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Trabalho Infantil Uma triste realidade brasileira Trabalho Infantil no Brasil As crianças devem se dedicar a estudar e brincar, e não a trabalhar • O trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social. Milhares de crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou casas de família, em regime de exploração, quase escravidão, já que muitos deles não chegam a receber remuneração alguma. Hoje em dia cerca de 4,8 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil. O que é o Trabalho Infantil? • Trabalho infantil é toda forma de trabalho exercido por crianças e adolescentes, abaixo da idade mínima legal permitida para o trabalho, conforme legislação de cada país. O trabalho infantil, em geral, é proibido por lei. • Especificamente, as formas mais nocivas ou cruéis de trabalho infantil não apenas são proibidas, mas também constituem crime. Porquê o trabalho infantil é uma realidade? • Na maioria das vezes isto ocorre devido a necessidade de ajudar financeiramente a família. Muitas dessas famílias são geralmente de pessoas pobres que possuem muitos filhos. • Apesar de existir legislações que proíbam oficialmente este tipo de trabalho, é comum nas grandes cidades brasileiras a presença de crianças e adolescentes em cruzamentos de vias de grande tráfego, vendendo bens de pequeno valor monetário. Responsabilidade de quem? • Apesar de os pais serem oficialmente responsáveis pelos filhos, não é hábito dos juízes puni-los. A ação da justiça aplica- se mais a quem contrata menores, mesmo assim as penas não chegam a ser aplicadas. PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil • O PETI vem trabalhando arduamente para erradicar o trabalho infantil. Infelizmente mesmo com todo o seu empenho, a previsão é de poder atender com seus projetos, cerca de 1,1 milhão de crianças e adolescentes trabalhadores. Do total de crianças e adolescentes atendidos, 3,7 milhões estarão de fora. Perfil do Trabalho Infantil no Brasil • Como já era de se esperar, o trabalho infantil ainda é predominantemente agrícola. Cerca de 36,5% das crianças estão em granjas, sítios e fazendas, 24,5% em lojas e fábricas. • A CF brasileira é clara: menores de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos 14 anos. • Há dois pesos e duas medidas. Achamos um absurdo ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias, lixões, quebrando pedras e castanhas, deixando sequelas nessas vítimas indefesas, mas costumamos aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas, apresentações e comerciais. Efeitos perversos do trabalho infantil • O trabalho precoce de crianças e adolescentes interfere diretamente em seu desenvolvimento: • Físico – porque ficam expostas a riscos de lesões, deformidades físicas e doenças, muitas vezes superiores às possibilidades de defesa de seus corpos. Efeitos perversos do trabalho infantil • Emocional – podem apresentar, ao longo de suas vidas, dificuldades para estabelecer vínculos afetivos em razão das condições de exploração a que estiveram expostas e dos maus- tratos que receberam de patrões e empregadores; ou pela ambigüidade na sua condição de “criança” e “trabalhadora” dentro relação de trabalho confusa ou pouco clara, onde o “patrão” ou “padrinho” também tem obrigações de “responsável” pela proteção da criança. Efeitos perversos do trabalho infantil • Social – antes mesmo de atingir a idade adulta, crianças no trabalho precoce realizam atividades que requerem maturidade de adulto, afastando-as do convívio social com pessoas de sua idade. Efeitos perversos do trabalho infantil • Educacional – entre as crianças que trabalham é comprovado que existe maior incidência de repetência e abandono da escola. O trabalho precoce interfere negativamente na escolarização das crianças, seja provocando múltiplas repetências, seja “empurrando- as”, de forma subliminar, para fora da escola – fenômeno diretamente relacionado à renda familiar insuficiente para o sustento. Crianças e adolescentes oriundas de famílias de baixa renda tendem a trabalhar mais e, conseqüentemente, a estudar menos, comprometendo, dessa forma, sua formação e suas possibilidades de vida digna. Efeitos perversos do trabalho infantil • Democrático – a inserção precoce de crianças e adolescentes no trabalho dificulta seu acesso à informação para exercer seus direitos plenamente; um projeto de democracia está longe do seu ideal se a criança se vê obrigada a trabalhar para poder exercer os seus direitos. • É o Estado o responsável por protegê-la e por garantir a sua inclusão social. Trabalho Infantil Doméstico • O trabalho infantil doméstico em casa de terceiros é uma das formas mais comuns e tradicionais de trabalho infantil. As meninas, meninos e adolescentes que realizam atividades domésticas são "trabalhadores invisíveis", pois seu trabalho é realizado no interior de casas que não são as suas, sem nenhum sistema de controle e longe de suas famílias. • Este grupo é provavelmente o mais vulnerável e explorado, bem como o mais difícil de proteger. Trabalho Infantil Doméstico • O trabalho infantil doméstico em casa de terceiros se refere a todas as atividades econômicas realizadas por pessoas menores de 18 anos fora de sua família nuclear e pelas quais podem ou não receber alguma remuneração. • São meninas, em sua maioria, que levam prematuramente uma vida de adulto, trabalhando muitas horas diárias em condições prejudiciais à sua saúde e desenvolvimento, por um salário baixo ou em troca de habitação e educação. Trabalho Infantil Doméstico ✓ A desinformação e a crença popular de que o trabalho doméstico infantil não traz perigo e que se trata, inclusive, de uma atividade desejável,é o maior risco para proteger os meninos, meninas e adolescentes imersos nestas atividades. ✓ Os riscos existentes fazem com que diversos países o classifiquem entre os trabalhos perigosos que estão proibidos para menores de 18 anos, em virtude do Artigo 3º da Convenção nº 182 sobre as piores formas de trabalho infantil. No Brasil, o Decreto nº 6.481, de 12 de junho de 2008 regulamenta os artigos 3º, alínea “d”, e 4º da referida convenção. • Principais tipos de riscos os perigos potenciais no trabalho doméstico infantil: Longas horas de trabalho Trabalho físico pesado Abuso físico ou emocional Abuso sexual Precárias condições de vida Baixas remunerações ou somente moradia, alimentação etc. Falta de oportunidades educativas Ausência de oportunidades para o desenvolvimento emocional e social . Trabalho Infantil Doméstico Tendências recentes do Trabalho Infantil Doméstico - TID (10 a 17 anos de idade) no Brasil: No Brasil, o contingente de crianças e adolescentes em situação de TID declinou 132,0% ao diminuir de 406 mil em 2006 para 175 mil em 2016 (o correspondente a -231 mil pessoas). Em 2016: 94,1% eram meninas e 73,5% negros/as No ano de 2016, sete unidades da federação respondiam por mais da metade (100 mil ou 57,6%) do total de crianças e adolescentes no TID: ✓ Minas Gerais (25,5 mil – 14,6% do total nacional) ✓ Maranhão (18,4 mil – 10,5%) ✓ São Paulo (15,1 mil – 8,6%) ✓ Bahia (11,2 mil – 6,4%) ✓ Ceará (11,2 mil – 6,4%) ✓ Rio Grande do Sul (9,8 mil – 5,6%) ✓ Pará (9,4 mil – 5,4%) * Em 12 UFs, o contingente era tão reduzido que não assumia significância estatística. Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil • A UNICEF declarou o dia Mundial Contra o Trabalho Infantil (12 de junho) que os esforços para acabar com o trabalho infantil não serão bem sucedidos sem um trabalho conjunto para combater o tráficode crianças e mulheres no interior dos países e entre fronteiras. No Dia Mundial contra o Trabalho Infantil a UNICEF referiu com base em estimativas que o tráfico de seres humanos começa a aproximar-se do tráfico ilícito de armas e drogas. Organização: David Abreu Júnior Assistente Social (91) 98252-3228 davidabreujr@hotmail.com Nasf4.rouxinol@hotmail.com
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