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portifólio e diario de campo sobre inclusão social

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
 Aluno: Juliane dos Santos França RU: 2234964
 
 PORTIFÓLIO 
 UTA 
 MÓDULO A - FASE I 
 
 CIDADE: PITANGA PR 
 
 2018
 INTRODUÇÃO 
Este diário de campo foi realizado a Escola Estadual e Ensino Fundamental, Aristides Dal Santo, situada à Rua Principal S/N – Bairro Volta Grande, Nova Tebas/PR. As observações ocorreram na sala do 6º e 7º ano, onde havia 5 alunos entre meninas e meninos. Sendo um com Necessidades Educativas Especiais (NEE ) e outros quatro alunos com DÉFIT, sendo trêis com Défit de atençao e um com Defiti Intelectual. Um aluno com deficiência visual, com a perca total da visao de um dos olhos, e a parcial do outro.
 A LEI E O DIA A DIA NA ESCOLA 
Na antiguidade, a perfeição física, a habilidade com as palavras e as outras habilidades, eram aspectos que conferia as pessoas o direito de cidadania na vida social. Desse modo, as pessoas que nasciam com alguma defici ência explicita eram relegadas ao abandono, sem valor na sociedade, muitas chegavam a ser exterminadas. Na Idade Média este quadro passa a ser lentamente modificado, com o fortalecimento da Igreja Católica que aliada à nobreza, passou a ter uma grande influência em relação aos princípios e valores morais que conduziam a vida em sociedade. A constituição Federal de 1988 deu o primeiro passo no processo da educação inclusiva. De lá pra cá houve avanços, leis foram criadas, escolas se preparando para recebê-los, adaptação física caminhando a passos de tartaruga, materiais pedagógicos adequados, porém, desatualizados e mal conservados, e professores se qualificando, não como deveriam, mas da forma que seus salários podem pagar. 
De acordo com a Lei 1 3. 14 6, de 16 de julho de 2105; “Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”. A lei lhes assegura o direito à vida, à saúde, à educação. A lei garante que pessoas com necessidades educacionais especiais (NEE) possam se matricular, frequentar e participar da escola regular. 
Mas infelismente, na prática não é o que acontece. Não estamos sozinhos nesta luta da inclusão, o conjunto de recomendações e propostas da Declaração de Salamanca, é guiado pelos seguintes princípios: Independente das diferenças individuais, a educação é direito de todos; Toda criança que possui dificuldade de aprendizagem pode ser considerada com necessidades educativas especiais; A escola deve adaptar-se às especificidades dos alunos, e não os alunos as especificidades da escola; O ensino deve ser diversificado e realizado num espaço comum a todas as crianças. 
 
 
 DIARIO DE CAMPO
 
Durante o período de observação em sala, pude perceber claramente a dificuldade que a professora enfrenta para conseguir atender às necessidades dos alunos. Como a escola é na área rural do municipio, sao poucos alunos, e em cada sala estudam duas séries, e os professores tenhem que estar aptos a ensinar a máteria para cada ano letivo num so sala, oque torna mais dificil priorisar os com deficiências. Em alguns momentos o aluno com problema de visão não conseguia acompanhar a aula, pois eram dois conteúdos no quadro e ele solicitava auxilio, e a professora o pedia para aguardar, os alunos com DÉFIT são bastante ativos e "teimosos" necessitando a professora chamar a atenção varias vezes, pois desviavam á atenção da aula para brincarem, e assim acabavam tirando a atenção não só dos alunos mais da professora também. Uma professora apenas para atender 13 alunos, sendo 7 alunos do 6º ano e 6 alunos do 7°ano, realmente é complicado atender as 2 séries numa só sala. O acesso à escola está adaptado com rampas e corrimão, os banheiros e bebedouros também estão adequados, não só para o aluno com deficiência visual, mais para futuramente tambem auxiliar em possiveis alunos cadeirantes, o acesso a entrada da escola está adequado com rampa, a escola também dispõe de material bem como: Computador com teclado em braile, também o teclado colméia para alunos com deficiência motora, embora não possua nenhum aluno com essa deficiência, na medida que a escola necessita de recursos, a escola consegue junto a Secretaria da Educação do Estado, e junto ao Governo o material necessário, a Secretaria da Educação Municipal também apoia, e da todo suporte necessário no caso de necessidades especiais. A escola não dispõe de intérprete de Libras, pois não se encontra no estado profissionais aptos a esta função. Mais o mais importante esta em falta, a participação assídua dos pais. Segundo a Diretora alguns pais deixam a desejar na participação da vida escolar de seus filhos. Em especial, nesta sala onde relata a professora. "É na família seu primeiro grupo com o qual a criança convive e seus membros são seus exemplos de vida, nela se aprende os primeiros valores e hábitos. Quando essa criança é inserida na escola, ela irá expor ou colocar em prática os valores que lhe foi inserido em casa, e é neste sentido que o ambiente familiar irá surtir efeito e fará com que a inclusão aconteça de uma maneira natural ou de forma mais complicada e dificultosa", a Diretora disse; Que os pais alegam nao terem tempo, devido maior parte viver da lavoura, ou do trabalho em sítios e fazendas. O poio da família é essencial para a aprendizagem do aluno. Sem sua participação a escola e o professor sentem dificuldades em descobrir suas reais necessidades e habilidades principalmnte para os alunos com DÉFIT. A parceria entre família-escola auxilia no processo de inclusão. Desse modo, na educação inclusiva a escola deverá adequar-se a estes alunos e não o inverso, disse a Diretora. Não basta apenas receber os alunos com necessidades educativas especiais em escola regular, precisamos estar preparados para que o ensino seja adequado e de qualidade. Sou a favor de um professor auxiliar em sala, nao devido a pequeno numero de alunos mais devido serem duas series ocupando a mesma sala. Não há como fazer milagres, conseguir dar atenção especial á aqueles que mais precisam sendo uma só.
 CONCLUSÃO
 
Para enfrentarmos as diferenças primeiramente é necessário combater o preconceito. Embora tenha ocorrido muitos avanços, a educação inclusiva está longe de atender a todos. Embora a Secretária da Educação Estatual e Municipal apoiem, e dêem todo suporte nescessário. A falta de proficionais capacitados para o melhor atendimento aos alunos da inclusao social, ainda é grande. A diretora da escola que acompanhei é especializada, pós-graduada, têm anos de carreira na educação, ela disse; “Não podemos muito, mas procuramos fazer o necessário para que a criança sinta-se acolhida e inserida na sala de uma forma natural. Os colegas também necessitam ser preparados para recebê-los, nós educadores precisamos trabalhar para que não haja rejeição ou discriminação”. O que presenciei nesta escola mesmo com tantas dificuldades, foi o gesto de amor por parteda professora e dos colegas de turma. Cada um sempre disposto a ajudar com o que podia, seja repetindo o que a professora havia dito, seja empurrando a cadeira do meio da sala, seja ajudando o aluno a ler e as tarefas do quadro, ou ditando oque estava escrito. Na hora do intervalo, foi maravilhoso presenciar, o aluno esteve sempre rodeados dos colegas, em nenhum momento ficava sozinho. Ouvi muitas conversas e risos. Não apenas com os colegas da sala, mas com todos. Para ser um bom educador é necessário buscar conhecer cada vez mais cada aluno, procurando as alternativas pedagógicas que melhor atendam às necessidades de cada aluno. Não basta ser somente habilitado, ou ter anos de carreira é preciso ter o domínio técnico, pedagógico e competência, e principalmente, é preciso ter amor pela profissão. Cabe a nos incentivar e concientizar os alunos a respeitar as diversidades. 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 
* LEI Nº13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Paragrafo único, Art.2
* Constituição Federal de 1988 
* O Globo- https://oglobo.globo.com/sociedade/pessoas-com-deficiencia-nao-tem-direitos-garantidos-em-76-dos-paises-20579389 
* UNESCO. Declaração e Salamanca. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Disponível em: <http:// po rtal.mec .go v .br/s ee sp/arquiv o s/pdf/salam anca.pdf >

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