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PARTE 5 LIMITES INFINITOS E NO INFINITO 5.1 Limites Infinitos Considere as func¸o˜es a seguir: f1(x) = 1 x2 f2(x) = − 1 x4 f3(x) = 1 x3 Nossa intenc¸a˜o e´ tentar identificar alguma tendeˆncia dos valores das treˆs func¸o˜es anteri- ores quando as avaliamos em pontos do domı´nio cada vez mais pro´ximos de x = 0, sem contudo, chegar a x = 0 (inclusive, nenhuma das func¸o˜es anteriores esta´ definida para x = 0). Para isto, montamos treˆs tabela, onde, do lado esquerdo, colocamos os pontos do domı´nio e, do lado direito, colocamos a imagem destes pontos para as func¸o˜es f1, f2 e f3. Na primeira tabela, escolhemos valores de x que se aproximam de x = 0 por valores menores do que 0 e, na segunda, escolhemos valores de x que se aproximam de x = 0 por valores maiores do que 1. x f1(x) f2(x) f3(x) −10−2 104 −108 −106 −10−4 108 −1016 −1012 −10−6 1012 −1024 −1018 −10−8 1016 −1032 −1024 −10−10 1020 −1040 −1030 x f1(x) f2(x) f3(x) 10−2 104 −108 106 10−4 108 −1016 1012 10−6 1012 −1024 1018 10−8 1016 −1032 1024 10−10 1020 −1040 1030 51 Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 52 Observac¸o˜es 5.1.1: 1) Quanto a func¸a˜o f1, parece que quando x se aproxima de 0, tanto por valores maio- res do que 0, como por valores menores, os valores de f1(x) = 1 x2 va˜o se tornando cada vez maiores. 2) Quanto a func¸a˜o f2, parece que quando x se aproxima de 0, tanto por valores mai- ores do que 0, como por valores menores, os valores de f2(x) = − 1 x4 va˜o se tornando, em mo´dulo, cada vez maiores. Entretanto, f2(x) e´ sempre negativo. 3) Quanto a func¸a˜o f3, parece que quando x se aproxima de 0, tanto por valores maio- res do que 0, como por valores menores, os valores de f3(x) = 1 x3 va˜o se tornando, em mo´dulo, cada vez maiores. Entretanto f3(x) e´ positivo para valores de x maiores do que 0 e negativo para valores de x menores do que 0. Tudo que achamos acima e´ a pura verdade e escrevemos estes fatos, que sera˜o demons- trados mais tarde, como: lim x→0 1 x2 =∞ lim x→0 − 1 x4 = −∞ lim x→0+ 1 x3 =∞ lim x→0− 1 x3 = −∞ ATENC¸A˜O: Isto na˜o significa considerar ∞ como um nu´mero. Tampouco significa que o limite exista. Trata-se apenas de uma maneira de expressar esta forma particular de na˜o-existeˆncia de limite, que se traduz, no caso de f1(x), por exemplo, em indicar que esta func¸a˜o pode assumir valores arbitrariamente grandes, bastando para isto que nos aproximemos cada vez mais de 0. Ja´ em relac¸a˜o a` f2(x) estamos indicando que esta func¸a˜o pode assumir valores arbitrariamente grandes em mo´dulo, sendo pore´m todos negativos, bastando para isto que nos aproximemos cada vez mais de 0. Em relac¸a˜o a` f3(x), estamos tratando de limites laterais infinitos. Neste caso, estamos indicando que esta func¸a˜o pode assumir valores arbitrariamente grandes, bastando para isto que nos aproximemos cada vez mais de 0 mas, apenas por valores maiores do que zero e, por outro lado, estamos indicando tambe´m que f3(x) pode assumir valores arbitraria- mente grandes em mo´dulo, sendo pore´m todos negativos, bastando para isto que nos aproximemos cada vez mais de 0 mas, apenas por valores menores do que zero. Abaixo vamos definir informalmente os limite infinitos citados acima. Mais tarde da- remos a definic¸a˜o formal. DEFINIC¸A˜O 5.1.1: Escrevemos lim x→x0 f(x) =∞ se pudermos fazer os valores de f(x) ficarem arbitrariamente grandes, bastando para isto tomar valores de x suficientemente pro´ximos de x0 (maiores ou menores do que Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 53 x0 mas, diferentes de x0). Lemos lim x→x0 f(x) =∞ como “o limite de f(x), quando x tende a x0 e´ infinito”ou “f(x) torna-se infinita quando x tende a x0”, ou ainda “f(x) cresce sem limitac¸a˜o quando x tende a x0”. DEFINIC¸A˜O 5.1.2: Escrevemos lim x→x0 f(x) = −∞ se pudermos fazer os valores de f(x) ficarem arbitrariamente grandes em mo´dulo, pore´m negativos, bastando para isto tomar valores de x suficientemente pro´ximos de x0 (maiores ou menores do que x0 mas, diferentes de x0). Lemos lim x→x0 f(x) = −∞ como “o limite de f(x), quando x tende a x0 e´ menos infinito”ou “f(x) decresce sem limitac¸a˜o quando x tende a x0”. DEFINIC¸A˜O 5.1.3: Escrevemos lim x→x+0 f(x) =∞ se pudermos fazer os valores de f(x) ficarem arbitrariamente grandes, bastando para isto tomar valores de x suficientemente pro´ximos de x0, com x maior do que x0. Le- mos lim x→x+0 f(x) =∞ de forma ana´loga a apresentada na Definic¸a˜o 5.1.1 acima, apenas trocando “quando x tende a x0”por “quando x tende a x0 pela direita ou por valores maiores do que x0”. DEFINIC¸A˜O 5.1.4: Escrevemos lim x→x−0 f(x) =∞ se pudermos fazer os valores de f(x) ficarem arbitrariamente grandes, bastando para isto tomar valores de x suficientemente pro´ximos de x0, com x menor do que x0. Le- mos lim x→x−0 f(x) =∞ de forma ana´loga a apresentada na Definic¸a˜o 5.1.1 acima, apenas trocando “quando x tende a x0”por “quando x tende a x0 pela esquerda ou por valores menores do que x0”. DEFINIC¸A˜O 5.1.5: Escrevemos lim x→x+0 f(x) = −∞ se pudermos fazer os valores de f(x) ficarem arbitrariamente grandes em mo´dulo, pore´m negativos, bastando para isto tomar valores de x suficientemente pro´ximos de x0, com x maior do que x0. Lemos lim x→x+0 f(x) = −∞ de forma ana´loga a apresentada Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 54 na Definic¸a˜o 5.1.2 acima, apenas trocando “quando x tende a x0”por “quando x tende a x0 pela direita ou por valores maiores do que x0”. DEFINIC¸A˜O 5.1.6: Escrevemos lim x→x−0 f(x) = −∞ se pudermos fazer os valores de f(x) ficarem arbitrariamente grandes em mo´dulo, pore´m negativos, bastando para isto tomar valores de x suficientemente pro´ximos de x0, com x menor do que x0. Lemos lim x→x−0 f(x) =∞ de forma ana´loga a apresentada na Definic¸a˜o 5.1.2 acima, apenas trocando “quando x tende a x0”por “quando x tende a x0 pela esquerda ou por valores menores do que x0”. Antes de partimos para os exemplos, vamos estender os resultados que observamos anteriormente atrave´s das tabelas para um conjunto maior de func¸o˜es. TEOREMA 5.1.1: Seja x0 um nu´mero real. 1) Se n e´ inteiro positivo par, enta˜o lim x→x0 1 (x− x0)n =∞. 2) Se n e´ inteiro positivo ı´mpar, enta˜o lim x→x+0 1 (x− x0)n =∞ e limx→x−0 1 (x− x0)n = −∞. Exemplo 5.1.1: Determine os limites pedidos para as func¸o˜es dadas abaixo. a) g1(x) = 2x2 + 5x+ 1 x2 − x− 6 , limx→−2+ g1(x) limx→−2− g1(x) limx→3+ g1(x) limx→3− g1(x) b) g2(x) = 2x2 + 5x+ 1 |x2 − x− 6| , limx→−2+ g2(x) limx→−2− g2(x) limx→3+ g2(x) limx→3− g2(x) c) g3(x) = ∣∣∣∣2x2 + 5x+ 1x2 − x− 6 ∣∣∣∣, limx→−2+ g3(x) limx→−2− g3(x) limx→3+ g3(x) limx→3− g3(x) d) g4(x) = 2x2 + 5x+ 1 x2 − 2x+ 1 , limx→1+ g4(x) limx→1− g4(x) Observac¸a˜o 5.1.2: Observe que se lim x→a p(x) = L 6= 0 e lim x→a q(x) = 0 enta˜o lim x→a ∣∣∣∣p(x)q(x) ∣∣∣∣ =∞. Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 55 Vejamos a seguir mais alguns resultados envolvendo limites infinitos. TEOREMA 5.1.2: lim x→x0 f(x) =∞, lim x→x0 h(x) =∞ e lim x→x0 g(x) = L enta˜o 1) lim x→x0 (f + g)(x) =∞ e lim x→x0 (f + h)(x) =∞ 2) Se L > 0, enta˜o lim x→x0 (f.g)(x) =∞ e lim x→x0 ( f g ) (x) =∞ 3) Se L < 0, enta˜o lim x→x0 (f.g)(x) = −∞ e lim x→x0 ( f g ) (x) = −∞ 4) Se L = 0, enta˜o lim x→x0 ∣∣∣∣fg ∣∣∣∣ (x) =∞ 5) lim x→x0 ( g f ) (x) = 0 6) lim x→x0 (f(x))r =∞, para r racional positivo. Observac¸a˜o 5.1.3: Se lim x→x0 f(x) =∞, lim x→x0 h(x) =∞, lim x→x0 g(x) = 0 e lim x→x0 p(x) = 0, os limites lim x→x0 (f − h)(x)lim x→x0 (f.g)(x) lim x→x0 ( f h ) (x) lim x→x0 ( g p ) (x) podem gerar va´rios resultados, dependendo da situac¸a˜o. Estes casos descritos acima, i.e. ∞ − ∞, 0.∞, ∞∞ e 0 0 sa˜o chamados de indeterminac¸o˜es. Nos dois exemplos abaixo, vamos ilustrar algumas situac¸o˜es gerando cada uma um resultado diferente. Como os casos ∞ ∞ e 0 0 podem tambe´m ser vistos como um caso de 0.∞ (de fato, ∞ ∞ = ∞. 1 ∞ = ∞.0 e ∣∣∣∣00 ∣∣∣∣ = |0|. ∣∣∣∣10 ∣∣∣∣ = |0|.∞, nos exemplos a seguir, vamos tratar apenas dos casos ∞−∞ e 0.∞ Exemplo 5.1.2: Sejam f(x) = 1 x2 e h1(x) = 1 x2 , h2(x) = 1− x2 x2 , h3(x) = 1 x3 , h4(x) = 1 x4 e calcule lim x→0 (f − hi)(x). Exemplo 5.1.3: Sejam g(x) = x2 e f1(x) = 1 x2 , f2(x) = 1 x3 , f3(x) = 1 x4 e calcule lim x→0 (f.gi)(x). Uma vez entendido os limite infinitos de uma func¸a˜o, vamos defini-los formalmente. DEFINIC¸A˜O 5.1.7: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo aberto contendo o Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 56 ponto x0 (exceto possivelmente o pro´prio ponto x = x0). Dizemos que lim x→x0 f(x) =∞, se dado M > 0, existe δ > 0, tal que 0 < |x− x0| < δ =⇒ f(x) > M. DEFINIC¸A˜O 5.1.8: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo aberto contendo o ponto x0 (exceto possivelmente o pro´prio ponto x = x0). Dizemos que lim x→x0 f(x) = −∞, se dado ε > 0, existe M > 0, tal que 0 < |x− x0| < δ =⇒ f(x) < −M. DEFINIC¸A˜O 5.1.9: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo da forma (x0, c). Dizemos que lim x→x+0 f(x) =∞, se dado M > 0, existe δ > 0, tal que x0 < x < x0 + δ =⇒ f(x) > M. DEFINIC¸A˜O 5.1.10: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo da forma (x0, c). Dizemos que lim x→x+0 f(x) = −∞, se dado M > 0, existe δ > 0, tal que x0 < x < x0 + δ =⇒ f(x) < −M. DEFINIC¸A˜O 5.1.11: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo da forma (c, x0). Dizemos que lim x→x−0 f(x) =∞, se dado M > 0, existe δ > 0, tal que x0 − δ < x < x0 =⇒ f(x) > M. Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 57 DEFINIC¸A˜O 5.1.12: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo da forma (c, x0). Dizemos que lim x→x−0 f(x) = −∞, se dado M > 0, existe δ > 0, tal que x0 − δ < x0 < a =⇒ f(x) < −M. 5.2 Limites no Infinito Considere as func¸o˜es abaixo: f1(x) = 1 x e f2(x) = 1 x2 Nosso objetivo nesta sec¸a˜o e´ diferente do que foi feito ate´ agora. A intenc¸a˜o aqui e´ tentar identificar alguma tendeˆncia dos valores das treˆs func¸o˜es anteriores quando as avaliamos em pontos do domı´nio cada vez maiores (em mo´dulo). Para isto, montamos duas tabela, onde, do lado esquerdo, colocamos os pontos do domı´nio e, do lado di- reito, colocamos a imagem destes pontos para as func¸o˜es f1 e f2. Na primeira tabela, escolhemos valores de x positivos cada vez maiores e, na segunda, escolhemos valores de x negativos cada vez maiores em mo´dulo . x f1(x) f2(x) 105 10−5 10−10 1010 10−10 10−20 1015 10−15 10−30 1020 10−20 10−40 1025 10−25 10−50 x f1(x) f2(x) −105 −10−5 10−10 −1010 −10−10 10−20 −1015 −10−15 10−30 −1020 −10−20 10−40 −1025 −10−25 10−50 Observando as duas tabelas, parece que quanto maiores os valores de x, em mo´dulo, mais pro´ximos de 0 ficam os valores de f1(x) e de f3(x). Isto e´ verdade e escrevemos estes fatos, que sera˜o demonstrados mais tarde, como: lim x→∞ 1 x = 0 lim x→−∞ 1 x = 0 lim x→∞ 1 x2 = 0 lim x→−∞ 1 x2 = 0 Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 58 ATENC¸A˜O: Novamente atente para o fato de que na˜o estamos considerando ∞ ou −∞ como um nu´mero, embora ate´ falemos quando x tende a infinito ou quando x tende a menos infinito, conforme sera´ visto nas Definic¸o˜es 5.2.13 e 5.2.14 abaixo. Estamos apenas representando as situac¸o˜es onde fazemos os valores de x crescerem cada vez mais, sem limitac¸a˜o, ou decrescerem cada vez mais, tambe´m sem limitac¸a˜o. Abaixo vamos definir informalmente os limite no infinito citados acima. Mais tarde vamos defini-los formalmente. DEFINIC¸A˜O 5.2.1: Escrevemos lim x→∞ f(x) = L se pudermos fazer os valores de f(x) ficarem arbitrariamente pro´ximos de L, bastando para isto tomar valores de x suficientemente grandes. Lemos lim x→∞ f(x) = L como “o limite de f(x), quando x tende a infinito e´ L”ou “ o limite de f(x) quando x cresce, sem limitac¸a˜o, e´ L”. DEFINIC¸A˜O 5.2.2: Escrevemos lim x→−∞ f(x) = L se pudermos fazer os valores de f(x) ficarem arbitrariamente pro´ximos de L, bastando para isto tomar valores de x suficientemente grandes em mo´dulo, pore´m negativos. Le- mos lim x→−∞ f(x) = L como “o limite de f(x), quando x tende a menos infinito e´ L”ou “o limite de f(x) quando x decresce, sem limitac¸a˜o, e´ L”. Antes de partimos para os exemplos, vamos estender os resultados que observamos nas tabelas acima para um conjunto maiores de func¸o˜es. TEOREMA 5.2.1: Seja c um real na˜o-nulo. Se r > 0 e´ um nu´mero racional, enta˜o lim x→∞ c xr = 0. Se r > 0 e´ um nu´mero racional tal que xr esteja definido para todo x, enta˜o lim x→−∞ c xr = 0. Observac¸a˜o 5.2.2: Os Teoremas 3.3.1, 3.3.2, 3.3.4, 3.3.5, 3.3.6, 3.3.7, 3.3.8, 3.3.12, 3.3.15, 3.3.16 e 3.3.17 da aula de propriedades de limites, com suas respectivas adaptac¸o˜es, permanecem va´lidos se substituirmos x → x0 por x → ∞ ou x → −∞ e trocarmos x ∈ (x0 − δ, x0) ∪ (x0, x0 + δ) por x > N ou por x < −N , dependendo do caso. Exemplo 5.2.1: Determine os limites abaixo. Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 59 a) lim x→∞ x2 − 1 x2 + 4x b) lim x→∞ 2x2 + 5x+ 1 x2 − x− 6 c) lim x→∞ x3 + 1 2x4 − 1 e) lim x→∞ senx x f) lim x→∞ √ x2 + 1− x g) lim x→∞ x− 1 x2 + 4 Uma vez entendido os limites no infinito de uma func¸a˜o, vamos apresentar as definic¸o˜es formais. DEFINIC¸A˜O 5.2.3: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo (c,∞). Dizemos que lim x→∞ f(x) = L se dado ε > 0, existe N > 0, tal que x > N =⇒ |f(x)− L| < ε. DEFINIC¸A˜O 5.2.4: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo (−∞, c). Dizemos que lim x→∞ f(x) = L se dado ε > 0, existe N > 0, tal que x < −N =⇒ |f(x)− L| < ε. 5.3 Limites Infinitos no Infinito A notac¸a˜o lim x→∞ f(x) =∞ e´ utilizada para indicar que os valores de f(x) podem se tornar arbitrariamente grandes, bastando para isto tomar valores de x suficientemente grandes. Os seguintes s´ımbolos possuem significados ana´logos. lim x→−∞ f(x) =∞ lim x→∞ f(x) = −∞ lim x→−∞ f(x) = −∞ Observac¸a˜o 5.3.1: O Teorema 5.1.2 desta aula permanece va´lido se substituirmos x→ a por x→∞ ou x→ −∞. Exemplo 5.3.1: Determine os limites abaixo. Ca´lculo 1A - Notas de Aula (em construc¸a˜o) - Prof a Denise 2015-1 60 a) lim x→∞ x2 b) lim x→−∞ x3 c) lim x→∞ x2 − x d) lim x→∞ x3 − 2x x2 + 1 e) lim x→−∞ 7x2 + 3x3 + 1 A definic¸a˜o formal de lim x→∞ f(x) =∞ segue abaixo e os outros casos possuem definic¸o˜es ana´logas. DEFINIC¸A˜O 5.3.1: Seja f uma func¸a˜o definida em um intervalo (c,∞). Dizemos que lim x→∞ f(x) =∞ se dado M > 0, existe N > 0, tal que x > N =⇒ f(x) > M. 5.4 Ass´ıntotas DEFINIC¸A˜O 5.4.1: A reta horizontal y = b e´ chamada de ass´ıntota horizontal do gra´fico da func¸a˜o f se pelo menos uma das condic¸o˜es e´ satisfeita. i) lim x→∞ f(x) = b ii) lim x→−∞ f(x) = b DEFINIC¸A˜O 5.4.2: A reta vertical x = a e´ chamada de ass´ıntota vertical do gra´fico da func¸a˜o f se pelo menos uma das condic¸o˜es e´ satisfeita. i) lim x→a+ f(x) =∞ ii) lim x→a− f(x) =∞ iii) lim x→a+ f(x) = −∞ iv) lim x→a− f(x) = −∞ Exemplo 5.4.1: Determine as ass´ıntotasdas func¸o˜es dadas abaixo. a) f(x) = 3x x− 1 b) f(x) = 2x√ x2 + 4 c) f(x) = 2x2 + 1 2x2 − 3x d) f(x) = 2x√ x2 − 4 e) f(x) = 2x√ 4− x2 f) f(x) = 3x−√x2 − 3x+ 2 x+ 2
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