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Sáude Coletiva - Sistema Único de Saúde

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
SAÚDE COLETIVA 1 
CURSO DE ODONTOLOGIA 
GABRIELE LIMA 
 
 
 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 
O sus é um sistema único que envolve todas as atividades da atenção à saúde, ele deve 
ser organizado a partir da descentralização e deve ter uma direção única na esfera do governo. 
Os amplos objetivos do SUS podem se resumir a três principais: a identificação e divulgação de 
fatores condicionantes e determinantes da saúde, a formulação de políticas de saúde 
destinadas a promover saúde como direito, e, assistência as pessoas por intermédio de ações 
de promoção, proteção e recuperação da saúde. O campo de atuação do SUS é extremamente 
amplo, envolve diversas áreas como: formulação de política, vigilância sanitária, proteção do 
meio ambiente, vigilância nutricional, formulação e execução da política de sangue e 
derivados, saúde do trabalho. 
Obs: Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
Princípios são as bases filosóficas, cognitivas e ideológicas, sabendo disso quais são os 
princípios do sus? Universalidade (garantia de atenção à saúde a todo e qualquer cidadão), 
integralidade (assistência integral para o homem que é um ser integral e biopsicossocial) e 
equidade (todo cidadão é igual e será atendido de acordo com a sua necessidade). Já diretrizes 
são as estratégias e meios de organização do sistema, e as diretrizes do sus são resolutividade, 
descentralização, participação dos cidadãos, setor privado complementar*, regionalização e 
hierarquização. 
*O setor privado complementar é instalado quando se tem insuficiência do setor público, 
porém devem obedecer os princípios e diretrizes do SUS, é dado preferência para instituições 
sem fins lucrativos e filantrópicas. 
Desde a criação do SUS ele tem sido uma arena de disputa entre os interesses públicos 
e privados pelo controle do setor saúde. O sistema único de saúde é um processo histórico em 
construção. 
Ser gestor do SUS compreende a atividade e responsabilidade de comandar um 
sistema de saúde - municipal, estadual ou nacional, exercendo as funções de: Coordenação, 
articulação, negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria. 
Teremos emtão gestores que são divididos em: Ministro de saúde, secretário estadual de 
saúde e secretário municipal de saúde. 
O SUS é constituído por normas operacionais básicas que têm como objetivo fornecer 
instruções para implantação e operacionalização dele e promover integração entre as esferas 
de governo definindo responsabilidades para consolidação do SUS. 
NOB 92: Requisitos básicos para transferência de recursos do SUS. 
NOB 01/93: Implantação dos Programas de Agentes Comunitários de Saúde e Saúde da 
Família. 
NOB 96: Continuidade ao processo de construção do SUS e modificaçõ das condições de 
Gestão do SUS para municípios. 
 
SUS e saúde bucal: NOAS 2001/2002 – importância das ações de saúde bucal no âmbito da 
atenção básica. Na Gestão Plena da Atenção Básica Ampliada (GPBA) estão presentes várias 
áreas estratégicas, incluindo a saúde bucal. Além da saúde bucal teremos controle da 
tuberculose, eliminação da hanseníase, controle da hipertensão arterial, controle da diabete 
mellitus, saúde da criança, saúde da mulher. 
PACTO PELA SAÚDE: Tem três dimensões – pacto pela vida, pacto em defesa do sus e pacto de 
gestão. O Pacto se constitui a partir de uma unidade de princípios que buscam: •Respeitar as 
diferenças locais e regionais • Reforçar a organização das regiões sanitárias instituindo 
mecanismos de cogestão e planejamento regional • Qualificar o acesso ao direito humano à 
saúde • Redefinir instrumentos de regulação, programação e avaliação • Valorizar a 
cooperação técnica entre os gestores • Unificar os diversos pactos existentes • Estimular o 
financiamento tripartite • Fortalecer o controle social. 
O pacto esbelece metas como: a universalização do Serviço de Atendimento Móvel de 
Urgência (SAMU), a criação das UPAs, a ampliação da Estratégia Saúde da Família, a inclusão 
de novas vacinas no calendário infantil, capacitação de profissionais, fortalecimento do 
controle social, mudança de mecanismos de gestão, e outros. 
E o pacto tem ainda a presença de 3 pilares, o primeiro pilar tem como base a promoção e 
atenção a saúde com a família no centro da mudança, o segundo pilar está relacionado a 
gestão trabalho e controle social, e o terceiro pilar se relaciona com a ampliação do acesso 
com qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL – A INSERÇÃO DA SAÚDE BUCAL NO SUS 
Na década de 90 cada munícipio tinha um experiêcia variada com relação a saúde 
bucal, populações restritas tinham algumas programações consebidas, porém essas 
programações eram reducionistas e implementadas separadamente das demais ações ações 
de saúde. E só tardiamente a saúde bucal foi implementada ao SUS. 
A decisão de implementar a saúde bucal no SUS só se concretizou na 3ª Conferência 
Nacional de Saúde Bucal na qual se resgatou o conceito de que essa área é parte integrante e 
inseparável da saúde geral do indivíduo. Com isso em 2004 foi implementado o Brasil 
Soridente que busca superar desigualdades em saúde bucal por meio da reorganização da 
prática assistencial e da qualificação dos serviços oferecidos; estruturar as APS, em particular a 
ESF; implantar redes de cuidados progressivos, com ações de maior densidade tecnológica em 
níveis especializados. 
Política nacional de saúde bucal (PNSB): Diretrizes- Compromisso de qualificação da 
AB, garantindo qualidade e resolutividade, e sua articulação com toda a rede de atenção à 
saúde; Integralidade nas ações de SB, articulando o individual com o coletivo, a promoção e a 
prevenção com o tratamento e a recuperação da saúde da população, não descuidando da 
necessária atenção a qualquer cidadão em situação de urgência; Utilização da epidemiologia e 
das informações sobre o território para subsidiar o planejamento; Acompanhamento do 
impacto das ações de saúde bucal por meio de indicadores; Adoção de práticas contínuas de 
avaliação e acompanhamento dos danos, riscos e determinantes do processo saúde doença, 
atuação intersetorial e ações sobre o território; Política de educação permanente para os 
trabalhadores em saúde bucal; Financiamento para o desenvolvimento de ações visando à 
reorientação do modelo de atenção; Agenda de pesquisa científica para identificar os 
principais problemas relativos à saúde bucal, e desenvolver novos produtos e tecnologias 
necessários à expansão das ações dos serviços públicos de saúde bucal, em todos os níveis de 
atenção. 
A política nacional de saúde bucal é organizada em: Atenção primária em saúde bucal (ESB e 
UOM); Atenção especializada (LRPD, CEO, Ortodontia e implantes dentários, adesão RCDP); 
Alta complexidade (trat. Para pacientes especiais, autorização para internação hospitalar, 
atenção odontológica no credenciamento de CACON e UNACON); Promoção e prevenção 
(fluoretação das águas, programas de saúde em escola, doação de kits de higiene bucal); 
Restauração e qualificação (doação de equipamentos odontológicos, incentivo á pesquisa em 
saude bucal coletiva, capacitação de ESB e CEO); Vigilância e monitoramento (centros 
colaboradores em vigilância em saúde bucal); Integração ensino-serviço (graduaCEO). 
As equipes de saúde bucal Da ESF se orgsnizam em modalidades : I – CD e ASB ou TSB; 
II – CD, ASB ou TSB e TSB; III – ESB-unidade odontológicamóvel. 
O processo de trabalho é organizado em trabalho em equipe, trabalho multidisciplinar, 
planejamento, ações intersetoriais, foco de atuação centrado no território-família-
comunidade. 
Centro de especialidades odontológicas (CEO): Tem serviços de referência para as 
Equipes de Saúde Bucal: 1. Diagnóstico bucal 2. Periodontia especializada 3. Cirurgia oral 
menor 4. Endodontia 5. Atendimento a portadores de necessidades especiais. 
Obs: financiamento de tratamentos ortodônticos e implantes dentários são os novos 
procedimentos na tabela do sus, porém, a oferta dependerá da organização dos estados e 
municípios. 
 
ATENÇÃO BÁSICA NO SUS – ESF 
A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações, no âmbito individual e coletivo, que 
abrangem a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o 
tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de 
desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas 
e nos determinantes e condicionantes da saúde coletiva. 
Os atributos e diretrizes da atenção básica são: acessibilidade e Acolhimento (porta de entrada 
preferencial e porta aberta); territorialização e responsabilização Sanitária; vínculo; Cuidado 
Longitudinal; coordenação do cuidado; trabalho em equipe multiprofissional. 
E qual é a função da Atenção Básica? Ser base, ser resolutiva, coordenar o cuidado e ordenar 
as redes. A Atenção Básica é complexa e está relacionada a diversos fatores, como, educação; 
prevenção (imunizações); controle de doenças transmissíveis e infecciosas, endêmicas ou 
epidêmicas; alimentação adequada; saneamento e provisão de água potável; cuidados de 
saúde materno-infantil e planejamento familiar; tratamento adequado de doenças e lesões 
comuns; acesso a medicamentos essenciais. 
Já a ESF busca a reorganização da AB no país de acordo com o preceito do SUS, é tida como 
estratégia de expansão, qualificação e consolidação da AB porque tem maior relação custo-
efetividade, amplia a resolutividade e impacto da situação de saúde das pessoas e favorece 
uma reorientação de trabalho. 
NASF – Núcleo de apoio a saúde da família: Tem como objetivo ampliar a abrangência e a 
resolutividade da atenção básica (aumento da capacidade de cuidado das equipes apoiadas, 
oferta direta de novas ações, apoio à gestão do cuidado em rede). E sua lógica de atuação é 
centrada no apoio matricial como referencial teórico-metodológico, e também atua nas 
dimensões clínico-assistencial e técnico-pedagógica. 
Obs: Há uma abrangência enorme de profissionais que podem atuar no NASF, como, 
psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, profissionais de educação física, farmacêuticos e 
vários outros.

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