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REVISÃO - O RECALQUE

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FACULDADE
MULTIVIX CACHOEIRO
REVISÃO 
O RECALQUE
MULTIVIX CACHOEIRO
No artigo Die Verdrängung *, de 1915, Freud
define o recalcamento como o processo cuja essência consiste no fato de afastar determinada representação do consciente, mantendo-a à distância.
O objeto do recalcamento não é a pulsão propriamente dita, mas um de seus representantes — o representante ideativo — capaz de provocar desprazer em face das exigências da censura exercida pelo sistema pré-consciente-consciente.
* tradução= desalojar o material que o incomoda. 
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quando Freud fala em recalcamento da pulsão, devemos ter sempre em mente que ele está se referindo ao representante ideativo da pulsão, esta sim, capaz de provocar desprazer ao ser confrontada com o sistema Prec./Consc.
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1ª FASE: O RECALCAMENTO ORIGINÁRIO
É na primeira fase, a da fixação, que Freud denomina recalcamento originário. 
Já no texto sobre Schreber, Freud apontava a fixação como a “precursora e condição necessária de todo recalcamento” (op. cit., p. 90) e a descrevia como sendo o mecanismo segundo o qual a pulsão era inibida em seu desenvolvimento e permanecia fixada num estágio infantil, mantendo-se inconsciente (não no inconsciente recalcado, pois este ainda não se constituiu). 
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Antes de serem formados os sistemas Inc. e Prec./Consc., certas experiências cuja significação inexiste para o sujeito são inscritas no inconsciente e têm seu acesso à consciência vedado a partir de então. Essas inscrições vão funcionar como o “ recalcado” original que servirá de polo de atração para o recalcamento propriamente dito.
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2ª FASE: RECALCAMENTO SECUNDÁRIO
Freud descreve a segunda fase — a do recalque secundário — como sendo constituída por um processo essencialmente ativo, por oposição ao recalcamento primário, que é de natureza mais passiva.
O recalcamento secundário ou recalcamento propriamente dito, é uma pressão posterior . Além disso é errado dar ênfase apenas à repulsão que atua a partir da direção do consciente sobre o que deve ser recalcado; igualmente importante é a atração exercida por aquilo que foi primeiramente repelido sobre tudo aquilo com que ele possa estabelecer uma ligação. Provavelmente a tendência no sentido do recalcamento falharia em seu propósito, caso essas duas forças não cooperassem, caso não existisse algo previamente recalcado pronto para receber aquilo que é repelido pelo consciente.
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3ª FASE: RETORNO DO RECALCADO
1) por um enfraquecimento do contrainvestimento por parte do ego; 
2) por um esforço de pressão pulsional (como ocorre, por exemplo, durante a puberdade); 
3) se uma experiência recente, por sua estreita semelhança com o material recalcado, desperta este último (nesse caso, a experiência atual é reforçada pela energia do recalcado).

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