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Relato´rio Experimental da Medic¸a˜o de Poteˆncia Trifa´sica Utilizando Me´todo dos Dois Wattı´metros Vı´tor Zambon de Souza Wellisson Oliveira Gomes I. INTRODUC¸A˜O Nos sistemas trifa´sicos, na pra´tica, torna-se necessa´rio co- nhecer o valor da tensa˜o aplicada e da intensidade da corrente ele´trica, para obter o valor da poteˆncia ele´trica em determinada parte do circuito. Esses dados informa ao engenheiro eletricista a variac¸a˜o de produzir trabalho na unidade de tempo em certo ponto do circuito, e assim possibilitando ao profissional fazer ana´lises e prever resultados. Atualmente existem algumas formas de medir a poteˆncia dos circuitos trifa´sicos, uma delas e´ o me´todo do dois wattı´metros. Tendo isto em vista, o experimento tem o objetivo de aplicar este me´todo para a medic¸a˜o de um circuito trifa´sico, e utilizando a teoria para comprovar os dados registrados pelos equipamentos. II. MATERIAL E ME´TODOS Para a realizac¸a˜o do experimento foram utilizados os se- guintes materiais e equipamentos: • 1 Fonte CA; • 3 Resistores de 50Ω; • 3 Resistores de 100Ω; • 3 Indutores de 300mH; • 2 Wattı´metros CA monofa´sicos; Inicialmente, foi montando o circuito com os dois wattı´metros e as cargas, como mostrado na figura abaixo: Figura 1: Circuito com dois Wattı´metros. Apo´s a montagem e verificac¸a˜o, o circuito foi ligado a uma rede de 127 VRMS. Enta˜o foram anotadas as leituras dos dois wattı´metros. Os resultados obtidos sera˜o discutidos na pro´xima sec¸a˜o. III. RESULTADOS No circuito, foram anotados os seguintes resultados mostra- dos pelos dois Wattı´metros. Wattı´metro 1 (W) Wattı´metro 2 (W) Medic¸a˜o 120 W 40 W Tabela I: Dados medidos pelos wattı´metros. Com os dados registrados, foi possı´vel calcular a Poteˆncia Aparente, Poteˆncia Reativa e a Poteˆncia Ativa Total. Anali- sando os fasores da rede trifa´sica: Figura 2: Fasores Trifa´sicos Considerando a carga equilibrada, impedaˆncia sera´ e´ igual a: Z = Z Φ◦ (1) Com a impedaˆncia, observamos que tensa˜o esta´ adiantada em relac¸a˜o a Φ. Sabemos que a tensa˜o utilizada e´ a tensa˜o de linha, e sabe-se que a tensa˜o de linha e´ adiantada 30◦ em relac¸a˜o a fase. Portanto temos no wattı´metro 1: P1 = VrtIrcos(Φ + 30 ◦) = VLILcos(Φ + 30◦) (2) No wattı´metro 2: P2 = VstIrcos(Φ− 30◦) = VLILcos(Φ− 30◦) (3) A partir de identidades trigonome´tricas e manipulac¸a˜o ma- tema´tica, obtemos o valor da poteˆncia total ativa e reativa: P = √ 3VLILcos(ΦR) = P1 + P2 (4) Q = VLILsen(ΦR) = √ 3(P1 − P2) (5) Pelo triaˆngulo de poteˆncia, obtemos a poteˆncia aparente e complexa: P |S| Q Φ Figura 3: Triaˆngulo de Poteˆncia. |S| = √ P 2 +Q2 (6) S = P + jQ (7) Portanto, com os ca´lculos feitos a partir das leituras dos wattı´metros observadas em laborato´rio, seus resultados sa˜o mostrados na tabela a seguir: Poteˆncia Ativa Total Poteˆncia Reativa Poteˆncia Aparente Poteˆncia Complexa Resultado 160 VA 138.56 VAR 211.66 VA 160 + j138.56 VA Tabela II: Resultado dos ca´lculos feitos no circuito. A partir desses dados foram desenvolvidos os seguin- tes ca´lculos, propostos pelo roteiro, para comparar com as medic¸o˜es feitas: Ca´lculo de XL: XL = ωL = 2pifL (8) Ca´lculo de Z: Z = R+ jXL (9) Ca´lculo de I: IL = VRMS Z √ 3 (10) Ca´lculo de S(Aparente e Complexa): S = P + jQ (11) |S| = √ P 2 +Q2 (12) Ca´lculo de P e Q: P = |S|cos(Φ) (13) Q = |S|sen(Φ) (14) 356.2 W 388.5 VA 155.05 VAR 37.015◦ Figura 4: Triaˆngulo de Poteˆncia com seus valores calculados. A pro´xima tabela mostra os resultados dos ca´lculos: Grandeza Valor XL 113.097 Ω Z 150 + j113.097 Ω IL 1.171 A |S| 388.5 VA S 356.2 + j155.05 VA P 356.2 W Q 155.05 VAR Tabela III: Resultado dos ca´lculos para comparac¸a˜o no circuito RL. IV. DISCUSSA˜O Vemos que o resultado apresentado, mostram que o circuitos da figura 1, montados em laborato´rio, na˜o sa˜o consistentes com os ca´lculos manuais. Ale´m disso, a poteˆncia trifa´sica do circuito e o calculado sa˜o diferentes, sendo que foi utilizado um circuito com resistor e indutor como carga no sistema trifa´sico equilibrado do tipo estrela. Assim a sua tensa˜o de fase e´ defasada 30 em relac¸a˜o a corrente de linha. Tal defasagem medida e calculada apresenta valores diferente, logo os valores de poteˆncias foram diferentes. V. CONCLUSA˜O Observando os resultados e comparando cada medic¸a˜o com os resultados calculados manuais, a´ de se perceber que nos da- dos ha´ um erro, sendo que esse erro poder ser considerado em relac¸a˜o as calibrac¸o˜es dos dispositivos de medic¸o˜es analo´gicos, sendo que qualquer erro ou incerteza no valor estabelecido se refletira´ no final dos resultados obtidos. Com a diferenc¸a dos valores medidos e calculados apre- sentados, ha´ a necessidade verificar os equipamentos de labo- rato´rio e refazer o experimento para termos concluso˜es mais concretas do conteu´do visto na teoria. REFEREˆNCIAS [1] Sadiku, Matthew, ”Fundamentos de Circuitos Ele´tricos, 5nd ed., vol. 1, J. Wiley; I. Sons Ed. BOOKMAN , PA, RS: McGraw-Hill, 1964, pp. 414–428.
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