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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FLUMINENSE CAMPUS AVANÇADO MARICÁ - RJ CURSO TÉCNICO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO EM EDIFICAÇÕES FERNANDO ALEXANDRE PEREIRA JUNIOR GABRIELLA DOS SANTOS RODRIGUÊS LUCAS DA CUNHA SANTOS RAYANE DOS SANTOS ANCHIETA ARCADISMO MARICÁ – RJ NOVEMBRO 2017 2 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FLUMINENSE CAMPUS AVANÇADO MARICÁ - RJ CURSO TÉCNICO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO EM EDIFICAÇÕES FERNANDO ALEXANDRE PEREIRA JUNIOR GABRIELLA DOS SANTOS RODRIGUÊS LUCAS DA CUNHA SANTOS RAYANE DOS SANTOS ANCHIETA Trabalho sobre o Arcadismo brasileiro apresentado para a Disciplina de Literatura, orientado pelo Professor Ronaldo Ferrito, na turma 3A, do Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio em Edificações, do Campus Avançado Maricá, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Fluminense, para avaliação do conteúdo trimestral. MARICÁ – RJ NOVEMBRO DE 2017 3 I- INTRODUÇÃO O Arcadismo surgiu em um período de grandes mudanças socioeconômicas, em que a vida rural foi mais valorizada do que a urbana, a elite intelectual formada pelos jovens que tiveram acesso às universidades, contribuiu muito para o campo artístico brasileiro. Os artistas árcades sugeriam um retorno aos clássicos renascentistas e greco-latinos, visto que neles encontravam a simplicidade, imaginação equilibrada e a razão. O arcadismo brasileiro defende uma poesia mais simples, de imitação da natureza que se opõe ao Barroco. Neste trabalho são tratadas as características do movimento, contexto histórico, os principais artistas e suas criações, como o poema "Obras“ de Cláudio Manuel da Costa, que é considerado um marco literário deste movimento. 4 II- CONTEXTO HISTÓRICO O marco inaugural do Arcadismo no Brasil deu-se em 1768 com a fundação da “Arcádia Ultramarina”, em Vila Rica, e a publicação de “Obras Poéticas”, de Cláudio Manuel da Costa. Os jovens da elite brasileira foram para as universidades de Coimbra e assim conheceram diversos autores europeus do movimento árcade, então eles trouxeram para o Brasil essas novas ideias, que eram relacionadas com o iluminismo, que foi um momento de novas e ideias e de desprendimento com os velhos costumes influenciados pela igreja. Com o controle da coroa portuguesa sobre a extração do ouro em Minas Gerais e os impostos e taxas abusivos, a população se indignou causando uma grande tensão. Em meio a isto, os autores arcadistas brasileiros queriam que houvesse a independência do Brasil assim como houve nos Estados Unidos, então eles comprometeram-se com a inconfidência mineira. Nesse contexto, foi criada a Arcádia Ultramarina, que era uma sociedade literária fundada na Vila Rica em Minas Gerais , cujos membros adotavam pseudônimos, que no caso eram nomes artísticos inspirados na mitologia grega e romana. III- PROPOSTA DO MOVIMENTO Segundo Carmen Pimentel, a poesia árcade rejeitava as coisas inúteis e valorizava o contato com a natureza, símbolo de felicidade e harmonia. Seus cenários eram as paisagens do campo, em contraste com o avanço industrial e a realidade social estabelecida na época. Destacava-se o uso de frases latinas, como Carpe diem e Aurea Mediocrita. IV- CARACTERÍSTICAS O Arcadismo brasileiro pode ser caracterizado de diversas formas, entre elas estão: • OPOSIÇÃO AO BARROCO Proposta de linguagem simples, de frases na ordem direta e de palavras de uso popular. • VERSOS BRANCOS 5 O poeta árcade pode usar o verso branco (sem rima), para simbolizar a liberdade na cria ção. • A POESIA COMO IMITAÇÃO DA NATUREZA O poeta buscava, na natureza, a beleza, bondade e perfeição. • COMPROMISSO COM A BELEZA, O BEM, A PERFEIÇÃO Compromisso com a poesia descritiva e objetiva. Há mais preocupação com situações do que com emoções. • O PASTORALISMO O poeta do Arcadismo imagina-se, na hora de produzir poemas, um “pastor de ovelhas”. E é esperado que um pastor não tenha uma linguagem sofisticada. • USO DE PSEUDÔNIMOS O poeta árcade adota nome falso porque se considera um “pastor de ovelhas”. É como se o escritor tivesse duas identidades: uma real, outra espec ial, usada apenas para compor poesias. • PRESENÇA DE MUSAS A maioria dos poetas árcades brasileiros ficaram conhecidos fazendo poesias líricas para suas amadas, poucos focavam na poesia simples dissociada da figura feminina. 6 V- PRINCIPAIS AUTORES Frei José de Santa Rita Durão: Autor do poema épico Caramuru (1781), Freire Santa Rita Durão foi poeta e orador, considerado um dos precursores do indianismo no Brasil. Influenciado por Camões, o poema Caramuru, com subtítulo “Poema épico do Descobrimento da Bahia”, é baseado no modelo da epopeia tradicional: proposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo. José Basílio da Gama, pseudônimo Termindo Sepílio: Poeta mineiro e autor do poema épico O Urugai (1769), Basílio da Gama, nesse texto, aborda as disputas entre os europeus, os jesuítas e os índios sendo considerado um marco no literatura brasileira. No aspecto formal, Basílio quebra a estrutura camoniana compondo a obra em versos decassílabos brancos, sem rima, não é dividido em estrofes e consta de apenas cinco cantos. Tomás Antônio Gonzaga, pseudônimo Dirceu: Jurista, Político e Poeta luso- brasileiro, Tomás Antônio Gonzaga é um dos grandes poetas árcades. A obra que possui mais destaque é Marília de Dirceu (1792) e é baseada no seu romance com a brasileira Maria Doroteia Joaquina de Seixas. Cláudio Manuel da Costa, pseudônimo Glauceste Satúrnio: Foi um dos mais importantes poetas do Arcadismo no Brasil. A publicação de “Obras Poéticas” (1768) representa o marco inicial do movimento no País. Além de escritor, ele foi advogado, jurista brasileiro e participou do movimento da Inconfidência Mineira. Cláudio Manuel da Costa é patrono da cadeira n.º 8, na Academia Brasileira de Letras (ABL). 7 VI – POEMA Sonetos X Eu ponho esta sanfona, tu, Palemo, Porás a ovelha branca, e o cajado; E ambos ao som da flauta magoado Podemos competir de extremo a extremo. Principia, pastor; que eu te não temo; Inda que sejas tão avantajado No cântico amebeu: para louvado Escolhamos embora o velho Alcemo. Que esperas? Toma a flauta, principia; Eu quero acompanhar te; os horizontes Já se enchem de prazer, e de alegria: Parece, que estes prados, e estas fontes Já sabem, que é o assunto da porfia Nise, a melhor pastora destes montes. -Claudio Manuel da Costa VII- ÁNALISE DO POEMA Este poema do Arcadismo representa a característica bucólica do movimento, em que a vida campestre e pastoril é expressada nos trechos “Porás a ovelha branca, e o cajado;” e “Parece, que estes prados, e estas fontes / Já sabem, que é o assunto da porfia / Nise, a melhor pastora destes montes.” Que mostra também uma comunhão harmônica do homem com a natureza e a vida rural. 8 VIII- REFERÊNCIAS http://www.soliteratura.com.br/arcadismo/arcadismo02.php http://www.soliteratura.com.br/arcadismo/ https://www.estudopratico.com.br/arcadismo-no-brasil-historia-caracteristicas-autores- e-obras/ https://www.infoescola.com/literatura/arcadismo-no-brasil/http://enemnota100.blogspot.com.br/2007/07/principais-autores-do-arcadismo.html http://arcadismoprimeiroa.blogspot.com.br/2013/04/autores-brasileiros-do- arcadismo.html
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