Buscar

AUTO MUTILAÇÃO JUVENTUDE E ANGÚSTIA

Prévia do material em texto

Andresa Galoni1, Bia Ferreira2, Deise Galoni3, Denise Galoni4 
1 Escola Estadual Profa. Catharina Casale Padovani (dresaa_galoni@yahoo.com.br) 
 
 
AUTO-MUTILAÇÃO: JUVENTUDE E ANGÚSTIA 
 
RESUMO: Neste trabalho tivemos o objetivo de mostrar como a auto-mutilação é um problema 
presente na vida de muitos jovens. Procuramos mostrar como a auto-mutilação é, muitas vezes, uma 
forma de amenizar a sua angústia. Nossa pesquisa buscou informações na Internet, em literatura sobre 
esse assunto e, também, em “comunidades” de automutiladores. Tivemos uma conversa informal com 
uma psicóloga e entrevistamos alguns jovens. Nosso trabalho procura chamar a atenção para uma 
problemática muito presente na vida de muitos jovens, mas pouco discutida, ainda hoje, em nosso meio 
acadêmico e social. 
 
PALAVRA-CHAVE: Auto-mutilação , jovens e transtornos psicológicos. 
 
INTRODUÇÃO: Toda introdução, para qualquer tema, tenta prender a atenção do leitor. Contudo, 
esse tema já chama a atenção por si só. Queremos apenas solicitar-lhes atenção para os fortes exemplos 
que serão aqui expostos (histórias verídicas). 
 
MATERIAIS E MÉTODO: O nosso trabalho baseou-se em fatos ocorridos com.pessoas que 
independentemente da idade cometem auto-mutilação simplesmente pela sensação de alívio e prazer. 
Muitos pensam que essa é a única forma de amenizar a sua angústia. Com essa pesquisa visamos mostrar 
a estes, que existem outras formas de controlar os transtornos emocionais que eles sentir. Pesquisamos 
as informações necessárias, em sua maioria, na Internet e também com uma psicóloga e conversamos 
com alguns jovens que praticam a auto-mutilação. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Auto – Mutilação 
 
“Uma dor maior para aliviar uma menor”. É este o lema de vários adolescentes que 
praticam o ‘Cutting’ ou a Auto-mutilação. 
Infelizmente, jovens estão recorrendo às facas, lâminas, tesouras, ou outros objetos 
cortantes, para se cortarem e aliviarem a dor e a angústia que os atormenta. Para tentarem 
esquecer esse sofrimento emocional e apenas sentirem momentaneamente um “alívio” físico. 
Isto os faz sentir calma e alívio interno. Contudo, ao verem o estado em que deixaram o seu 
próprio corpo , sentem-se culpados e retornam ao seu estado de transtorno. 
Esta ‘angústia’ que eles dizem sentir deve-se, muitas vezes, a conflitos familiares, às amizades 
ou até mesmo pelo seu psicológico . 
As pessoas que realizam tal ato, não se orgulham dessas atitudes, apenas não encontram 
outras alternativas para sobrepor as suas dores, envergonham-se e refugiam-se cada vez mais 
nessas atitudes, sentem-se excluídas do mundo "normal", não conseguindo pedir ajuda para o 
alivio de suas dores afetivas. É importante, a auto-mutilação não ser confundida com o 
masoquismo, chantagem emocional ou tentativa de suicídio. 
Na tentativa de refúgio, para que ninguém veja sua alto mutilação , usam apenas roupas de 
manga comprida, pulseiras, acessórios, calça comprida, enfim, tudo que possa camuflá-los. 
Muitos tentam parar, querem ajuda, mas não conseguem sucesso pois, ninguém oferece ajuda. 
Têm medo do que as pessoas “normais” vão achar e dizer sobre o assunto, principalmente a 
família. 
A família é de extrema importância para essas pessoas. Ela deve dar apoio ao auto-mutilante e 
incentivá-lo a curar-se deste mal .No entanto, há casos em que o nível da doença encontra-se 
fora de controle, deve-se então procurar ajuda médica de imediato. E as famílias devem ficar 
atentas ao comportamento do jovem e observar detalhes diferentes: se este se veste de roupas 
compridas até mesmo no verão,o seu comportamento diante a outras pessoas; seu humor 
diariamente; se tem ou não amizades; o tempo que passa trancado no quarto ou qualquer outro 
lugar da casa, etc.. 
Observe estes exemplos : 
“Sou uma adolescente que se corta e que ficou ligeiramente surpreendida com este post. 
Nunca pensei ser mentalmente doente. Sou apenas uma pessoa que tem um método 
diferente das outras pessoas de aliviar a sua dor. 
Prazer”¹(Anônimo) 
“Eu axo q n vou mentalmente doente n.. e ainda meu psicologo nunca me disse nada p eu 
procurar um psiquiatra.. meus pais sabem q eu me corto pq eu ja cortei muito forte e fui p 
hospital.. por isso eles sabem e kerem q eu va p um psiquiatra.. + meu psicologo disse q eu n 
preciso n... ^^ sofro realmente disso a muito tempo.. desde os 12 tenhu 20.. e eu realmente n 
vejo uma luz no fim do tuneo...”² (Anônimo) 
“Eu não acho que seja maluca, apenas faço isso para me sentir melhor e para sentir que estou 
viva e descarregar a minha raiva... a minha vida não vale nada e apenas os amigos são 
importantes pa mim, mas quando chego a casa não há amigos humanos, há amigos cortantes... 
ninguém sabe de nada, começei a cortar-me em novembro, há marcas que nunca sairão... Cada 
vez faço cortes piores, mais fundos, é sangue por todo o lado, ainda por cima ganhei a mania 
de rasgar a carne no fim de cortar... mas vai chegar o verão e acho que se vão notar os cortes, 
mas não quero dizer a ninguém, preciso de ajuda, estou como num pesadelo eu tinha fobia a 
tudo o que cortasse e o que achava que nunca me viria a acontecer aconteceu... mas preciso de 
me cortar para me encontrar, já cheguei a dizer "Ok fui vencida, desisto...", mas eu não quero 
desistir e não vou desistir, mas sozinha não consigo...”³ (Anônimo) 
CONCLUSÃO: Auto-mutilação se refere a comportamentos onde grandes feridas são auto-infligidas. 
A maioria das pessoas que se mutilam estão bastante conscientes de suas feridas e cicatrizes, e tomam 
atitudes extremas para esconder seu comportamento dos outros. Eles podem oferecer diferentes 
explicações para suas feridas, ou tampar suas cicatrizes com roupas. Auto-mutilação, nessas pessoas, 
não está associada ao suicídio. A pessoa que se automutila não está, normalmente, querendo terminar 
sua própria vida, mas sim usando esse comportamento como um modo de ajuda para aliviar dor 
emocional e desconforto. Essas 
pessoas se convenceram que precisam disso para dar vazão aos seus sentimentos, alguns até tentam, 
mas não conseguem sair deste ciclo vicioso . A cura? Não 
existe . Mas a ajuda está para quem quiser receber. 
AGRADECIMENTO: Agradecemos ao Professor orientador Maurício Cléto da Silva Júnior pelo 
apoio , dedicação , preocupação e interesse em nos orientar. 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
Auto-mutilação. In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2007. 
http://www.infopedia.pt/$automutilacao;Self-harm. In BBC Online . BBC News, 2004. 
http://news.bbc.co.uk/1/hi/health/medical_notes/4067129.stm.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes