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ANEXO 4 cartilha sementes

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ESPÉCIES ARBÓREAS NATIVAS DA MATA ATLÂNTICA: 
PRODUÇÃO E MANEJO DE SEMENTES 
 
 
Projeto de Pesquisa Participativa da UPR7 – São Bonifácio 
 
Parceiros: Grupo do Pasto, EPAGRI, UFSC/CCA, Prefeitura de São Bonifácio, 
Agroindústria de Laticínios Doener, Caipora Cooperativa, ACEPSJ. 
 
 
 
 
Este texto é destinado aos agricultores 
familiares de São Bonifácio e apresenta, de 
maneira simplificada, algumas informações 
sobre a produção de sementes de espécies 
nativas, suas formas de coleta, beneficiamento 
e armazenamento. 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado por: 
Marisa Prudencio 
Daiane Caporal 
Luis Antonio de Freitas 
 
 
 
 
 
São Bonifácio 
Junho de 2007. 
 
PRODUÇÃO E MANEJO DE SEMENTES DE ESPÉCIES 
NATIVAS DA MATA ATLÂNTICA. 
 
 A Floresta Atlântica é um ecossistema que está em constante mudança. Há um 
processo cíclico e natural de crescimento, estabilização, senescência e morte das plantas 
que compõe este ambiente. 
 Este processo, que gera transformações na composição (tipos de plantas) e na 
estrutura (altura das plantas) de uma vegetação ao longo do tempo, é chamado de 
sucessão vegetal. Ou seja, a sucessão é a seqüência em que as plantas se 
desenvolvem num ambiente determinado. Ocorre de duas maneiras: sucessão primária e 
sucessão secundária. 
A sucessão primária está relacionada com a ocupação gradativa de um terreno ao 
longo do tempo geológico; e a sucessão secundária ocorre devido a processos naturais 
como a queda de árvores e desmoronamento de encostas e por intervenções humanas, 
formando clareiras na mata. 
 Estas clareiras são inicialmente 
ocupadas por plantas que suportam alta 
incidência luminosa e solos pobres em 
nutrientes. Estas plantas que conseguem 
se estabelecer no primeiro momento da 
sucessão são chamadas de plantas 
pioneiras e são espécies de crescimento 
rápido e ciclo de vida curto. Esta 
colonização inicial e jovem é chamada 
de capoeirinha ou capoeira baixa. 
 É ela que proporciona uma melhoria gradativa das condições do ambiente, 
permitindo o estabelecimento de outras espécies mais exigentes em nutrientes e que 
precisam de um pouco mais de sombra, chamadas de espécies secundárias. Esta fase da 
sucessão é chamada de capoeirão ou capoeira alta e nela estão presentes tanto as 
espécies pioneiras quanto as secundárias. 
 Aos poucos o ambiente vai ficando mais “adulto” e outras espécies vão surgindo 
até conformar a floresta. As espécies climácicas são as que definem o desenvolvimento 
final da sucessão vegetal. 
 
A produção de sementes 
Geralmente, as plantas florescem e frutificam periodicamente, porém, este 
fenômeno pode variar na época de ocorrência, na sua duração e intensidade. É comum 
também, haver irregularidade na produção de sementes: 
• Há espécies que produzem anualmente ou em intervalos regulares grandes 
quantidades de sementes, como as espécies pioneiras, por exemplo. 
• Há espécies que ficam por longos períodos sem produzir sementes, entre anos de 
produção. 
• Há espécies que produzem grandes quantidades de sementes (anos de picos de 
produção) e logo passam por períodos com produção irregular. 
• Outras espécies, como o guarapuvu, por exemplo, tem a sua produção de frutos 
variável conforme a exposição de sua copa aos quatro pontos cardeais (norte, sul, 
leste e oeste) e ainda variável de ano para ano. 
• Cada espécie floresce em épocas diferentes do ano, dependendo do local e das 
condições climáticas. Por exemplo: o cedro, no estado do Espírito Santo floresce 
de janeiro a março (estação chuvosa). 
 
Dizem os livros que em Santa Catarina, o cedro floresce de setembro a dezembro. 
Mas como ocorre em São Bonifácio? 
 
Para podermos lidar com toda esta diversidade relacionada à produção de sementes, 
precisamos fazer o.. 
 
Planejamento da Colheita 
 O local selecionado para a colheita de sementes deve ter preferencialmente uma 
fauna diversificada de polinizadores e dispersores e um número razoável de indivíduos 
daquela planta que está sendo coletada. 
 Deve ser evitada a colheita em plantas isoladas. Este cuidado é importante, pois 
possibilita que as sementes possuam maior variabilidade genética e, conseqüentemente, 
sejam plantas capazes de sobreviver em diferentes condições ambientais. 
 
 
Para fazer um bom planejamento da colheita, precisamos fazer primeiro... 
 
A seleção de árvores-mãe ou matrizes 
 
 São chamadas de árvores matrizes, porta sementes ou árvores-mãe, aquelas 
plantas das quais são coletadas as sementes. É importante escolher bem as árvores 
matrizes para assegurar que as sementes tenham boa qualidade. 
 A escolha das árvores matrizes depende da finalidade a que se destina a semente 
que vai ser colhida. Por exemplo: quando o objetivo for a produção de madeira, devemos 
colher sementes de árvores que tenham fustes retos e cilíndricos; se for a extração de 
resina, a árvore deve apresentar elevado teor deste extrativo; se for a produção de frutos, 
devemos coletar sementes de árvores que produzam os melhores e mais gostosos frutos. 
 Na época da colheita, as árvores matrizes devem estar sadias, vigorosas e em 
plena maturidade. 
 
 Depois de selecionadas as árvores matrizes, elas devem ser identificadas, por 
meio da marcação: 
• Etiquetagem: colocar uma pequena placa de alumínio (ou outro material) fixada na 
casca da árvore selecionada, contendo o número de cada árvore. 
• Mapeamento das matrizes: fazer um croqui de cada área onde foram selecionadas 
as matrizes, com o seu posicionamento. Isto facilita a localização da matriz que foi 
etiquetada em futuras coletas. 
 
Além de marcar as árvores das quais vamos coletar as sementes, precisamos saber... 
 
A época ideal de colheita de sementes 
 É a época em que as sementes atingem o ponto de maturidade fisiológica, na qual 
possuem o máximo de poder germinativo e vigor. 
 Mas como sabemos se as sementes estão prontas? 
 Isto ocorre quando os frutos estão maduros, isto é, quando eles começam a se 
abrir espontaneamente, ou iniciam a queda espontânea. O ponto de maturidade dos 
frutos varia em função da espécie, do local e do ano, portanto, mais uma vez, precisamos 
observar a floresta! Normalmente reconhecemos um fruto maduro pela sua: cor, cheiro, 
umidade, densidade, tamanho e peso. 
 
 A definição da época de colheita é muito importante, porque grande número de 
espécies produz frutos secos que se abrem naturalmente quando amadurecem, e liberam 
as sementes. Por isso, se não coletarmos na época certa, acabamos perdendo de vista 
as sementes. 
 Além disso, é importante coletar as sementes logo que os frutos estão maduros, 
para evitar que elas permaneçam no campo, sujeitas ao ataque de predadores e expostas 
a condições que favoreçam o aparecimento de fungos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREDAÇÃO 
É toda interação entre indivíduos, na qual 
um deles se alimenta do outro. Assim, 
alguns animais podem se alimentar das 
flores, frutos e outras partes das plantas 
afetando a produtividade e qualidade das 
sementes. 
 
A predação auxilia na dispersão natural 
das espécies e na perpetuação da vida! 
Por isso, em cada planta devemos coletar 
no máximo 30% de seus frutos, para que os 
outros 70% possam suprir as necessidades 
dos animais da região. 
 
Como são os diferentes frutos que carregam as sementes? 
Existem dois grupos principais de frutos: os secos e os carnosos. 
 
Frutos secos - não apresentam polpa úmida, podem de dois tipos: 
Deiscentes: abrem-se sozinhos quando maduros e liberam naturalmente 
as sementes. 
Exemplo: feijão, ervilha, cedro,jacarandá. 
 
 
 
Indeiscentes: não se abrem sozinhos, retêm as sementes quando ficam 
maduros. 
Exemplo: arroz, milho, canela-sassafrás. 
 
 
Frutos carnosos - apresentam polpa úmida, suculenta e, às vezes, abundante. São 
quase todos indeiscentes e de dois tipos: 
 
Baga: fruto que contém uma ou mais sementes, envolvidas pela polpa. 
Exemplos: uva, tomate, abóbora, laranja, goiaba, fruto do vassourão-
preto. 
 
 
 
Drupa: fruto que contém em seu interior uma só semente, que forma um 
caroço. 
Exemplos: pêssego, ameixa, pitanga, fruto da aroeira. 
 
 
 
 
 
Pitanga 
Fruto da timbaúva 
Goiaba 
Fruto do cedro 
 
 Também é fundamental conhecer a forma como cada espécie dispersa suas 
sementes, pois é isto que determina a distribuição espacial de cada espécie e, portanto, 
ajuda a planejar a colheita das sementes. 
A dispersão de sementes pode ocorre de diferentes formas: 
• Pelo vento (anemocoria): ocorre em sementes leves e pequenas, como o cedro, ipê, 
peroba. 
• Pelos animais (zoocoria): ocorre, por exemplo, para o palmito-juçara, ingá e 
pinheiro-do-paraná. 
• Pela água (hidrocoria): ocorre principalmente para as espécies que naturalmente 
margeiam os rios e córregos e em terrenos com declive acentuado. Por exemplo: o 
guarapuvu e algumas espécies de ingá. 
• Pela própria planta (autocoria): ocorre quando o fruto possui mecanismos ejetores 
de sementes; como por exemplo, a pata de vaca. 
 
Mas como podemos coletar estes frutos? 
De duas maneiras: no chão ou diretamente dos galhos da árvore. 
Colheita no chão: 
É aconselhável somente para espécies que produzem frutos grandes. São 
coletados do chão os frutos que estiverem no entorno da árvore-mãe. 
A colheita deve ser iniciada logo após começar a queda dos frutos ou sementes 
para evitar o ataque de roedores, insetos, pássaros e fungos, que podem reduzir a 
produção de sementes e afetar a sua qualidade. 
Como alternativa, e para apressar a queda dos frutos, pode-se limpar o terreno ao 
redor da árvore ou colocar uma lona, e sacudir o tronco ou os galhos da árvore até que os 
frutos maduros caiam. Para isso, pode-se utilizar uma corda chumbada, atirada entre os 
galhos, permitindo a sua agitação e a queda dos frutos ou sementes sobre a lona. 
 
Colheita em árvores em pé: 
Este método consiste em colher os frutos, ramos ou sementes diretamente na 
copa da árvore. Neste caso o coletor necessita escalar a árvore para efetuar a colheita. 
Pode-se usar para isso escadas, cordas e equipamentos de escalada (mas estes só 
 
podem ser utilizados depois de um treinamento). A segurança nesta atividade é o 
principal cuidado, procure sempre a companhia de outra pessoa nesta atividade. 
No caso de árvores pequenas e de médio porte, o acesso à copa pode ser 
conseguido do chão, com alcance equivalente à altura do coletor, se necessário, o coletor 
pode alcançar a copa com auxilio de uma escada colocada ao lado da árvore. 
 
O que fazemos depois de coletar os frutos e sementes? 
 
1- Registro de informações 
 
O agricultor-coletor de sementes deve anotar em uma caderneta de campo, alguns 
dados, como os que constam no exemplo abaixo. Isto é bem importante para auxiliar as 
futuras colheitas e para se saber o período de floração das diferentes espécies em cada 
região. 
Caderneta de campo 
Data de coleta:__________________________________ 
Local de coleta: _________________________________ 
Nome do coletor: ________________________________ 
Lote: __________________________________________ 
Nome popular da espécie: _________________________ 
Nº da árvore matriz: ______________________________ 
Outros dados sobre as características da planta e do local 
onde ela está (p. ex.: encosta, banhado, margem de rio, 
terreno arenoso, etc.): ____________________________ 
 
Cada montante de sementes colhidas de uma árvore-mãe em um determinado 
local e dia são depositados em sacos plásticos e formam um lote. Ou seja, o lote contém 
as sementes da mesma espécie coletadas na mesma árvore-matriz, no mesmo dia. 
Estes lotes podem ser identificados com uma etiqueta. Por exemplo: o agricultor 
João Silva fez uma colheita no dia 03 de junho de 2008. Então, ele coloca as sementes 
num recipiente e coloca uma etiqueta contendo: JS 030608-1. Isto indica que o Sr. João 
Silva coletou o primeiro lote de sementes no dia 3 de junho de 2008. 
 
2- Beneficiamento de sementes 
 
O beneficiamento de sementes compreende todas as etapas que precisam ser 
feitas para o preparo da semente até elas ficarem prontas para serem semeadas. 
Após a colheita, normalmente as sementes apresentam excesso de umidade, 
grande quantidade de impurezas e a maioria encontram-se aderidas aos frutos. Os frutos 
podem ter a polpa carnosa ou seca, podem manter-se fechados ou abrirem-se 
naturalmente, como vimos antes. Por isso, cada tipo de fruto é submetido a um 
tratamento diferente para a extração das sementes. 
Além disso, nem sempre a sementes são plantadas logo após a colheita, 
precisando então passar por um período de armazenamento para o posterior plantio. 
 
O que fazemos, então? 
 
1° Passo: Extração das sementes 
 
 Os frutos que tem polpa carnosa, primeiro devem ser submetidos à remoção 
manual ou mecânica da polpa para extração das sementes. 
 Para isto, a técnica mais utilizada é a maceração: os frutos são colocados em 
tanques com água por 12 a 24 horas (ou mais) até o amolecimento da polpa; logo, os 
frutos devem ser macerados sobre peneiras para extração das sementes. Os materiais 
indesejáveis como sementes murchas, imaturas e quebradas, pedaços de frutos, folhas 
ou qualquer detrito vegetal devem ser cuidadosamente retirados. 
 
 Os frutos secos não precisam de maceração. Eles podem ser colocados para 
secar e com isso, os frutos irão abrir e liberar as sementes. Existem frutos que mesmo 
após a secagem, não se abrem, sendo necessária a abertura forçada com o uso de 
canivete, tesoura de poda manual, martelo ou machadinho. 
 
Depois de obtidas as sementes limpas, elas devem passar pelo processo de secagem. 
 
 
 
2º passo: Secagem das sementes 
 
 A secagem é empregada para extração das sementes do interior dos frutos e 
posteriormente, para a redução do conteúdo de umidade das sementes até o ponto em 
que elas possam ser armazenadas. A secagem serve para que as sementes não 
germinem e não apodreçam enquanto estão armazenadas. 
 Para secar as sementes, podemos colocá-las em estufas ou deixa-las expostas ao 
sol (secagem natural). Para isso, os frutos ou sementes devem ser colocados sobre 
bandejas ou lonas plásticas. 
 Os frutos que apresentam alto teor de umidade quando colhidos, não devem ser 
expostos ao sol diretamente. Eles precisam de uma pré-secagem à sombra, em local 
coberto e bem arejado. 
 Alguns cuidados são importantes durante a secagem: 
• Revolver os frutos periodicamente: isto propicia uma maior aeração, evita a 
fermentação, o aumento excessivo da temperatura e torna a secagem mais 
homogênea. 
• Recolher as bandejas ou a lona para área coberta ou cobrir com outra lona 
durante a noite: isto mantém a temperatura e evita a umidade noturna. 
• Manter em área coberta durante os períodos de chuva. 
• Recolher as sementes na medida em que são liberadas. 
• Acompanhamento constante durante o período de secagem. 
 
 O período de secagem depende da espécie, da umidade inicial das sementes, da 
temperatura e umidade do ar. É preciso conhecer a espécie que está sendo tratada. Em 
geral, sementes ricas em carboidratos tendem a secar mais rapidamente do que as 
oleaginosas. A secagem não deve ser muito lenta paranão propiciar o aparecimento de 
fungos, nem muito rápida. 
 
 3º passo: Armazenamento 
 
 Depois que as sementes são retiradas dos frutos e secas, elas devem ser 
armazenadas adequadamente até a época correta de semeadura ou até a sua 
comercialização. 
 
 O armazenamento não melhora a qualidade das sementes, apenas permite que 
elas durem por mais tempo, isto é, que permaneçam viáveis. 
 No geral, as melhores condições para o armazenamento das sementes são baixa 
temperatura e ar seco. O local de armazenamento deve ser limpo, seco e ventilado. Para 
guardar as sementes podem ser utilizados recipientes bem fechados de vidro, garrafas 
PET ou sacos plásticos. Em alguns casos, podem ser utilizados sacos de papel ou pano. 
 Nos recipientes deve ser colocada uma etiqueta com o nome popular da espécie, 
data de armazenamento e número do lote. 
 
Pode ser utilizada cinza dentro dos recipientes para manter as sementes livres de fungos. 
 
 É importante saber que muitas das sementes das florestas tropicais não aceitam a 
secagem e armazenamento. Isto depende da longevidade natural das sementes, ou 
seja, sua viabilidade: é o período em que a semente mantém a capacidade de germinar. 
 Esta característica é intrínseca da semente e varia entre as espécies: enquanto 
algumas sementes permanecem viáveis durante muitos anos, outras perdem rapidamente 
a capacidade de germinar. Esta característica natural de cada espécie determina se suas 
sementes podem ou não ser secas e armazenadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação das sementes quanto à secagem e armazenamento: 
 
• Ortodoxas: suportam bem a desidratação e podem ser armazenadas em 
ambientes de baixa temperatura e umidade por um período de seis meses a mais 
de um ano, dependendo da espécie. 
 Exemplo: guarapuvu; aroeira-vermelha. 
 
• Recalcitrantes: são sementes com alto teor de umidade que não aceitam a 
desidratação e armazenamento, perdendo rapidamente a viabilidade. Sementes 
deste tipo devem ser expostas à ventilação natural, à sombra, apenas para perder 
o excesso de umidade. Só podem ser armazenadas com alto grau de umidade e 
por curtos períodos de tempo (de semanas até alguns meses). 
 Exemplo: pinheiro-do-paraná (araucária), palmito-juçara, ingá. 
 
3- Plantio das sementes 
 
 Após o beneficiamento as sementes estão prontas para serem semeadas. 
 O tempo que as sementes demoram em germinar, ou período de dormência, varia 
entre as espécies, algumas germinam em poucas semanas, outras demoram alguns 
meses. 
 Podemos apressar um pouco o período de germinação induzindo a quebra de 
dormência das sementes. Consiste em quebrar a primeira barreira que a água encontra 
para penetrar na semente, facilitando a entrada de água no interior da semente e com 
isso, a sua germinação. 
 Pode-se conseguir isto através de diferentes métodos: raspando a superfície da 
semente com uma lixa para madeira, deixando a semente imersa na água por algum 
tempo, utilizando ácido sulfúrico ou submetendo a semente por um período em água 
morna. 
 O meio pelo qual será feita a quebra de dormência vai depender da espécie que 
está sendo trabalhada e os meios que o coletor dispõe. 
 Após feita a indução da quebra de dormência as sementes devem ser 
imediatamente plantadas e irrigadas regularmente. 
 
 Como foi possível observar muitas características da coleta e manejo de sementes 
da Floresta Atlântica variam de espécie para espécie. E isto ocorre graças a termos uma 
floresta rica, com uma diversidade enorme de vida. Porém, para facilitar, apresentamos a 
seguir uma tabela com algumas espécies que ocorrem em São Bonifácio e as 
características de seus frutos e sementes. O agricultor pode recorrer a esta tabela sempre 
que tiver dúvida sobre alguma espécie que deseja reproduzir. 
 
 Para finalizar é bom lembrar que a floresta possui diversos recursos que podem 
ser manejados para o usufruto dos agricultores familiares. Mas este manejo deve ser feito 
com o cuidado necessário para que o recurso não acabe e possa ser usufruído também 
pelas gerações futuras. 
 
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