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manual transfusao 2013

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MANUAL DE TRANSFUSÃO HOSPITALAR E COMPLICAÇÃO TRANSFUSIONAL 
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Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná - Hemepar 
 
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SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE – SESA 
 
CENTRO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO PARANÁ 
 
HEMEPAR 
 
 
 
 
 
 
MANUAL DE TRANSFUSÃO 
HOSPITALAR E COMPLICAÇÃO 
TRANSFUSIONAL 
 
 
 
Curitiba 
2013 
 
MANUAL DE TRANSFUSÃO HOSPITALAR E COMPLICAÇÃO TRANSFUSIONAL 
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ÍNDICE 
 Página 
1 – Hemocomponentes, Indicações e Dose....................................................................................3 
 
2 – Transfusão em Pediatria...........................................................................................................6 
 
3 – Solicitação de Sangue...............................................................................................................9 
 
4 – Encaminhamento do Pedido de Sangue ao Hemepar.............................................................12 
 
5 – Encaminhamento do Sangue ao Hospital................................................................................12 
 
6 – Transfusão..............................................................................................................................13 
 
7 – Armazenamento e Prazo de Validade de Hemocomponentes no Hospital..............................16 
 
8 – Devolução de Hemocomponentes ao Hemepar......................................................................16 
 
9 – Reações Transfusionais..........................................................................................................17 
 
10 – Preenchimento da Ficha de Investigação de Incidentes Transfusionais (FIIT)......................20 
 
11 – Livro de Registros..................................................................................................................23 
 
12 – Em caso de dúvidas..............................................................................................................23 
 
13 – Protocolos em anexo.............................................................................................................24 
 
14 – Fluxograma............................................................................................................................33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1- HEMOCOMPONENTES, INDICAÇÕES E DOSE 
 
1.1 Sangue total: A cada doação são coletados 450 (± 50) mL de sangue total. Cada 
coleta pode ser desdobrada em: 
 * 1 unidade de Concentrado de Hemácias. 
 * 1 unidade de Concentrado de Plaquetas. 
 * 1 unidade de Plasma. 
 * 1 unidade de Crioprecipitado. 
Assim são beneficiados, potencialmente, pelo menos quatro pacientes. 
 
1.2 Concentrado de hemácias (CH): são os eritrócitos que permanecem na bolsa, após 
a centrifugação e o plasma extraído para uma bolsa-satélite. 
Os concentrados de hemácias devem ter hematócrito entre 50% a 80%, conforme a 
substância preservadora. 
Sobrevida conforme solução preservativa: 21 dias (CPD) 35 dias (CPDA-1) a 42 dias 
(SAG-Manitol). 
Volume aproximado: 280 mL ± 50 mL. 
Indicação criteriosa e individual: Fator determinante é o estado hemodinâmico do 
paciente. Aumento da massa eritrocitária em anemias sintomáticas (ver Tabela 1 – 
Classificação de Baskett). 
Situações especiais (evitar transfusão): 
 * Anemia por perda sangüínea crônica, responde bem ao ferro (oral ou parenteral). 
 * Anemia por Insuficiência Renal Crônica, responde à eritropoetina. 
 * Anemia Hemolítica Constitucional (Doença Falciforme, Talassemias etc), não 
valorizar somente os valores de Hb e Ht. 
 * Anemia Hemolítica Auto Imune em geral não se encontra CH compatível e todo 
sangue transfundido será hemolisado. Indicado imunossupressão (corticoterapia) 
imediata. Transfusão somente em risco de vida, com CH filtrados e fracionados. Solicitar 
acompanhamento de um médico Hematologista/Hemoterapeuta. 
 Dose: 1 unidade eleva a Hb em 1g/dL (adulto de 70 kg). 
Todos os componentes eritrocitários devem ser armazenados à temperatura de 4 ± 2 ºC. 
 
Tabela 1 - Classificação de Baskett (1990) – baseada na perda sangüínea aguda 
 Classe I Classe II Classe III Classe IV 
Perda sangüínea – 
Porcentagem (%) do 
volume 
 
< 15 
 
15 – 30 
 
30 – 40 
 
> 40 
 
Pressão Arterial: 
Sistólica 
Diastólica 
 
Inalterada 
Inalterada 
 
Normal 
Elevada 
 
Baixa 
Baixa 
 
Muito baixa 
Indetectável 
Pulso (Batimentos/ 
minutos) Leve taquicardia 100 – 120 120 > 120 
Enchimento capilar Normal Lento (> 2s) Lento (> 2s) Indetectável 
Freqüência Respiratória 
(ipm) > 30 20 – 30 Taquipnéia (>20) Taquipnéia (>20) 
Fluxo urinário (ml/h) > 30 20 – 30 10 – 20 1 – 10 
Extremidades Normais Pálidas Pálidas Pálidas e frias 
Estado mental Alerta Ansioso, agressivo 
Ansioso, 
agressivo, 
sonolento 
Sonolento, 
confuso, 
inconsciente 
 
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OBSERVAÇÃO: Pacientes renais crônicos, talassêmicos e falciformes, que poderão 
entrar em esquema de transfusão crônica e de vir a desenvolver anticorpos anti-
eritrocitários, devem ser fenotipados preferencialmente antes da primeira 
transfusão e então receber apenas receber concentrados de hemácias fenotipados. 
 
1.3 Concentrado de hemácias lavadas: são os eritrócitos obtidos após a retirada do 
plasma e de cerca de 80% dos leucócitos. É utilizado quando há necessidade de prevenir 
reações a proteínas plasmáticas. 
 
1.4 Concentrado de hemácias filtradas (CHF): são os eritrócitos obtidos após a retirada 
de aproximadamente 99,9% dos leucócitos, com a utilização de filtros de leucorredução. 
É utilizado quando há necessidade de prevenir reações a componentes leucocitários. 
Pode ser indicado após 2° episódio de Reação Transfusional Febril Não Hemolítica 
(RTFNH) para diminuir a possibilidade de aloimunização a antígenos leucocitários e do 
sistema HLA e na profilaxia da contaminação por CMV em imunossuprimidos CMV-
negativos. 
 
1.5 Concentrado de hemácias irradiadas: para reduzir o risco de Doença Enxerto 
Contra Hospedeiro (DECH) deve-se irradiar os hemocomponentes celulares que se 
destinam a: 
• Transfusão intra-uterina. 
• Exosanguíneo-transfusão, obrigatoriamente, quando houver transfusão intra-
uterina prévia. 
• Recém-nascidos prematuros (inferior a 28 semanas) e/ou de baixo peso (1.200g). 
• Portadores de imunodeficiências congênitas graves. 
• Pós transplante de medula óssea autólogo ou alogênico. 
• Pós transplante com células de cordão umbilical. 
• Pacientes tratados com análogos da purina, fludarabina, cladribine, 
deoxicoformicina. 
• Receptor de transplante de coração ou pulmão. 
• Portadores de linfomas,leucemia mielóide aguda e anemia aplástica em uso de 
imunossupressor. 
• Quando o receptor for parente de primeiro grau com o doador. 
 
1.6 Plasma fresco (PF): é o plasma separado de uma unidade de sangue total por 
centrifugação e totalmente congelado até 8 horas depois da coleta, o qual mantém 
preservados os fatores de coagulação, inclusive os lábeis, além de outras proteínas 
plasmáticas. 
Indicações: 
 * Deficiências dos fatores de coagulação, congênita ou adquirida (quando não se tem 
produto industrializado). 
 * Hemorragias por Doenças Hepáticas. 
 * Sangramento intenso pelo uso de anticoagulante oral (dicumarínicos warfarin). 
 * Coagulação Intravascular Disseminada (CID). 
 * Púrpura Trombocitopênica Trombótica (P.T.T.) e Síndrome Hemolítico Urêmica. 
Dose: 10 a 20 mL/kg /dia. 
 
 
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OBSERVAÇÕES: 
 É contraindicado para expansão da volemia, reposição de albumina, suporte 
nutricional e tratamento de imunodeficiências. 
 É proibido, pelo Ministério da Saúde, a utilização regular de Plasma em 
pacientes Hemofílicos, pois atualmente existem hemoderivados específicos para 
estes. 
 
1.7 Concentrado de plaquetas (CP): O concentrado de plaquetas é uma suspensão de 
plaquetas em plasma, preparado mediante dupla centrifugação de uma unidade de 
sangue total. O CP unitário obtido a partir do sangue total contém aproximadamente 5,5 X 
1010 plaquetas em 50-60 mL de plasma. Já as unidades obtidas por aférese contêm, pelo 
menos, 3,0 x 10¹¹ plaquetas em 200-300 mL de plasma (correspondente a 6-8 U de CP 
unitários). 
Indicações: 
- Transfusão profilática: 
 * Quando não há sangramento. 
 * Plaquetas < 10.000u/mL. 
 * Plaquetas < 20.000u/mL associado à infecção, coagulopatia ou indicação de 
procedimento invasivo. Em RN devido ao risco de sangramento SNC. 
- Indicação absoluta: 
 * Leucemias Agudas, particularmente a LMA-M3. 
- Transfusão terapêutica: 
 * Plaquetopenia (independente do valor) com sangramento. 
- Situações especiais: 
 * Transfusão de CP Rh positivo em paciente Rh negativo (meninas e mulheres em 
idade fértil), recomenda-se fazer imunoglobulina anti D. 
 * Dengue hemorrágica - CP somente diante de hemorragia SNC. 
Contra-indicações: 
 * Púrpura Trombocitopênica Trombótica (P.T.T.), 
 * Síndrome Hemolítica Urêmica, 
 * Síndrome Hellp (H = hemólise, EL = enzimas hepáticas elevadas, LP = baixa 
contagem de plaquetas), 
 * Púrpura Pós transfusional, 
 * Púrpura Trombocitopênica Imunológica (P.T.I.). 
Dose: 1 unidade para cada 7 a 10 kg de peso do paciente. 
 
1.8 Concentrado de plaquetas lavadas: é o concentrado de plaquetas obtido através da 
retirada do plasma. É utilizado quando há necessidade de prevenir reações a proteínas 
plasmáticas. 
 
1.9 Concentrado de plaquetas filtradas: é o concentrado de plaquetas das quais foram 
retirados, por filtração, mais de 99,9% dos leucócitos originalmente presentes nos 
componentes. 
 
1.10 Concentrado de plaquetas irradiadas: seguem as mesmas indicações para 
concentrado de hemácias irradiados, além de receptor de concentrado de plaquetas HLA 
compatíveis. 
 
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1.11 Crioprecipitado: é a parte insolúvel do plasma, obtido através do método de 
congelamento rápido, descongelamento e centrifugação do plasma. É rico em fator VIII:c 
(atividade pró-coagulante), Fator VIII:Vwf (Fator von Willebrand), Fibrinogênio, Fator XIII e 
Fibronectina. 
Indicações: 
 * Hipofibrinogenemia congênita ou adquirida (<100 mg/dL) 
 * Disfibrinogenemia 
 * Deficiência de Fator VIII, 
 * Transfusões maciças, 
 * Coagulação intravascular disseminada (CID) 
 * Deficiências congênitas (Doença de von Willebrand na falta do fator específico). 
Dose: cada unidade aumentará o fibrinogênio em 5-10 mg/dL em um adulto médio, na 
ausência de grandes sangramentos ou de consumo excessivo de fibrinogênio. 
Cuidados especiais: 
 * Deve-se ter cuidado na administração de grandes quantidades de crioprecipitado, 
devendo-se monitorar os níveis de fibrinogênio (do paciente), devido ao risco de 
tromboembolismo. 
 * Atualmente existem produtos industrializados específicos para a deficiência de 
Fator VIII (Hemofilia A) e F VIII:vW(D.von Willebrand) 
 
1.12 Aférese: procedimento para obtenção de hemocomponentes específicos através de 
processo automatizado, onde ocorre a separação dos componentes sanguíneos, 
selecionando-se o componente solicitado e devolvendo-se o restante ao doador. O 
processo é realizado em equipamento específico com kits estéreis e descartáveis. 
 
 
2- TRANSFUSÃO EM PEDIATRIA 
 
Recém-nascido (RN): até 28 dias de vida 
RN pré-termo (RNPT): nascido até o último dia da 37a semana de gestação 
 
2.1 Sangue total (ST) 
Reconstituído pela combinação de uma unidade de CH com uma unidade compatível de 
PFC. 
Indicações: Exosanguíneo transfusão para doença hemolítica do feto e do recém-
nascido e hiperbilirrubenemia com risco de kernicterus. 
Dose: Duas trocas de volemia removem cerca de 85% das hemácias e 25-45% da 
bilirrubina sérica. RN a termo: 2 x 85 mL/kg (160 mL/kg) e RNPT: 2 x 100 mL/kg (200 
mL/kg). 
 
2.2 Concentrado de Hemácias (CH) 
Para os pacientes com mais de 4 meses de vida as orientações para transfusão de 
hemácias seguem as mesmas diretrizes para os adultos e devem se basear em sinais e 
sintomas e não somente em exames laboratoriais. 
 
* Para RN só utilizar hemocomponentes coletados há menos de 5 (cinco) dias. 
* RN < 1.200 g de peso deve-se utilizar hemoderivados leucorreduzidos ou não reagentes 
para CMV (irradiados). 
 
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2.2.1 Indicações de transfusão de CH em pacientes < 4 meses de idade 
A. Hb < 7g/dL com baixa contagem de reticulócitos e sintomas de anemia (taquicardia, 
taquipnéia, paciente “sugando mal”). 
B. Hb < 10g/dL e o paciente: 
• Com <35% de O2 em capacete (hood). 
• Com catéter de O2 nasal. 
• Sob Pressão Aérea Positiva Contínua (CPAP) / Ventilação Controlada Intermitente 
(VMI) com ventilação mecânica com P média <6cm H2O. 
• Apnéia significativa ou bradicardia (>6 episódios em 12 horas ou 2 episódios em 
24 horas, necessitando ventilação por máscara ou bolsa, em uso de doses 
terapêuticas de metilxantinas). 
• Taquicardia significativa ou taquipnéia (FC > 180 batimentos/min por 24h. FR > 80 
irpm por 24h). 
• Ganho reduzido de peso (ganho < 10g/dia por 4 dias, recebendo ≥ 100kcal/kg/dia. 
C. Hb < 12 g/dL e o paciente: 
• Sob capacete (hood) de O2 >35%. 
• Com CPAP/VMI com P média ≥ 6 a 8 cm H2O. 
D. Hb < 15 g/dL e o paciente: 
• Sob oxigenação de membrana extracorpórea. 
• Com cardiopatia congênita cianótica. 
 
2.2.2 Indicações de transfusão de CH em pacientes > 4 meses de idade 
A. Perda sanguínea aguda ≥ 15% da volemia total. 
B. Hb < 8g/dL com sintomas de anemia. 
C. Anemia pré-operatória significativa sem outras terapêuticas corretivas disponíveis. 
D. Hb < 13 g/dL e paciente com: 
• Doença pulmonar grave. 
• Oxigenação de membrana extra corpórea (ECMO). 
 
 Dose: 10 a 15 mL/kg de peso. Tempo habitual de administração de 2horas, não 
devendo exceder 4 horas de infusão. 
 
2.3 Concentrado de Plaquetas (CP) 
A contagem de plaquetas do RN é a mesma da criança e do adulto. O RN a termo 
dificilmente sangra se plaquetas > 20 x 109/L, já o RNPT necessita de um parâmetro mais 
alto, especialmente nos primeiros dias de vida, quando é maior o risco de hemorragia 
periventricular. Em geral o número de plaquetas de 50 x 109/L é considerado hemostático, 
a menos que o paciente apresente alguma doença de base. 
 
2.3.1 Indicação de transfusão de plaquetas em pacientes > 4 meses 
A. Manter a contagem de plaquetas ≥ 100.000/mm³ para sangramentos em SNC ou 
preparo de cirurgia de SNC. 
B. Manter a contagem de plaquetas ≥ 50.000/mm³ se sangramento ativo ou se for 
submetido a grande cirurgia. 
C. Transfusões profiláticas para pacientes com plaquetas < 10.000/mm³. 
 
2.3.2 Indicação de transfusão de plaquetas no RN 
A. Contagem de plaquetas < 10.000/mm³ com falha de produção. 
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B. Contagem de plaquetas < 30.000/mm³. 
C. Contagem de plaquetas < 50.000/mm³ em RNPT doente: 
• Com sangramento ativo. 
• Submetidos a procedimentos invasivos e com falha de produção. 
 
2.3.3 Indicação de transfusão de plaquetas em crianças 
A. Contagem de plaquetas entre 5.000 e 10.000/mm3 com falha de produção. 
B. Contagem de plaquetas <30.000/mm3 em RN com falha de produção. 
C. Contagem de plaquetas <50.000/mm3 em RNPT estáveis: 
• Com sangramento ativo. 
• Submetidos a procedimentos invasivos e com falta de produção. 
D. Contagem de plaquetas <100.000/mm3 em RNPT doentes: 
• Com sangramento ativo. 
• Submetidos a procedimentos invasivos e com CIVD. 
 
2.3.4 Indicação de transfusão de plaquetas em pacientes com contagens plaquetárias 
normais 
A. Sangramento ativo em associação com defeito qualitativo das plaquetas. 
B. Sangramento excessivo e inexplicável em paciente a ser submetido ao bypass 
cardiopulmonar. 
C. Paciente em ECMO: 
• Com plaquetas <100.000/ mm3 x 109/L. 
• Com alta contagem de plaquetas e sangrando. 
 
2.3.5 Seleção de Concentrado de Plaquetas 
A. Compatibilidade ABO/RhD: sempre que possível as plaquetas devem ser ABO e RhD 
idênticas ao receptor. O uso de plaquetas ABO incompatíveis é aceitável para as 
crianças maiores de 2 anos. Já as menores devem receber plaquetas ABO 
compatíveis sempre que possível, devido à sua pequena volemia. Plaquetas do grupo 
“O” devem ser evitadas tanto quanto possível. 
B. Leucorredução: as indicações específicas do uso de plaquetas desleucocitadas em 
Pediatria seguem os mesmos critérios estabelecidos para hemácias. 
C. Irradiação: plaquetas transfundidas in utero para tratar trombocitopenia aloimune e 
transfusões de plaquetas, após o nascimento, em pacientes que receberam 
transfusões intra-uterinas devem ser irradiadas. Entretanto, não é necessário irradiar 
plaquetas para prematuros ou RN a termo, a menos que elas sejam de doador 
aparentado de 1° ou 2° grau ou RN de peso inferior a 1200g. 
 
2.4 Plasma Fresco Congelado (PFC) 
2.4.1 Indicações 
A. Terapia de reposição em pacientes com sangramento ou que serão submetidos a 
procedimento invasivo. 
B. Quando fatores específicos da coagulação não são disponíveis, incluindo, mas não 
limitando a antitrombina III, deficiência de proteína C, ou S, FII, FV, FX e FXI. 
C. Tempo de Protrombina (PT) e/ou Tempo de Tromboplastina Parcial (TTPA) = 1,5x o 
valor do controle para a idade em pacientes com sangramento ou que serão 
submetidos a procedimento invasivo. 
D. Durante plasmaférese terapêutica, quando há indicação de PFC. 
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E. Reversão do warfarin em situações de emergência, tais como antes de 
procedimentos invasivos com sangramento ativo. 
 
2.4.2 Dose e administração 
A dose inicial de 10 – 15mL/kg promove um aumento de 15 a 20% dos níveis de fatores 
da coagulação sob condições favoráveis de recuperação. 
 
2.5 Crioprecipitado 
2.5.1 Indicações 
A. Hipofibrinogenemia e disfibrinogenemia com sangramento ativo ou na realização de 
procedimentos invasivos. 
B. Deficiência de FXIII com sangramento ou em procedimentos invasivos na 
indisponibilidade do concentrado de FXIII. 
C. Doença de von Willebrand com sangramento ativo ou antes de procedimento invasivo 
apenas se vasopressina é contra-indicada e se o concentrado de FvW não é 
disponível 
 
2.5.2 Dose e modo de administração 
A. Em pacientes menores de 2 anos, uma única dose de crioprecipitado, como dose 
padrão, é suficiente para atingir o efeito hemostático. 
B. A dose habitual é de 1 a 2 unidades/10kg de peso. Esta aumenta o fibrinogênio de 
aproximadamente 60 a 100mg/dL. Deve ser administrado em até 4 horas. 
 
 
3- SOLICITAÇÃO DE SANGUE 
 
• Toda transfusão de sangue ou componentes deverá ser prescrita por um médico, e 
deve ser registrada no prontuário médico do paciente. 
• É obrigatório que fique registrado no prontuário, os números de origem dos 
hemocomponentes transfundidos, com a data e o horário em que a transfusão foi 
realizada, bem como os sinais vitais do paciente. 
 
3.1 Preenchimento da Requisição de Transfusão 
O médico responsável pela transfusão deverá preencher todos os campos destinados às 
informações referentes ao Hospital e ao paciente, em 02 (duas) vias, as quais deverão 
ser enviadas com a amostra ao Hemepar, que reterá a 1ª via e devolverá a 2ª via ao 
hospital, juntamente com os hemocomponentes. 
 
Campo Informações do Paciente: Preencher com o nome completo do paciente, 
nome da mãe, município de origem, peso, sexo, data de nascimento, hospital, n.º do 
registro/ prontuário, localização (enfermaria e leito) do paciente no hospital, categoria 
de internação (SUS/PARTICULAR/CONVÊNIO) e n.º AIH. 
 
 
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Campo Solicitação do Hospital: Informar as quantidades do(s) hemocomponente(s) 
solicitado(s) em número de unidades ou mililitros. 
 
 
 
Campo Hospital Informações: Preencher com o diagnóstico do paciente, indicação 
clínica, ABO/Rh(D), resultado dos exames: VG ou Hb, contagem de plaquetas e tipo de 
transfusão (programada, não urgente, urgente ou de extrema urgência), se o paciente já 
recebeu transfusão anterior, data da transfusão, assinatura do médico (COM CARIMBO), 
data da solicitação e hora. 
 
 
 
 
 
3.2 Coleta da amostra de sangue do paciente 
 
3.2.1 - Identificação da amostra 
Identificar um tubo de heparina sódica de 6 mL (tampa azul escuro ou verde - fornecido 
pelo Hemepar) com etiqueta fornecida pelo Hemepar contendo as seguintes informações: 
 
- Nome completo do paciente 
- Data de nascimento 
- Nome do hospital 
- Data da coleta 
- Número do registro do paciente no hospital. 
- Nome do funcionário que realizou a coleta. 
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 Modelo da etiqueta para tubo de coleta (fornecida pelo Hemepar): 
 
Paciente:________________________________________ 
Data nascimento: ___/___/____ 
Hospital: ________________________________________ 
Data da coleta: ___/___/____ 
N° Registro Paciente:_______________________________ 
Funcionário: ____________________________________ 
 
3.2.2 - Coleta da amostra 
Coletar 6 mL de sangue em tubo de heparina sódica (tampa azul escuro ou verde). 
 
OBSERVAÇÕES: 
 O Banco de Sangue poderá solicitar nova amostra de sangue para exames 
complementares, se necessário. 
 Não serão aceitas amostras de sangue enviadas em seringa. 
 Amostras com identificação ilegível ou incompleta serão recusadas. 
 Sempre que houver necessidade de uma nova transfusão de sangue após 24 horas 
da primeira transfusão, enviar nova amostra de sangue do paciente. 
 Jamais encaminhar amostra de sangue coletada com EDTA. 
 O não cumprimento das instruções para coleta de amostra poderá interferir nos 
resultados dos testes pré-transfusionais. 
 
3.3 Coleta de amostra para atendimento pediátrico (crianças): 
 
3.3.1 Identificação da amostra de sangue 
Identificar um tubo de heparina sódica de 6 mL (tampa azul escuro ou verde - fornecido 
pelo Hemepar), contendo as seguintes informações: 
- Nome completo do paciente (criança) 
- Data de nascimento 
- Nome do hospital 
- Data da coleta 
- Número do registro do paciente no hospital 
- Nome do funcionário que realizou a coleta 
 
3.3.2 Coleta da Amostra 
Coletar no mínimo 2 ml de sangue. 
 
3.4 Coleta da amostra para atendimento de recém-nascido (RN) 
No caso de crianças até 4 meses de idade sempre coletar amostra de sangue da criança 
e da mãe, seguindo estas orientações: 
 
3.4.1 Identificação da amostra da mãe 
Identificar tubo de heparina sódica de 6 mL (tampa azul escuro ou verde, fornecido pelo 
Hemepar), contendo as seguintes informações: 
 
- Nome completo da mãe do recém-nascido. 
- Nome do hospital 
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- Data da coleta 
- Nome do funcionário que realizou a coleta 
 
3.4.2 Coleta da amostra da Mãe 
Coletar 6 mL de sangue em tubo de heparina sódica (tampa azul escuro ou verde). 
 
3.4.3 Identificação da amostra da criança (RN) 
Identificar um tubo de heparina sódica (tampa azul escuro ou verde - fornecido pelo 
Hemepar), contendo as seguintes informações: 
- Nome completo do paciente (criança) 
- Data de nascimento 
- Nome do hospital 
- Data da coleta 
- Número do registro do paciente no hospital 
- Nome do funcionário que realizou a coleta 
 
3.4.4 Coleta da amostra da Criança (RN) 
Coletar no mínimo 2 ml de sangue. 
 
Observações: 
 Na impossibilidade de localizar a mãe para a coleta de amostra de sangue da 
mesma, o médico responsável pelo paciente deverá entrar em contato com o 
Bioquímico do Setor de Estoque do Hemepar . Neste caso, o médico deverá assinar 
o documento de Ciência e Autorização do Médico Solicitante (conforme protocolo no 
verso da RT). 
 Anotar sempre o peso da criança na Requisição de Transfusão. 
 Nas unidades pediátricas o sangue será enviado em equipo pediátrico para permitir o 
micro gotejamento. 
 
 
4- ENCAMINHAMENTO DO PEDIDO DE SANGUE AO HEMEPAR 
 
É de responsabilidade do Hospital encaminhar ao Hemepar - Divisão de Produção, a 
amostra de sangue do paciente e RT, acondicionada em caixa térmica de poliuretano, 
devidamente fechada, sob os cuidados de um funcionário do Hospital. 
No ato do recebimento da RT e amostra de sangue pelo Hemepar, os dados serão 
conferidos. Qualquer irregularidade deverá ser corrigida pelo hospital. 
Jamais encaminhar a amostra de sangue diretamente sobre o gelo. Proteger com 
papelão. 
 
 
5- ENCAMINHAMENTO DO SANGUE AO HOSPITAL 
 
É, também, de responsabilidade do hospital transportar o hemocomponente liberado 
pelo Hemepar, em caixa térmica de poliuretano, fechada, sob os cuidados de um 
funcionário do hospital. O transporte do Hemepar até o hospital deverá ser feito no menor 
tempo possível. 
 
PROCEDIMENTOS PARA TRANSPORTE DE SANGUE E HEMOCOMPONENTES 
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• Selecionar a caixa transportadora e quantidade de substância resfriadora 
compatível com a quantidade de bolsas a serem transportadas; (figura 1) 
• Colocar a metade da substância resfriadora no fundo da caixa e no caso de 
transporte de ST (Sangue Total) ou CH (Concentrado de Hemácias) cobrir com 
camada isolante; 
• Acondicionar as bolsas e o termômetro com o sensor em contato com as mesmas; 
• No caso de ST ou CH cobrir com outra camada isolante; 
• Colocar o restante da substância resfriadora; 
• Preencher o protocolo de Controle de Temperatura no Transporte aos Hospitais; 
• Fechar a caixa. 
 
Observações 
• O gelo reutilizável (gelox) deverá estar completamente congelado; 
• Os termômetros devem ser armazenados em temperatura semelhante à de 
transporte, ou seja, para transportar CP (Concentrado de Plaquetas) deverão 
estar armazenados entre 20 e 24°C e para transportar CH deverão estar entre 2 e 
6°C; 
O termômetro deverá ser zerado antes de fechar a caixa. 
 
OBS: O funcionário do Hospital deverá confirmar o recebimento dos hemocomponentes, 
assinando no campo da RT específico para este fim, e anotar data e hora do 
recebimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15 
 
6 – TRANSFUSÃO 
 
6.1 Registros 
 O hospital deverá registrar a transfusão das bolsas em livro próprio para este fim onde 
deve constar data, n.º de ordem, nome completo do paciente, n.º de registro no 
hospital (prontuário), tipagem ABO e RH do paciente, hemocomponente liberado, n.º 
de SUS e volume. Este livro deve ser registrado na Vigilância Sanitária. 
 O hospital deverá registrar no prontuário os números e a origem dos 
hemocomponentes transfundidos, bem como a data e horário em que a transfusão foi 
liberada: 
 
Hemocomponente: 
Data: 
N.º SUS de doação: 
 Hora PA P T 
Início 
Final 
Responsável pela instalação 
Legenda: PA = Pressão arterial P = Pulso T = Temperatura 
 
 O preenchimento do Boletim Mensal de Transfusão Sangüínea (BMTS) é de 
responsabilidade do Hospital, bem como o seu envio ao Serviço de Vigilância 
Sanitária de acordo com o cronograma preestabelecido. 
 Para realizar este procedimento o hospital deverá entrar em contato com o Serviço de 
Vigilância Sanitária Municipal. 
 
6.2 Materiais utilizados para o procedimento transfusional 
 Scalp 21,23 (criança) , 19 (adulto) 
 Equipo de transfusão com filtro (poros entre 170 e 260 micra), estéril, apirogênico, e 
descartável. Para transfusão de CH e PF deve ser trocado a cada bolsa. Para 
transfusão de CP pode-se utilizar um equipo a cada 6 CP. 
 Garrote 
 Álcool etílico a 70% 
 Bolas de algodão 
 Esparadrapo 
 Suporte para bolsa de sangue 
 Talas para imobilização dobraço se necessário 
 
6.3 Cuidados ao iniciar a transfusão 
1) As transfusões deverão ser realizadas por médico ou profissional de saúde 
legalmente habilitado para tal, isto é, só podem ser realizadas em local que haja 
pelo menos um médico presente, que possa intervir em casos de reações ou 
complicações. 
2) Conferir os dados da bolsa do hemocomponente, que é acompanhada de um Cartão 
de Identificação do Receptor preso à bolsa de sangue, o qual deverá ser mantido até 
o final da transfusão. 
3) Certificar-se de que a bolsa em questão destina-se realmente ao paciente e que 
todas as informações estão em conformidade. Imediatamente antes da 
transfusão, deve-se verificar com especial atenção a identidade do receptor, 
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perguntando-lhe (ou a seu acompanhante) o seu nome completo. Se não for 
possível, conferir com a identificação no bracelete. A identificação do receptor 
que consta da bolsa deve ser conferida com a identificação do paciente. Anotar 
na prescrição: conferido e instalado. 
4) Em caso de discrepância, não iniciar a transfusão e contatar imediatamente com o 
Hemepar. 
5) Em centros cirúrgicos, berçários e UTI neonatais deve haver pulseiras ou braceletes 
identificando os pacientes, de modo a minimizar as chances de troca de sangue. 
6) Verificar se a bolsa a ser transfundida encontra-se em temperatura ambiente antes de 
instalar a transfusão. Recomenda-se que o hemocomponente permaneça entre 20º C 
e 24ºC, por 30 minutos antes da transfusão. As demais bolsas deverão ficar 
armazenadas em refrigerador (+2ºC a + 6ºC) até que sejam utilizadas, exceto 
concentrado de plaquetas, que deverão permanecer entre 20 e 24°C. 
7) Cuidar para não violar a bolsa e sua identificação. O sistema deverá permanecer 
íntegro até o término da transfusão. 
8) É terminantemente proibida a adição de quaisquer substâncias ou medicamentos ao 
concentrado de hemácias (CH) ou outro hemocomponente, ou sua infusão 
concomitante pela mesma linha que a do sangue. 
9) Conservar o Cartão de Identificação do Receptor afixado na bolsa até o final da 
transfusão, em seguida, arquivá-lo no prontuário do paciente. 
10) Verificar os dados vitais antes de iniciar o processo de transfusão. Se estes foram 
verificados há mais de 30 minutos, verificar novamente e registrar no prontuário. 
11) Puncionar um acesso venoso com scalp 19 ou 21, controlar o gotejamento prescrito 
pelo médico e permanecer junto ao paciente durante os primeiros 15 minutos. 
Observá-lo durante todo o período da transfusão. Se o paciente já recebeu transfusão 
de algum hemocomponente e tiver história de qualquer tipo de reação, observá-lo com 
maior rigor. 
12) Preferir, sempre que possível, transfundir no período diurno. 
13) Atentar para sinais de Reação Transfusional. Em caso positivo adotar as condutas do 
ítem 9.4. 
14) Assinar e carimbar o término da evolução transfusional. Anotar dados vitais do 
paciente. 
15) Colar etiqueta referente ao hemocomponente no prontuário do paciente. 
16) Concluída a transfusão, recolher a bolsa e descartar em lixo hospitalar. 
 
6.4 Tempo máximo para transfusão 
Hemocomponente Tempo de Transfusão 
Uma bolsa de Concentrado de Hemácias ou 
Plasma Fresco 
 Máximo de 4 horas 
Crioprecipitado (Crio) Até 30 minutos, independente do n.º de 
unidades 
Concentrado de Plaquetas (CP) Até 2 horas, independente do n.º de unidades 
 
 O tempo máximo de transfusão é de 04 (quatro) horas, para evitar contaminação 
bacteriana. Após esse período, suspender a transfusão, comunicar o médico, anotar no 
prontuário a quantidade transfundida e desprezar a bolsa. Para não ocorrer perda de 
hemocomponente por tempo excedente, acompanhar o gotejamento rigorosamente. 
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 Homogeneizar manualmente, com delicadeza, em períodos alternados a bolsa de 
Concentrado de Hemácias, que está sendo transfundida, pois durante a transfusão o 
gotejamento tende a diminuir gradativamente devido ao depósito das hemácias na saída 
do equipo. 
 
6.5 Transfusão em casos de emergência 
 Emergência absoluta. 
Na absoluta impossibilidade de coletar amostra do paciente para testes pré-
transfusionais, o médico responsável pela transfusão deverá encaminhar a Requisição de 
Transfusão ao banco de sangue acompanhado de um Termo de Responsabilidade (de 
próprio punho) para informar que se trata de situação de risco de vida para o paciente. 
Este Termo de Responsabilidade poderá ser escrito na própria RT, no campo 
“Observação”. Deverão constar assinatura e o carimbo do médico solicitante. 
 
 Necessidade de Transfusão Urgente. 
O médico responsável pela transfusão deverá encaminhar RT e amostra de sangue do 
paciente ao Hemepar; podendo através de contato telefônico reforçar a liberação do 
sangue com urgência. 
 
6.6 Transfusões de caráter especial 
6.6.1 AUTOTRANSFUSÃO ou TRANSFUSÃO AUTÓLOGA é aquela em que a bolsa de 
sangue coletada é dirigida ao próprio doador-paciente. 
O médico deverá preencher uma RT, citando no campo “Observação”: 
AUTOTRANSFUSÃO. 
A enfermagem encaminhará a RT junto com uma amostra de sangue do paciente, colhido 
como de rotina. 
O Hemepar realizará todos os testes pré-transfusionais de rotina. 
 
Em caso de Auto-transfusão com sorologia positiva: 
O hemocomponente será liberado com a CIÊNCIA DE AUTOTRANSFUSÃO-
SOROLOGIA REAGENTE (conforme modelo anexo), que será previamente encaminhado 
(duas vias) para ser assinado pelo médico solicitante e devolução de uma via ao 
Hemepar. A outra via deverá ser arquivada no prontuário do paciente. 
 
6.6.2 TRANSFUSÃO DOMICILIAR 
Quando existir uma contra indicação formal ao translado do paciente a uma instituição 
assistencial, a transfusão poderá ser realizada em domicílio, desde que seja 
encaminhada RT e o termo de responsabilidade de transfusão domiciliar (em anexo). É 
obrigatória a presença de um médico durante todo o transcurso do ato transfusional. 
 
6.6.3 SANGRIA 
Para pacientes internados nos hospitais da rede pública ou privada, o hospital deve se 
responsabilizar pela aquisição das bolsas, pelo procedimento e descarte das bolsas em 
lixo infectante. 
7 - ARMAZENAMENTO E PRAZO DE VALIDADE DE HEMOCOMPONENTES NO 
HOSPITAL 
 
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HEMOCOMPONENTES CONDIÇÕES E TEMPERATURA DE 
ARMAZENAMENTO 
Concentrado de Hemácias (CH)  +2 a +6º C, podendo ficar até 24 horas em 
refrigerador, com temperatura controlada, no 
hospital 
Concentrado de Plaquetas (CP)  +20 a +24ºC  até 2 horas 
Plasma Fresco (PF)  Descongelado  6 horas a T.A. e até 24 horas em 
refrigerador 
Plasma Fresco (PF) congelado  -20º C ou inferior, podendo ficar até 24 horas em 
freezer, com temperatura controlada, no hospital 
Crioprecipitado (Crio) Descongelado  USO IMEDIATO 
Concentrado de Hemácias 
FILTRADAS/LAVADAS (CHF / 
CHL) 
 +2 a +6º C, podendo ficar até 24 horas em 
refrigerador, com temperatura controlada, no 
hospital 
 Em temperatura ambiente: 4 horas 
Fracionamento Pediátrico  +2 a +6º C, podendo ficar até 24 horas em 
refrigerador, com temperatura controlada, no 
hospital Em equipo pediátrico: 4 horas após o fracionamento 
 Em temperatura ambiente: 4 horas 
 
OBSERVAÇÕES 
 As temperaturas dos refrigeradores deverão ser medidas e registradas a cada 4 horas, 
rigorosamente. Qualquer falha ou irregularidade, entrar em contato com a Divisão de 
Produção do Hemepar. 
 Os diferentes prazos de validade dos hemocomponentes armazenados no hospital 
e no Hemepar se devem aos equipamentos próprios para armazenamento de sangue 
existentes neste. 
 
 
8 - DEVOLUÇÃO DE HEMOCOMPONENTES AO HEMEPAR 
 
Os hemocomponentes não utilizados deverão ser devolvidos ao Hemepar em 24 horas 
acompanhados do Cartão de Identificação do Receptor, informando o motivo da 
devolução, podendo este prazo ser prorrogado em caso de comunicação por parte do 
hospital, dependendo da condição do paciente. Para isso o hospital deverá manter 
geladeira para uso exclusivo do sangue, a qual deverá ter temperatura controlada através 
de termômetro e mapa de registro de temperatura com leitura a intervalos 
preestabelecidos (4 em 4 horas). 
 
As seguintes orientações deverão ser observadas no acondicionamento do sangue para 
o transporte: 
 
• Concentrado de Hemácias (CH), Plasma Fresco (PF) descongelado e 
crioprecipitado (CRIO) descongelado 
Colocar gelo reciclável (tipo “Gelox”) no fundo da caixa e isolar as bolsas com 
papelão. Nunca transportar as bolsas de CH em contato direto com o gelo. 
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• Concentrado de Plaquetas (CP) 
Colocar as bolsas de plaquetas na caixa sem “Gelox”, observando-se a manutenção 
da temperatura entre 20 – 24°C, exceto em dias muitos quentes, quando pode-se 
colocar uma unidade pequena de “Gelox”, isolando muito bem as bolsas com papelão. 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
 Utilizar aproximadamente 0,5 kg de gelo reciclável (1 gelox médio) para cada 2 
bolsas de CH e/ou de PF descongelado. 
 
 CP : No verão utilizar uma unidade pequena de “gelox” para até 15 bolsas de CP 
(isolados por papelão). 
 
 
9 - REAÇÕES TRANSFUSIONAIS 
 
9.1 Definição 
A reação transfusional é toda e qualquer intercorrência que ocorra como conseqüência da 
transfusão sangüínea, durante ou após a sua administração. 
 
9.2 Classificação 
As reações transfusionais podem ser classificadas em imediatas (até 24 horas da 
transfusão) ou tardias (após 24 horas da transfusão), imunológicas e não-imunológicas, 
conforme apresentado na Tabela 2. 
 
TABELA 2: Principais reações transfusionais 
 
 IMUNE NÃO-IMUNE 
IMEDIATA 
Reação febril não-hemolítica (RFNH) Sobrecarga volêmica 
Reação hemolítica aguda (RHA) Contaminação bacteriana 
Reação alérgica (leve, moderada, grave) Hipotensão por inibidor da ECA 
TRALI (injúria pulmonar relacionada à transfusão) Hemólise não-imune 
 Hipocalcemia 
 Embolia aérea 
 Hipotermia 
 IMUNE NÃO-IMUNE 
TARDIA 
Aloimunização eritrocitária Hemossiderose 
Aloimunização HLA Doenças infecciosas 
Reação enxerto x hospedeiro 
Púrpura pós transfusional 
Imunomodulação 
 
 
 
9.3 Sinais e sintomas 
A ocorrência destas reações pode associar-se a um ou mais dos seguintes sinais e 
sintomas como: 
a) Febre com ou sem calafrios (definida como elevação de 1°C na temperatura 
corpórea), associada à transfusão. 
b) Calafrios com ou sem febre. 
c) Dor no local da infusão, torácica ou abdominal. 
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d) Alterações agudas na pressão arterial, tanto hipertensão como hipotensão. 
e) Alterações respiratórias como: dispnéia, taquipnéia, hipóxia, sibilos. 
f) Alterações cutâneas como: prurido, urticária, edema localizado ou generalizado 
g) Náusea, com ou sem vômitos. 
 
A ocorrência de choque em combinação com febre, tremores, hipotensão e/ou falência 
cardíaca de alto débito sugere contaminação bacteriana, podendo também acompanhar o 
quadro de hemólise aguda. A falência circulatória, sem febre e/ou calafrios, pode ser o 
dado mais importante de anafilaxia. A alteração na coloração da urina pode ser o primeiro 
sinal de hemólise no paciente anestesiado. 
 
9.4 Conduta Clínica 
Qualquer anormalidade havida com o paciente que possa ser atribuída à transfusão do 
hemocomponente fornecido, deverá ser comunicada imediatamente ao Hemepar, para 
fins de investigação e preenchimento da ficha de notificação de Complicação 
Transfusional, conforme estabelecida na RDC 153, de 14/06/2004 da Anvisa/MS. 
O médico, a enfermeira e/ou o técnico/auxiliar de enfermagem que instalou a transfusão, 
são os responsáveis pelo reconhecimento dos sinais e sintomas decorrentes de 
complicações transfusionais e pela imediata comunicação à Divisão de Produção do 
Hemepar. 
 
QUANDO HOUVER SUSPEITA DE COMPLICAÇÃO TRANSFUSIONAL, as seguintes 
ações deverão ser desencadeadas junto ao leito do paciente: 
 
1. Interromper imediatamente a transfusão. 
2. Manter acesso venosos com salina a 0,9% 
3. Verificar sinais vitais e observar o estado cardiorrespiratório. 
4. Examinar cuidadosamente todas as etiquetas, rótulos e registros, conferindo 
novamente os dados do paciente com os dados da unidade de sangue ou 
componente em uso. 
5. Avaliar se ocorreu a reação e classificá-la, a fim de adequar a conduta específica. 
6. Avaliar a possibilidade de reação hemolítica, TRALI, anafilaxia e sepse relacionada à 
transfusão, situações nas quais são necessárias condutas de urgência. 
7. Coletar amostra pós transfusional (com heparina) e encaminhar imediatamente 
(junto com item 9) ao Hemepar. 
8. Preencher Relatório de Complicação Transfusional (modelo anexo). 
9. Encaminhar imediatamente ao Hemepar a bolsa contendo o restante do 
hemocomponente, mesmo que vazia com a etiqueta de identificação da bolsa 
afixada na mesma, e com o equipo de transfusão, dentro de caixa térmica e o 
Relatório de Complicação Transfusional, tomando o cuidado de não contaminar o 
produto quando desta manipulação. Novos testes serão realizados no Hemocentro. 
10. Na entrega da amostra pós- transfusional, do protocolo e hemocomponente, será 
fornecido pelo Hemepar, um “Kit” contendo 2 frascos para hemocultura do paciente, 
sendo um para pesquisa de bactérias não aeróbias (tampa dourada) e outro para 
bactérias aeróbias (tampa azul). 
11. A inoculação da amostra de sangue do paciente nos 2 frascos de hemocultura deve 
ser realizada e encaminhada imediatamente ao Hemepar, seguindo as instruções 
contidas no item 10.8. 
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12. O hospital receberá, em nome do Diretor Clínico, o resultado dos exames realizados 
nas amostras de sangue pré e pós transfusionais do paciente, bem como das 
hemoculturas. Os resultados deverão ser avaliados pelo médico assistente e em 
seguida transcritos no prontuário do paciente e no Livro de Registro de Complicações 
Transfusionais, bem como o parecer do médico. 
 
NOTA: As amostras devem ser colhidas preferencialmente de outro acesso que não 
aquele utilizado para a transfusão. 
 
TABELA 3: Resumo das reações transfusionais imediatas 
Reação Sinais/Sintomas Incidência Conduta Laboratorial Conduta Clínica Prevenção 
RHA Febre, Tremores, 
Calafrios, 
Hipotensão, 
Taquicardia, Dor 
(tórax, local da 
infusão, abdome,flancos), 
Hemoglobinúria, I. 
Renal e CID 
1:38.000 
1:70.000 
Enviar amostra para 
o Banco de Sangue; 
repetir testes 
imunohematológicos
, cultura do 
componente e do 
receptor 
Hidratação (manter 
diurese 100ml/h). 
Cuidados de terapia 
intensiva. 
Seguir 
rigorosamente 
todas as normas 
preconizadas desde 
a coleta até a 
transfusão. 
RFNH Febre (≥1°C), 
Calafrios, Tremores 
Variável 0,5 – 
1% 
Afastar hemólise e 
contaminação 
bacteriana. Enviar 
amostras para o 
Banco de Sangue; 
repetir testes 
imunohematológicos
, cultura da bolsa e 
receptor 
Antipiréticos no caso 
de calafrios 
intensos. 
Meperidina 
Pré-medicação com 
antipiréticos. 
Produtos 
desleucocitados 
para casos 
recorrentes. 
RA 
 
Leve ou 
moderada 
Prurido, Urticária, 
Eritema, Pápulas, 
Tosse, Rouquidão, 
Dispnéia, Sibilos, 
Náuseas e vômitos, 
Hipotensão e 
choque 
1 – 3% Não se aplica A maioria das 
reações é benigna e 
pode cessar sem 
tratamento. Anti-
histamínicos. 
Nada até pré-
medicar com anti-
histamínicos. Se 
RA leve pode 
reinstalar o 
componente. 
Grave 
(Anáfilática) 
Prurido, Urticária, 
Eritema, Pápulas, 
Rouquidão, Tosse, 
Broncoespasmo, 
Hipotensão e 
Choque 
1:20.000 
1:50.000 
Dosar Anticorpo anti-
IgA 
Instituir cuidados de 
terapia intensiva 
(epinefrina, anti-
histamínicos, 
corticosteróide) 
Compunentes 
celulares lavados 
ou deficientes em 
IgA. 
TRALI Qualquer 
insufiociência 
respiratória aguda 
relacionada à 
transfusão (até 6 
horas após). Febre 
1:5.000 – 
190.000 
transfusões 
Afastra sobrecarga 
de volume, RHA e 
contaminação 
bacteriana. 
RX tórax 
Ecocardiograma 
Pesquisa de Ac 
antileucocitário 
doador e/ou receptor 
Suporte respiratório Não há 
unanimidade. Evitar 
uso de plasma 
feminino e 
relacionado. 
Sobrecarga 
volêmica 
Dispnéia, cianose, 
Taquicardia, 
Hipertensão, Edema 
Pulmonar 
<1% RX Tórax Suporte de O2 e 
diuréticos 
Aliquotar o 
hemocomponente 
Diurético prévio. 
Contaminação 
Bacteriana 
Tremores intensos 
Calafrios 
Febre alta 
Choque 
Variável 
1:3.000 – 
1:123.000 
Afastar hemólise 
Cultura do 
componente e do 
receptor 
Instituir cuidados de 
terapia intensiva. 
Antibiótico de amplo 
espectro. 
Seguir 
rigorosamente 
todas as normas 
preconizadas desde 
a coleta até a 
transfusão. 
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22 
 
Hipotensão 
por inibidor 
da ECA 
Hipotensão, rubor. 
Ausência de febre, 
calafrios ou 
tremores. 
Desconhecida Não se aplica Suspender o 
inibidor. 
Terapia de suporte 
se necessário. 
Utilizar componente 
filtrado no 
laboratório. 
Investigar o uso de 
ECA 
Henólise 
Não-Imune 
Oligossintomática. 
Atenção à presença 
de hemoglobinúria e 
hemoglobinemia 
Desconhecida Inspeção visual do 
plasma e urina do 
paciente. TAD 
negativo 
Terapia de suporte 
se necessário. 
Seguri 
rigorosamente 
todas as normas 
preconizadas da 
coleta à transfusão. 
Hipocalcemia Parestesia, tetania, 
arritmia 
Desconhecida Dosar cálcio iônico 
ECG com aumento 
de intervalo QT 
Infusão lenta de 
cálcio com 
monitorização 
periódica dos níveis 
séricos 
Monitorização dos 
níveis de cálcio em 
quem recebe 
transfusão maciça. 
Embolia 
Aérea 
Dispnéia e cianose 
súbita, dor, tosse, 
hipotensão, arritmia 
cardíaca 
Rara Não se aplica Deitar o paciente em 
decúbito lateral 
esquerdo, com as 
pernas acima do 
tronco e da cabeça 
Não utilizar infusão 
sob pressão se 
sistema aberto. 
Hipotermia Desconforto, 
calafrios, queda da 
temperatura, arritmia 
cardíaca e 
sangramento por 
alteração da 
hemostasia 
Desconhecida Não se aplica Diminuir o tempo de 
infusão 
Aquecimento dos 
glóbulos vermelhos 
e/ou plasma. 
Terapia conforme as 
intercorrências 
Aquecer o 
hemocomponente 
(GV ou PF) se 
previsto acima de 
15ml/kg/hora por 
mais de 30 min. 
RHA: Reação hemolítica aguda; RFNH: Reação febril não-hemolítica; RA: Reação alérgica; TRALI: Transfusion Related 
Lung Injury (Lesão aguda pulmonar relacionada à transfusão, ou edema pulmonar agudo não-cardiogênico) 
 
 
10 - PRENCHIMENTO DA NOTIFICAÇÃO DE REAÇÃO TRANSFUSIONAL 
 
 ATENÇÃO: A Notificação de Reação Transfusional deve ficar disponível a todos 
os funcionários, em local de fácil acesso e conhecimento de todos. 
 
10.1 Notificação 
Preencher nome do hospital, data de notificação e tipo de incidente, se imediato ou 
tardio. 
 
10.2 Identificação 
1. Paciente: preencher nome completo do paciente, sem abreviações e sem omitir 
nomes/sobrenomes 
2. Data de nascimento 
3. Número de prontuário 
4. CPF 
5. Sexo 
6. Diagnóstico: preencher conforme consta na Requisição de Transfusão (RT). 
 
OBS: Conferir os dados do Cartão do receptor preso à bolsa, com os dados do 
paciente. 
 
10.3 História Transfusional 
Preencher com a indicação da transfusão, se há transfusões anteriores e história de 
incidentes transfusionais prévios. 
 
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10.4 Hemocomponentes relacionáveis com a notificação 
1. Hemocomponente: especificar qual o hemocomponente causador da complicação 
transfusional: (CH, PF, CP, CHF, Crio...) 
2. Número de doação: copiar o número de doação que se encontra no canto superior 
esquerdo da etiqueta de código de barras. 
3. Número do SUS: copiar o número do SUS, que se encontra no canto inferior direito da 
etiqueta de código de barras. 
4. Marca e lote da bolsa: informação a ser registrada no Hemocentro 
5. Preencher a data e hora de ocorrência do incidente transfusional 
6. Sinais vitais: 
• P.A.: anotar a pressão máxima e mínima, verificada logo após a retirada da bolsa do 
hemocomponente. 
• Temperatura: anotar o valor da temperatura axilar, verificada após a retirada da bolsa 
do hemocomponente. 
• Pulso e respiração. 
 
10.5 Manifestações clínicas/laboratoriais do incidente transfusional 
Anotar com um “x” as manifestações apresentadas pelo paciente: 
� CALAFRIOS 
� NÁUSEAS 
� DOR LOMBAR 
� CHOQUE 
� FEBRE 
� CIANOSE 
� CIVD 
� DISPNÉIA 
� EDEMA AGUDO DE PULMÃO (TRALI) 
� HIPERTENSÃO 
� OUTROS ESPECIFICAR: 
 
� HEMOGLOBINÚRIA 
� ICTERÍCIA 
� URTICÁRIA 
� VÔMITOS 
� TAQUICARDIA 
 
 
10.6 Identificação do responsável pelas informações 
Preencher com o nome do responsável pelo preenchimento do protocolo, assinatura e 
carimbo. 
 
10.7 Conduta clínica adotada 
Anote neste espaço, os procedimentos realizados: suspensão da transfusão, medicação 
e outros. Neste campo é necessário preencher o nome do médico responsável pela 
conduta clínica adotada, assinatura e carimbo. 
 
10.8 Encaminhar ao Hemepar, a hemocultura do paciente pós reação transfusional 
10.8.1 Anotar o nome do paciente, hospital e hora da coleta a etiqueta do frasco onde 
tem o desenho de uma cama de leito, nos 2 frascos. Se utilizar etiqueta de identificação 
do hospital, NÃO colá-la sobre o código de barrra dos frascos. 
10.8.2 Tirar a tampa (lacre) dos dois frascos e fazer a desinfecção da borracha com 
álcool a 70%. 
10.8.3 Realizar a antissepsia das mãos e usar luvas de procedimentos. 
10.8.4 Realizar a antissepsia do local de punção com álcool 70% por 30 segundos. 
10.8.5 Não tocar o local de punção após a antissepsia. 
10.8.6 Preferencialmente não coletar amostra através de cateter instalado.10.8.7 Coletar 16 a 20 ml de sangue e transferir de 5 a 7 ml, primeiro para o frasco 
anaeróbico (tampa amarela) (Objetivo: evitar a entrada de ar no frasco anaeróbico). 
10.8.8 Depois transferir de 8 a 10 ml restantes para o frasco aeróbico (tampa azul) 
10.8.9 Homogeneizar os frascos, mantendo-os em temperatura ambiente. Não colocar 
em estufa, nem em geladeira. 
10.8.10 Não retirar as etiquetas dos frascos de hemocultura. 
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10.8.11 Encaminhar imediatamente ao HEMEPAR (Divisão de Produção – aos cuidados 
do farmacêutico Bioquímico de plantão e/ou Controle de Qualidade de 
Hemocomponentes). 
 
10.9 Encaminhar para o Hemepar a bolsa do hemocomponente causador da 
Complicação Transfusional e uma amostra de sangue do paciente, colhido com heparina, 
pós- reação transfusional, juntamente com o protocolo preenchido. 
 
10.10 No HEMEPAR: verificar se os dados do Cartão de Identificação estão 
concordantes com os dados da bolsa e do paciente, e realizar os seguintes testes: 
 
EXAMES IMUNOHEMATOLÓGICOS – AMOSTRA PACIENTE 
 Pré-transfusional Pós-transfusional 
ABO/Rh 
PESQUISA DE ANTICORPOS IRREGULARES 
ANTICORPO(S) IDENTIFICADO(S) 
PROVA DE COMPATIBILIDADE 
AUTO-CONTROLE 
COOMBS DIRETO 
ELUATO 
ANTICORPO(S) IDENTIFICADO(S) NO ELUATO 
EXAMES IMUNOHEMATOLÓGICOS – AMOSTRA BOLSA 
 Pré-transfusional Pós-transfusional 
ABO/Rh 
TESTE DE HEMÓLISE: � positivo � negativo � inconclusivo � não realizou � ignorado 
 
HEMOCULTURA 
AMOSTRA PACIENTE 
CRESCIMENTO BACTERIANO: � positivo � negativo � inconclusivo � não realizou � ignorado 
MICROORGANISMO(S) ISOLADO(S): 
AMOSTRA BOLSA 
CRESCIMENTO BACTERIANO: � positivo � negativo � inconclusivo � não realizou � ignorado 
MICROORGANISMO(S) ISOLADO(S): 
INSPEÇÃO VISUAL DA BOLSA: � NORMAL � ANORMAL � NÃO REALIZADA/DISPONÍVEL 
TIPO DE ANORMALIDADE: 
 
A hemocultura da bolsa deverá ser realizada independente do tipo de reação 
apresentada pelo paciente. A bolsa do hemocomponente deverá ser devolvida em 
condições para realizar este exame, isto é, deve estar corretamente fechada, para não 
haver contaminação externa. Nos casos em que a bolsa é devolvida pingando, ou se for 
verificado que houve contaminação do meio externo, a cultura não será realizada. 
Após a liberação de todos os resultados, o Hemepar deverá notificar o hospital dos 
resultados obtidos. 
 
10.11 Recebimento da Complicação Transfusional no Hemepar - Realização dos 
testes 
O funcionário que receber o hemocomponente e a Ficha de Investigação de Incidentes 
Transfusionais deve conferir os dados, condições da bolsa, colocar seu nome no campo 
“Recebimento da Reação Transfusional no Hemepar; “Funcionário”, com assinatura e 
carimbo, data e horário. 
O funcionário que realizar os testes deverá anotar seu nome, data, hora da realização 
dos mesmos, e resultados encontrados. O mesmo ocorre para os resultados de 
hemocultura. 
O médico hematologista fará avaliação dos resultados e definirá a conduta a ser adotada 
nas próximas transfusões. 
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Em seguida, o Hemepar encaminhará ao Diretor Clínico do hospital, uma carta 
juntamente com o resultado dos testes realizados e conclusões, a qual deverá ser 
transcrita pela Enfermagem, no Livro de Registro de Reações Transfusionais e arquivado 
no prontuário do paciente. 
 
10.12 Dados do Livro de Registro de Complicação Transfusional 
1. Data da Complicação 
2. Horário do início da transfusão 
3. Nome do paciente 
4. Nome do médico 
5. Número do prontuário 
6. Identificação da bolsa : iniciais do doador, n° de doação, n° SUS, ABO, Rh, PAI, 
validade, tipo de hemocomponente. 
7. Aspecto visual da bolsa (ver hemólise, coágulo, integridade) 
8. Sinais e sintomas observados 
9. Nome do responsável pelo reconhecimento dos sinais e sintomas 
10. Procedimentos adotados: relatar seqüência histórica 
11. Resultados dos exames realizados: 
• Na amostra de sangue pré-transfusional do paciente 
• Na amostra de sangue pós-transfusional do paciente 
• Na bolsa do hemocomponente 
12. Parecer do médico. 
 
11 - LIVROS DE REGISTROS 
 
As Agências Transfusionais que realizam os testes pré-transfusionais, estocam, e 
transfundem hemocomponentes deverão possuir um Livro de Registro de Entrada de 
Hemocomponentes, um Livro de Registro de Liberação de Sangue e um Livro de Registro 
de Complicações Transfusionais. 
 
As Agências Transfusionais que somente transfundem, deverão possuir Livro de Registro 
de Liberação de Sangue (modelo em anexo) e um Livro de Registro de Complicações 
Transfusionais. 
 
12 - EM CASOS DE DÚVIDAS 
 
Contatar o Hemepar – Travessa João Prosdócimo, 145 
 
Fone: (041) 3281-4000 
Divisão de Produção - Farmacêuticos de plantão 24 horas, sábados, domingos e feriados. 
 
 
13 – PROTOCOLOS EM ANEXO 
 
13.1. Modelo da Requisição de Transfusão. 
 
 
 
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13.2. Protocolo para Auto-Transfusão com sorologia reagente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao Dr.__________________________________________________________________ 
Hospital:________________________________________________________________ 
Informamos que o paciente:_________________________________________________ 
N.º prontuário ___________, foi submetido à auto-doação no Hemepar para cirurgia. 
Dentre os exames sorológicos realizados, apresentou sorologia reagente para 
_________________________, não contra-indicando a utilização do hemocomponente 
para uso exclusivo ao paciente. 
 
Em momento oportuno recomendamos a marcação de uma consulta no Ambulatório de 
Sorologia do HEMEPAR através do telefone: 3281-4000, para que tais exames sejam 
repetidos. 
 
 
 Curitiba, _____de ___________de_______ 
 
 
 
 
 ....................................................... 
 Paulo Roberto Hatschbach 
 Diretor do Hemepar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTADO DO PARANÁ 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ – SESA 
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE – SGS 
CENTRO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO PARANÁ - HEMEPAR 
 
 
 
CIÊNCIA DE AUTOTRANSFUSÃO – SOROLOGIA REAGENTE 
INICIAIS__/__ 
Rev. 00 
Pág.___/___ 
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13.3. Termo de Responsabilidade Transfusão Domiciliar 
 
 
ESTADO DO PARANÁ 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ – SESA 
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE – SGS 
CENTRO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO PARANÁ - HEMEPAR 
 
 
 TERMO DE RESPONSABILIDADE TRANSFUSÃO DOMICILIAR 
 
 
 
Eu, DR. (a):______________________________________________________________ 
CRM:______________ responsabilizo-me pela retirada, transporte e instalação domiciliar 
do(s) hemocomponente(s): 
Hemocomponente N.º doação N.º SUS 
 
 
 
 
 
RT n.º _____________________ a ser(em) instalado(s) no(a) 
paciente________________________________________________________________
___________________________________________. Responsabilizo-me também pelas 
demais intercorrências que possam haver durante e após o procedimento transfusional. 
Estou ciente que para transfusão em domicílio é necessário a presença contínua do 
médico responsável, de materiais e medicamentos disponíveis para atendimento de 
situação de emergência decorrentes do ato transfusional, conforme Normas do Ministério 
da Saúde. 
 
Curitiba,_______ de ________________ de__________ 
 
 
 Assinatura / Carimbo do Médico solicitante 
 
 
ESTADO DO PARANÁ 
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ – SESA 
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE – SGS 
CENTRO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO PARANÁ - HEMEPAR 
 
 
 
TERMO DE RESPONSABILIDADE TRANSFUSÃO DOMICILIAR 
INICIAIS__/__ 
Rev. 00 
Pág.___/___ 
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___________________________________________________________ 
 
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13.4. Notificação de Reação Transfusional 
 
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13.5. Modelo de Livro de Registro de Liberação de Sangue. 
 
LIVRO DE REGISTRO DE TRANSFUSÃO 
 
 
DATA 
 
N.º 
ORDEM 
 
NOME COMPLETO 
DO RECEPTOR 
 
N.º PRONT 
 
TIPAGEM 
 
HEMOCOMP 
 
N.º DOAÇÃO 
 
N.º SUS 
 
VOL. 
ABO Rh 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13.6. Modelo para Prontuário. 
 
PRONTUÁRIO 
 
HEMOCOMPONENTE: 
DATA: 
ETIQUETA SUS: 
 HORA PA P T 
INÍCIO 
FINAL 
RESPONSÁVEL PELA INSTALAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Secretário de Estado da Saúde 
MICHELE CAPUTO NETO 
 
Diretor Geral – Secretaria Estadual de Saúde 
RENÉ JOSÉ MOREIRA DOS SANTOS 
 
Diretor do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná - HEMEPAR 
PAULO ROBERTO HATSCHBACH 
 
Equipe de elaboração: 
Bioq. ALEXANDRA MITIRU WATANABE 
Bioq. ELVIRA ROSA PEREIRA HENRIQUES FOLDA 
Enf. SUSANA HELENA GAI MERCER 
 
Equipe de revisão: 
Bioq. ADRIANA ARAUJO BUCHMANN 
Bioq. ALEXANDRA MITIRU WATANABE 
Bioq. ANALIA MARIA BRECKENFELD MACHADO 
Bioq. CAROLINE LUISE PROCHASKA 
Dra. EDNA KAKITANI CARBONI 
Bioq. ELVIRA ROSA PEREIRA HENRIQUES FOLDA 
Bioq. MARIA FERNANDA SCHABERT FERREIRA LINKE 
Bioq. MARIA MARTA DE ABREU FERREIRA 
Bioq. PAULO ROBERTO HATSCHBACH 
Enf. SUSANA HELENA GAI MERCER 
 
 
 
 
 
Este manual foi revisado e atualizado em julho de 2013, com base no Manual de Procedimentos elaborado em 1999, e 
na Portaria MS 1353/11 de 13 de junho de 2011.
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COMPLICAÇÃO TRANSFUSIONAL - FLUXOGRAMA 
 
HOSPITAL: 
 Interromper a transfusão 
 Manter o acesso venoso 
 Conferir etiquetas, rótulos e registros 
HOSPITAL: 
 Coletar amostra pós transfusional 
 Preencher relatório de complicação transfusional 
HOSPITAL: 
Encaminhar para o Hemepar: 
 Bolsa de sangue 
 Amostra de sangue do paciente pós transfusional 
 Relatório de complicação transfusional 
HEMEPAR: 
Repetição dos testes pré transfusionais 
Realização dos testes pós transfusionais 
 
 Hemocultura da bolsa 
Fornecimento ao hospital do Kit 
para hemocultura do paciente 
HOSPITAL: 
Coleta e inoculação da 
hemocultura do paciente e 
devolução imediata ao Hemepar 
HEMEPAR 
Encaminhamento ao setor de C.Q DVPRO da 
hemocultura do paciente e da bolsa. 
HEMEPAR 
Encaminhamento ao hematologista do Hemepar 
os resultados para o exames pré e pós 
transfusionais do paciente 
HEMEPAR 
Encaminhamento ao hematologista do 
Hemepar o resultado das hemoculturas do 
paciente e da bolsa 
HOSPITAL: 
Avaliação do médico assistente e transcrição dos resultados dos exames no 
prontuário do paciente e no Livro de Registro de Complicações Transfusionais do 
hospital. 
HEMEPAR 
Encaminhamento ao hospital de ofício com os resultados dos exames 
realizados e a conclusão do hematologista. 
	HEMEPAR
	Curitiba
	ÍNDICE
	Recém-nascido (RN): até 28 dias de vida
	Para os pacientes com mais de 4 meses de vida as orientações para transfusão de hemácias seguem as mesmas diretrizes para os adultos e devem se basear em sinais e sintomas e não somente em exames laboratoriais.
	Modelo da etiqueta para tubo de coleta (fornecida pelo Hemepar):
	Hospital: ________________________________________
	Observações
	 Utilizar aproximadamente 0,5 kg de gelo reciclável (1 gelox médio) para cada 2
	Início
	Responsável pela instalação
	Tempo de Transfusão
	HEMOCOMPONENTES
	HEMOCULTURA
	5. Preencher a data e hora de ocorrência do incidente transfusional
	6. Sinais vitais:
	 P.A.: anotar a pressão máxima e mínima, verificada logo após a retirada da bolsa do hemocomponente.
	10.5 Manifestações clínicas/laboratoriais do incidente transfusional
	Anotar com um “x” as manifestações apresentadas pelo paciente:
	10.6 Identificação do responsável pelas informações
	Preencher com o nome do responsável pelo preenchimento do protocolo, assinatura e carimbo.
	10.7 Conduta clínica adotada
	10.11 Recebimento da Complicação Transfusional no Hemepar - Realização dos testes
	Ao Dr.__________________________________________________________________
	CENTRO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO PARANÁ - HEMEPAR
	TERMO DE RESPONSABILIDADE TRANSFUSÃO DOMICILIAR
	HEMEPAR

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