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Curso: DIREITO Disciplina: DIREITO CONSTITUCIONAL - III Professor: LUIZ GUSTAVO DE ANDRADE Turno: M ( ) N ( ) Aluno(a): R.A.: Período/Módulo: 4º (quarto) Data: LISTA DE EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES – I GABARITO COMENTADO 1 - Nos termos da Constituição Federal: I) a decretação do estado de sítio e do estado de defesa necessita de prévia autorização do Congresso Nacional. FALSA. II) no estado sítio e no estado de defesa, a Mesa do Congresso Nacional designa comissão composta por cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas. VERDADEIRA. III) a liberdade de reunião sofre restrições tanto no estado de defesa, quanto no estado de sítio. VERDADEIRA. IV) a autorização do Congresso Nacional ao Presidente da República para que permita que forças estrangeiras transitem pelo território nacional impõe a decretação de estado de defesa. FALSA. a) apenas as afirmativas I e II estão corretas b) apenas as afirmativas II e III estão corretas c) apenas as afirmativas III e IV estão corretas d) apenas as afirmativas II e IV estão corretas e) todas estão corretas Considerações I - A decretação do estado de sítio e do estado de defesa necessita de prévia autorização do Congresso Nacional. FALSA. Fundamentos: Para decretação do Estado de Defesa não é necessária a prévia autorização do Congresso Nacional. Art. 136, § 4º - “Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta. ” II - No estado sítio e no estado de defesa, a Mesa do Congresso Nacional designa comissão composta por cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas. VERDADEIRA Fundamentos: Art. 140 – “A mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao estado de sítio. ” III - A liberdade de reunião sofre restrições tanto no estado de defesa, quanto no estado de sítio. VERDADEIRA. Fundamentos: Art. 136, §1º, I, “a” – “restrições aos direitos de: a) reunião, ainda que exercida no seio das associações”. Art. 139 – “Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: IV - suspensão da liberdade de reunião”. Oportuno relembrar que para o Estado de Sítio II, a doutrina majoritária entende que, em razão de hermenêutica constitucional, deve-se adotar a teoria de maior eficácia aos direitos fundamentais, portanto, soma-se às restrições previstas no 137, I, a restrição do direito à vida nos termos do art. 84, XIX (caso de guerra declarada). Este é o posicionamento de doutrinadores como Gilmar Mendes e José Afonso da Silva. IV - A autorização do Congresso Nacional ao Presidente da República para que permita que forças estrangeiras transitem pelo território nacional impõe a decretação de estado de defesa. FALSA. Fundamentos: O ingresso de forças armadas estrangeira se dá através de procedimento previsto na Lei Complementar nº. 90/97 com redação dada pela Lei nº 149/2015. O procedimento é por autorização do Presidente da República nas hipóteses previstas em rol taxativo do art. 1º1, contendo exceção no parágrafo único, onde faz-se necessidade da aprovação do congresso nacional, escutado o conselho de defesa, para permitir que forças estrangeiras transitem ou permaneçam no território nacional. 2 - Sobre o estado sítio, indique a alternativa correta: a) O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar o estado sítio em qualquer das unidades federadas, submetendo tal decretação à aprovação do Congresso. FALSA. b) O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado sítio em qualquer das unidades federadas. FALSA. c) O Presidente da República pode, em casos excepcionais, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado sítio, sem ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. FALSA. d ) O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado sítio em caso de guerra, hipótese em que será permitida a requisição de bens de particulares. VERDADEIRA. e) Nda. FALSA. Considerações: a) O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, decretar o estado sítio em qualquer das unidades federadas, submetendo tal decretação à aprovação do Congresso. FALSA. Fundamentos: O âmbito é nacional. Após o Decreto, o Presidente especificará as medidas específicas e as áreas abrangidas (CF, art. 138, caput). b) O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado sítio em qualquer das unidades federadas. FALSA. 1 I - para a execução de programas de adestramento ou aperfeiçoamento ou de missão militar de transporte, de pessoal, carga ou de apoio logístico do interesse e sob a coordenação de instituição pública nacional; II - em visita oficial ou não oficial programada pelos órgãos governamentais, inclusive as de finalidade científica e tecnológica; III - para atendimento técnico, nas situações de abastecimento, reparo ou manutenção de navios ou aeronaves estrangeiras; IV - em missão de busca e salvamento. Fundamentos: O âmbito é nacional. Após o Decreto, o Presidente especificará as medidas específicas e as áreas abrangidas (CF, art. 138, caput). c) O Presidente da República pode, em casos excepcionais, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado sítio, sem ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. FALSA. Fundamentos: Presidente verifica a hipótese legal, solicita pareceres dos Conselhos da República (CF, art. 89) e de Defesa Nacional (CF, art. 91), conforme o procedimento dado pelo caput do art. 137 – “O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de (...)”. d) O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado sítio em caso de guerra, hipótese em que será permitida a requisição de bens de particulares. VERDADEIRA. Fundamentos: É a transcrição do caput do art. 137, somada ao previsto no art. 139, VII – “ Requisição de bens. ” 3 - (Magistratura/SP adaptada) leia as afirmativas quanto à segurança pública. I) É exercida pela polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, policias civis, polícias militares e corpo de bombeiros militares. VERDADEIRA. II) Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, atuando, esta, em auxílio às polícias ostensivas. VERDADEIRA. III) Compete à União organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. VERDADEIRA. IV) Compete à polícia federal exercer, em concorrência com as polícias civis estaduais, as funções de polícia judiciária da União. FALSA. É correto apenas o que se afirma em: a) II, III e IV b) I, III e IV c) I e II d) I, II e III e) todas Considerações:I) É exercida pela polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, policias civis, polícias militares e corpo de bombeiros militares. VERDADEIRA. Fundamentos: É o elencado pelo art. 144, I, II, III, IV e V – “A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. ” II) Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, atuando, esta, em auxílio às polícias ostensivas. VERDADEIRA. Fundamentos: É a redação do §8º, art. 144 – “Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. ” III) Compete à União organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. VERDADEIRA. Fundamentos: Art. 21. "Compete à União: XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;" (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV) Compete à polícia federal exercer, em concorrência com as polícias civis estaduais, as funções de polícia judiciária da União. FALSA. Fundamentos: A competência é exclusiva, e não concorrente. CF, art. 144, § 1º "A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a: IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União." 4 - (Analista de Orçamento/RJ-2005) As receitas que compreendem as rendas que o Estado, por meio do poder de coerção, arrecada do setor privado são classificadas como: a) especiais. FALSA. b) derivadas. VERDADEIRA. c) originárias. FALSA. d) extraordinárias. FALSA. e) empréstimos privados. FALSA. Considerações: b) derivadas. VERDADEIRA. Fundamentos: são aquelas que decorrem do patrimônio do particular ou do pagamento por este feito em contraprestação de serviços públicos prestados. Sendo compulsórias quando o comportamento previsto em lei assim estabelecer, como nos casos de tributos e multas tributárias. Temos por exemplo o aferimento de renda que implica na obrigação de pagar imposto de renda, enquanto ter um bem imóvel implica na obrigação de pagar IPTU. c) originárias. FALSA. Fundamentos: são aquelas recebidas com regularidade no movimento normal das atividades do ente federativo, como o lucro de empresas públicas. d) extraordinárias. FALSA. Fundamentos: são aquelas não permanentes/usuais que ocorrem, por exemplo, no caso de imposto extraordinário de guerra e herança vacante. 5 - (Técnico Judiciário/PA-2006) Entre os itens listados a seguir, o único que NÃO contém um objetivo da Lei de Responsabilidade Fiscal é: a) obrigar à obediência a limites, visando ao equilíbrio das contas públicas. VERDADEIRA. b) estabelecer os crimes penais para as infrações aos seus dispositivos. FALSA. c) buscar prevenção de riscos e a correção de desvios. VERDADEIRA. d) obrigar ao cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas. VERDADEIRA. e) obrigar a adoção de ações planejadas e transparentes na gestão pública. VERDADEIRA. Considerações: a) obrigar à obediência a limites, visando ao equilíbrio das contas públicas. VERDADEIRA Fundamentos: Sim, pois a lei estabelece limites orçamentários. Relembrando: Para a União, os limites máximos para gastos com pessoal (50% da Receita Corrente Líquida) são: - 2,5 % para o Poder Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas; - 6 % para o Judiciário; - 0,6 % para o Ministério Público da União; - 3 % para custeio de despesas do DF e de ex territórios; - 37,9% para o Poder Executivo. Nos Estados, os limites máximos para gastos com pessoal (60% da Receita Corrente Líquida): - 3% para o Poder Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas; - 6% para o Poder Judiciário; - 2% para o Ministério Público; - 49% para as demais despesas de pessoal do Executivo. Nos Municípios, os limites máximos para gastos com pessoal (60% da Receita Corrente Líquida): - 6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas; - 54% para o Executivo. b) estabelecer os crimes penais para as infrações aos seus dispositivos. FALSA. Fundamentos: A Lei apenas elenca as sansões ao administrador que as desrespeitá-las, porém, para os crimes relacionados, faz referência a Lei de Crimes de Responsabilidade Fiscal. c) buscar prevenção de riscos e a correção de desvios. VERDADEIRA. Fundamentos: Sim, pois com a restrição da discricionariedade dos governantes, estabelecendo metas e limites de gastos, o administrador está obrigado a torna-las mais equilibradas e sustentáveis, sob pena de sansões, sem prejuízo de eventuais responsabilizações criminais. d) obrigar ao cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas. VERDADEIRA. Fundamentos: A LRF determina o estabelecimento de metas fiscais trienais. Isso permite que o governante consiga planejar as receitas e as despesas, podendo corrigir os problemas que possam surgir no meio do caminho. Além disso, com as metas fiscais, fica mais fácil a prestação de contas à sociedade, porque se sabe o que está sendo feito e como está sendo feito para se atingir um objetivo periodicamente, sem prejuízo de manifestação social. e) obrigar a adoção de ações planejadas e transparentes na gestão pública. VERDADEIRA. Fundamentos: Dentre outras razões, com a LRF, todos os governantes, nas três esferas - União, Estados e Municípios - e nos três Poderes - Executivo, Legislativo e Judiciário -, passaram a seguir regras e limites claros para conseguir administrar as finanças de maneira transparente e equilibrada. Caso contrário, estarão sujeitos a penalidades. 6 -Técnico em Gestão Pública/PA-2006 adaptada) Leia as afirmativas e assinale a correta: I) As receitas ordinárias são aquelas recebidas de modo constante pelo Estado, incluindo-se, aqui, a herança vacante a que faz menção o art. 1.820 no NCC. FALSA. II) A receita corrente constitui-se no somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências corretes e ouras receitas também correntes. VERDADEIRA. III) A receita corrente líquida é apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores. VERDADEIRA. IV) É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesas correntes, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. VERDADEIRA. a) apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. b) apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas. c) apenas as afirmativas I e IV estão corretas. d) apenas as alternativas II e III estão corretas. e) todas estão corretas. Considerações: I) As receitas ordinárias são aquelas recebidas de modo constante pelo Estado, incluindo-se, aqui, a herança vacante a que faz menção o art. 1.820 no NCC. FALSA. Fundamentos: Herança vacante é uma despesa tipicamente não habitual, e classifica-se como Extraordinária. III) A receita corrente líquida é apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores. VERDADEIRA. Fundamentos: Éo procedimento adotado pelo art. 2º, §3º da LRF para o cálculo. IV) É vedada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesas correntes, salvo se destinada por lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos. VERDADEIRA. Fundamentos: É a única exceção para o “desequilíbrio” administrativo, pois está prevista no art. 44 da LRF. 7 - Leia as afirmativas e assinale a correta: I) as pessoas jurídicas direito público efetuam os pagamentos decorrentes de condenação judicial por meio de precatório ou requisição de pequeno valor. VERDADEIRA. II) os bens públicos são impenhoráveis. VERDADEIRA. III) pelo princípio da legalidade orçamentária a Administração Pública somente pode realizar despesas públicas mediante autorização legal. VERDADEIRA. IV) segundo regra de ouro do orçamento, é possível a alienação de bem público para saldar despesa corrente, ainda que haja excesso de receita. FALSA. V) os recursos públicos que extrapolam a arrecadação prevista podem ser utilizados de forma discriminatória, sem previsão legal específica. FALSA. a) A afirmativa I está correta e é uma das justificativas para o acerto da afirmativa II. b) A afirmativa III está incorreta, pois a requisição de pequeno valor, a que faz menção o inciso II é uma exceção ao princípio da legalidade orçamentária. c) As afirmativas II e III estão corretas e são as causas que justificam a afirmativa I. d) A afirmativa IV é inverídica, pois não há relação entre excesso de despesas e permissão de alienação de bens públicos, sendo correta a afirmativa V, na medida que a aplicação prática dos recursos públicos dá-se sempre de formas discriminatórias, a juízo do governante. e) A afirmativa III está correta e a I incorreta. Considerações: II) os bens públicos são impenhoráveis. VERDADEIRA. Fundamentos: Trata-se de uma característica decorrente da inalienabilidade dos bens públicos que, na forma do art. 649, I, do CPC, são impenhoráveis, mesmo que sejam dominicais. Também por essa razão, a execução contra a Fazenda Pública segue o regime especial dos precatórios, previsto no art. 100 da CF e nos arts. 730 e 731 do CPC, sendo admitido, apenas, o sequestro de valores para a satisfação do débito, em determinadas condições processuais IV) segundo regra de ouro do orçamento, é possível a alienação de bem público para saldar despesa corrente, ainda que haja excesso de receita. FALSA. Fundamentos: É impossível a alienação de bem público para saldar receita corrente, exceto na exceção prevista pelo atr. 44, LRF. Regra de Ouro do Orçamento: Receita de Capital é vinculada a Despesa de Capital. Art. 167/CF. (expressa quando a Receita de Capital pode ser usada). V) os recursos públicos que extrapolam a arrecadação prevista podem ser utilizados de forma discriminatória, sem previsão legal específica. FALSA. Fundamentos: Não, em razão do princípio da legalidade orçamentária. 8 - Sobre o atual regime jurídico constitucional que rege o pagamento das condenações judiciais transitadas em julgado, proferidas contra a administração pública, complete com V(verdadeiro) ou F (falso): ( F ) Supondo que Banco do Brasil S.A., sociedade de economia mista federal, integrante da Administração Pública Indireta, tenha sofrido condenação judicial, transitada em julgado, impondo-lhe o pagamento da quantia de R$5.000,00, é possível afirmar que tal condenação será paga mediante requisição de pequeno valor, por tratar-se de condenação de pequeno valor, a qual dispensa precatório. FALSA. Fundamentos: Só pagam suas condenações por meio de precatório as pessoas jurídicas de Direito Público da Administração. Exceção: Correios, que apesar de ser empresa pública, pagam por meio de precatório. Isso porque a CF, no art. 21, X estabelece que o serviço postal é exclusivo da União. ( V ) É possível afirmar que as condenações sofridas pela Anatel (agência reguladora) são pagas mediante precatório, em virtude do princípio da legalidade orçamentária e impenhorabilidade dos bens públicos, executando-se as condenações consideradas de pequeno valor, as quais dispensam precatório. VERDADEIRA. Fundamentos: A Anatel é tipicamente uma autarquia federal, pois tem como finalidade desempenhar um típico papel estatal. O papel de regulação é típico, pois o art. 21, XI, com redação dada pela EC 08/95, prevê que: “Compete à União (leia-se como competência exclusiva): explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais”. ( V ) Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado. VERDADEIRA. Fundamentos: Trata-se no elencado pelo §1º do art. 100, dado pela redação da Ec 62/09. ( F ) Os débitos de natureza alimentícia serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto aqueles cujos titulares sejam idosos (assim considerados apenas os que tenham 65 anos de idade ou mais na data de expedição do precatório), ou sejam portadores de doença grave, hipótese em que a condenação será paga com maior preferência, porém até o limite equivalente ao triplo do valor fixado em lei para a condenação de pequeno valor, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do referido precatório. FALSA. Fundamentos: Segundo o art. 100, § 2º, dado pela redação da Ec 62/09, consideram-se idosos somente aqueles acima de 60 anos de idade. Ainda, os ministros entenderam que os pedidos encaminhados nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 4357 e 4425 são procedentes em pontos que tratam da restrição à preferência de pagamento a credores com mais de 60 anos, desta maneira, se o credor ultrapassar posteriormente a idade, pode valer- se da preferência de pagamento, respeitada a ordem cronológica. ( V ) Poderão ser fixados, por leis próprias, os valores que corresponderão a “condenação de pequeno valor” para cada entidade de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. Entretanto, enquanto não fixado por lei, prevalecem os seguintes patamares: 40 (quarenta) salários mínimos para Estado e para o Distrito Federal e 30(trinta) salários mínimos para Municípios. VERDADEIRA. Fundamentos: A Ec 62/09, deu nova redação para o art. 100 CF, mas incluiu o art. 87 nos ADCT, que rege transitoriamente os valores mínimos: ” Art. 87, ADCT. Para efeito do que dispõem o § 3º do art. 100 da Constituição Federal e o art. 78 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias serão considerados de pequeno valor, até que se dê a publicação oficial das respectivas leis definidoras pelos entes da Federação, observado o disposto no § 4º do art. 100 da Constituição Federal, os débitos ou obrigações consignados em precatório judiciário, que tenham valor igual ou inferior a: I - quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito Federal; II – trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios” Cumprindo ressaltar que esta norma vige até regulamentação posterior dos entes. E, por fim, não se instituiu mínimo para a Fazenda Federal, pois na data de publicação já havia a Lei n.º 10.259/2001, que fixava o limite mínimo de 60 salários mínimos, no seu art. 17, §1º.( V ) Supondo que o INSS tenha sido condenado ao pagamento de R$ 80.000,00 a título de diferenças e complementação de benefício previdenciário em favor de determinado segurado aposentado, de 70 anos de idade, e que referida condenação tenha transitado em julgado; é possível afirmar que do montante total da condenação, haverá a cisão do precatório para pagamento de apenas três vezes o que for considerado condenação de pequeno valor para referida autarquia, com maior preferência, permanecendo o valor remanescente na fila de precatórios alimentícios para pagamento na ordem cronológica de apresentação. VERDADEIRA. Fundamentos: Será exatamente este procedimento, tendo em vista que é o procedimento de pagamento das condenações de maior prioridade. ( F ) Supondo que a União tenha sido condenada ao pagamento de R$200.00,00 a título de indenização por danos morais em favor de determinado cidadão, e que referida condenação tenha transitado em julgado, é possível afirmar que do montante total de condenação, haverá a cisão do precatório para pagamento de apenas 60 salários mínimos atuais, permanecendo o valor remanescente na fila de precatório para pagamento sem preferência, na ordem cronológica de apresentação. FALSA. Fundamentos: Segundo o art. 100, § 8º: “É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. ” Para resolver as questões a seguir, considere que o valor do salário mínimo nacional é, hoje, de R$500,00. 9 - Suponha que João tenha sido contratado como advogado de Maria para propor ação judicial em face do Banco Central. A ação decorre de acidente de trânsito que vitimou a mãe de Maria, Sra. Lucia, atropelada pelo carro de propriedade do Banco Central que avançou o sinal vermelho. Foi proferida decisão, transitada em julgado, condenado o Banco Central ao pagamento de R$100 mil reais a título de indenização por morte, em favor de Maria, que possui 19 anos, filha e única herdeira da falecida Lucia. A sentença condenou o Banco Central, ainda, ao pagamento dos honorários advocatícios do advogado de Maria, estes em 10% sobre o valor da condenação. Considere como sendo de pequeno valor, para fins de solução desta questão, aquela limitada a sessenta salários mínimos, sendo o salário mínimo, também para fins de solução desta questão, igual a quinhentos reais. Neste caso: I) a condenação será paga pelo Banco Central por precatório, sem qualquer prioridade ou preferência. FALSA. II) em que pese o Banco Central integre a administração pública federal, é certo que a condenação não será paga por precatório, na medida que o banco em questão, por ser um banco estatal, pessoa jurídica de direito privado, responde pelas condenações judiciais com seu próprio patrimônio. FALSA. III) é possível a cisão da condenação, com a expedição de uma RPV de R$30 mil reais, a ser paga em sessenta dias, e um precatório com o valor restante. FALSA. IV) o advogado receberá R$ 10 mil reais, em um precatório próprio, do qual é titular. Porém, diferentemente de sua cliente, o seu precatório possui preferência por ser alimentício. FALSA. V) por se tratar de entidade federal (autarquia da União), o Banco Central terá o prazo de quinze anos para efetuar o pagamento precatório, desde que a Administração Pública Federal tenha aderido ao regime especial de pagamento de precatórios, considerando a decisão do STF que considerou constitucional tal regime instituído pela EC 62. FALSA. a) apenas uma afirmativa está correta. b) apenas duas afirmativas estão corretas. c) apenas três afirmativas estão corretas. d) nenhuma das afirmativas estão corretas. e) todas estão corretas. Considerações I) A condenação será paga pelo Banco Central por precatório, sem qualquer prioridade ou preferência. FALSA. Fundamentos: Por tratar-se de indenização por morte, encaixa-se na prioridade elencada pelo art.100, §1º, de débito de natureza alimentícia. II) em que pese o Banco Central integre a administração pública federal, é certo que a condenação não será paga por precatório, na medida que o banco em questão, por ser um banco estatal, pessoa jurídica de direito privado, responde pelas condenações judiciais com seu próprio patrimônio. FALSA. Fundamentos: O Banco Central trata-se de uma autarquia federal, que tem como prerrogativa a regulação do sistema financeiro, e não tem natureza bancária como o nome sugere. III) é possível a cisão da condenação, com a expedição de uma RPV de R$30 mil reais, a ser paga em sessenta dias, e um precatório com o valor restante. FALSA. Fundamentos: Segundo o art. 100, § 8º: “É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. ” IV) o advogado receberá R$ 10 mil reais, em um precatório próprio, do qual é titular. Porém, diferentemente de sua cliente, o seu precatório possui preferência por ser alimentício. FALSA. Fundamentos: o Supremo Tribunal Federal negou provimento ao Recurso Extraordinário (RE) 564132, interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul para tentar impedir que advogados consigam fracionar o valor da execução de precatórios, de forma a permitir o pagamento de honorários por meio de Requisição de Pequeno Valor (RPV), antes mesmo de o valor principal ser pago. Os ministros entenderam ser possível a execução autônoma dos honorários, independentemente do valor principal a ser recebido pelo cliente. Este é o entendimento consolidado desde 2014. No caso em questão deveria ser requisitado o valor dos honorários por meio de RPV. V) por se tratar de entidade federal (autarquia da União), o Banco Central terá o prazo de quinze anos para efetuar o pagamento precatório, desde que a Administração Pública Federal tenha aderido ao regime especial de pagamento de precatórios, considerando a decisão do STF que considerou constitucional tal regime instituído pela EC 62. FALSA. Fundamentos: o Supremo Tribunal Federal, julgou parcialmente procedentes as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 4357 e 4425 para declarar a inconstitucionalidade de parte da Emenda Constitucional 62/09, que instituiu o novo regime especial de pagamento de precatórios. Com a decisão, foram declarados inconstitucionais dispositivos do artigo 100 da Constituição Federal, que institui regras gerais para precatórios, e integralmente inconstitucional o art. 97 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), que cria o regime especial de pagamento. Relembre que a decisão foi modulada em 2015: O Supremo Tribunal Federal, em 25 de março de 2015, concluiu o julgamento sobre a modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade da Emenda Constitucional (EC) 62/09, que instituiu o último regime de pagamento de precatórios. Segundo a decisão, tomada em questão de ordem nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 4357 e 4425, fica mantido parcialmente o regime especial criado pela emenda pelo período de cinco anos, contados a partir de janeiro de 2016. 10 - Suponha que a Sra. Natasha tenha lhe efetuado uma consulta sobre condenação judicial transitada em julgado que obteve contra a União. Questionou se a condenação era de natureza alimentícia já que decorrente de benefício previdenciário. Informou que contava com 58 anos na data da expedição do precatório, mas que hoje possui 61 anos. Questionou se haveria a possibilidade de receber a condenação com alguma prioridade, considerando que o valor era de R$100.000,00 à época da expedição do precatório. Questionouo que aconteceria se fosse preterida na ordem de pagamento. Você emitiu parecer em resposta à consulta e, em síntese, informou a sua cliente que: I) o precatório da Sra. Natasha não é de natureza alimentícia, pois segundo a Constituição esta espécie de precatório limita-se aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, e indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado. FALSA. II) para o caso de preterimento do direito de precedência de sua cliente, o juiz de primeiro grau que proferiu a condenação poderia determinar o sequestro da quantia necessária à satisfação do débito. FALSA. III) pelo valor da condenação e em virtude da idade, será pago com preferência sobre todos os demais débitos, o valor equivalente até o triplo da quantia fixado em lei, como sendo “condenação de pequeno valor”, ou seja, no caso em tela, até 3 vezes 60 salários mínimos, admitindo-se, assim, o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restando (remanescente) será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. VERDADEIRA. a) apenas a afirmativa I está incorreta. b) apenas a afirmativa II está incorreta. c) apenas a alternativa III está incorreta. d) apenas as afirmativas I e II estão incorretas. e) todas as afirmativas estão incorretas. Considerações I) O precatório da Sra. Natasha não é de natureza alimentícia, pois segundo a Constituição esta espécie de precatório limita-se aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, e indenizações por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado. FALSA. Fundamentos: No elencado pelo §1º do art. 100, dado pela redação da Ec 62/09, está incluso como crédito de natureza alimentícia benefício previdenciário. II) para o caso de preterimento do direito de precedência de sua cliente, o juiz de primeiro grau que proferiu a condenação poderia determinar o sequestro da quantia necessária à satisfação do débito. FALSA. Fundamentos: Neste caso é peticionado no tribunal para que o então Presidente do Tribunal determine o sequestro de valores. III) pelo valor da condenação e em virtude da idade, será pago com preferência sobre todos os demais débitos, o valor equivalente até o triplo da quantia fixado em lei, como sendo “condenação de pequeno valor”, ou seja, no caso em tela, até 3 vezes 60 salários mínimos, admitindo-se, assim, o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restando (remanescente) será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. VERDADEIRA. Fundamentos: É o que determina a ordem de pagamento por maior prioridade. 11 - Das alternativas abaixo, assinale a que representa condenação que será efetuada obrigatoriamente por meio de precatório, sem qualquer preferência, não se enquadrando, portanto, nas hipóteses de RPV, tampouco de penhora de bens junto à Administração Pública Indireta: a) Decisão transitada em julgado proferida pelo Juiz da 3°Vara Cível de Curitiba condenando o Banco do Brasil ao pagamento de R$85.000,00 a título de restituição em dobro por cobrança indevida de juros capitalizados em contrato bancário firmado com certo consumidor. FALSA. b) Decisão transitada em julgado proferida pelo Juiz da 3°Vara do Trabalho de Curitiba condenando a Caixa Econômica Federal ao pagamento de R$35.000,00 a título de diferenças salariais a João Antônio, jovem empregado de 28 anos de idade. FALSA. c) Decisão transmitida em julgado proferida pelo Juiz da 3°Vara Federal de Curitiba, condenando a União ao pagamento de R$3.000,00 a título de diferenças salariais a João Ricardo, servidor público federal de 30 anos de idade. FALSA. d) Decisão transitada e julgado proferida pelo Juiz da 3° Vara do Trabalho de Curitiba condenando a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios, pessoa jurídica de direito privado, ao pagamento de R$75.000,00 a título de indenização por danos morais a João Francisco, empregado de 78 anos de idade. VERDADEIRA. e) Decisão transitada e julgado proferida pelo Juiz da 3° Vara Federal de Curitiba condenando o Banco Central ao pagamento R$85.000,00 a título de diferenças remuneratórias a João Paulo, servidor concursado daquela entidade. FALSA. Considerações a) Decisão transitada em julgado proferida pelo Juiz da 3°Vara Cível de Curitiba condenando o Banco do Brasil ao pagamento de R$85.000,00 a título de restituição em dobro por cobrança indevida de juros capitalizados em contrato bancário firmado com certo consumidor. FALSA. Fundamentos: O Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista (S/A), pessoa jurídica de direito privado, portanto não paga seus débitos através de precatórios. b) Decisão transitada em julgado proferida pelo Juiz da 3°Vara do Trabalho de Curitiba condenando a Caixa Econômica Federal ao pagamento de R$35.000,00 a título de diferenças salariais a João Antônio, jovem empregado de 28 anos de idade. FALSA. Fundamentos: A CEF é uma empresa pública e, portanto, uma pessoa jurídica de direito privado, por isso não paga seus débitos através de precatórios. c) Decisão transmitida em julgado proferida pelo Juiz da 3°Vara Federal de Curitiba, condenando a União ao pagamento de R$3.000,00 a título de diferenças salariais a João Ricardo, servidor público federal de 30 anos de idade. FALSA. Fundamentos: O valor indicado é inferior aos 60 salários mínimos estipulados pelo art. 17, §1º, da Lei n.º 10.259/2001, portanto, é pago por RPV. d) Decisão transitada e julgado proferida pelo Juiz da 3° Vara do Trabalho de Curitiba condenando a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, os Correios, pessoa jurídica de direito privado, ao pagamento de R$75.000,00 a título de indenização por danos morais a João Francisco, empregado de 78 anos de idade. VERDADEIRA. Fundamentos: Relembre que apesar do Correios ser empresa pública, paga seus débitos por meio de precatório. Isso porque a CF, no art. 21, X estabelece que o serviço postal é exclusivo da União e) Decisão transitada e julgado proferida pelo Juiz da 3° Vara Federal de Curitiba condenando o Banco Central ao pagamento R$85.000,00 a título de diferenças remuneratórias a João Paulo, servidor concursado daquela entidade. FALSA. Fundamentos: Diferença remuneratória enquadra o débito em natureza alimentícia, em razão do elencado pelo §1º, do art. 100, CF. 12 - Leia as duas notícias a seguir: 1. Despesas com a folha dos servidores ultrapassam limite prudencial. As despesas com pessoal do Poder Executivo no período de maio de 2012 a abril de 2013 [ultrapassaram] o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Como em abril ocorrem as avaliações (...) da LRF, que considera os últimos 12 meses, o Estado de SC ficará impedido de conceder aumentos de salários, criar cargos ou funções, nomear novos servidores e contratar horas extras. Além disso, deverá adotar as medidas previstas no art. 169, par. 3o, da Constituição. (Disponível no site do Governo do Estado de Santa Catarina, adaptada para fins de formulação da questão: http://www.sea.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1676&Itemid=1&lang=) 2. Celesc [contratou] novos empregados. O Conselho Diretivo da Celesc, sensível à necessidade de reposição de pessoal para os trabalhos na chamada linha de frente, autorizou o chamamento de 116 profissionais para cargos na área técnica e comercial, cita o presidente. A Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A. – Celesc, é uma sociedade de economia mista catarinense, controladora de empresas concessionárias de serviços de geração e distribuição de energia elétrica. (Disponível em http://celesc.com.br/portal/index.php/noticias/1127-celesc-vai-contratar-novos-empregados,adaptada para fins de formulação da questão) I) ultrapassa-se o limite prudencial, a que se refere a primeira notícia, quando a despesa total com pessoal excede a noventa e cinco por cento do percentual limite, que, no caso das despesas de pessoal do Estado, corresponde a 60% da receita corrente líquida deste. VERDADEIRA. II) Quando a primeira notícia afirma que “as avaliações (...) da LRF [consideram] os últimos 12 meses”, está a se referir, na verdade, a sua forma de apuração, bem como a da receita corrente líquida, que considera o mês em referência e os onze meses anteriores. VERDADEIRA. III) A primeira das medidas a que se refere à Constituição, adotada com o fim de reduzir as despesas com pessoal, é a redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança. VERDADEIRA. IV) Como segunda medida, encontra-se a exoneração dos servidores não estáveis, aqui enquadrando-se, por exemplo, os empregados da Celesc, mencionada na segunda notícia. VERDADEIRA. Está(ão) correta(s), apenas: a) uma afirmativa d) nenhuma afirmativa b) duas afirmativas e) todas as afirmativas c) três afirmativas Considerações: I) ultrapassa-se o limite prudencial, a que se refere a primeira notícia, quando a despesa total com pessoal excede a noventa e cinco por cento do percentual limite, que, no caso das despesas de pessoal do Estado, corresponde a 60% da receita corrente líquida deste. VERDADEIRA. Fundamentos: Segundo o Art. 44 da LRF, a despesas com pessoal dos Estados e Municípios é de 60%, e da União de 50%. II) Quando a primeira notícia afirma que “as avaliações (...) da LRF [consideram] os últimos 12 meses”, está a se referir, na verdade, a sua forma de apuração, bem como a da receita corrente líquida, que considera o mês em referência e os onze meses anteriores. VERDADEIRA. Fundamentos: É o procedimento indicado pelo art. 2º, §3º da LRF. III) A primeira das medidas a que se refere à Constituição, adotada com o fim de reduzir as despesas com pessoal, é a redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança. VERDADEIRA. Fundamentos: Estão elencadas as medidas no Art. 169, §2º, 3º, 4º da CF, observando a redação dada pela Ec 19/98. Relembrando: 1ª - Cortar pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança. 2ª - Exoneração dos servidores públicos não estáveis (que no caso são as pessoas em estágio probatório inferior a 3 anos, empregados públicos, e outros cargos comissionados que eventualmente não foram exonerados na primeira medida). 3ª - Exoneração dos servidores estáveis. IV) Como segunda medida, encontra-se a exoneração dos servidores não estáveis, aqui enquadrando-se, por exemplo, os empregados da Celesc, mencionada na segunda notícia. VERDADEIRA. Fundamentos: Estão elencadas as medidas no Art. 169, §2º, 3º, 4º da CF, observando a redação dada pela Ec 19/98. Relembrando: 1ª - Cortar pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança. 2ª - Exoneração dos servidores públicos não estáveis (que no caso são as pessoas em estágio probatório inferior a 3 anos, empregados públicos, e outros cargos comissionados que eventualmente não foram exonerados na primeira medida). 3ª - Exoneração dos servidores estáveis. 13 - João e José são irmãos, pobres, sem nunca terem sido proprietários de um imóvel. Vieram do interior e não tinham onde morar na capital. Passaram, então a ocupar, cada qual, um terreno urbano abandonado. O terreno ocupado por João serviu de moradia à sua família que lá permaneceu por mais de cinco anos contínuos e sem oposição, porém este não residiu em referido imóvel, pois logo arranjou um emprego em outra cidade. José, por outro lado, permaneceu com sua esposa no outro terreno por ele ocupado por mais de cinco anos contínuos e sem oposição do proprietário. Ambos os terrenos tinham menos de 250 m2. Ambos os irmãos postularam judicialmente a aquisição da propriedade por usucapião constitucional urbano. A sentença de José foi a primeira a sair, julgando procedente o pedido. José, então, vendeu o seu terreno e passou a ocupar outro imóvel de igual dimensão e em iguais condições, com sua família. Neste caso: I) João possui direito a aquisição da propriedade por usucapião constitucional urbano, apesar de não utilizar o imóvel em questão para sua própria moradia. VERDADEIRA. II) incidiu em equívoco a primeira sentença de José ao deferir-lhe a aquisição da propriedade por usucapião, pois o imóvel por ele ocupado possui mais de 200 m2, limite máximo que um terreno pode ter para ser objeto da pretensão deduzida em juízo. FALSA. III) José conseguirá, no segundo imóvel por ele ocupado, novamente, adquirir-lhe a propriedade por usucapião constitucional urbano, desde que permaneça, de novo, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, utilizando-o para fins de moradia e considerando que não é proprietário de outro bem. FALSA. Está(ão) incorreta(s) apenas: a) a afirmativa II b) a afirmativa III c) as afirmativas I e II d) as afirmativas II e III e) todas Considerações: I) João possui direito a aquisição da propriedade por usucapião constitucional urbano, apesar de não utilizar o imóvel em questão para sua própria moradia. VERDADEIRA. Fundamentos: Possui, pois cumpre com os requisitos previstos no caput do art. 183: “ Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. ” II) incidiu em equívoco a primeira sentença de José ao deferir-lhe a aquisição da propriedade por usucapião, pois o imóvel por ele ocupado possui mais de 200 m2, limite máximo que um terreno pode ter para ser objeto da pretensão deduzida em juízo. FALSA. Fundamentos: O máximo da propriedade é de 250 m², previsto no art. 183: “ Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. ” III) José conseguirá, no segundo imóvel por ele ocupado, novamente, adquirir-lhe a propriedade por usucapião constitucional urbano, desde que permaneça, de novo, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, utilizando-o para fins de moradia e considerando que não é proprietário de outro bem. FALSA. Fundamentos: A CF impõe o limite de uma vez, no §2º do art. 183: “Esse direito (usucapião constitucional urbano) não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. ” 14 - Leia a reportagem e assinale a assertiva correta: A volta do Estado empresário (Por Octávio Costa) Desde a Era Vargas até meados da década de 80, o Brasil foi marcado pela forte presença do Estado na economia. Era o tempo do Estado-empresário, com a Petrobras, a CSN e a Vale do Rio Doce à frente. Nos anos 90, veio a época das privatizações, com resultados positivos e negativos que ainda estão por aí. Depois de muita polêmica, o prestígio do Estado voltou a crescer no governo Lula. (...) (Fonte: IstoÉ Dinheiro In: www.istoedinheiro.com.br; Edição n. 505, 30.mai.07) a) no ordenamento constitucional vigente, em relação à Ordem Econômica, o Brasil adota, como regra, o intervencionismo estatal, sistema no qual o Estado interfere direta e indiretamente na economia. FALSA. b) no ordenamento constitucional vigente, em relação à Ordem Econômica, o Brasil adota, como regra, o liberalismo econômico, sistema no qual o Estado não interfere na economia, nem de forma indireta. FALSA. c) noordenamento constitucional vigente, em relação à Ordem Econômica, o Brasil adota o liberalismo econômico como regra, e o intervencionismo estatal excepcionalmente, de modo que o Estado só interfere indiretamente na economia. FALSA. d) no ordenamento constitucional vigente, em relação à Ordem Econômica, o Brasil adota o liberalismo econômico como regra, e o intervencionismo estatal excepcionalmente, podendo o Estado interferir diretamente e indiretamente na economia. VERDADEIRA. e) nenhuma das alternativas está correta. FALSA. Considerações: a) no ordenamento constitucional vigente, em relação à Ordem Econômica, o Brasil adota, como regra, o intervencionismo estatal, sistema no qual o Estado interfere direta e indiretamente na economia. FALSA. b) no ordenamento constitucional vigente, em relação à Ordem Econômica, o Brasil adota, como regra, o liberalismo econômico, sistema no qual o Estado não interfere na economia, nem de forma indireta. FALSA. c) no ordenamento constitucional vigente, em relação à Ordem Econômica, o Brasil adota o liberalismo econômico como regra, e o intervencionismo estatal excepcionalmente, de modo que o Estado só interfere indiretamente na economia. FALSA. d) no ordenamento constitucional vigente, em relação à Ordem Econômica, o Brasil adota o liberalismo econômico como regra, e o intervencionismo estatal excepcionalmente, podendo o Estado interferir diretamente e indiretamente na economia. VERDADEIRA. Fundamentos: O Estado brasileiro, por força da norma constitucional, adota como princípio a livre iniciativa, como previsto no art.170, parágrafo único, bem como o princípio da livre concorrência, art. 173, §4º2, desta maneira assegurando o liberalismo econômico. Porém, em razão da constituição não ser tipicamente de um estado liberal, o constituinte ressalvou essas liberdades, e impôs limites, como no art. 5º, XXIII (a propriedade atenderá a sua função social), onde abre espaço para a intervenção pontual por parte do estado, em casos de manutenção da ordem social e do interesse da coletividade (à exemplo das desapropriações já estudadas). 2 Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I – soberania nacional; II – propriedade privada; III – função social da propriedade; IV – livre concorrência; V – defesa do consumidor; VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela EC n. 42/2003) VII – redução das desigualdades regionais e sociais; VIII – busca do pleno emprego; IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. (Redação dada pela EC n. 6/1995) Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei (...): § 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros. 15 - Leia e assinale a alternativa correta: I) São institutos constitucionais que impõe ao proprietário a perda de sua propriedade por inobservância da função social, o usucapião constitucional e a desapropriação sancionatória. VERDADEIRA. II) na desapropriação sancionatória urbanística, a União procederá a desapropriação mediante justa e prévia indenização em títulos da dívida pública. FALSA. III) os títulos da dívida pública constituem receita de capital, na classificação quanto à natureza, sendo que no caso de desapropriação urbanística, o ente competente deverá resgatá-los em até 10 anos. FALSA. IV) no pagamento da indenização decorrente de desapropriação urbanística, as benfeitorias úteis e necessárias serão pagas previamente em dinheiro, sendo o restante do valor da indenização pago em títulos da dívida pública. FALSA. V) poderá o Estado do Paraná desapropriar imóveis que se situem em seu território, sem pagamento de qualquer indenização, caso o proprietário os esteja utilizando para o plantio de plantas psicotrópicas, conforme expressa autorização constitucional. VERDADEIRA. a) todas as afirmativas estão corretas. b) apenas quatro afirmativas estão corretas. c) apenas uma afirmativa está correta. d) apenas três afirmativas estão corretas. e) apenas duas afirmativas estão corretas. Considerações: I) São institutos constitucionais que impõe ao proprietário a perda de sua propriedade por inobservância da função social, o usucapião constitucional e a desapropriação sancionatória. VERDADEIRA. Fundamentos: Tanto o usucapião constitucional, como a desapropriação são formas de perda da propriedade. II) na desapropriação sancionatória urbanística, a União procederá a desapropriação mediante justa e prévia indenização em títulos da dívida pública. FALSA. Fundamentos: Nesta modalidade o Estado não está preparado para arcar com as custas de uma propriedade, portanto, indeniza em títulos da dívida pública resgatáveis em 10 anos. Art. 182, §4º, III: “É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. ” III) os títulos da dívida pública constituem receita de capital, na classificação quanto à natureza, sendo que no caso de desapropriação urbanística, o ente competente deverá resgatá-los em até 10 anos. FALSA. Fundamentos: A desapropriação urbanística, não sendo sancionatória, rege-se pelo art. 182, §3º “As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. ” IV) no pagamento da indenização decorrente de desapropriação urbanística, as benfeitorias úteis e necessárias serão pagas previamente em dinheiro, sendo o restante do valor da indenização pago em títulos da dívida pública. FALSA. Fundamentos: Este pagamento somente é autorizado pelo art. 184 “Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. §1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. ” V) poderá o Estado do Paraná desapropriar imóveis que se situem em seu território, sem pagamento de qualquer indenização, caso o proprietário os esteja utilizando para o plantio de plantas psicotrópicas, conforme expressa autorização constitucional. VERDADEIRA. Fundamentos: É o enunciado pelo art. 243 “As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da leiserão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.”
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