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Resumo 2º Bimestre processo penal

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RESUMO DE PROCESSO PENAL II – 2º BIMESTRE
● Capítulo III: Questões e Procedimentos Incidentes
Conceito: são intercorrências ao procedimento criminal, ora de direito material, ora de direito processual, mas que reclamam uma solução prévia à questão principal. Cria o incidente para saber se é legítimo ou não a decisão do juiz. Tem contraditório, ampla defesa. Pode acontecer no procedimento criminal e no preparatório.
Dividem-se: 
Questões prejudiciais: questões intercorrentes ao procedimento criminal, que precisam ser resolvidas ora pelo próprio juízo criminal, ora pelo juízo extrapenal, cuja solução influirá na decisão no processo principal quanto à existência do crime ou hipóteses de isenção de pena.
O próprio juiz julga o processo principal e a questão prejudicial. Só será julgado por instância superior quando houver a prerrogativa de foro.
Classificação:
a.1) Homogêneas: questão resolvida dentro do próprio direito penal. Tanto a causa principal como a prejudicial serão resolvidas pela própria justiça criminal, ainda que por diferentes instâncias.
a.2) Heterogêneas: depende da solução da questão por uma justiça extrapenal. 
Ex.: crime de bigamia, a qual o réu alega que existe uma ação cível correndo para apurar se a sua esposa e sua irmã. Dependendo da sentença no cível, o réu será absolvido ou não. Suspende o processo no âmbito criminal para esperar o julgamento no cível (resolve-se a prejudicial para depois julgar a ação principal).
Obrigatória: somente o juízo extrapenal poderá resolver a prejudicial (estado de pessoa). Aqui suspende sem tempo determinado e então a prescrição não corre. Ex.: art. 181 do CP (aplicável para crimes sem violência).
Facultativa: o juízo criminal resolve quando o cível demorar em resolver. Em regra o juízo criminal não poderá resolver questões cíveis, mas existem exceções.
Ex.: imobiliária que administra imóvel alugado é acusada de apropriação indébita pelo proprietário, pois liberou dinheiro para fazer devidos reparos ao imóvel, e avisou a este. No juízo criminal, imobiliária alega que já tinha entrado com uma ação no juízo cível. O juízo criminal suspende o processo e espera o juízo cível. Como não é estado de pessoa, caso haja demora do juízo cível (juízo criminal fixa prazo para juízo cível resolver), o juízo criminal poderá resolver/avocar a causa para ele.
Ao resolver essa questão, não faz coisa julgada no cível. Pode haver a absolvição do réu no criminal e a procedência no juízo cível, caso em que valerá a do juízo cível, visto que esse juízo que tinha competência. Caso o réu tenha sido condenado no criminal, tem como pedir a revisão criminal.
Procedimentos incidentes:
Tipicamente preliminares: famosas exceções conhecidas no cível (exceção de incompetência, de coisa julgada, suspeição, impedimento). No penal não tem que fazer exceção na forma de exceção, por isso chama-se “tipicamente preliminares”.
Questão de incompetência relativa não se faz como exceção e sim como preliminar (na peça de resposta à acusação). Ex.: arguir competência territorial. Funciona como incidente quando é feito em autos apartados (pois no penal pode ser tanto em autos apartados quanto dentro do próprio processo).
OBS: prescrição no penal é matéria de mérito e também matéria de pretensão.
Acautelatórias de natureza patrimonial: visa resguardar os meios e os fins do processo (tutela da tutela).
b.1) Restituição de coisa apreendida: medida contracautela (cautelar). Essa é para os terceiros que estão prejudicados e para o próprio suposto autor do crime. Não é para a vítima. Pode ser dado de ofício pelo juiz.
Toda busca e apreensão tem o reverso de restituição de coisa apreendida. Não precisa ter restituição de coisa apreendida quando se prova a licitude desse bem e esse bem não esteja ligado com algo ilícito.
Quando o juiz nega a restituição de coisa apreendida, cabe apelação. A restituição de coisa apreendida deverá ser desmembrada dos autos para a interposição do recurso.
Busca e apreensão: medidas cautelares que se toma em razão produto do crime; dos objetos cujo exame seja necessário à prova do crime e sua autoria; dos objetos cuja posse, guarda, detenção, porte, fabrico, etc., configura infração penal. A princípio só recai sobre bens móveis.
No final do processo se o réu for condenado, o próprio juiz criminal manda avaliar o bem e leva-lo a hasta pública. Aqui o dinheiro vai para a vítima. Caso há o pagamento da indenização e venha a sobrar o dinheiro, esse vai para a União.
b.2) Sequestro: proveito do crime (origem ilícita do bem). Quando o bem deixa de ser produto do crime para virar proveito do crime, e então o juiz ordena o sequestro (pode ser de ofício pelo juiz). Recai sobre bens móveis e imóveis. 
Ex.: dinheiro furtado para comprar uma moto. O dinheiro é produto do crime, mas a moto é proveito do crime.
Ex.: compro um apartamento por R$ 300mil. Desses R$ 300mil, R$ 200mil é produto de crime e R$ 100mil é lícito. Esse bem irá a hasta pública e a parte que não foi produto de crime será devolvida ao dono.
OBS: caso um bem imóvel seja proveito de crime, manda-se um ofício para o CRI para registrar o sequestro.
OBS: embargos ao sequestro é o recurso para o sequestro. Os embargos aqui é a defesa. 
OBS: se a origem do bem for ilícita, mesmo que, por exemplo, uma velhinha paraplégica more nesse bem, ele irá a hasta pública. Isso não importa.
OBS: segundo entendimento novo, se for na fase pré-processual a busca e apreensão ou sequestro, não pode ser declarada de ofício e o MP terá que requerer. Caso seja na fase processual poderá ser declarada de ofício pelo juiz.
No final do processo se o réu for condenado, o próprio juiz criminal manda avaliar o bem e leva-lo a hasta pública e o dinheiro vai para a vítima. Caso há o pagamento da indenização e venha a sobrar o dinheiro, esse vai para a União.
b.3) Arresto: origem lícita do bem. A expropriação visa garantir a futura indenização da vítima. Faz uma constrição sobre o bem, pois ele vai servir para uma futura indenização. Isso só ocorre com o requerimento da vítima e recai sobre bens móveis.
Condenado o réu, os autos do procedimento incidente serão encaminhados ao juízo cível.
b.4) Hipoteca legal: origem lícita do bem. A expropriação visa garantir a futura indenização da vítima. É feita uma constrição sobre o bem, pois ele vai servir para futura indenização. Isso só ocorre com o requerimento da vítima e recai sobre bens imóveis.
Condenado o réu, os autos do procedimento incidente serão encaminhados ao juízo cível.
Tipicamente probatórias.
● Capítulo II: Prisões Cautelares, Medidas Cautelares Alternativas à Prisão e Liberdade “Provisória”
Prisões Cautelares: não trabalha com execução de pena. É a prisão que ocorre no processo. Enquanto houver recurso e a causa não for decidida ainda, toda prisão que tiver no processo será cautelar.
Tem que ter dados concretos que sua tutela final não terá eficácia, então usa medida cautelar para garantir essa tutela final. Analisar se o indivíduo traz risco para a sociedade, etc. Prisão cautelar é sinônimo de periculosidade.
Tipos:
Prisão em flagrante: feita a prisão ela não vai durar mais do que 24hs, isso porque depois que realizou o APF o delegado tem 24hs para encaminhar o APF ao juiz. Quando o juiz receber o APF deverá tomar uma das seguintes decisões: 
a.1) Relaxar a prisão: é ilegal.
a.2) Decretar a liberdade “provisória” do preso.
a.3) Decretar a prisão preventiva.
A partir disso o conduzido estará sob tutela do juiz.
OBS: existe prazo para o delegado encaminhar o APF para o juiz, porém não há prazo para o juiz tomar uma das três decisões citadas acima.
Art. 304 do CPP: quando chega ao DEPOL ele vai: obter a oitiva dos condutores (policiais que realizaram a prisão do sujeito) → obter oitiva da vítima → oitiva das testemunhas (se tiver) → interrogatório do conduzido → classificação jurídica da conduta → lavrar o APF → envia cópia do APF para o juiz e o promotor (se o preso não tiver advogado, encaminha para a Defensoria Pública também) → juiz teráas três alternativas citadas acima.
Prisão temporária: tem prazo máximo de 5 dias para crimes que não sejam hediondos. Se for crime hediondo a prisão terá 30 dias. Em cada caso poderá ser prorrogada por igual tempo (5 + 5 ou 30 + 30). Depois de escorrido o prazo, tem dois caminhos:
b.1) Soltar: a prisão se tornará ilegal.
b.2) Continuar com o acusado preso: a prisão se tornará preventiva.
Prisão preventiva: ultrapassando o lapso temporal da prisão temporária e prisão em flagrante e dependendo dos elementos de convicção, dependendo do que o juiz decide, essa é convertida em prisão preventiva.
Características das prisões cautelares:
Jurisdicionalidade: sempre tem que passar pelo clivo do poder judiciário, mesmo que seja prisão em flagrante.
Acessoriedade: o acessório segue o principal. Não pode ter uma medida cautelar se não houver prisão para aquele sujeito, mesmo que condenado. Ex.: art. 303 CTB (6m a 2a).
Instrumentalidade hipotética: a medida cautelar existe para proteger um processo.
Provisoriedade: a medida cautelar irá durar apenas para proteger um processo (e então será revogada).
Proporcionalidade ou homogeneidade: não pode a medida ser mais grave que a própria sanção a ser possivelmente aplicada na hipótese de condenação do acusado. 
Pressupostos das prisões cautelares: características das prisões cautelares + pressupostos das prisões cautelares (ambos cumulativamente).
Fumus comissi delicti (fumus boni iuris): vestígio/indícios da prática de um crime (fumaça do cometimento do delito).
Periculum libertatis (periculum in mora): perigo na reiteração de crime/perigo da liberdade/do acusado ficar solto.
Prisão em Flagrante (art. 301 do CPP): “qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão, prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito (termo correto: encontrado em termo de flagrância)”.
OBS: policial não prende em flagrante delito, ele encaminha o sujeito ao DEPOL e esse faz a prisão em flagrante (responsável para realizar a prisão em flagrante). 
OBS: os delitos que são de competência do Jecrim não há lavratura do APF.
Qualquer do povo poderá: qualquer um do povo poderá dar voz de prisão, desde que seja por justo motivo. Pode usar de meios necessários para que o sujeito seja levado ao DEPOL, porém só não poderá haver o excesso (doloso ou culposo). Aqui está presente a excludente de ilicitude chamada de exercício regular de um direito (sem excesso).
Autoridades policiais e seus agentes deverão: estrito cumprimento do dever legal. Caso haja omissão desses, haverá responsabilização pelo crime o qual se omitiram. 
Espécies de flagrante (art. 302 do CPP):
Inciso I - está cometendo a infração penal: flagrante próprio (presente, mais próximo do presente).
Inciso II - acaba de cometê-la: flagrante próprio (presente, mais próximo do presente).
Inciso III - é perseguido (1), logo após (2), pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir (3) ser autor da infração: flagrante impróprio.
c.1) (1) Elemento volitivo: há uma vontade de realizar alguma coisa (alguém persegue outro).
c.2) (2) Elemento temporal.
c.3) (3) Elemento circunstancial.
Inciso IV - é encontrado, logo depois, com instrumento, armas, objetos ou papeis que façam presumir ser ele autor da infração.
Questões Doutrinárias e Jurisprudenciais a Respeito da Prisão em Flagrante:
A verdadeira prisão em flagrante só ocorre no inciso I do art. 302 do CPP. A ideia de flagrante é pegar alguém no momento em que está praticando o crime, porém, é muito difícil ocorrer isso. Então, 90% das prisões em flagrante são da hipótese do inciso III.
Inciso III: o elemento temporal é para iniciar a perseguição. Não posso comunicar o ato ilícito 3 dias depois e querer alegar estado de flagrância, porém pode a perseguição iniciar e somente 3 dias depois ser encontrado a pessoa, mantendo-se o estado de flagrância. Mas, a perseguição deve ser ininterrupta, senão não tem mais flagrante (pode apenas, por exemplo, parar para fazer um lanche, etc.).
Qual lapso temporal que envolve o “logo após” do inciso III? Difere do inciso IV (“logo depois”). No inciso III é perseguido, no inciso IV é encontrado. A doutrina diz que é o tempo hábil para iniciar a perseguição (tempo necessário para que a polícia, por exemplo, tem para iniciar a perseguição), a qual seja entre 2 a 4hs. Porém, a perseguição em si pode durar mais, até dias.
Inciso IV: entendimento da doutrina é que o “logo depois” deve ter um lapso temporal maior que “logo após” do inciso III. Defende-se o tempo de 4 à 6hs. Mas há decisão do STJ que aceitou flagrância na hipótese do inciso IV com 12hs.
Flagrante retardado ou diferido (ação policial controlada): é permitida uma exceção à regra do art. 302 do CPP, de que o policial não deve prender, com o objetivo de adiar o momento da realização da prisão para outro mais adequado do ponto de vista da colheita de prova e obtenção de informações. Isso não cabe para qualquer crime, ou seja, só em duas hipóteses: drogas (art. 53, inciso II, Lei de Drogas) e Lei de Organizações criminosas (art. 8º da Lei 12.850/13).
Para isso, exige-se que haja autorização do juiz competente. Não é possível que o policial se omita da prisão sem autorização do juiz.
Apresentação espontânea (art. 304 do CPP): ideia de quem se apresenta espontaneamente é de que o indivíduo não representa risco para sociedade, que quer colaborar com a investigação, portanto nessa hipótese exclui-se o flagrante. Mas pode ocorrer de isso (a apresentação) ser uma artimanha para não ser preso em flagrante. Nesse caso, o delegado deve pedir ao juiz ordem de prisão (que nesse caso será prisão preventiva).
Flagrante esperado: pega o sujeito que está praticando a infração penal e não interfere na vontade desse em praticar o delito. Essa situação, portanto, é uma situação válida, então o flagrante é legal.
Flagrante preparado (ILEGAL): alguns autores consideram a mesma coisa que flagrante provocado, pois o resultado é o mesmo e aplica-se a Súmula 145 do STF. Nesses casos a conduta vai interferir alguma coisa na vontade do sujeito (“isca”).
OBS Súmula 145 do STF (crime impossível): não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível sua consumação.
Esse crime vai ser entendido como crime impossível, pois a ideia do policial é não deixar cometer o crime, senão ele será considerado coautor.
Flagrante provocado (ILEGAL): quando provoca especificamente para a prática do delito. A ideia é não deixar o bem jurídico em perigo, pois induz e vigia. Crime impossível, pois o meio é absolutamente ineficaz. Ideia do policial é não deixar cometer o crime, senão ele será considerado coautor.
Flagrante forjado (ILEGAL): não existe crime nenhum, a prova foi plantada. 
Ex. Corrupção Passiva (art. 317 do CP): solicitar, receber... ou aceitar promessa. Um repórter entrevista um sujeito dizendo que quer participar de licitação de merenda escolar, porém esse sujeito solicita uma quantia, porém o repórter diz que não tem como pagar na hora, e então o sujeito só irá receber depois. Pode ter prisão em flagrante? Não, pois o crime só ocorre quando solicita e se consuma quando recebe. Não se pratica dois crimes por praticar dois verbos. Não é flagrante preparado, forjado e nem nada. Simplesmente não tem flagrante aqui. Caso haja a solicitação + recebimento no mesmo momento, pode-se prender em flagrante.
Peculiaridades a Respeito dos Sujeitos Passivos da Prisão em Flagrante:
Menores: não é preso em flagrante, é apreendido em estado de flagrância e depois será internado. Não pratica crime, pratica ato infracional análogo a algum crime do CP.
Presidente da República: não existe nenhuma prisão cautelar para Presidente da República. Este só poderá ser preso após sentença transitada em julgado (só poderá ser preso de forma definitiva).
Juízes e membros do MP: só podem ser presos em flagrante delito por crimes inafiançáveis (crimes hediondos, crime de terrorismo, tráfico de drogas – equiparado a hediondo).
Parlamentares:só podem ser presos em flagrante delito por crimes inafiançáveis. Tem que comunicar a casa que ele está vinculado, pois essa casa pode permitir ou não a investigação ou a prisão contra esse.
Diplomatas: não podem ser presos em flagrante delito em nenhuma hipótese. Diferente do cônsul, pois esse não possui essa prerrogativa.
Advogados: pode ser preso em flagrante delito. Só não poderá ser preso em flagrante delito se estiver no exercício da função dele (o que não impede a prisão preventiva, etc.). Para o advogado ser preso em flagrante delito deverá ter um representante da OAB no momento da lavratura do APF, senão a prisão será ilegal.
Crimes de menor potencial ofensivo - Jecrim (art. 69 da Lei 9099): nos juizados especiais não há prisão em flagrante e sim termo circunstanciado. Não tem como haver a prisão cautelar aqui, pois o Jecrim prega a não prisão, e aplicando a prisão cautelar fere a característica da proporcionalidade (não pode a medida aplicada ser mais grave do que a sanção a ser possivelmente aplicada no caso de eventual condenação).
Crimes de trânsito que resulte vítima: se prestar socorro pronto e integral para a vítima, não haverá prisão em flagrante contra o autor do delito.
Prisão Temporária (Lei 7.960/89): a prisão temporária foi criada em 1989, e é a restauração da prisão para averiguação (próprio do regime militar, abolida pela CF/88), só que agora de forma travestida de legalidade, pois colocou o juízo no meio.
A prisão temporária é a realização da detenção de alguém, restringindo a liberdade de alguém para buscar algo sobre o apreendido. Não tem nada concreto contra esse, mas deixar em liberdade pode trazer prejuízo para a investigação.
Art. 1º: caberá prisão temporária
A prisão temporária só cabe na fase pré-processual. Precisa ter periculum + fumus. Dentro desse artigo, tem dois periculum (inciso I e II), ou seja, preciso apenas de um desses + fumus para configurar prisão temporária.
O problema na prisão temporária são os excessos, a falta de certeza.
Inciso I: quando imprescindível para as investigações do IP;
Refere-se ao periculum libertatis (igual ao da prisão preventiva, presente em todas as medidas cautelares).
Inciso II: quando o indiciado não possuir residência fixa ou não fornecer elementos para o esclarecimento de sua identidade;
Refere-se ao periculum libertatis (igual ao da prisão preventiva, presente em todas as medidas cautelares).
Inciso III (rol exaustivo): quando houver fundadas razões de acordo com qualquer das provas admitidas na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos crimes* descritos nas alíneas no inciso. Refere-se ao fumus comissi delicti.
c.1) Fundadas razões: fundadas razões é algo que é mais frágil que indícios suficientes (dá o caminho muito mais próximo da prática do crime), com uma fundada suspeita, porém não tem algo concreto, por isso, segundo doutrinadores, é considerada a prisão temporária como inconstitucional.
É algo que precisa descobrir, então prende o sujeito para transformar o achismo em prova de existência do crime e indícios suficientes de participação ou autoria e também para não atrapalhar nas investigações. Conseguindo isso, transforma a prisão temporária em preventiva nos prazos de 5 ou 30 dias, sendo prorrogáveis em igual tempo.
OBS: na fase pré-processual o juiz não poderá decretar de ofício nem a prisão temporária nem a preventiva, pois só poderá fazer isso na fase processual.
* Homicídio doloso; sequestro ou cárcere privado; roubo; extorsão; extorsão mediante sequestro; estupro; epidemia com resultado morte; envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte; quadrilha ou bando; genocídio (em qualquer de suas formas típicas); tráfico de drogas e crimes contra o sistema financeiro.
OBS (são crimes hediondos): homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio e homicídio qualificado; latrocínio; extorsão qualificada pela morte; extorsão mediante sequestro e na forma qualificada; estupro; estupro de vulnerável; epidemia com resultado morte; falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais; genocídio.
O prazo da prisão temporária é de 5 dias, podendo ser prorrogado por mais 5 dias (só pode prorrogar uma vez). E quanto aos crimes hediondos que estão previstos na Lei de Prisão Temporária, esses tem o prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.
OBS: toda prisão que for ilegal será relaxada.
OBS: não cabe prisão temporária para furto, homicídio privilegiado, lesão corporal, estelionato, crime de moeda falsa, peculato, corrupção passiva.
OBS: cabe prisão temporária para estupro de vulnerável, e como esse é crime hediondo o prazo é de 30 dias, podendo ser prorrogado em igual tempo.
Prisão Preventiva: tem que fazer uma análise com base no arts. 312 e 313 do CPP.
Tem que preencher o fumus e o periculum do art. 312 do CPP e observar o que traz o art. 313 do CPP (combinar os artigos).
Art. 312 do CPP: a prisão preventiva poderá ser decretada como garantia de ordem pública, de ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando (periculum libertatis) houver prova da existência do crime e indícios suficientes de participação ou autoria (fumus comissi delict).
Se tiver elementos suficientes, já pode fazer a prisão preventiva direto. Esse artigo traz a disciplina da prisão preventiva. É o alicerce para toda e qualquer prisão cautelar.
A garantia da ordem pública se traduz no binômio gravidade-repercussão (gravidade do delito e repercussão social). E também qual o pacto social que isso pode causar.
Art. 313 do CPP: nos termos do art. 312, a prisão preventiva será admitida: 
Inciso I: nos crimes dolosos punidos com pena máxima abstrata superior a 4 anos.
O juiz tem que analisar o caso concreto dizendo que o somatório de penas ultrapassa 4 anos. O cara que comete dois crimes pode ser preso futuramente.
Inciso II: quando o agente for reincidente em crime doloso, ressalvada a prescrição da reincidência (5 anos).
Essa reincidência é específica. O crime tem que ser na mesma modalidade (doloso + doloso).
Inciso III: nos casos de violência doméstica e familiar contra mulher, criança, idoso, enfermo, etc., para assegurar as medidas protetivas.
Aqui não é só Lei Maria da Penha. Aqui é mulher, criança, idoso e enfermo. Aqui a prisão preventiva serve para assegurar as medidas protetivas.
§ Único: quando houver dúvida sobre identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo ser colocado imediatamente em liberdade após identificação, salvo se outra hipótese recomentar manutenção de outra medida.
OBS: o princípio da proporcionalidade existe no CPP, e ele está exteriorizado no art. 313 do CPP. Aquilo que era uma construção doutrinária foi materializada na lei e utilizada no referido artigo.
Prisão domiciliar (art. 317 do CPP): situações peculiares ao autor. A prisão domiciliar substitui a prisão preventiva, mas continua sendo uma prisão preventiva, mas ela só não é cumprida na unidade prisional. 
Legislador criou a situação a qual tira o sujeito da unidade prisional normal e cumpre a pena em sua residência. Não é uma regalia, e sim uma necessidade. A pessoa tem uma necessidade a qual o sistema prisional não pode oferecer a ela.
Essa prisão é pautada na confiança de que se tem no preso, diante das necessidades desse. Caso descumpra a prisão domiciliar, esse será recolhido para a unidade prisional.
Hipóteses (art. 318 do CPP): 
a.1) Inciso I: maiores de 80 anos.
a.2) Inciso II: extremamente debilitado por motivo de doença grave (tem que estar extremamente debilitado por doença grave. Por exemplo, a AIDS por si só não configura esse inciso).
a.3) Inciso III: imprescindível aos cuidados de pessoa menor de 6 anos ou com deficiência (visa proteger não o preso e sim a pessoa que dele depende).
a.4) Inciso IV: gestante a partir do 7º mês de gestação ou sendo esta de risco(caso a unidade prisional ofereça suporte, não há necessidade de aplica a prisão domiciliar).
OBS: depois que a criança nasce, perde o direito da prisão domiciliar? Depende, pelo menos nos próximos 6 meses se encaixa no inciso II. Se a criança tiver pai, avó, etc. para tomar conta, a mãe fica recolhida na unidade prisional. Caso não tenha ninguém para tomar conta a mãe fica com a criança até 6 anos de idade.
Medidas Cautelares Substitutivas da Prisão (art. 319 do CPP): a prisão cautelar é fixada pelo juiz observando a periculosidade e não a culpabilidade. Os incisos poderão ser cumulados.
Inciso I: comparecimento periódico em juízo. Antes de tudo examinar o art. 282 do CPP. Levar em conta se a prisão é cabível, se há possibilidade do sujeito ficar preso (pautado em autocontrole).
Essa restrição não conta como tempo de pena, pois por mais que restrinja a liberdade, não restringe totalmente. 
Inciso II: proibição de acesso ou frequência a determinados lugares. Pautado no autocontrole. Essa restrição não conta como tempo de pena, pois por mais que restrinja a liberdade, não restringe totalmente. 
Inciso III: proibição de manter contato com pessoa determinada. Hipótese clássica de afastamento conjugal em caso de violência doméstica (pode cumular inciso II e III). 
Essa restrição não conta como tempo de pena, pois por mais que restrinja a liberdade, não restringe totalmente. 
Inciso IV: caso a permanência na comarca seja necessária para a investigação ou instrução, é proibido o sujeito se ausentar dessa. Essa restrição não conta como tempo de pena, pois por mais que restrinja a liberdade, não restringe totalmente. 
Inciso V: recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga (acusado com residência e trabalho fixo). Não tem nada a ver com prisão domiciliar, pois não computa como tempo de pena cumprida.
Inciso VI: suspensão do exercício de função pública ou privada, caso o funcionário seja corrompido. Essa medida pode ser aplicada em empresa privada. Essa restrição não conta como tempo de pena, pois por mais que restrinja a liberdade, não restringe totalmente. 
Inciso VII: internação por inimputabilidade. Essa internação que ocorre hoje na prática é no hospital de custódia (não tem como misturar sujeito inimputável com sujeito comum). Essa hipótese conta como tempo de pena cumprida (não é prisão, mas é uma medida alternativa que se iguala a prisão, pois tem liberdade restringida). Aqui o exame é psiquiátrico para averiguar a inimputabilidade.
Inciso VIII: fiança (pode ser cumulada com outras medidas cautelares, § 4º).
Inciso IX: monitoração eletrônica.
OBS art. 320 do CPP: exigência que o sujeito deposite o passaporte em juízo como garantia de que ele não vá se ausentar do país (no prazo de 24hs).
Liberdade “Provisória”: 
Liberdade obrigatória: lembrar que a prisão não seria cabível. Se a prisão não é cabível, não pode aplicar a medida cautelar que substitui a prisão. Vai ter hipótese de liberdade obrigatória quando a lei disser que não cabe prisão (art. 60, § único da Lei 9099/95; art. 301 do CTB; contrário senso do art. 313 do CPP).
Se a liberdade não for obrigatória, entra nos exemplos do art. 313 do CPP. Se o delegado arbitra fiança e o sujeito não paga, tem que dar a esse a liberdade.
Como regra, se estiver enquadrado nos arts. 312 e 313 cabe prisão e deverá averiguar se cabe prisão preventiva.
Quando há concurso material, as penas serão somadas, e, portanto, a liberdade não será obrigatória.
A proibição da prisão ex lege é permitida, é constitucional, pois é uma garantia para o réu.
Liberdade proibida: quando a lei impede, diz que não cabe liberdade provisória. Ou seja, o sujeito tem que ficar preso do início ao final do processo. Ex.: art. 44 da Lei 11.343/06 (Drogas). Porém, o STF diz que esse artigo é inconstitucional (julgados do STF dizendo que não pode ter proibição da liberdade ex lege – não é possível a proibição da liberdade ex lege).
Liberdade permitida: embora tenha um crime afiançável não será fixada a fiança sendo que o sujeito tenha que ficar preso (sujeito reincidente: prisão necessária). Ou seja, a fiança só será fixada caso o crime seja afiançável e o sujeito não tenha a obrigatoriedade de ficar preso.
OBS: não cabe fiança em prisão temporária, pois é incompatível com o instituto.
Fiança: 
Finalidade: indenizar a vítima, pagar custas do processo. Se sobrar valor, vai para o fundo penitenciário.
O que pode ser dado em fiança: dinheiro, pedras preciosas, joias, imóveis, títulos da dívida pública, ou seja, tudo que tenha valor pecuniário é possível ser dado em fiança.
Autoridade competente para arbitrá-la: 
Delegado: todos os crimes cuja pena máxima seja até 4 anos. Porém, se pegar apenas a hipótese do art. 313, inciso I do CPC não cabe fiança, pois nesse caso não cabe prisão.
Ex.: art. 129, § 1º do CP (1 a 5 anos) e pegou a pena de 2 anos (Sursis). Cumpriu sursis, porém, em menos de 5 anos ele comete o art. 155 do CP (reclusão 1 a 4 anos), então ele é reincidente. Essa hipótese se encaixa no inciso II do art. 313 do CPP (pode ficar preso), porém como a pena máxima do art. 155 do CP é de 4 anos, o delegado pode arbitrar fiança também.
Ex.: art. 302 do CTB, detenção de 2 a 4 anos (crime culposo). O delegado poderia arbitrar fiança, mas esse crime não se enquadra no inciso I, II e III do art. 313 do CPP, portanto não pode ser cobrado fiança (não tem como enquadrar o sujeito).
Juiz: todos os crimes cuja pena máxima seja acima de 4 anos.
Valor da fiança:
Delegado: poderá arbitrar fiança segundo o art. 325 do CPP, no valor de 1 até 100 salários mínimos (pena máxima até 4a).
Juiz: poderá arbitrar fiança no valor de 10 a 200 salários mínimos (art. 325 do CPP), pena máxima maior que 4a.
OBS: aquele sujeito que não tem condição de pagar fiança terá que ser solto e não precisará pagar fiança (art. 350 do CPP), sendo obrigado a comparecer perante a autoridade quando intimado e não poderá mudar de residência sem prévia permissão e nem se ausentar por mais de 8 dias de sua residência sem comunicação (arts. 327 e 328 do CPP).
Cabimento (art. 323 do CPP a contrário senso): não cabe fiança nos crimes de racismo; tortura, de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo, nos crimes hediondos; nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. Só são inafiançáveis esses crimes, o que não está previsto aqui é afiançável.
Ex: art. 121, § 2º, inciso II do CP (12 a 30 anos – Lei de Crimes Hediondos) + art. 157 do CP (reclusão 4 a 10 anos). O primeiro crime não cabe fiança e o segundo cabe. Porém, por mais que o primeiro crime seja hediondo, o sujeito poderá aguardar o processo em liberdade (liberdade sem fiança). O que fazer nesse caso? Pois um cabe fiança e o outro depende de fiança para liberdade. Nesse caso, no crime mais grave a liberdade não depende de fiança e o crime menos grave a liberdade depende de fiança. 
Art. 326 do CPP: o arbitramento da fiança vai variar de acordo com a gravidade do crime, levando em conta a condição de fortuna do réu (aquele que tem menos condição financeira pagará um valor menor de fiança), a vida pregressa do acusado, a sua periculosidade, bem como a importância provável das custas do processo até o final.
● Capítulo V: Procedimentos (art. 394 e seguintes do CPP).
Procedimento Especial: está previsto ora no próprio CPP ora na legislação especial.
CPP: júri, crimes contra a honra, crimes praticados por funcionário público contra administração, etc.
OBS: crimes contra a honra que não caem no Jecrim (com pena máxima maior que 2 anos).
Legislação especial: drogas, competência originária dos tribunais. 
Procedimento Comum:
Ordinário: todos os crimes punidos com pena máxima abstrata igual ou maior que 4 anos. Ex.: estupro, estelionato.
Sumário: crimes punidos com pena máxima abstrata maior que 2 anos e menor que 4 anos. Ex.: ocultação de cadáver, embriaguez ao volante. Meio termo entre ordinário e sumaríssimo.
Sumaríssimo (Jecrim): contravençõese crimes punidos com pena máxima abstrata até 2 anos. Ex.: lesão corporal culposa em trânsito, lesão corporal leve, ameaça, crime contra a honra.
Observações:
a.1) Se houver procedimento especial não se aplica a regra do sumário e do ordinário. Com relação ao Jecrim, entretanto, este deve prevalecer mesmo em relação ao procedimento especial, salvo nas hipóteses de justiça especializada e da competência originária dos tribunais. Ex: art. 28 da Lei de Drogas (pena só de advertência, por isso se encaixa ao Jecrim).
A Justiça Eleitoral, Militar, não tem Jecrim. E também quem tem prerrogativa de foro não será julgado pelo Jecrim. Nesses casos aplica-se apenas o procedimento especial.
a.2) Para a determinação do procedimento devem ser levadas em conta as causas de aumento e diminuição de pena. Neste caso deve se aplicar o mínimo do aumento ou diminuição incidente sobre o máximo da pena abstratamente cominada. Igualmente deverá assim se proceder os casos de concurso de crimes, nesse caso somando-se as penas máximas no caso do concurso material e aumentando as penas no caso de concurso formal ou crime continuado.
Ex.: eu pego um crime de lesão corporal culposa em trânsito (art. 303 do CTB – pena de 06 meses a 02 anos). Porém, o artigo desse crime tem § único e traz hipóteses de aumento de pena em 1/3 (omissão de socorro, etc.). Se cometer o crime com base no Caput vai para o Jecrim. Se cometer o crime com base no § único do referido artigo esse vai para o Rito Comum Sumário.
Ex: art. 138 do CP, pena de 06 meses a 02 anos. No próprio CP no art. 141 traz aumento de pena (+ 1/3). Se cometer o crime com base no 138 é Jecrim. Se cometer o crime com aumento de pena, ou seja, com base no 141 o procedimento aqui é especial (pois esse crime é contra a honra, porém como não cabe no Jecrim é Especial – vide explicação acima do procedimento especial).
Ex.: art. 138 do CP (06 meses a 02 anos) + art. 140 do CP (1 mês a 3 meses). O primeiro crime vai para o Jecrim. Somando esses dois crimes, já ultrapassa a pena que o Jecrim exige. Como aqui tem crime continuado tem que aplicar o art. 79 do CP, aumento de pena de 1/6 a 2/3 (ultrapassa pena do Jecrim).
Ex.: art. 303 do CTB (06 meses a 02 anos) + art. 309 do CTB (06 meses a 01 ano). Ambos separadamente vão para o Jecrim. Juntos vão para o Sumário. Se acrescentar mais um crime, ou seja, o art. 155 do CP (01 a 04 anos), somando as penas do três, eles vão para o Procedimento Ordinário.
Fluxograma do Procedimento Ordinário:
Denúncia (arrolar até 08 testemunhas para cada crime e cada réu. Requisitos do art. 41 do CPP) → concluso ao juiz → rejeição da denúncia (art. 395 e incisos do CPP) ou recebimento e citação do acusado para apresentar resposta → citação → resposta à acusação (prazo de 10 dias: arguir preliminares, apresentar defesa de mérito ou negativa geral e arrolar até 8 testemunhas – art. 396 do CPP) → concluso ao juiz → absolvição sumária ou designar AIJ → AIJ → sentença em gabinete em 10 dias. Ex.: art. 157 do CP (pena de 04 a 10 anos). Cai no rito ordinário, pois a pena máxima ultrapassou 04 anos. 
Na denúncia o MP tem que obedecer ao art. 41 do CPP (fazer a descrição dos fatos, ou seja, causa de pedir; qualificação do réu ou características físicas caso não saiba os dados dele; arrolar testemunhas, etc.). Se não observar o presente artigo, vai concluso para o juiz, e este irá rejeitar a denúncia (falta requisito do art. 41 do CPP) com base no art. 395 do CPP e incisos. Contra essa rejeição cabe o RESE. Essa rejeição faz coisa julgada formal, mas não material.
Caso esteja tudo certo, há o recebimento e citação do acusado para apresentar resposta. A citação é a chamada resposta a acusação.
OBS: se não arrolar as testemunhas no momento da denúncia, preclui (tanto para defesa, quanto para o MP). A não ser que seja ouvida a testemunha como testemunha do juízo.
OBS: o rito ordinário permite até 8 testemunhas para cada réu e cada crime. Se tem crimes conexos, arrola 8 testemunhas para cada crime (pois mesmo conexos eles poderão ser independentes).
OBS: o prazo no processo penal começa a contar da data da citação (exclui o dia do início e inclui o dia do final). Se o réu for citado, ele tem que imediatamente procurar o advogado, pois o prazo dele já começou a contar. Se não fizer a defesa em 10 dias o juiz não pode seguir o processo e mandar a AIJ. Ele tem que nomear para o réu um advogado, pois aqui trata de direito indisponível (liberdade do indivíduo).
OBS: resposta à acusação é a defesa escrita.
OBS: pode fazer uma negativa geral porque no penal não pode presumir que o que disse contra o réu é verdadeiro. Se no final faltar prova, o réu será absolvido.
OBS: a defesa na AIJ não é nos debates orais e sim nas oitivas.
Art. 395 do CPP:
Inciso I: inépcia da inicial (falta pedido, causa de pedir).
Inciso II: faltar pressuposto processual ou condições da ação/condição para o legítimo exercício da ação.
Inciso III: faltar justa causa (quando não houver lastro probatório mínimo). Tem que ter também uma justificativa para entrar com a ação. Prescrição entra aqui também.
Art. 397 do CPP: absolvição sumária. Tem que ter uma certeza para ocorrer isso aqui. Usar a defesa de mérito nesse caso (defesa mais aprofundada).
Inciso I: causa manifesta de exclusão de ilicitude.
Inciso II: causa manifesta de exclusão de culpabilidade (salvo inimputabilidade).
Inciso III: o fato evidentemente não constituir crime.
Inciso IV: extinta a punibilidade (ex.: prescrição).
AIJ: designa a AIJ, manda intimar as partes. Audiência toda concentrada (tudo em uma única audiência). Levando em conta os prazos e etc., se o juiz observar que não vai dar para fazer todos os procedimentos, divide em partes a audiência e remarca outros dias (fracionamento dentro da AIJ).
OBS: na lei de drogas o interrogatório é primeiro, mas pode pedir para inverter a ordem e colocar ele por último, porém depende do juiz.
Oitiva da vítima (± 20min: MP, defesa e juiz) → oitiva das testemunhas de acusação (± 30 min = 2hs: MP, defesa e juiz) → oitiva das testemunhas de defesa (± 30min = 2hs: defesa, MP, juiz) → esclarecimentos do perito → acareação e reconhecimento de pessoas e coisas (se tiver algum reconhecimento para fazer, que seja feito antes de ouvir testemunhas, etc.) → interrogatório do réu (± 30min) → debates orais (MP: 20min + 10min/defesa: 20min + 10min ou 5 dias em caso de memorial) → sentença em audiência ou em gabinete em 10 dias.
OBS: debate oral o prazo para o defensor público é dobrado quando passa a ser o prazo de 5 dias. O prazo que corre dentro de audiência é comum e não duplicado. O prazo duplicado é aquele que corre dentro de cartório. Quando transforma em memorial o prazo será de 5 dias.
A acusação tem que estar juntada aos autos para ter acesso à ela.
Se o MP não apresentar a acusação final em 5 dias, isso importa na disponibilidade da ação, e isso não pode ter. O juiz nesse caso aplica a regra do art. 28 do CPP, comunicando esse fato ao procurador geral de justiça. O procurador vai designar o promotor para ele responder a processo administrativo e designará outro promotor para esse caso.
Se o advogado não apresentar o memorial da defesa, não pode dar sentença. Caso haja a sentença acusando o réu, o processo será nulo. Caso a sentença seja absolvendo o réu, não é nulo, visto que não prejudica. Intima o réu pessoalmente para ele arranjar outro advogado e se ele não arranjar, o juiz nomeia um advogado para ele (abre o prazo para esse advogado apresentar o memorial de defesa).
Se falar de ação penal privada, não é a mesma coisa que ocorre na ação penal pública incondicionada. No lugar do MP fica o autor. Se o juiz intima o advogado do autor da ação para em 5 dias apresentar memorial e ele não o faz, o juiz irá declarar a extinção da punibilidade por perempção (art. 60, inciso III do CPP). Para a defesa da ação penal privada, a regra é a mesma da ação penal pública incondicionada. Porém para o autor (acusação) é diferente conforme sublinhado acima. A regra para o réu também éa mesma coisa da ação penal pública incondicionada.
Procedimento do Tribunal do Júri: o júri tem duas fases. 
1ª fase: a primeira fase é igual ao procedimento ordinário (o que muda é que no final ao invés de ter sentença terá a pronúncia).
Decisão de pronúncia: saiu a pronúncia, faz a intimação das partes.
Intimação das partes: faz recurso próprio chamado RESE para tentar transformar essa pronúncia em absolvição sumária, etc.
Certidão de preclusão da decisão: a decisão de pronúncia não transita em julgado, ela preclui. Quando da decisão de pronúncia dizendo que ela precluiu, tem o fim da primeira fase do júri (primeira fase só acaba quando tem a preclusão da pronúncia).
2ª fase:
Intimação das partes para apresentar rol de até 5 testemunhas para oitiva em plenário no prazo de 5 dias: aqui se inicia a segunda fase. Intima a parte e arrola as testemunhas a serem ouvidas em juízo.
Para fazer o julgamento do réu em plenário, tem que ouvir novamente as testemunhas (já foram ouvidas na 1ª fase para ter certeza da materialidade do crime). Podem ser as mesmas testemunhas ouvidas na 1ª fase ou podem ser diferentes.
Se o juiz quiser ouvir mais alguma testemunha, pode arrolar mais de 5 (mas precisa fazer a ação de justificação: processo fica suspenso).
O prazo para arrolar as testemunhas é peremptório (prazo não prorrogável).
Autos conclusos ao juiz: 
b.1) Prepara relatório para apresentação no plenário.
b.2) Inclusão do processo em pauta de julgamento: inclusão em pauta após o relatório. Após a inclusão em pauta, parte para o julgamento em plenário.
Formação do tribunal do júri: até o 10 (dez) de outubro de cada ano, o juiz do júri publica uma lista contendo nomes de pessoas maiores de 18 anos, de notória idoneidade, aptas a servir nas sessões do tribunal do júri ao longo do ano seguinte. Esta lista poderá ser impugnada por qualquer do povo, indicando os motivos. Após apreciação do juiz do júri, uma lista definitiva é publicada até 10 (dez) de novembro. Esta lista será assim distribuída:
OBS notória idoneidade: não pode ter condenação contra essa pessoa, etc.
OBS: defensor público, promotor, policial, político não podem ser jurados. Quem tem função pública não pode atuar no júri. Advogado pode fazer parte do júri, pois não ocupa função pública.
c.1) Contendo de 800 a 1500 nomes nas comarcas com mais de 1.000.000 habitantes.
c.2) Contendo de 300 a 700 nomes nas comarcas com mais de 100.000 habitantes: Vila Velha, Cariacica, etc.
c.3) Contendo de 80 a 400 nomes nas comarcas com menos de 100.000 habitantes.
Cada comarca tem sua lista da formação do tribunal do júri. O fato de o nome estar na lista, não quer dizer que irá ser jurado. Tudo depende do sorteio.
OBS: pode pedir para tirar o nome da lista por justo motivo. Ou seja, em caso de gravidez, por exemplo, como também em caso de ser sorteado estudante que vai fazer intercâmbio. Tudo tem que ser justificado.
Quem compor a lista e não for chamado para participar de nenhum julgamento, poderá está na próxima lista de novo. Se for sorteado, nem que seja uma vez, tem que ficar fora da lista por no mínimo 12 meses.
Depois que foi publicada a segunda lista, vai fazer um arquivo da pessoa (nome completo da pessoa, onde mora, telefone de contato).
Ex. Lista geral: lista com 500 nomes. O juiz em fevereiro até abril faz a 1ª reunião. De maio até junho faz a 2ª reunião. De julho até setembro faz a 3ª reunião. De outubro até novembro faz a 4ª reunião. Lembrando que cada comarca escolhe quando vai ser as reuniões e quantas reuniões periódicas vão ter. Na primeira reunião pode fazer um agendamento que pode colocar da 1ª à 10ª sessão e na terceira reunião o juiz coloca 1ª a 10ª sessão também. Cada reunião tenho tantas sessões que o juiz distribui. Dos 500 nomes, tenho que sortear 25 nomes para cada reunião, mais 25 suplentes. Para a sessão de julgamento, dos 25 sorteados são tirados 7 membros para compor o conselho de sentença.
OBS composição do tribunal do júri: o tribunal do júri é composto por 25 jurados mais o juiz togado, que por sua vez vão ser sorteados 7 jurados para compor o conselho de sentença (PROVA).
Procedimento do julgamento em plenário (instrução plenária): 
Verificação da presença das partes, advogados, testemunhas, peritos e jurados (intimação das partes e testemunhas para sessão de julgamento) → abertura da sessão de julgamento com indicação do processo a ser julgado e pregão das partes → sorteio dos jurados para formação do conselho de sentença.
Ex.: lista geral com 500 nomes → sorteio dos 25 jurados para servir na reunião periódica prevista → sorteio dos 7 jurados no dia da sessão para formação do conselho.
OBS: se não tiver ao menos 15 jurados não será feito sorteio para sessão. Não haverá julgamento. Terá que ser adiado. Para evitar isso, de antemão, além dos 25 jurados o juiz pode chamar mais 25 suplentes, antecipando-se, a fim de ser um quórum mínimo de 15 jurados. Esse sorteio (dos 25 jurados) deve ser ao menos 10 ou 15 dias antes da primeira sessão de julgamento. Havendo sorteio será encaminhada carta para cada um, comunicando que comporá o conselho de sentença (carta via AR). Se no dia não forem no mínimo 15, haverá adiamento da sessão.
Se o advogado não colocar na petição que as testemunhas são imprescindíveis a sessão se realizará normalmente. Porém, se houver observação de que testemunha é imprescindível e ela não comparece, juiz vai parar tudo e mandar buscar a testemunha, por viatura policial, se necessário. Se não for localizada e não for possível a testemunha comparecer, a audiência será adiada.
OBS: não compareceu advogado do réu. Pode ser nomeado um “ad hoc”. Para o júri não pode ser nomeado ad hoc, somente nas audiências anteriores. Se advogado faltar sem justificativa ele responderá a processo administrativo na OAB, bem como será imposta multa pelo juiz.
Jurado só pode compor conselho de sentença se não houver recusa. Cada um (advogado e MP) pode ter 3 (três) recusas.
Se jurado já participou do júri anterior (ex.: réu foi julgado pelo crime já, recorreu e voltou ao júri). Nesse caso, o jurado que participou do julgamento do réu antes não pode participar novamente do júri. Também não podem participar ascendentes, descendentes, etc.
OBS: limite de recusa só para recusa peremptória. Para impedimento e suspeição não há limite (será quantos impedimentos houverem).
OBS: caso haja mais de um réu será fracionado o julgamento, devendo ser julgado primeiro o executor do crime.
Oitiva da vítima → oitiva das testemunhas de acusação → oitiva das testemunhas da defesa → esclarecimento dos peritos → acareações e reconhecimento de pessoas e coisas → interrogatório → debates: MP e defesa (1,5h/cada) → réplica → tréplica: se houver (1h) → leitura e esclarecimento dos quesitos → votação (não pode reformar a decisão dos jurados, mas pode reformar a do juiz) → sentença (a sentença poderá ser alterada no quesito, de, por exemplo, tempo de pena).
OBS oitiva da vítima: além das pessoas que podem fazer indagações normais (juiz, MP, etc.), o jurado também pode. O jurado é um juiz leigo que tem direito a fazer perguntas. Quando o jurado for formular a pergunta, ele não pode formular a pergunta que indique a linha de pensamento daquele caso, senão o julgamento se torna nulo (pergunta genérica e não o jurado não pode expressar qual é seu convencimento). O jurado não pode fazer nem pergunta diretamente para a vítima (se houver) nem para o acusado.
OBS debates: não pode deixar para esgotar a defesa na tréplica, pois pode não haver essa.
OBS réplica: réplica é o resumo dos fatos, assim como tréplica.
OBS tréplica: caso o MP não queira fazer réplica, não haverá a tréplica.
OBS leitura e esclarecimento dos quesitos: 1º quesito sobre materialidade (art. 386, VI do CPP: tem que formular esse quesito para os jurados se convencerem que houve o crime. A prova testemunhal vai poder falar de materialidade e autoria. Caso respondam não aqui nesse primeiro quesito, o julgamento acaba aqui. Se sim, continua o julgamento) → 2º quesito sobreautoria (art. 386, VI do CPP: se aqui os jurados responderem não, o acusado está absolvido. Se sim, passa para o próximo quesito) → 3º “o jurado absolve o acusado?” (art. 386, III do CPP: quesito formal que a lei exige. Pode ser que os jurados respondam sim, mesmo depois de ter respondido sim nos outros quesitos. Mas nesse caso o MP pode interpor uma apelação contra essa decisão, pois os jurados foram contrários às provas aos autos) → causas de diminuição de pena → qualificadoras ou causas de aumento → atenuantes → agravantes.
Observações (Plenário): era muito comum o MP vim na sessão plenária e dizer que o advogado pediu para o réu não usar algema, não usar uniforme e que o juiz negou, pois o réu era perigoso e etc. Ou seja, poderia usar isso tudo contra ele e prejudica-lo. Antes de 2008 poderia fazer referência dos tópicos abaixo no julgamento, porém, a partir de 2008 foi proibido isso. Não pode fazer referência, porque é o jurado que tem que ter suas próprias conclusões. Se houver referência, há nulidade absoluta, pois causa prejuízo ao réu.
Uso de algema em plenário: súmula vinculante nº 11nque proíbe o uso de algemas. O uso da algema forma um pré-conceito do acusado para os jurados. Forma uma imagem ruim. O tribunal do júri julga os fatos e não o réu. 
Uso de uniforme de presidiário: a grande parte da doutrina defende que o acusado não tem que ir ao tribunal com uniforme de presidiário. Mas é uma faculdade do acusado. A família pode levar uma roupa para ele e ele trocar antes de entrar no plenário. O uso do uniforme é também uma forma de estigmatizar o acusado.
Referência ao direito ao silêncio do réu.
Referência às decisões de pronúncia e posteriores que a confirmarem ou modificarem.
Formulação dos quesitos do Tribunal do Júri: 
Ex.: art. 121, § 2º, II c/c art. 211 na forma do art. 66, todos do CP. Homicídio qualificado por motivo fútil (o acusado matou a vítima, pois a vítima não quis pagar uma dose de cachaça) com ocultação de cadáver.
Cada um crime é uma série.
1ª Série – Do Homicídio:
a.1) A vítima Fulano de Tal, no dia 25/11/14, nas proximidades do estacionamento localizado ao lado do fórum de Vila Velha, por volta das 12hs, recebeu disparos de arma de foro que lhe causaram as lesões descritas no laudo cadavérico de fls. 45, as quais, por sua natureza e forma foram a causa eficiente de sua morte?
Aqui se trata o quesito da materialidade. O juiz tem que formular para os jurados uma pergunta simples sem termos complexos.
Nessa pergunta o juiz está colocando quem é a vítima, qual é o dia do episódio, o local, etc. Essa pergunta só pode ser feita assim, quando não discuto o nexo de causalidade. Isso porque se a defesa não discutiu o nexo de causalidade, ela está discutindo sobre legítima defesa, etc. Se interrompe o nexo causal, o crime se transforma ao invés de crime consumado, crime tentado. Não pode fazer essa pergunta assim nesse caso, pois pode confundir os jurados (o juiz deverá observar isso e o MP e o advogado poderão intervir).
Se a defesa sustenta que não foi o tiro que matou, essa pergunta tem que acabar em: “fls. 45”, e o restante da pergunta vira pergunta 2. 
Caso os jurados respondam “não” nessa pergunta, não há materialidade do crime, portanto o júri acaba. Porém, pode ser que haja outro crime, então tem que seguir adiante.
Nexo de causalidade: disparo de arma de fogo com resultado morte. 
Dependendo da resposta dessa pergunta, terá que mudar as perguntas abaixo. Se reconheço que o disparo causou lesões, mas não é a causa da morte, tem que mudar a próxima pergunta.
a.2) O acusado Beltrano de Tal concorreu para o crime, efetuando tais disparos? Essa pergunta diz respeito à autoria.
Se os jurados respondem sim, eles reconheceram que foi crime. Se responde não, reconhece o crime, porém reconhece que não foi o acusado que cometeu o crime (o acusado está absolvido então).
No caso, se tenho sim para a pergunta a.1 e sim para a pergunta a.2, passo para a terceira pergunta.
a.3) O acusado assim agiu com intenção de matar?
Se os jurados responderem não (4 votos), o júri acaba (pois afasta o crime doloso contra a vida e reconhece o crime culposo). Por questão de economia processual, o juiz do júri julgará o crime culposo (já conhece a instrução do processo, etc.) e é dispensado os jurados, pois eles não tem competência para julgar tal crime.
Se os jurados responderem sim, reconhecem o dolo e passa para a próxima pergunta.
a.4) O jurado absolve o acusado?
Se os jurados respondem sim, o acusado está absolvido. Mas eles ainda continuam competentes para julgar a ocultação de cadáver. Diferente se reconhece que o crime é culposo, hipótese a qual os jurados não terão mais competência para julgar. (PROVA).
Se os jurados respondem não, o réu está condenado. Se o homicídio foi qualificado, tenho que fazer pergunta com as qualificadoras.
a.5) O acusado assim agiu em razão da vítima recusar-se em pagar-lhe uma dose de bebida alcóolica? Sim.
a.6) O acusado é irmão da vítima? 
Isso aqui é uma agravante. O código manda perguntar isso. Porém, se já tem nos autos a certidão de nascimento de ambos, já sabe qual é a resposta dessa pergunta. Melhor não fazer essa pergunta, porém corre o risco de poder alterar a sentença.
2ª Série – Da Ocultação de Cadáver

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