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Filosofia da Educação Aula 4

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Filosofia da Educação Aula 4 
 A Filosofia Medieval contou com a valiosa contribuição do pensamento árabe. Nessa aula, você conhecerá o rico encontro da filosofia árabe com a filosofia ocidental e como esse encontro favoreceu o desenvolvimento da filosofia escolástica. Conhecerá também a importância de São Tomás de Aquino e de Guilherme de Ockham para a Filosofia Medieval. 
 Conheça os fatores históricos que contribuíram para a fusão entre a cultura árabe, a filosofia grega e o pensamento cristão. 
Filosofia grega
 A fusão começa a partir do momento em que Alexandre (século IV a.C.) inicia a expansão do seu Império, levando e difundindo a cultura grega pelo Oriente Médio, conquistando a Índia. A partir desse momento, não restou mais dúvida a mistura entre a língua local e a grega com suas ricas tradições, formando os principais núcleos de cultura. 
Pensamento cristão
 No período cristão (IV e V D.C.), outro marco se dará aprofundando essa fusão. Vários cristãos foram condenados e buscaram exílio no Oriente, principalmente na Síria e na Mesopotâmia. Esses cristãos, além de conhecedores da filosofia e da ciência grega, usavam a língua grega.
Cultura árabe
 A fusão também foi influenciada pelo profeta Maomé (570-632), quando este assumiu a liderança religiosa do povo árabe, fundando a religião islâmica. Esse contexto, sem dúvida, favoreceu o encontro dos árabes com os núcleos de cultura de origem grega e cristã. Portanto, os cristãos da escolástica tiveram o primeiro contato com o pensamento de Aristóteles através desses núcleos de cultura. 
 Como você estudou na página anterior, os cristãos da escolástica tiveram o primeiro contato com o pensamento de Aristóteles através dos núcleos de cultura. Logo, podemos concluir que o grande desenvolvimento da filosofia escolástica, a partir do século XIII, foi devido à influência do pensamento árabe. Com o desenvolvimento de uma intensa atividade artesanal e comercial, no século XIII, surgiram núcleos urbanos importantes que tiveram grande influência no enriquecimento de uma pequena parte da população. Consequentemente, houve o rompimento com a ordem econômica (política feudal), dando lugar a um mundo em que as relações sociais permitiam a mobilidade social. Além disso, os artesões passaram a se organizar em ligas nas cidades, fazendo nascer um novo tipo de convívio social. As obras de Aristóteles, com as suas preocupações científicas e empíricas, foram adequadas a esse novo contexto, devido a dois fatores fundamentais que são característicos do século XIII: o surgimento das universidades e a criação das ordens religiosas (franciscanos e dominicanos). 
 São Tomás foi um dos grandes pensadores da alta escolástica. Teve uma profunda ligação com as universidades do século XIII, sobretudo a de Paris. Tornou-se um grande pensador com criatividade e originalidade. Desenvolveu uma filosofia própria, tratando praticamente de todas as grandes questões da Filosofia e da Teologia de sua época. Teve grande interesse pelas obras de Aristóteles e dos pensadores árabes. Mostrou que a filosofia de Aristóteles era compatível com o cristianismo. O tomismo tornou-se uma espécie de representante de “uma filosofia cristã oficial”, isto se deu devido à grandeza da obra de São Tomás e da complexidade das questões tratadas. Como exemplo disso, ele desenvolveu as cinco vias da prova da existência de Deus. 
 Guilherme de Ockham foi o maior dos lógicos escolásticos. Ele combinou o racionalismo do pensamento aristotélico com a fé revelada do cristianismo. Pelas posições que assumiu na Filosofia, na Teologia e na Política, e pelos constantes enfrentamentos com as autoridades, Ockham foi perseguido pelo Papa. 
 Foi graças as suas ideias, que foram lançadas as sementes que levaram o sistema filosófico medieval à ruína, dando lugar ao novo senso de investigação crítica inspirado diretamente dos gregos. As bases da filosofia e da ciência modernas foram lançadas nos séculos XV e XVI, levando ao Renascimento e à Reforma. Nesse período, em oposição à escolástica, é defendida a separação radical entre os campos da razão e da fé, da teologia e da filosofia. No século XIV, a escolástica entrou em crise, porém, isso não significou o seu fim. A filosofia escolástica e o tomismo sobrevivem no período moderno, e até hoje encontram adeptos.

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