipóteses do art. 275 do CPC, poderá determinar, de ofício, a conversão do procedimento ordinário em sumário? 
SIM, é possível. No entanto, quando o juízo converte o procedimento de ordinário para sumário, deverá adotar medidas para adequar o procedimento ao novo rito, oportunizando as partes a indicação das provas que pretendem produzir, inclusive com a apresentação de rol de testemunhas, sob pena de cerceamento do direito de defesa (STJ. 4ª Turma. REsp 698.598-RR, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 2/4/2013). 
“Ao determinar, porém, a conversão de causa ordinária em sumária, o juiz deverá abrir prazo ao autor para que este complete a inicial, juntando o seu rol de testemunhas, para evitar prejuízo à parte, eis que não terá, no novo procedimento, outra oportunidade para fazê-lo.” (Curso de Direito Processual Civil. V. I, 39ª ed., Rio de Janeiro: Forense, 2003, p. 308) 
Obs.: se a conversão foi determinada após o réu ter apresentado a sua contestação, o juiz terá que reabrir o prazo para a especificação das provas tanto para o autor como para o requerido, considerando que na contestação no rito ordinário também não é necessária à especificação das provas. 
INEXISTÊNCIA DE NULIDADE CASO O AUTOR OPTE PELO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO E NINGUÉM QUESTIONE ESTA ESCOLHA 
Haveria alguma nulidade? Existe nulidade se a ação deveria correr no rito sumário, mas acabou tramitando sob o procedimento ordinário? 
NÃO. É pacífica a orientação do STJ, no sentido de que “inexiste prejuízo ao réu e consequentemente nulidade processual, nos casos de adoção do rito ordinário em lugar do sumário, dada a maior amplitude de defesa conferida por aquele procedimento” (REsp 1.026.821/TO, Quarta Turma, Rel. Min. Marco Buzzi, 
Assim, se a situação se enquadrava em uma das hipóteses do art. 275 do CPC e o autor elegeu o rito ordinário, não tendo este rito sido convertido pelo juiz de ofício nem impugnado pelo réu, o procedimento seguirá sendo o ordinário até seu trânsito em julgado, sem que haja nulidade processual.
3) PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
 Fases do procedimento ordinário:
- Quatro fases (o procedimento ordinário é o mais completo e mais apto à perfeita realização do processo de conhecimento. Está estruturado em 4 fases lógicas: 
Postulatória, 
de saneamento, 
instrutória e
decisória que, na prática, acabam se 
a) Fase postulatória (vai da propositura da ação até a resposta do réu. Compreende: 
petição inicial, citação e eventual resposta do réu, pois pode ocorrer revelia. A resposta do réu pode ser: contestação, exceção ou reconvenção - artigo 297, CPC. A impugnação à contestação e à reconvenção e o pedido de declaração incidente são atividades que ainda pertencem à fase postulatória);
b) Fase saneadora (vai desde o recebimento da petição inicial até o início da instrução. 
É a fase destinada à decretação de nulidades insanáveis e promoção do suprimento daquelas que forem sanáveis. Compreende as diligências de emenda à inicial - artigo 284, CPC, providências preliminares - artigos 323 a 328, CPC, e o saneamento do processo - artigo 331, CPC. Pode o juiz reconhecer que o processo está em ordem ou extingui-lo sem julgamento do mérito);
c) Fase instrutória (destina-se à coleta de material probatório. Tem contornos não muito definidos, já que a inicial e a contestação são momentos hábeis à produção de provas - prova documental. Depois do saneamento do processo surge, todavia, oportunidade especial para a propositura de provas: realização de perícias e primeira parte da audiência de instrução - depoimentos das partes e oitivas de testemunhas. 
Se ocorrer revelia - artigo 319, CPC, se a prova documental for suficiente ou a questão for meramente de direito - artigo 330, CPC, a fase instrutória é dispensada, e ocorre julgamento antecipado da lide logo após a fase postulatória. Via de regra, todavia, quando encerra o saneamento o juiz indica as provas a serem produzidas e designa audiência de 
d) Fase decisória (é a destinada à prolatação da sentença de mérito. Acontece, via de regra, depois da instrução, dentro da própria audiência - artigo 454, CPC. Pode ser antecipada, todavia. A sentença pode ser escrita, na própria audiência, ou oral, em 10 dias - artigo 456, CPC. A sentença só passa a produzir efeitos, no entanto, quando for publicada - por ato do escrivão - ou pela simples leitura pelo juiz em audiência).
- Adequação e instrumentalidade (se o procedimento não for o adequado, o juiz mandará que seja feita sua adequação, qualquer que seja a fase em que encontre, aproveitando-se dos atos já praticados, se não houve prejuízo - artigo 250, CPC. Não é o nome da ação dado pela parte que interessa, mas a compatibilidade entre o pedido e o rito escolhido). 
Estão delineados para acolher o sempre estado de contestação para que sejam afirmados os fatos w fundamentos jurídicos 
PARTIMOS PARA O ESTUDO NA PRIMEIRA 
FASE POSTULATÓRIA.
O processo civil se desenvolve por iniciativa da parte, uma vez que a jurisdição é inerte. Ao apresentar a petição inicial, o autor fixara os limites objetivos e subjetivos da lide, indicando qual a sua pretensão e em face de quem ela é dirigida e quais os fundamentos de fato e de direito que devem motivar o acolhimento. 
O artigo 262 do CPC consagra a regra de que depois da propositura da demanda, o processo se desenvolverá por impulso oficial, cumprindo ao juiz zelar para que tenha andamento e se desenvolva até atingir o seu desfecho. 
PETIÇÃO INICIAL
A.1) Conceito: É o instrumento pelo qual o interessado invoca atividade jurisdicional, dando início ao processo. É o ato que dá inicio ao processo e define os contornos subjetivos e objetivos da lide, dos quais o juiz não poderá desbordar. É por meio da petição inicial que será possível apurar os elementos identificadores da ação: 
Partes
Pedido 
Causa de pedir
A petição inicial ainda repercutirá sobre o procedimento a ser observado que depende da material discutida ou do valor da causa. Em regra é escrita, mas excepcionalmente pode ser deduzida oralmente (JEC).
A.2) Requisitos: 
Artigos 282 (requisitos intrínsecos) e artigo 283 (eventuais documentos que devem acompanhá-la. 
Caso especial ARTIGO 285-B
O juiz ou tribunal a que é dirigida = poder judiciário composto de vários órgãos entre os quais é divida a competência e o autor deve indicar a quem sua petição é dirigida.
nome, prenome, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu. = 
Obs.: nenhuma dificuldade existirá em relação ao autor, mas é possível que o réu, no momento da propositura não esteja identificado ou seja incerto, isso não impedirá o recebimento da inicial caso o juiz verifique que não há meios para tal identificação. A citação será então feita poredital, na forma do CPC 231 
Ex: ações possessórias quando há grandes invasões de terra, em que nem sempre será possível identificar e qualificar os invasores. 
Estado civil = outorga uxória
Endereço: localização citação e intimação das partes.
causa de pedir = fatos e fundamentos jurídicos em que se embasa o pedido, esse é um dos requisitos de maior importância da petição inicial, sobretudo a descrição dos fatos, que constituindo um dos elementos da ação, vincula o julgamento (TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO). O juiz não pode afastar-se dos fatos descritos na inicial sob pena de sentença extra petita (sentença fora do pedido). 
Alem dos fatos o autor deve indicar qual o direito aplicável ao caso posto à apreciação do juiz. Não é necessária indicação dos dispositivos legal, mas das regras gerais e abstratas das quais se pretende extrair a consequência jurídica postulada pelo autor. A indicação do direito não vincula o juiz que pode se valer de regras diferentes daquelas apontadas na petição inicial.
TEORIA DA SUBSTANCIAÇÃO: o juiz encontra-se vinculado aos fatos e não há fundamentação jurídica. 
Ex: a parte narre fatos e requeira a anulação de um contrato, porque diz que aqueles fatos representaram coação. Nada obsta que o juiz julgue procedente o pedido anulatório com base em dolo erro ou outros. O juiz obedece aos fatos limita-se ao pedido mas não esta adstrito pela fundamentação jurídica. 
 pedido e suas especificações: É a pretensão que o autor leva a apreciação do juiz. É um dos três elementos da ação. Pretensão material deduzida em juízo.
Pedido imediato: provimento jurisdicional (condenatório, constitutivo e declaratório) 
Pedido mediato: bem da vida almejado.
 valor da causa = artigo 258 = a toda causa será atribuído valor certo. Tal atribuição tem grande relevância pois repercutirá sobre: competência, procedimento, cálculo de custas. 
O juiz poderá determinar a redução equitativa do valor da causa.
 Valor da causa= conteúdo econômico do que esta sendo postulado, sendo que o valor da causa não repercute sobre os limites objetivos da lide. Se o autor postula um montante e atribui à causa um valor menor o juiz na sentença não ficara limitado a este mas sim ao que foi pedido. 
Artigos 259 e 260 do CPC critérios para obtenção do valor da causa. 
CONTROLE JUDICIAL DO VALOR DA CAUSA
Artigo 261; autoriza o réu a impugnar o valor da causa, no prazo de resposta. Dá a impressão de que o juiz não pode controlar de oficio, o que pode ocorrer em duas ocasiões: 
= o autor ter desrespeitado algum dos critérios fixados em lei.
= ter atribuído o valor da causa em montante incompatível com conteúdo econômico da demanda. 
as provas =
requerimento de citação do réu = requisitos de menor importância cuja ausência deve ser tolerada, já que o pedido de citação esta implícito no ajuizamento da demanda. 
endereço do advogado do autor = 
documentos – artigo 283 Os que não foram indispensáveis podem ser juntados a qualquer tempo na forma do artigo 397 do CPC
DO PEDIDO: é a pretensão que o autor leva a apreciação do juiz. É preciso que o autor indique com clareza o pedido imediato (tipo de provimento (condenatório constitutivo e declaratório) e o mediato (bem da vida almejado). Ambos vincularam o juiz , já que servem para identificar a ação.
B.1) PEDIDO CERTO E GENÉRICO
Artigo 286 CPC
 Certo (bem da vida)
 Determinado (quantidade)
Obs.: excepcionalmente pedido genérico.
- ações universais artigo 90 e 91 do cc (coleção de obra de arte, herança)
- quando não for possível determinar as consequências do ato ou fato ilícito (indenização acidente lesão)
- quando a determinação do valor da condenação depender de ato que 
deva ser praticado pelo réu. (ex: prestação de contas)
B.2) PEDIDO IMPLICITO
Artigo 293 regra
Exceção: sumula 254 STF juros de mora, 256 (despesas) artigo 290 do CPC, correção monetária
B.3) CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
Artigo 292 do CPC
Cumulação objetiva (de vários pedidos) processo único com vários pedidos contra o mesmo réu.
PROPRIA: o autor pretende que o juiz acolha todos os pedidos
cumulação simples: é aquela em que o autor formula vários pedidos postulando que todos sejam acolhidos pelo juiz, é esta a espécie prevista no artigo 292 do CPC.
Ex: cumular pedidos de cobrança contra o mesmo réu.
 
Requisitos 292 §1 e 2
 cumulação sucessiva: é aquela em que o autor formula dois ou mais pedidos em relação ao mesmo réu buscando êxito em todos, no entanto o acolhimento de um depende dos acolhimento de outro , já que as pretensões guardam entre si RELAÇÃO DE PREJUDICIALIDADE.
EX: ação de investigação de paternidade cumulada com alimentos.
IMPRÓPRIA: o autor formula vários pedidos , mas pretende que o juiz escolha apenas um. 
 cumulação alternativa: é aquela em que o autor formula mais de um pedido, mas pede ao juiz o acolhimento de apenas um, sem manifestar preferência por este ou aquele. Seno certo eu o acolhimento de um dos pedidos exclui o de outro. UM OU OUTRO.
Ex: alternativas do consumidor no caso de produto com defeito.
cumulação eventual ou subsidiaria: assemelha-se a alternativa porque o autor formula vários pedidos com a pretensão de que o juiz acolha só um deles, mas distingue-se dela porque o autor manifesta sua preferência por um, podendo-se dizer que há o pedido principal e o subsidiário, que só será examinado se o primeiro não puder ser acolhido. Dessa forma se o juiz acolher o principal o autor não poderá recorrer mas se acolher o subsidiário sim , pois terá sucumbido, uma vez que a pretensão preferencial não foi acolhida. 
B.4) REQUISITOS PARA CUMULAÇÃO
Que os pedidos sejam compatíveis entre si
Que o mesmo juiz seja competente para todos os pedidos= como o autor pretende que o juiz acolha todas as pretensões, ou pelo menos alguma delas, o juiz tem de ser competente para todas. 
Em caso de incompetência absoluta para alguma pretensão indeferirá o pedido para o qual é incompetente, cabendo à parte postulá-la perante o juízo competente. Na hipótese de incompetência relativa se houver modificação por prorrogação , conexão, continência ou derrogação, o juiz poderá examinar todos os pedidos. 
Que seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento
Artigo 292 §2 autoriza a cumulação se conquanto os procedimentos sejam diferentes, possa ser adotado o ordinário para todos eles. 
POSTURAS DO JUIZ FRENTE À PETIÇÃO INICIAL
ADMISSIBILIDADE DA PETIÇÃO 
A primeira atuação do juiz no processo é o juízo de admissibilidade da petição inicial. 
Há três alternativas: 
- poderá estar em termos caso em que determinara o prosseguimento, (artigo 285 do CPC)
- poderá constatar omissão caso em que deverá o autor emendá-la (artigo 284 do CPC)
- poderá verificar vicio insanável caso em que proferirá sentença de indeferimento da inicial. 
- desde logo julgá-la improcedente (artigo 285 – A do CPC).
INDEFERIMENTO DA INICIAL. 
Ocorre quando não for possível a sua correção ou quando instado o autor a fazer não atende a solicitação. Indeferimento é ato judicial que sempre ocorre antes do despacho da citação.
Geralmente extinguirá o processo sem resolução. 
O indeferimento pode ocorrer por: 
Art. 295 prevê as hipóteses de indeferimento da petição inicial:
“I - quando for inepta; 
INEPCIA (artigo 295 do CPC) é a inaptidão da inicial para produzir os resultados almejados, seja por falta de pedido seja por falta de fundamentação. 
Artigo 295 § único: Considera-se inepta a petição inicial quando:
- lhe faltar pedido ou causa de pedir; 
- quando da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; 
- quando o pedido for juridicamente impossível; 
- quando contiver pedidos incompatíveis entre si. 
Faltando pedido ou causa de pedir, a petição inicial será inepta.
Narração: ou seja, o autor descreve um fato e pede algo que não tem nexo com aquiloque foi descrito. A conclusão não decorre daquela narrativa. É uma situação que também pode ser esclarecida. Antes de indeferir, portanto, o juiz deve assegurar ao autor a oportunidade de tentar esclarecer seu pedido. O esclarecimento do pedido inclusive está expressamente mencionado no caput.
Pedido juridicamente impossível: a impossibilidade jurídica do pedido, reconhecida imediatamente, acarreta inépcia da petição inicial. Um pedido que conflite com o ordenamento jurídico. exemplo é um contrato cujo objeto seja a prática de um ato ilícito. Exemplo: Poderia a pessoa exigir judicialmente a prática do ato ilícito? Claro que não, é um pedido juridicamente impossível.
IV: pedidos incompatíveis entre si. Temos a possibilidade da cumulação de pedidos, quando houver cúmulo de pedidos, eles têm que ser compatíveis entre si. Se houver incompatibilidade entre pedidos, isso acarretará inépcia de toda a petição inicial. Para indeferir um, o juiz teria que fazer uma escolha, que é de incumbência exclusiva do autor, e que diz respeito ao próprio direito de ação. É possível corrigir? Sim. A emenda da inicial, por exemplo, pode sanar esse problema. No caso concreto, o juiz analisará a viabilidade dessa correção. 
Hoje em dia, especialmente depois da alteração no art. 253 do Código, busca-se ao máximo corrigir qualquer problema sanável, como emendando a petição inicial. Antigamente toda a peça era considerada inepta e a parte tinha que ajuizar de novo, o que era mais trabalho para ela e para a justiça. 
Hipóteses como pedido juridicamente impossível, não tem como ser corrigido. Isso seria interferir na própria autonomia do autor. 
Essas são, portanto, as hipóteses de inépcia da petição inicial.
II - quando a parte for manifestamente ilegítima; 
O que é a legitimidade, ou legitimidade para a causa? É uma condição da ação. Quais são mesmo? Legitimidade ad causam, possibilidade jurídica do pedido e interesse de agir. Alguém é parte legítima se aquela causa tiver pertinência com a titularidade do direito. Fazemos uma análise se, em tese, o sujeito tem o direito, o que será visto só no julgamento de mérito. Mas para isso ele terá que ser, pelo menos em princípio, titular do direito, ou que venha a suportar as consequências materiais do pedido formulado pelo autor caso seja julgado procedente. 
Exemplo: alguém se compromete a determinada prestação e não implementou. O juiz a condena a fazer. Quem deve figurar como parte passiva? A pessoa que, segundo o contrato, está obrigada àquela prestação. Num caso de dano, é a pessoa que deu causa ao dano. 
III - quando o autor carecer de interesse processual; 
Tem que haver a real necessidade da tutela jurisdicional para proteger, resguardar ou reparar um direito que tenha sido violado ou pretensamente violado. Além disso a tutela tem que ser adequada para proteção.
Ex: alguém pede proteção por meio do poder judiciário para evitar que um dano ocorra sendo que ele já ocorreu. 
IV - quando o juiz verificar, desde logo, a decadência ou a prescrição (art. 219, § 5o);
V - quando o tipo de procedimento, escolhido pelo autor, não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação; caso em que só não será indeferida, se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal; 
Neste caso, temos uma inadequação do procedimento, que é um pressuposto processual, e o indeferimento ocorrerá quando não for possível a adaptação. Sempre que for possível a adaptação, ela será feita. A prova disso está no procedimento sumário. Se o autor ingressar com uma ação e o juiz entender que é caso de procedimento comum ordinário, ele faz a conversão do rito.
VI - quando não atendidas às prescrições dos arts. 39, parágrafo único, primeira parte, e 284.  
EMENDA (artigo 284): Verificando o juiz que a petição inicial não preenche os requisitos necessários ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito discriminará o vício e determinara se possível à correção no prazo de 10 dias. Prazo não é peremptório e pode ser prorrogado.
Emendada se o juiz entender que não foi suficiente ou satisfatória mandara reemendar, se porem, o autor não cumprir o juiz indeferira a petição e extinguirá o processo. O prazo não é preclusivo pode ser prorrogado pelo juiz. 
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR COM BASE NO 285 –A DO CPC
“Improcedência de plano”
Esforço de efetividade, economia processual, nos casos de julgamento de massa: o pedido será julgado de plano sem que o réu tenha sido citado, havendo resolução de mérito 296, I. 
Tal instituto jurídico constitui técnica de aceleração da tutela jurisdicional,considerando-se uma das mais emblemáticas modificações processuais desencadeadas nos últimos anos.
O art. 285-A confere ao juiz o poder de proferir sentença ante a mera apresentação da petição inicial, dispensando a citação, quando já houver sido proferida sentença de improcedência em outros casos idênticos. Obviamente que isto somente é possível quando a matéria controvertida for unicamente de direito. Isto porque, envolvendo questão de fato, as particularidades do caso concreto poderão importar soluções diferentes, de modo que a conclusão lançada em um processo pode não servir para o outro. Nesses casos, não há sequer espaço para pensar em agressão ao direito de defesa, mas apenas em violação ao direito de ação, aí compreendido como o direito de influir sobre o convencimento do juiz. Porém, para se evitar violação ao direito de influir, confere-se ao autor o direito de interpor recurso de apelação, mostrando as dessemelhanças entre a situação concreta e a que foi definida na sentença que julgou o caso tomado como idêntico.
REQUISITOS:
que a matéria controvertida seja exclusivamente de direito = questão de mérito exclusivamente de direito, sem discussão e necessidade de analise quanto aos fatos. Não pode envolver questão de fato.
Ex: ação para declarar a inexigibilidade de um tributo reputado inconstitucional, ou seja, a questão de mérito é a inconstitucionalidade ou não do tributo o que não envolve o exame dos fatos.
Que no mesmo juízo já tenham sido proferidas sentenças de total improcedência em casos idênticos. (reiterações de ações) não é necessário pelo mesmo juiz, mas sim na mesma vara. 
- não há inconstitucionalidade na dispensa da citação na hipótese do 285 a, pois é certo que não haverá contraditório, mas disso não resultará nenhum prejuízo ao réu, pois a sentença é de improcedência.
- o juiz fará o que determina o artigo 285 – A do CPC, se assim o desejar.
- se o autor apelar terá efeito regressivo à apelação com prazo de 5 dias para o juiz. Aqui caso não haja retratação o réu será citado não para apresentar contestação, mas para responder ao recurso, já há portando contraditório na fase recursal.

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