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Integral Complexa Diego A. Oliveira Exerc´ıcios Resolvidos: Integral Complexa diegoalvez@pop.com.br Compilado dia 17/11/2013. Este documento se encontra sujeito a constantes reviso˜es. Integral de contorno 1. Calcule ∫ c f(z)dz com f(z) = z2, sob a curva C = {z = reiθ : 0 ≤ θ ≤ pi} Soluc¸a˜o: Pela definic¸a˜o de integral complexa: ∫ c f(z)dz = ∫ pi 0 (reiθ)2 · rieiθdθ = ir3 ∫ pi 0 e3iθdθ = ir3e3iθ 3i ∣∣∣∣∣ pi 0 = ir3e3ipi 3i − ir 3e3i·0 3i = ir3e3ipi 3i − ir 3 3i = ir3 3i (e3ipi − 1) Como e3pii = cos(3pi) + isen(3pi) e como sen(3pi) = 0 e cos(3pi) = −1 enta˜o: ir3 3i (e3ipi − 1) = ir 3 3i (−1− 1) = −2ir 3 3i 2. Calcule ∫ c 2x− y + ix2dz com 0 ≤ t ≤ 1 Soluc¸a˜o: 1 Integral Complexa Diego A. Oliveira Seja z(t) = t+ it enta˜o:∫ c 2x− y + ix2dz = ∫ 1 c (t− it)(1 + i)dt = 1 + 5i 6 = 1 6 + 5 6 i 3. Seja C um contorno qualquer ligando z1 e z2, de forma que z(t), 0 ≤ t ≤ b com z(a) = z1 e z(b) = z2 mostre que ∫ c 1dz = z1 − z2 Soluc¸a˜o:∫ c 1dz = ∫ b a 1 · z′(t)dt = ∫ b a z′(t)dt = z(t) ∣∣∣∣∣ b a = z(b)− z(a) = z1 − z2 C.Q.D. 4. Calcule ∫ c (2x+ 3yi)dz onde c e´ a curva y = x2 + 1. Soluc¸a˜o: A curva de integrac¸a˜o e´: Chamando x = t enta˜o y = t+ 1, z = t+ (t2 + 1)i, dz = 1+ 2it com 1 ≤ t ≤ 2 portanto:∫ c (2x+ 3yi)dz = ∫ 2 0 (2t+ 3i(t2 + 1))(1 + 2it)dt = −32 + 74 3 i 5. Calcule ∫ c (x2+y2+3+(2xy+2)i)dz onde c e´ o segmento que liga os pontos (1; 1) e (0; 1) no plano complexo. Soluc¸a˜o: 2 Integral Complexa Diego A. Oliveira A curva de integrac¸a˜o e´: Chamando x = t (com 0 ≤ t ≤ 1) enta˜o z = t+ i e dz = 1dt, logo:∫ c (x2 + y2 + 3 + (2xy + 2)i)dz = ∫ 1 0 (t2 + 4(2t+ 2)i)dt = 13 3 + 3i 6. Calcule ∫ c dz z − 1 onde c e´ o segmento que liga os pontos (0; 2) e (0; 1) no plano complexo. Soluc¸a˜o: A curva de integrac¸a˜o: Note que sobre esse segmento a func¸a˜o f(z) = 1 z − 1 e´ anal´ıtica num espac¸o conexo, portanto pode ser integrada sem a necessidade de uma parametrizac¸a˜o. ∫ c dz z − 1 = ∫ 2i i dz z − 1 = ln(z − i) ∣∣∣∣∣ 2i i 3 Integral Complexa Diego A. Oliveira = ln(2i− 1)− ln(i− 1) = ln ( 2i− 1 i− 1 = ln(1.5− 0.5i) ) onde ln(1.5− 0.5i) = ln(2.5) + i(5.96RAD) 7. Calcule ∫ c (z2 − z) onde c e´ o segmento que liga os pontos (0; 2) e (0; 1) no plano complexo. Soluc¸a˜o: Pelas equac¸o˜es de Cauchy Rieman f(z) = z2 − z e´ anal´ıtica em todo o plano. Prova ∂u ∂x = 2x− 1⇒ ∂v ∂y = 2x− 1 ∂u ∂y = −2y ⇒ ∂v ∂x = 2y onde u = x2 − x− y2 e v = 2xy − y enta˜o assim como no exemplo anterior podemos resolver a integral sem a ne- cessidade de parametrizac¸a˜o. ∫ c (z2 − z)dz = ∫ 2i i = ( z3 3 − z 2 2 ) ∣∣∣∣∣ 2i i = 0.5− 7 3 i 8. Calcule ∫ 2+4i 1+i z2dz. a) Ao longo da para´bola x = t, y = t2, com 1 ≤ t ≤ 2. 4 Integral Complexa Diego A. Oliveira b) Ao longo da reta ligando 1 + i e 2 + i. c) Ao longo da reta ligando 1 + i a 2 + i e em seguida 2 + 4i Soluc¸a˜o: Se x = t e y = t2 enta˜o z = t+ it2 assim ∫ 2+4i 1+i z2dz = ∫ 2 1 (t+ it)2(1 + 2it)dt = (t+ it2)3 3 ∣∣∣∣∣ 2 1 = −86 3 − 6i Soluc¸a˜o: A reta que liga os pontos (1;1) e (2;4) no plano complexo tem equac¸a˜o igual a y = 3x− 2 onde para x = t e y = 3t− 2 temos z = t+ (3t− 2)i enta˜o∫ 2+4i 1+i z2dz = ∫ 2 1 (t+ 3ti− 2i)2(1 + 3i)dt = −86 3 − 6i O fato de (A) e (B) terem o mesmo resultado ocorre pois f(z) = z2 e´ anal´ıtica em todo o plano e por isso seu resultado depende apenas do ponto inicial e final e na˜o de sua trajeto´ria. Soluc¸a˜o: O caminho de integrac¸a˜o e´: Dado pela integral ∫ AB∪BC z2dz = ∫ AB z2dz + ∫ BC z2dz 5 Integral Complexa Diego A. Oliveira Porem como o integrando e´ uma func¸a˜o anal´ıtica podemos considerar apenas o ponto inicial e final. assim ∫ AB∪BC z2dz = ∫ 2 1 z2dz = −86 3 − 6i 9. Mostre que ∫ c dz (z − a)ndz = Soluc¸a˜o: Seja “c” um circulo qualquer de raio R centrado em z = a, e c1 uma circun- fereˆncia que envolva a singularidades enta˜o f(z) = (z − a)−n e´ anal´ıtica dentro e sobre a fronteira da regia˜o limitada pelo contorno “c” e “c1” de modo que podemos escrever: ∫ c dz (z − a)n = ∫ 2pi 0 iReiθ (Reiθ)n dθ chamando u = Reiθ enta˜o du = iReiθdθ logo se n = 1∫ 2pi 0 iReiθ (Reiθ)n dθ = ∫ 2pi 0 du un = ln(u) ∣∣∣∣∣ 2pi 0 6 Integral Complexa Diego A. Oliveira = ln(Re2pii)− ln(Rei0) = ln ( Re2pii Rei0 ) = ln(e2pii) = 2pii Porem se n ≥ 2 enta˜o: = ∫ 2pi 0 du un = u−n+1 −n+ 1 ∣∣∣∣∣ 2pi 0 = (Reiθ)−n ·Reiθ 1− n ∣∣∣∣∣ 2pi 0 = Reiθ (Reiθ)n(1− n) ∣∣∣∣∣ 2pi 0 = 1 (Reiθ)n−1(1− n) ∣∣∣∣∣ 2pi 0 como e2pii ou e0i sa˜o iguais a zero enta˜o: = 1 (Rn−1)(1− n) − 1 (Rn−1(1− n) = 0 Finalizando a demonstrac¸a˜o. 10. Qual a soluc¸a˜o se da integral do exerc´ıcio 9 para n = 0,−1,−2, ...? Soluc¸a˜o: Para n = 0,−1,−2, ... o integrando sera´ 1, (z−a), (z−a2), ... que sa˜o anal´ıticas em todo plano, logo pelo Teorema de Cauchy a integral e zero. 11. Calcule ∫ |z|=1 dz z − 3. Soluc¸a˜o: Como z = 3 na˜o esta´ no interior do circulo |z| = 1 enta˜o a integral e´ zero, pois ale´m de ser anal´ıtica dentro e sob o contorno de integrac¸a˜o e´ uma curva fechada. 7 Integral Complexa Diego A. Oliveira Formula integral de Cauchy 1. Usando a formula integral de Cauchy resolva: a) ∫ |z|=1 ez (z − 2)2dz b) ∫ |z|=3 ez (z − 1)(z − 2)dz c) ∫ |z|=2 z (z − 1)2(z − 4)dz Soluc¸a˜o: Como a singularidade ocorre apenas para z = 2 que na˜o pertence ao circulo |z| = 1 enta˜o a integral e zero, pois se trata de uma integral de uma func¸a˜o anal´ıtica sob uma curva fechada. Soluc¸a˜o: As singularidades do integrando ocorrem para z = i e z = 2 ambos no interior de |z| = 3. Portanto pela fo´rmula integral de Cauchy:∫ |z|=3 ez (z − 1)(z − 2)dz = 2pii ( ei 1− 2 + e2 (2− i) ) Soluc¸a˜o: O contorno considerado e´ o circulo de raio 2 onde apenas a singularidade z = 1 do integrando se encontra. 8 Integral Complexa Diego A. Oliveira Logo pela fo´rmula integral de Cauchy:∫ |z|=2 z (z − 1)2(z − 4)dz = 2piif ’(1) = 2pii ( 1 1− 4 ) = 2pii 3 2. Calcule ∫ |z+i|=4 dz z − 3 Soluc¸a˜o: Como z = 3 pertence ao interior de |z + i| = 4 usando a fo´rmula integral de Cauchy ∫ c dz z − 3 = 2piif(3) = 2pii onde f(z) = 1 e´ a func¸a˜o constante. 3. Calcule ∫ c cos(z) z − pi dz e ∫ c ez z(z + 1) onde c e´ o circulo |z − 1| = 3. Soluc¸a˜o: ∫ c cos(z) z − pi dz = cos(pi) · 2pii = −2pii e tambe´m ∫ c ez z(z + 1) = ∫ c ez ( 1 z − 1 z + 1 ) dz = ∫ c ez z dz − ∫ c ez z + 1 dz = 2pii(1− e−1) 4. Calcule ∫ c 5z2 − 3z + 2 (z − 1)3 dz, onde c e´ uma curva simples qualquer envolvendo z = 1. Soluc¸a˜o: Pela fo´rmula integral de Cauchy (abaixo), fn(a) = n! 2pii ∫ c f(z) (z − a)n+1dz 9 Integral Complexa Diego A. Oliveira com n = 2, f(z) = 5z2 − 3z + 2 enta˜o f ′′(z) = 10 e portanto∫ c 5z2 − 3z + 2 (z − 1)3 dz = 10pii 10 Integral Complexa Diego A. Oliveira Integrais Impro´prias e o Teorema do Res´ıduo As integrais complexas mais comuns e que podem ser resolvidas pelo Teorema do Res´ıduo tambe´m podem ser agrupadas em diferentes tipos o que facilita muito a sua resoluc¸a˜o uma vez que cada tipo possui um contorno espec´ıfico de integrac¸a˜o ou seu integrando possui uma caracter´ıstica particular que facilita o processo de integrac¸a˜o. TIPOUM As integrais do tipo um sa˜o as integrais da forma:∫ ∞ −∞ f(x)dx Onde: 1 – As singularidades da func¸a˜o na˜o esta˜o no eixo real. 2 – Existe um M, R e p > 1 tal que |f(z)| ≤ M|z|p 1. Calcule ∫ ∞ −∞ 1 x4 + 1 dx. Soluc¸a˜o: Primeiro observamos que a condic¸a˜o (1) e´ verdadeira pois as singularidades de f(z) na˜o esta˜o no eixo real. Para mostrar a segunda condic¸a˜o lavaremos em considerac¸a˜o que z = Reiθ onde R = |z| enta˜o |f(z)| = ∣∣∣∣∣ 11 +R4e4iθ ∣∣∣∣∣≤ 1|R4e4iθ| − 1 ≤ 1R4 − 1 ≤ 2R4 onde M = 2 e p = 4, logo essa e´ uma integral do tipo I. Nesses casos o contorno de integrac¸a˜o escolhido e´ sempre o semi-circulo no plano superior de raio infinto. 11 Integral Complexa Diego A. Oliveira Como as ra´ızes de z4 + 1 = 0 ocorrem apenas para epii/4, e3pii/4, e5pii/4, e7pii/4. Contudo apenas os dois primeiros esta˜o dentro da regia˜o limitada pelo contorno, logo apenas eles sera˜o levados em conta pelo Teorema do Res´ıduo.∫ ∞ −∞ f(x)dx = 2pii[Res(f, epii/4) +Res(f, e3pii/4) onde Res(f, epii/4) = 1 4(epii/4)3 , Res(f, e3pii/4 = 1 4(e3pii/4)3 E finalmente, ∫ ∞ −∞ f(x)dx = 2pii ( − i 2 √ 2 ) = pi√ 2 Para o calculo do res´ıduo usaremos a fo´rmula Res(f, z0) = limz→z0(z − z0) 1 z4 + 1 12 Integral Complexa Diego A. Oliveira TIPO DOIS Sa˜o integrais onde f(x) = P (x) D(x) onde gr(D(x))− gr(P (x)) ≤ 2 e D(x) na˜o tem ra´ızes racionais. 1. Calcule ∫ ∞ 0 x2 (x2 + 1)(x2 + 4) dx Soluc¸a˜o: Como o integrando e´ uma func¸a˜o par enta˜o∫ ∞ 0 x2 (x2 + 1)(x2 + 4) dx = 1 2 ∫ ∞ −∞ x2 (x2 + 1)(x2 + 4) dx Seja f(z) = z2 (z2 + 1)(z2 + 4) achamos as singularidades no plano complexo para z = ±i e z = ±2i estabelecendo o contorno de integral abaixo1 vemos que as u´nicas singularidades que pertence a regia˜o do contorno sa˜o z = 1 e z = 2i portanto sera˜o os u´nicos levados em considerac¸a˜o pelo Teorema do res´ıduo. Assim pelo Teorema do Res´ıduo 1 2 ∫ ∞ −∞ x2 (x2 + 1)(x2 + 4) dx = 1 2 ∫ R −R x2 (x2 + 1)(x2 + 4) dx+ 1 2 ∫ Cr z2 (z2 + 1)(z2 + 4) dx = pii(Res(f, i) +Res(f, 2i)) = pii ( i 6 − i 3 ) = pi 6 onde 1No caso de uma integral tipo dois sera´ usado sempre esse contorno. 13 Integral Complexa Diego A. Oliveira Res(f, i) = limz→i (z − i)z2 (z2 + 1)(z2 + 4) = i 6 Res(f, 2i) = (z − 2i)z2 (z2 + 1)(z2 + 4) = − i 3 . 2. Calcule ∫ ∞ 0 dx x4 + 1 . Soluc¸a˜o: Como essa tambe´m e´ uma integral do tipo II o contorno de integrac¸a˜o sera´ tambe´m o semi circulo situado no plano superior. Onde z1 = e pi 4 i e z2 = e 3pi 4 i sa˜o as singularidades dentro do contorno, portanto as u´nicas que sera˜o levadas em conta pelo Teorema do res´ıduo. Como o integrando e´ uma func¸a˜o par enta˜o: ∫ ∞ 0 dx x4 + 1 = 1 2 ∫ ∞ −∞ dx x4 + 1 = 2pii 2 + (Res(f, e pi 4 i) +Res(f, e 3pi 4 i) = pi √ 2 4 Onde Res(f, e pi 4 i) = lim z→epi4 i (z − epi4 i) z4 + 1 = 1 4 e− 3pi 4 Res(f, e 3pi 4 i) = lim z→e 3pi4 i (z − e 3pi4 i) z4 + 1 = 1 4 = e− 9pi 4 i 3. Calcule ∫ ∞ −∞ x2 (x2 + 1)2(x2 + 2x+ 2) dx Soluc¸a˜o: 14 Integral Complexa Diego A. Oliveira Os res´ıduos de f(z) existem para z = i e z = i − 1 sendo singularidades de ordem 1 e 2 respectivamente. Aplicando a fo´rmula oferecida pelo Teorema do Res´ıduo∫ ∞ −∞ f(x)dx = 2pii(Res(f, z1) + ...+Res(f, zn)) onde z1, ..., zn sa˜o as singularidades de f(z) e Res(f, zn) e´ igual Res(f, zn) = 1 (n− 1)! limz→zn [( d dz )n−1 · ((z − zn)f(z)) ] sendo n a ordem do res´ıduo teremos: Res(f, i) = limz→i = z(z − i)2 (z + i)2(z − i)2(z2 + 2z + 2) = 9i− 12 100 Res(f, i− 1) = limz→(i−1) = z(z − (i− 1)) (z + i)2(z − i)2(z2 + 2z + 2) = 3− 4i 25 assim∫ ∞ −∞ x2 (x2 + 1)2(x2 + 2x+ 2) dx = 2pii ( 9i− 12 100 + 3− 4i 25 ) = 7pi 50 15 Integral Complexa Diego A. Oliveira TIPO TREˆS Sa˜o integrais da forma ∫ 2pi 0 F (senθ,cosθ)dθ onde F (senθ,cosθ) e´ uma func¸a˜o racional de senθ ou cosθ. 1. Calcule ∫ 2pi 0 dθ 5 + 3senθ . Soluc¸a˜o: Para resolvemos as integrais do tipo III devemos transformar o integrando para que este fique em func¸a˜o de z. Considerando z = eiθ enta˜o dz = ieiθdθ e como senθ = z−z −1 2i enta˜o:∫ 2pi 0 dθ 5 + 3senθ = ∫ c dz zi 5 + 3 ( z−z−1 2i ) = ∫ c 2 3z2 + 10iz − 3dz O fato de usarmos z = eiθ ao inve´s de z = |R|eiθ ocorre pois nesses casos de integrac¸a˜o o contorno escolhido e´ sempre o circulo de raio um. Onde agora aplicamos o Teorema do Contorno, para a singularidade z = − i 3 ∫ 2pi 0 = ∫ c 2 3z2 + 10iz − 3dz = 2pii ( limz→− i 3 ( z + i 3 )( 2 3z2 + 10iz − 3 )) = pi 2 16 Integral Complexa Diego A. Oliveira perceba que o termo entre parenteses e´ o Res(f,− i 3 ). 2. Mostre que ∫ 2pi 0 cos3θ 5− 4cosθdθ = pi 12 Soluc¸a˜o: Realizado a transformac¸a˜o chegamos a`:∫ 2pi 0 cos3θ 5− 4cosθdθ = − 1 2i ∫ c z6 + 1 z3(2z − 1)(z − 2)dz onde aplicando o Teorema do Res´ıduo , com as singularidades em z = 0 e z = 1 2 de ordem 3 e 1 respectivamente, dentro do circulo unita´rio. − 1 2i ∫ c z6 + 1 z3(2z − 1)(z − 2)dz = 2pii(Res(f, 0) +Res(f, 1 2 )) = pi 12 onde Res(f, 0) = 1 2! limz→0 [( d dz )2( (z − 0)3 ( z6 + 1 z3(2z − 1)(z − 2) ))] = 21 8 Res(f, 1 2 ) = limz→ 1 2 ( (z − 1 2 ) ( z6 + 1 z3(2z − 1)(z − 2) )) = −65 24 3. Mostre que ∫ 2pi 0 dθ A+Bsenθ = 2pi√ A2 + (−B)2 , se A > |B|. Soluc¸a˜o: Tomando como contorno de integrac¸a˜o a circunfereˆncia de raio unita´rio e real- izando a transformac¸a˜o de θ para z temos ∫ 2pi 0 dθ A+Bsenθ = ∫ c 2 Bz2 + 2Aiz −Bdz = 2pii ( Res ( f, −A+√A2 −B2 B i )) = 2pi√ A2 −B2 17 Integral Complexa Diego A. Oliveira cujos polos podem ser encontrados fazendo Bz2 + 2Aiz − B = 0 pelo me´todo de Vie´te para equac¸o˜es quadra´ticas fornecendo dois valores (z0 e z1), para as singularidades do integrando. onde Res ( f, −A+√A2 −B2 B i ) = limz→z0(z − z0) ( 2 bz2 + 2Aiz −B ) = 1√ A2 −B2i Perceba que z0 = −A+√A2 −B2 B i pertence a circunfereˆncia unita´ria pelo seguinte racioc´ınio ∣∣∣∣∣−A+ √ A2 −B2 B i ∣∣∣∣∣= ∣∣∣∣∣ √ A2 −B2 − A B i · √ A2 −B2 + A√ A2 −B2 + A ∣∣∣∣∣= ∣∣∣∣∣ −B√A2 −B2 + Ai ∣∣∣∣∣< 1 se A > |B|. De modo ana´logo pode se verificar que Z1 (a segunda raiz), na˜o pertence a regia˜o da circunfereˆncia unita´ria. 18 Integral Complexa Diego A. Oliveira TIPO QUATRO Sa˜o conhecidas como integrais de Fourier e sa˜o da forma:∫ ∞ −∞ f(x)cos(x)dx ou ∫ ∞ ∞ f(x)sen(x)dx Toda integral de Fourier pode ser escrita na forma geral como∫ ∞ −∞ f(x)e±ikx com k > 0. Tambe´m nesse tipo de integral as partes imagina´rias e reais do inte- grando determinam toda a integral, e isso sera´ usado para resoluc¸a˜o dos pro´ximos exerc´ıcios. 1. Calcule ∫ ∞ 0 cos(nx) x2 + 1 dx com n > 0. Soluc¸a˜o: Como cosθ = e iθ+e−iθ 2 enta˜o a parte real de cosθ = e iθ 2 assim:∫ ∞ 0 cos(nx) x2 + 1 dx = 1 2 ∫ ∞ −∞ cos(nx) x2 + 1 dx = 1 4 ∫ ∞ −∞ eizm z2 + 1 dz Que como ja´ vimos e´ a forma de geral de uma integral de Fourier. Aplicando a formula do res´ıduo sobre o semi circulo no plano superior, (usamos sempre essa regia˜o de integrac¸a˜o para as integrais do tipo IV), a seguir 19 Integral Complexa Diego A. Oliveira enta˜o 1 4 ∫ ∞ −∞ eizm z2 + 1 = 2pii 4 (Res(f, i)) = pi 4 e−m onde Res(f, i)= limz→i ( (z − i) e izm (z − i)(z + i) ) = e −m 2i 20 Integral Complexa Diego A. Oliveira TIPO CINCO As integrais do tipo cinco sa˜o da forma∫ ∞ 0 cos(tx2)dx e ∫ ∞ 0 sen(tx2)dx com t ∈ Z. Sa˜o tambe´m conhecidas como integral de fresnel. Assim com as integrais do tipo IV as integrais de fresnel podem ser resolvidas apenas levando em conta a parte imagina´ria ou real do integrando. Isso implica que tanto a func¸a˜o cos(tx2)dx como sen(tx2)dx podem ser substitu´ıdas pela func¸a˜o eitx 2 que e´ a parte imagina´ria e real respectivamente das func¸o˜es citadas. 1. Mostre que as integrais ∫ ∞ 0 cos(x2)dx e S = ∫ ∞ 0 sen(x2)dx convergem para 1 2 √ pi 2 . Soluc¸a˜o: Seja C = ∫ ∞ 0 cos(x2)dx e S = ∫ ∞ 0 sen(x2)dx como suas partes imagina´rias ou suas parte reais do integrando definem toda a integral enta˜o podemos substituir ambos os integrandos por eix 2 que e´ a parte real e imagina´ria de cos(x2) e sen(x2) respectivamente logo I = ∫ ∞ 0 eix 2 dx ≡ Re ∫ ∞ 0 cos(x2)dx ≡ Im ∫ ∞ 0 sen(x2)dx Para o calculo da integral I vamos considerar o seguinte contorno de integrac¸a˜o 21 Integral Complexa Diego A. Oliveira Como a func¸a˜o f(z) = eiz 2 e´ anal´ıtica dentro e fora da regia˜o de contorno de acordo com o Teorema de Cauchy podemos escrever∫ c eizdz = (∫ Cx + ∫ Cr + ∫ Cl ) eiz 2 dz = 0 (1) Calculando a integral ao longo do caminho Cr chegamos a conclusa˜o que seu resultado e´ zero. ∣∣∣∣∣ ∫ Cr eiz 2 dz ∣∣∣∣∣= ∣∣∣∣∣ ∫ pi 4 0 eiR 2(cos2θ+isen2θ)iReiθdθ ∣∣∣∣∣ onde nessa passagem usamos z2 = R2(cos2θ + isen2θ). ∣∣∣∣∣ ∫ pi 4 0 eiR 2(cos2θ+isen2θ)iReiθdθ ∣∣∣∣∣≤ ∫ pi 4 0 Re−R 2sen2θdθ ≤ ∫ pi 4 0 Re−R 2 4θ pi dθ = pi 4R ( 1− e−R2 ) ou seja quando R→∞ enta˜o ∫ Cr ez 2 dz → 0 Para Calcular as integrais ao longo do caminho Cx e Cl devemos levar em conte que o segmento Cx = [0;R] existe apenas sobre o eixo real portanto tem parte imagina´ria nula (z = x).∫ Cx eiz 2 dz = ∫ R 0 eix 2 dx (2) Ja´ o segmento Cl tem componentes tanto no eixo real como no imagina´rio e pode ser escrito como z = re pi 4 i enta˜o:∫ Cl eitz 2 dz = ∫ 0 R ei(r 2eipi/2) · epi4 idr = epi4 i ∫ 0 R ei(r 2eipi/2)dr (3) como e pi 2 i = i enta˜o: e pi 4 i ∫ 0 R e−r 2 dr = −1 2 √ pi 2 − i √ pi 2 (4) 22 Integral Complexa Diego A. Oliveira Como a integral ao longo de Cr tende a zero quando R tende ao infinito da relac¸a˜o (1) e (4) implica que:∫ R 0 eix 2 dx = −epi4 i ∫ 0 R e−r 2 dr = e pi 4 i √ pi 2 = 1 2 √ pi 2 + i √ pi 2 (5) ∫ R 0 eix 2 dx = 1 2 √ pi 2 + i √ pi 2 Como no nosso contorno de integrac¸a˜o (figura) R → ∞ e lembrando que a integral ao longo de Cx tem parte imaginaria nula enta˜o conclui-se que na verdade:∫ R 0 eix 2 dx = 1 2 √ pi 2 23 Integral Complexa Diego A. Oliveira TIPO SEIS Nesse grupo esta˜o as integrais que possuem pelo menos uma singularidade no eixo real. 1. Calcule ∫ ∞ 0 sen(x) x dx. Soluc¸a˜o: Assim como nos outros casos onde o integrando e´ func¸a˜o trigonome´trica o valor dessa integral pode ser obtido apenas considerando sua parte imagina´ria ou real assim: ∫ ∞ 0 sen(x) x dx = ∫ ∞ 0 eix xi dx Note que sen(x) = Im = (eix). Como o integrando e´ uma func¸a˜o par enta˜o:∫ ∞ 0 eix xi dx = 1 2 ∫ infty −∞ eix xi dx passando a func¸a˜o para o plano complexo e integrando ao longo do contorno (abaixo). Enta˜o 1 2 ∫ ∞ −∞ eix xi dx = 1 2 ∫ ∞ −∞ eiz zi dz = 1 2 (∫ CR + ∫ [−R;−r] + ∫ Cr + ∫ [r;R] ) = pii 2i Res((f, z0)) 24 Integral Complexa Diego A. Oliveira Onde z0 e´ a singularidade da func¸a˜o f(z) = eiz z . Como Res(f, z0) = limz→z0 = 1 enta˜o∫ ∞ −∞ eiz z dz = pi 2 25
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