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3. O corpo na filosofia antiga

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O corpo na filosofia antiga
Jeferson Moreira dos Santos
Na antiguidade...
O pensamento sobre o ser, considerado como Idéia, realidade transcendente, imutável e eterna, excluiu como não-ser o concreto, o transitório e o finito. Assim, natureza, coisas, homens e produtos de sua atividade nunca eram pensados em sua concretude, mas, sim, como participantes de uma realidade transcendente” (GONÇALVES, 1994, pp. 40-41).
Havia uma separação entre o racional (logos) e o sensível (physis), desvalorizando esta última. 
O corpo na Odisseia.
A Odisséia, de Homero, traz passagens importantes acerca do corpo.
 Um ponto importante na obra do autor é a presença da idéia de que a alma, no momento da morte, desliga-se do corpo, saindo “pela boca ou pela ferida do agonizante, para descer às profundezas do érebo” (Medeiros, 1998, p.36). 
Esta representação dualista de três mil anos atrás vai ser desenvolvida tanto na filosofia quanto na literatura posteriores (Anima X Corpus). 
Ulisses e as sereias
Enfeitiçados por seus dotes, os marinheiros pulam ao mar, sendo comidos pelas sereias. 
Para passar vivo pelas sereias, Ulisses aprisiona seu corpo e garante a possibilidade de dotar sua alma daquela experiência única. Para os marinheiros, Ulisses prescreve o usufruto de seus corpos no trabalho de mover o navio, sem a possibilidade dos mesmos em desfrutar dos prazeres sensoriais advindos do canto mágico das sereias (ADORNO e HORKHEIMER, 1985). 
O corpo na Filosofia Grega.
Demócrito de Abdera (pré-socrático).
Duas formas de se viver a vida: a) viver conforme o corpo, valorizando os bens visíveis, ou; b) viver conforme a alma, cultuando os elementos considerados mais humanos no homem: esta última seria a forma de buscar a felicidade.
Segundo Medeiros, acentua-se “a dualidade corpo e alma, o que já teria sido esboçado na fase mítica. Entretanto, não se trata aqui de uma simples dicotomia, mas de uma verdadeira oposição espírito e matéria” (1998, p. 37).
Sócrates e Platão (Séc. V a.C.) 
O conhecimento só é possível porque nossa alma se lembra dos momentos em que sua existência era conjunta com as coisas em seu estado perfeito, ou seja, ideal. 
Assim, todas as coisas que conhecemos existem em dois âmbitos: a) na forma perfeita, no mundo das idéias, e; b) em sua forma imperfeita, quando a percebemos em nossa existência através dos sentidos (Gonçalves, 1994).
Sócrates e Platão (século V a.c).
A certeza de que o corpo é um entrave para o conhecimento puro das coisas fez com que Sócrates aceitasse a morte com grande alegria, pois é através de sua libertação do corpo, que ele terá acesso direto ao mundo das ideias (Platão, 2005).
Sócrates e Platão (Séc. V a.C.): Dualismo.
(a alma) “raciocina melhor precisamente quando, livre de qualquer perturbação, (...) ou, pior ainda, de um prazer; quando está isolada o mais possível em si mesma, afastando o corpo” (Platão, 2005, p.28).
Sócrates provoca:
Em relação aos outros cuidados (estéticos) com o corpo? Achas que eles têm algum valor para o filósofo? As preocupações do filósofo não se dirigem ao que concerne ao corpo, mas ao contrário, na medida do possível, elas dele se separam e se dirigem à alma (Platão, 2005, p.27 – grifos meus).
Apesar de negarem o corpo...
Ele deveria ser trabalhado pois através da educação e controle do corpo mostra-se a superioridade da alma.
“não é o corpo, em minha opinião, por mais bem constituído que seja, o que por virtude faz virtuosa a alma; é, ao contrário, a alma que, quando boa, dá ao corpo, por sua virtude, toda a perfeição de que ele é capaz” (Platão, 2000, p.115).
Diferença entre o trato com o corpo entre filósofos e atletas:
Para os filósofos “nos exercícios do corpo (...) se proporá, acima de tudo, despertar e aumentar o valor moral antes que as forças físicas, ao contrário dos atletas que só atendem a estes e só se exercitam e observam regime com o fim de se tornarem robustos” (Platão, 2000, p. 123).
Sócrates e as questões de gênero
Para Sócrates, deveria ser considerado não o sexo da pessoa, mas sim a capacidade que ela possui para exercer de forma satisfatória ou não aos desígnios a ela confiados. A única inferioridade seria física.
Não há propriamente no Estado função exclusivamente destinada ao homem ou à mulher por motivo de sexo. Porque, repartidos os dons por igual entre os dois sexos, a todos têm direito, por natureza, tanto o homem como a mulher, bem que a mulher seja sempre inferior ao homem. Grifos meus (Platão, 2000, p.182).
O corpo em Aristóteles
“Os objetos concretos e os conceitos universais não constituem mundos separados(...) mas, sim, uma continuidade ininterrupta” (GONÇALVES, 1994, p. 43).
O autor reconhece o papel do corpo e dos sentidos no conhecimento, mas os seres humanos são, principalmente, racionais e políticos.
A educação moral controla os impulsos pelo exercício (disciplina leva à virtude).
O trabalho corporal é negado tanto em Homero, Sócrates, Platão e Aristóteles.
Referências Bibliográficas
ADORNO, Theodor. e HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento:fragmentos filosóficos. Trad. Almeida, G.A. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1985.
GONÇALVES, Maria.Augusta.S. Sentir, pensar e agir: corporeidade e educação. Col. Corpo e motricidade. Campinas: Papirus, 1994.
MEDEIROS, Mara. Didática e prática de ensino da educação física: para além de uma abordagem forma. Goiânia: Ed.UFG, 1998.
PLATÃO. A república. 1ª reimpressão. Série Clássicos. Bauru: EDIPRO, 2000.
_______. Fédon: Diálogo sobre a alma e morte de Sócrates. Texto Integral. Trad. Miguel Ruas. (Col. A obra prima de cada autor). São Paulo: Martin Claret, 2005.

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