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Alimentos bernardo

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NPJ	 
ESTADO DO PARÁ
DEFENSORIA PÚBLICA2
NPJ	 
ESTADO DO PARÁ
DEFENSORIA PÚBLICA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE BELÉM – ESTADO DO PARÁ, A QUEM COUBER POR DISTRIBUIÇÃO
PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO: CRIANÇA E ADOLESCENTE
BERNARDO GUSTAVO ASSUNÇÃO DE SOUSA, menor impúbere, representado por sua genitora, GABRIELA MANCIO ASSUNÇÃO, brasileira, solteira, diarista, portador(a) da carteira de identidade n.º 7050419 e do CPF n.º 023.010.022-84, fone (91) 982483776, endereço eletrônico assuncaogabriela079@gmail.com, residente e domiciliado na Passagem Santa Fé, n°287 – acesso pela Rua José Bonifácio, entre Passagem Mont Serrat e São Francisco, Bairro: GUAMÁ, CEP: 66075-580, Belém-Pa, vem, por intermédio da Defensoria Pública do Estado, em cooperação com o NPJ-FAP, ajuizar AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS em face de GERALDO CARLOS SILVA DE SOUSA, brasileiro, solteiro, identidade e CPF desconhecidos, residente e domiciliado no Travessa Breves, n°862 – Casa 04, Bairro: JURUNAS, CEP: 66025-220, nesta cidade, pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir.
DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DO FEITO
Faz-se mister ressaltar, inicialmente, a prioridade absoluta na tramitação dos feitos em que seja parte criança e adolescente, em observação ao espírito protecionista da Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente, que aponta o dever do Poder Público, com prioridade absoluta, à efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, máxime em seu art. 4º, parágrafo único, b, o qual determina a precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública, devendo tal informação constar no rosto dos autos. Corroborando tais argumentos, o Novo Código de Processo Civil dispõe no inciso II e no § 2º do artigo 1048 a respeito da tramitação prioritária dos processos em que são partes crianças e/ou adolescentes.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente pleiteia os benefícios da Justiça Gratuita assegurado pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV, Lei Federal 1.060/50, e artigos 98 e 99, § 3º, do CPC/15, por não ter condições de arcar com custas, despesas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de suas famílias, conforme atestado de hipossuficiência econômica em anexo, indicando a Defensoria Pública do Pará para o patrocínio da causa.
DA AUSÊNCIA DE DADOS
		A requerente não possui maior contato com o requerido, portanto, restou impossibilitada de informar sobre dados para complementar a qualificação do mesmo. Neste sentido, a exordial não deve ser emendada e nem ser considerada inepta, pois a dificuldade de prestação das informações por parte da requerente dificultaria demasiadamente o acesso à justiça, não sendo também, impeditivo para que haja a citação do requerido e o desenvolvimento regular do processo, nos termos do art. 319, §§ 2º e 3º, do CPC/2015.
DAS PRERROGATIVAS LEGAIS DA DEFENSORIA PÚBLICA
A DEFENSORIA PÚBLICA possui as prerrogativas legais da dispensa de apresentação de mandato e prazos em dobro, intimação pessoal mediante entrega dos autos com vista, além de outras, (cf. Lei Complementar Federal n.º 80/94; Lei Complementar Estadual n.º 54/2006; Lei n.º 1.060/50; e CPC/15).
DA AUSÊNCIA DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS
À luz do que dispõe o art. 976 do Código de Processo Civil/15, vale afirmar ao Douto Julgador que o caso em tela não se trata de uma demanda repetitiva, nem configura um risco de ofensa à isonomia e nem à segurança jurídica. 
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO
O Assistido pleiteia, com fulcro no art. 319, inciso VII, do Diploma Adjetivo, que seja realizada audiência de autocomposição comprometendo-se a parte Autora a comparecer na referida assentada.
Requer, ainda, que as intimações para comparecimento à audiência sejam feitas na pessoa da Parte, dada as peculiaridades das atribuições defensoriais, com fulcro no art. 186, §2º, do CPC.
DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS
Considerando que o Réu, atualmente, trabalha sem vínculo empregatício como pedreiro e faz “bicos” como tal, não sabendo os demandantes informar o rendimento mensal do demandado, mas sabendo-se que é solteiro e não possui outros filhos além deste, e, diante da necessidade premente do Alimentando, requer a V.Exa., com fulcro nos arts. 1694, 1695 e 1696 do Código Civil e no art. 4º da Lei 5.478/68 cumulado com o artigo 693 do Código de Processo Civil/15, seja fixado o pensionamento mensal no valor de 40% do salário mínimo vigente, atualmente representado pela quantia de R$374,08 (trezentos e setenta e quatro reais e oitenta centavos), a serem depositados mensalmente, a cada 5º dia útil do mês, em conta corrente da representante do autor a ser indicada oportunamente
Na hipótese de o Réu vir a trabalhar com vínculo empregatício, requerem os Autores a V. Exª seja declarado, desde logo, que a pensão alimentícia passará a ser descontada sobre os ganhos brutos do Réu, excluindo-se apenas os descontos legais, no valor equivalente a 40% (quarenta por cento) para o assistido, incidindo, inclusive, sobre o 13º salário, férias proporcionais e vencidas, FGTS, PIS/PASEP, Seguro Desemprego, comissões, abonos, gratificações, bem como quaisquer verbas indenizatórias porventura auferidas, mediante desconto direto em folha de pagamento, sendo depositado na conta corrente a ser aberta por este juízo em nome da representante legal do menor.
DOS FATOS
O Autor é filho do Réu, consoante documentação em anexo. A genitora por várias vezes tentou fazer acordo, mas foram todos infrutíferos, não restando alternativa, se não a via judicial, visto que o Réu não quer nenhuma aproximação com a mesma.
Vale ressaltar que o Réu estava oferecendo ao Assistido um valor não fixo ou apenas comprava semanalmente alguns pacotes de fraldas, após ser demitido não ofereceu mais nenhuma forma de ajuda.
DAS NECESSIDADES DO ALIMENTANDO
A mãe do Autor é diarista, não tendo um salário fixo que lhe possibilite arcar sozinha, com todas as custas de moradia, além da educação, vestuário, lazer, saúde e alimentação do filho.
DAS POSSIBILIDADES DO ALIMENTANTE
O Réu já trabalhou como entregador e mesmo, no momento, estando desempregado, faz “bicos”, é solteiro, e não possui outros filhos, dessa maneira, possui total condição de contribuir regularmente com uma pensão digna.
Portanto, o Réu, que trabalha e goza de boa saúde, pode e deve contribuir com o valor equivalente 40% (quarenta por cento) do salário mínimo, a ser pago via depósito na conta corrente a ser aberta por este juízo em nome da representante legal do menor.
DO DIREITO
A proteção à família encontra-se albergada na Constituição Federal, em seu art. 226 e 227, caput e 229. Sobre o dever alimentar, dispõe: 
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE positiva que: 
Art. 22 – Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes, ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.
O CÓDIGO CIVIL, a seu turno, estabelece parâmetro nas necessidades do Alimentante:
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
A Lei nº 5.478/68, em seu artigo 2º, embasa a pretensão:
Art. 2º. O credor, pessoalmente, ou por intermédio de advogado, dirigir-se-á ao juiz competente, qualificando-se e exporá suas necessidades, provando, apenas o parentesco ou a obrigação de alimentar do devedor, indicando seu nome e sobrenome, residênciaou local de trabalho, profissão e naturalidade, quanto ganha aproximadamente ou os recursos de que dispõe.
Da mesma forma, o fato do Réu não participar com a manutenção necessária do Autor, comete o crime de abandono material previsto no artigo 244 do Código Penal:
Artigo 244. Deixar, sem justa causa, de prover à subsistência do cônjuge, ou do filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou valetudinário, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente, gravemente enfermo. 
A mais abalizada doutrina, na voz do mestre Yussef Said Cahali, orienta-nos para o real sentido e alcance da expressão “alimentos”, senão vejamos:
“Alimentos são, pois as prestações devidas, feitas para quem as recebe possa subsistir, isto é, manter sua existência, realizar o direito à vida, tanto física (sustento do corpo) como intelectual e moral (cultivo e educação do espírito, do ser racional”.[1: 	 CAHALI, Yussef Said. Dos Alimentos, 3ª edição, São Paulo: Revistas dos Tribunais, p. 16.]
Dessa forma, mostra-se cabido o presente pleito de condenação do Réu ao pagamento de pensão alimentícia para que o Autor possa subsistir com o mínimo de dignidade, suprindo suas necessidades de educação, alimentação, vestimenta, lazer e tudo o mais na medida do binômio necessidade x possibilidade.
Ante o exposto, requer a parte autora:
1. Os benefícios da justiça gratuita, por serem pobres no sentido jurídico do termo;
2. As prerrogativas processuais de seu patrono, enumeradas no art. 128 da Lei Complementar 80/94;
 3. Seja concedida a prioridade de tramitação do feito, recebendo os autos identificação própria, na forma do art. 1048, II e § 2º do Codex, c/c art. 4º, parágrafo único, alínea “b”, da Lei 8069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente);
 4. Sejam arbitrados os alimentos provisórios no valor e na forma acima requeridos, ou seja, 40% do salário mínimo vigente, atualmente representado pela quantia de R$374,08 (trezentos e setenta e quatro reais e oitenta centavos), a serem depositados mensalmente, a cada 5º dia útil do mês, em conta corrente da representante do autor a ser indicada oportunamente
5. A intimação do Réu para todos os atos processuais, objetivando a realização do seu direito de defesa e comprovação dos fatos, para proteção do melhor interesse da criança, sob pena de nulidade, consoante art. 186,§2º, do Código de Processo Civil/15;
6. A intimação digno representante do Ministério Público para todos os termos da presente ação;
7. Seja a ação julgada procedente, para determinar em caráter definitivo a prestação alimentícia em valor não inferior ao requerido a título de alimentos provisórios, vale dizer, 40% do salário mínimo vigente, atualmente representado pela quantia de R$374,08 (trezentos e setenta e quatro reais e oitenta centavos).
8. na hipótese de o Réu vir a trabalhar com vínculo empregatício, requerem os Autores a V. Exª seja declarado, desde logo, que a pensão alimentícia passará a ser descontada sobre os ganhos brutos do Réu, excluindo-se apenas os descontos legais, no valor equivalente a 40% (quarenta por cento) para o assistido, incidindo, inclusive, sobre o 13º salário, férias proporcionais e vencidas, FGTS, PIS/PASEP, Seguro Desemprego, comissões, abonos, gratificações, bem como quaisquer verbas indenizatórias porventura auferidas, mediante desconto direto em folha de pagamento, sendo depositado na conta corrente a ser aberta por este juízo em nome da representante legal do menor.
9.  A total procedência da ação, com a condenação do alimentante em todas as custas e despesas processuais, bem como em honorários advocatícios por sucumbência, a ser revestido para A condenação do(a) Réu(Re) a pagar as verbas de sucumbência, isto é, custas processuais e honorários advocatícios, estes a serem arbitrados por esse Juízo, na forma do CPC, os quais deverão ser revestido para o FUNDO ESTADUAL DA DEFENSORIA PÚBLICA-FUNDEP, como dispõe a Lei Estadual n°. 6.717/2005, regulamentada pelo Decreto n°. 2.275/2006, na Conta Corrente n°. 182900-9, Agência 015, Banco do Estado do Pará -BANPARÁ – 037, em nome da DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARÁ, CNPJ n.º 34.639.526/0001-38.
                   Protesta-se por todos os meios de prova em direito admitidas, especialmente através da prova documental que segue em apenso e o depoimento pessoal das partes, oitiva de testemunhas que serão arroladas no momento oportuno e demais provas que se fizerem necessárias
Atribui-se a causa o valor de R$ 4.497,60 (quatro mil, quatrocentos e noventa e sete reais e sessenta centavos).
                   Nestes termos, pede deferimento.
Belém, 10 de Novembro de 2017
DEFENSORA PÚBLICA
 
 DOCUMENTOS ANEXOS
Declaração de hipossuficiência;
Cópia da Certidão de nascimento do Alimentando;
 3.  Cópia do RG e CPF da genitora do Alimentando;
 4.  Comprovante de residência da genitora do Alimentando;
2
Tv. Padre Prudêncio, nº. 154, Belém/PA, 66.019-000. Telefone/Fax: (91)3201-2700
www.defensoria.pa.gov.br
	
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Tv. Padre Prudêncio, nº. 154, Belém/PA, 66.019-000. Telefone/Fax: (91)3201-2700
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