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Módulo 2 Noções de Documentação

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Módulo
Noções de Documentação2
Brasília - 2017
Introdução ao
Sistema de Gestão Assentamento 
Funcional Digital - SGAFD
© Enap, 2016
Enap - Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Comunicação e Pesquisa
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Telefone: (61) 2020 3096 - Fax: (61) 2020 3178
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente
Francisco Gaetani
Diretor de Educação Continuada
Paulo Marques
Coordenadora-Geral de Educação a Distância
Natália Teles da Mota Teixeira
Diagramação realizada no âmbito do acordo de Cooperação TécnicaFUB/CDT/Laboratório Latitude e Enap.
SUMÁRIO
1 Conceitos fundamentais ..............................................................................5
1.1 Conceitos importantes no processo de gestão de documentos ..................... 6
2 Recepção de documentos ............................................................................7
3 Preparação de documentos .........................................................................8
3.1 Higienização .................................................................................................. 8
3.2 Recuperação .................................................................................................. 9
4 Digitalização de documentos .......................................................................9
4.1 Captura de imagens .................................................................................... 10
4.2 Aplicação de OCR ......................................................................................... 11
4.3 Conhecendo equipamento de digitalização (Scanner) .................................12
5 Validade jurídica do documento digital ...................................................... 12
5.1 Assinando documentos com certificado digital ...........................................13
6 Registro de documentos ............................................................................ 14
7 Registro de índices adicionais .................................................................... 14
7.1 Classificação .................................................................................................. 5
8 Resumo ..................................................................................................... 15
Referências Bibliográficas ............................................................................. 16
5
1 Conceitos fundamentais
Você já ouviu falar em gestão de documentos? Sabe do que se trata? Então vamos entender 
um pouco melhor sobre gestão de documentação.
Módulo
Noções de Documentação2
6
De acordo com a art. 3º da Lei 8.159/1991, considera-se gestão de documentos 
o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, 
tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando 
a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
Nesse contexto, o Sistema de Gestão do Assentamento Funcional Digital - SGAFD, alinhado às 
diretrizes do Arquivo Nacional, busca, em um processo de tratamento documental, promover 
o acesso às informações integrantes das pastas funcionais dos servidores e empregados do 
poder executivo federal, utilizando técnicas especializadas em documentos. 
A realidade de muitas instituições públicas impõe o tratamento da massa documental 
acumulada, de forma que, conforme determina a Lei 12.527/2011, seja possível franquear 
o acesso aos assentamentos funcionais, de maneira restrita aos agentes públicos legalmente 
autorizados que trabalhem nos recursos humanos dos órgãos ou entidades, e aos servidores, 
cuja pasta lhe pertençam, para que possam pesquisar a informação de que necessitar. Nesse 
sentido, o SGAFD trabalha dentro dos parâmetros determinados pela Legislação Arquivística 
Brasileira, que possui diversos instrumentos determinantes de deveres e práticas que devem 
ser seguidas pelos órgãos públicos.
1.1 Conceitos importantes no processo de gestão de documentos
 
• Acesso - Função arquivística destinada a tornar acessíveis os documentos e a promover 
sua utilização.
• Documento - Unidade de registro de informações, independentemente do formato 
ou suporte utilizado. 
• Suporte - Material no qual são registradas as informações.
• Formato - É a forma como se apresenta o documento determinado de acordo com as 
características física e técnica dos registros, tais como livros, fichas, cadernos, 
processos.
• Digitalização - Processo de conversão de um documento para o formato digital por 
meio de dispositivo apropriado, como um scanner.
• Preservação - Prevenção de deterioração e danos em documentos, por meio de 
adequado controle ambiental e/ou tratamento físico e/ou químico adequado.
7
• Armazenamento - Guarda de documentos em depósito apropriados.
• Prazo de guarda - Definido na tabela de temporalidade e baseado em estimativas de 
uso, em que os documentos deverão ser mantidos no arquivo corrente ou no arquivo 
intermediário, ao fim do qual a destinação é efetivada. Também chamado período de 
retenção ou prazo de retenção.
• Classificação de documentos - Organização dos documentos de um arquivo ou coleção 
de acordo com um plano de classificação, código de classificação ou quadro de 
arranjo.
• Tabela de Temporalidade e Destinação - Instrumento de destinação, aprovado por 
autoridade competente, que determina prazos e condições de guarda tendo em vista 
a transferência, o recolhimento, o descarte ou a eliminação de documentos.
• Acondicionamento - Embalagem ou guarda de documentos visando à sua preservação 
e acesso.
• Princípio do Respeito à Ordem Original - Os documentos devem ser mantidos na 
origem ou arranjo original instituída pela entidade produtora. Esta ordem deve ser 
mantida ou reconstruída.
• Preparação - Processo de trabalho constituído das atividades de higienização e 
recuperação de documentos.
• Digitalização - É o processo pelo qual são capturadas as imagens dos documentos.
• OCR (Optical Character Recognition) - É uma tecnologia para reconhecer caracteres a 
partir de um arquivo de imagem ou mapa de bits, sejam eles escaneados, escritos à 
mão, datilografados ou impressos.
• PDF - É um formato de arquivo usado para exibir e compartilhar documentos de 
maneira compatível, independentemente de software, hardware ou sistema 
operacional. Criado pela Adobe, o PDF agora é um padrão aberto mantido pela 
International Organization for Standardization (ISO). PDFs podem conter links e 
botões, campos de formulário, áudio, vídeo e lógica de negócios. Eles também podem 
ser assinados eletronicamente e são facilmente exibidos com o software gratuito 
Acrobat Reader DC.
• PDF/A - É um formato de ficheiro de arquivamento a longo prazo para documentos 
eletrônicos.
• Registro de Metadados - É o processo pelo qual são registradas no SGAFD as 
informações de cada documento de acordo com as exigências do sistema.
• Assinatura digital - É o processo pelo qual os documentos digitalizados são assinados 
eletronicamente por meio do certificado digital, assegurando-se a integridade e a 
autenticidade destes.
• Documento Funcional - São documentos gerados ou produzidos em decorrência da 
vida funcional do servidor público. A inclusão de documentos no Sistema de Gestão 
do Assentamento Funcional Digital - SGAFD será de forma direta e indireta a partir de 
documentos originais ou cópias. 
2 Recepção de documentos
A inclusão de documentos no Sistema de Gestão do Assentamento Funcional Digital - SGAFD 
será de forma direta e indireta a partir de documentos originais ou cópias. 
O documento poderá ser recebido diretamente do servidor quando apresentado à Unidade 
de Recursos Humanos para atualização de seu Assentamento Funcional, ou por intermédio 
de processos e procedimentos que, ao fim de seu trâmite, produzemdocumentos elencados 
como passíveis de arquivamento no SGAFD.
8
A recepção de documentos poderá ocorrer em cópias ou originais, sendo ambas válidas 
para fins de arquivamento no SGAFD, mantendo-se a preferência da digitalização em 
documento original quando houver as duas situações simultaneamente. 
3 Preparação de documentos
Previamente ao procedimento de digitalização, 
o operador do SGAFD deverá realizar os 
procedimentos de higienização e recuperação 
dos documentos de forma a garantir o máximo 
de fidelidade entre o representante digital a 
ser gerado e o documento original no processo 
de captura das imagens.
3.1 Higienização
• Desdobrar e planificar os documentos;
• Retirar clipes, grampos e outros prendedores;
• Remover poeira, fitas adesivas e outras sujidades superficiais prejudiciais à clareza da 
captura das informações durante a atividade de digitalização.
• Se estiverem empilhados fora de estantes, devem ser separados com folhas de 
papelão entre cada nível da pilha, no máximo em quatro níveis, de forma a não 
danificar as caixas nem os documentos nelas acondicionados.
9
A armazenagem consiste na guarda dos documentos em mobiliário ou equipamentos em áreas 
que lhes são destinadas, preferencialmente, a quinze centímetros (15 cm) acima do chão.
O acondicionamento refere-se às embalagens (invólucros) destinadas a proteger os documentos 
contra danos físicos e a facilitar seu manuseio.
A limpeza consiste na retirada de objetos metálicos (clipes, grampos, etc.), barbantes, poeira 
e outros resíduos prejudiciais à conservação dos documentos. Após o processo de captura 
das imagens, os documentos devem retornar à composição original quando integrantes de 
conjunto documental, tais como processos e cadernos. 
3.2 Recuperação
A Recuperação consiste na reparação de pequenos danos encontrados nos documentos, tais 
como rasgos e furos que, se não reparados, podem comprometer a digitalização. 
Documentos que não tenham condições de digitalização deverão receber tratamento 
específico de restauração. É importante ressaltar que não se pode confundir a restauração 
com a recuperação. A restauração é um conjunto de medidas que objetivam a estabilização 
ou a reversão de danos físicos ou químicos adquiridos pelo documento ao longo do tempo e 
do uso.
4 Digitalização de documentos
No âmbito do AFD, a Digitalização é entendida como um processo de conversão dos documentos 
arquivísticos em formato digital. No entanto, o produto dessa conversão não será igual ao 
original e não substitui o original, que deve ser preservado. A digitalização, portanto, é dirigida 
ao acesso, à difusão e à preservação do acervo documental. 
No caso das pastas funcionais que apresentam seus documentos em suporte papel e que 
passarão pelo processo de digitalização, serão gerados representantes digitais (DIGITAL 
SURROGATES), definidos como a representação em formato digital de um documento 
originalmente não digital. É uma forma de diferenciá-lo do documento de arquivo nascido 
originalmente em formato digital. 
10
Representante digital - (Digital Surrogate) - Nos termos dessa Recomendação, é a 
representação, em formato de arquivo digital, de um documento originalmente 
não digital. É uma forma de diferenciá-lo do documento de arquivo nascido 
originalmente em formato de arquivo digital (born digital). FONTE: CONSELHO 
NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ. Recomendações para Digitalização de 
Documentos Arquivísticos Permanentes - 2010. http://docfilm.com.br/wp-content/
uploads/2014/11/recomendaes_para_digitalizao.pdf
4.1 Captura de imagens
Durante o processo de digitalização, especificamente na etapa de captura de imagens, exige-se 
que o trabalho realizado garanta o máximo de fidelidade entre o representante digital gerado 
e o documento original. Para isso, devem-se levar em consideração as características físicas 
do documento, atentando-se para que seja evitada qualquer ação que possa significar riscos 
ao documento original, desde as condições de manuseio, a definição dos equipamentos de 
captura, o estado de conservação até o valor intrínseco do documento original. 
Papéis fotossensíveis - aqueles comumente utilizados em fax e também encontrados em 
pastas funcionais. Devem ser analisados antes do processo de captura, pois, em muitos casos, 
devido à ação do tempo, a informação não estará nítida. Nessa situação, será considerado o 
estado de conservação. 
Os documentos digitalizados, mesmo sendo cópias, devem estar inseridos no Sistema de 
Gestão do Assentamento Funcional Digital - SGAFD, obedecendo aos mesmos princípios para 
documentos em suporte tradicional - o papel. 
Considerando o alto nível de exigência quanto à qualidade do trabalho realizado, sugere-
se que seja utilizado o modelo de verificação da qualidade do representante digital abaixo 
especificado, conforme previsto na Resolução nº 31, de 28 de abril de 2010.
Verificação de Qualidade Digital por comparação 
com o documento original no âmbito do SGAFD
a. A imagem tem o tamanho/resolução pretendido?
b. O Formato Digital da imagem está correto?
c. A imagem está correta no modo de cor (tons de cinza)?
d. Recorte correto (contorno)?
e. Sem rotação?
f. Sem inversão (rotação 270º)?
g. Sem inclinação?
11
h. Perda de nitidez/ excesso de nitidez?
i. Sem alto contraste / sem alta luminosidade?
Vale registrar que os itens de verificação são parametrizáveis no software da maioria 
dos scanners, eliminando, dessa forma, grande parte do trabalho. 
Os arquivos das imagens a serem geradas para o AFD serão no formato Portable 
Document Format - PDF/A, pesquisável, em tons de cinza, com resolução mínima 
de 300 dpi, escala 1x1, contemplando o reconhecimento de caracteres de texto nas 
imagens (OCR) e compactação sem perdas.
A captura das imagens será realizada com o auxílio de scanners que atendam a 
produção diária de documentos de cada unidade de recursos humanos integrantes do 
SIPEC e as especificações técnicas do MP, disponíveis em: https://www.servidor.gov.
br/gestao-de-pessoas/assentamento-funcional-digital/orientacoes-tecnicas.
No processo de captura (digitalização), o operador deverá:
• Ajustar o ângulo para melhoria de imagem;
• Solidificar e eliminar fundo e ruídos;
• Melhorar ou eliminar linhas verticais e horizontais para, por exemplo, ser utilizado 
reconhecimento em formulários que possuem separadores de campos;
• Ajustar a orientação (rotação) do documento, como giro na imagem; 
• Remover páginas em branco.
Para evitar comprometimento da integridade do documento pela atividade de digitalização, o 
operador deverá utilizar o recurso da mesa digitalizadora e não do alimentador automático do 
scanner, pois este pode triturar documentos com estrutura física sensível.
Como resumo das normas de digitalização, especificamos que os documentos que possuem 
informações referentes a despachos e anotações no verso das páginas devem ser digitalizados 
em frente e verso, formando um único arquivo PDF/A de várias páginas, e as páginas em 
branco, dos versos que não possuem informações, deverão ser eliminadas durante o processo.
4.2 Aplicação de OCR
O recurso OCR (Optical Character Recognition), em português Reconhecimento Óptico de 
Caracteres, é uma tecnologia que permite converter tipos diferentes de documentos, como 
papéis escaneados, arquivos em PDF e imagens capturadas com câmera digital em dados 
pesquisáveis e editáveis.
É de suma importância a utilização desse recurso no processo de digitalização, de forma que 
seja possível otimizar o processo de busca de informações com o uso da ferramenta disponível 
SGAFD, que permite, por exemplo, localizar textos contidos em documentos digitalizados 
pertencentes ao AFD.
12
4.3 Conhecendo equipamento de digitalização (Scanner)
Apresentamos a seguir detalhamento das característicasdo equipamento scanner oriundo do 
pregão 04/2014 realizado especificamente para os trabalhos do AFD.
1
2
3
4
5
6 7
8
9
10
11
12
13
Bandeja
de entrada
Guias
Laterais
Liberação
de espaço
Tampa do
Scanner
Saliência
Barra de
bloqueio
Bandeja
de saída
Botão
Liga/Desliga
Botões de
rolagem
Botão
iniciar
Indicador
luminoso
Painel de
controle
Alavanca de
liberação
5 Validade jurídica do documento digital
Uma atividade comumente realizada pelas Unidades 
de Recursos Humanos é a conferência das cópias de 
documentos com seu respectivo original, conferindo 
atestado de autenticidade às cópias físicas: estamos 
falando do tradicional carimbo “Confere com o 
original”.
Transpondo essa ação, o “carimbo digital” será dado 
ao documento digitalizado após conferência do seu 
correspondente em papel, conforme previsto na 
Portaria nº 04 SEGRT/MP de 2016, §2º do artigo 2º.
Tal procedimento respalda-se nas disposições do 
artigo 3º da Lei nº 12.682 de 09 de julho de 2012 , que estabelece como condição para a 
manutenção da integridade, autenticidade e confidencialidade dos documentos digitalizados 
o emprego de certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas 
Brasileira - ICP - Brasil.
13
Segundo informações do sítio eletrônico do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - 
ITI, autoridade Certificadora raiz da ICP-Brasil, além de personificar o cidadão na rede mundial 
de computadores, o certificado digital da ICP-Brasil garante, por força da legislação atual, 
validade jurídica aos atos praticados com o seu uso.
Sendo assim, a Certificação Digital é uma ferramenta que permite que aplicações como 
comércio eletrônico, assinatura de contratos, operações bancárias, iniciativas de governo 
eletrônico, entre várias outras, sejam realizadas. São transações feitas de forma virtual, ou 
seja, sem a presença física do interessado, mas que demandam identificação clara da pessoa 
que a está realizando pela Internet.
Tecnicamente, o certificado é um documento eletrônico que por meio de 
procedimentos lógicos e matemáticos assegura a integridade das informações 
e a autoria das transações. Este documento eletrônico é gerado e assinado por 
uma terceira parte confiável, ou seja, uma Autoridade Certificadora que, seguindo 
regras emitidas pelo Comitê Gestor da ICP-Brasil e auditada pelo ITI, associa uma 
entidade (pessoa, processo, servidor) a um par de chaves criptográficas. 
5.1 Assinando documentos com certificado digital
Sendo assim, com a assinatura digital pode-se afirmar que um documento não foi modificado 
e realmente procede da pessoa que diz ter enviado tal documento. Trabalhar na internet se 
tornou algo recorrente e necessário e por isso é importante zelar pela segurança e confiabilidade 
dos documentos que são encaminhados ou recebidos.
A ideia de poder autenticar de forma inegável um documento digital surgiu nos anos 70. No 
ano de 1976, Whitfield Diffie e Martin Hellman publicaram um trabalho que viria a ser o início 
das várias inovações no campo da criptografia. Umas das principais mudanças decorrentes 
desse trabalho foi a criação da chave pública, usada no processo de assinatura digital.
14
Os certificados contêm os dados de seu titular, como nome, número do registro civil, assinatura 
da Autoridade Certificadora que o emitiu, entre outros, conforme especificado na Política de 
Segurança de cada Autoridade Certificadora.
Na prática, o certificado digital equivale a uma carteira de identidade virtual, 
permitindo a identificação de uma pessoa no meio digital/eletrônico. Ao enviar uma 
mensagem ou fazer alguma transação pela rede mundial de computadores usando 
um certificado digital, confere-se validade legal ao documento e identificação 
inequívoca. Essa tecnologia confere validade jurídica ao documento assinado 
digitalmente de forma equivalente ao papel assinado de próprio punho.
Verifique a demonstração do sistema no conteúdo disponibilizado no Ambiente Virtual de 
Aprendizagem - AVA.
6 Registro de documentos
O registro de documentos consiste na inclusão, no Sistema Eletrônico de Informação do 
Assentamento Funcional Digital - SEI-AFD, dos metadados administrativos referentes a cada 
documento, informações essas que serão utilizadas pela ferramenta de busca.
7 Registro de índices adicionais
Índice Adicional - É o índice de documentos não previstos na Portaria nº 04 SEGRT/MP de 2016, 
havendo necessidade de inclusão de novos tipos de documentos na tabela de documentos 
aprovados para o AFD, os órgãos e entidades do SIPEC deverão solicitar a inclusão desses ao 
DGSIS, mediante a apresentação de justificativa, conforme §1º do artigo 6º da portaria acima.
15
7.1 Classificação
No âmbito do Sistema Eletrônico de Informação do Assentamento Funcional Digital - SEI-AFD, 
a Classificação contempla a identificação do tipo de assunto.
Como um roteiro, a classificação de documentos tem as seguintes tarefas sugeridas:
• Identificação do tipo de documento;
• Leitura do documento, identificação do assunto principal de acordo com seu conteúdo;
• Localização do tipo e do(s) assunto(s) do documento na Tabela de Documentos 
Funcionais integrante do SGAFD;
• A classificação por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar os documentos sob 
um mesmo tema, como forma de agilizar sua recuperação e facilitar as tarefas 
arquivísticas relacionadas a avaliação, seleção, eliminação, transferência, recolhimento 
e acesso a esses documentos.
• Todo o trabalho arquivístico é realizado com base no conteúdo do documento, o qual 
reflete a atividade que o gerou e determina o uso da informação nele contida. É a 
classificação que define, portanto, a organização física dos documentos arquivados, 
constituindo-se em referencial básico para sua recuperação.
• Dessa forma, a Classificação no âmbito do AFD consiste na identificação do assunto, 
de acordo com a Tabela de Documentos Funcionais integrante do SGAFD, que deverá 
ser rigorosamente observada.
• Vale registrar que a Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001, do CONARQ, apresenta 
a codificação para classificação de documentos de arquivo, instrumento de trabalho 
utilizado para classificar todo e qualquer documento produzido ou recebido por um 
órgão no exercício de suas funções e atividades, e que, no âmbito do AFD, o código do 
CONARQ a ser utilizado é sempre o 20.5, ou seja, o sistema realiza essa classificação 
automaticamente, não sendo necessário o operador realizar esta classificação apenas 
a classificação por assunto já tratada acima.
8 Resumo
Chegamos ao final do módulo 2! Nesse módulo você aprendeu sobre Noções de Documentação, 
conceitos de documentação do AFD, entre outros assuntos importantes quanto aos 
procedimentos relativos aos serviços de preparação e de digitalização dos documentos 
funcionais.
16
Referências Bibliográficas
BRASIL. Lei 8.159/1991, de 8 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política nacional de arquivos 
públicos e privados e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, de 8 de 
janeiro de 1991. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8159.htm. Acesso 
em: 29 mar. 2016.
____. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informações previsto no 
inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição 
Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de 
maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, de 18 de novembro de 2011. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm . Acesso em: 29 mar. 2016.
____. Medida Provisória Nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001. Institui a Infraestruturade Chaves 
Públicas Brasileira - ICP-Brasil, transforma o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação em 
autarquia, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, de 24 de agosto de 
2001. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/mpv/Antigas_2001/2200-2.htm. 
Acesso em: 29 mar. 2016.
____. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Portaria Normativa nº 4, de 10 de 
março de 2016. Cria o Assentamento Funcional Digital-AFD. Brasília, DF. 2016. Disponível em: 
http://www.conarq.gov.br/legislacao/portarias-federais/463-portaria-normativa-n-4,-de-10-
de-marco-de-2016.html . Acesso em: 29 mar. 2016.
____. Lei nº 12.682 de 09 de julho de 2012. Dispõe sobre a elaboração e o arquivamento 
de documentos em meios eletromagnéticos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Lei/L12682.htm . Acesso em: 29 mar. 2016.
PRIBERAM. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. 2016. Disponível em: www.priberam.
pt/dlpo/online Acesso em: 29 mar. 2016.
CONARQ, Conselho Nacional de Arquivos. Resolução nº 31, de 28 de abril de 2010. Dispõe 
sobre a adoção das Recomendações para Digitalização de Documentos Arquivísticos 
Permanentes. Disponível em: http://www.conarq.gov.br/legislacao/resolucoes-do-
conarq/273-resolu%C3%A7%C3%A3o-n%C2%BA-31,-de-28-de-abril-de-2010.html. Acesso 
em: 29 mar. 2016. 
____. Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001. Aprova a versão revisada e ampliada da 
Resolução nº 4, de 28 de março de 1996, que dispõe sobre o Código de Classificação de 
Documentos de Arquivo para a Administração Pública: Atividades-Meio, a ser adotado como 
modelo para os arquivos correntes dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional 
de Arquivos (SINAR), e os prazos de guarda e a destinação de documentos estabelecidos 
na Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos as 
Atividades-Meio da Administração Pública. Disponível em: http://sistema.utfpr.edu.br/audit/
audit_arquivos/legis/Res14.htm. Acesso em: 29 mar. 2016.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Log_de_dados - 20/03/2017
	1 Conceitos fundamentais
	1.1 Conceitos importantes no processo de gestão de documentos
	2 Recepção de documentos
	3 Preparação de documentos
	3.1 Higienização
	3.2 Recuperação
	4 Digitalização de documentos
	4.1 Captura de imagens
	4.2 Aplicação de OCR
	4.3 Conhecendo equipamento de digitalização (Scanner)
	5 Validade jurídica do documento digital
	5.1 Assinando documentos com certificado digital
	6 Registro de documentos
	7 Registro de índices adicionais
	7.1 Classificação
	8 Resumo
	Referências Bibliográficas

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