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Manejo de Leitoas Para a Reprodução

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8
6
BRENDA MARTINS AUGUSTO
 EMERSON FERREIRA
MANEJO DE LEITOAS PARA REPRODUÇÃO
UNIVERSIDADE DE CIENCIAS AGRÁRIAS
ZOOTECNIA
Presidente Prudente – SP
2018
8
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, temos presenciado uma mudança significativa no que diz respeito às preocupações para com as leitoas de reposição do plantel. Índices significativos de reposição são observados em condições práticas, chegando em alguns casos a superar os 50% de taxa anual de substituição. Esse fato faz com que um grande número de fêmeas novas integre o rebanho de forma ininterrupta exigindo, com isso, uma especialização em seu manejo. A crescente participação de programas genéticos no mercado de fornecimento de fêmeas de reposição também tem contribuído para gerar uma maior atenção e dedicação dos produtores e técnicos a este novo grupo de animais.
AQUISIÇÃO X PRODUÇÃO PRÓPRIA
Existe uma grande diferença entre aqueles que adotam um programa de produção de suas próprias leitoas (a partir de avós) e aqueles que já as adquirem “prontas” de um fornecedor de material genético. Para os produtores que contam com seu próprio grupo de avós, o trabalho de introdução de animais oriundos de outra granja será limitado a um número bem menor de animais (7 a 10%). Mas nem por isso a atenção deve ser menor, pois as leitoas avós representam maior investimento inicial e recairá sobre elas toda a responsabilidade de produção de leitoas de reposição da granja.
Deve-se seguir alguns passos para uma boa produção de leitoas e futuras matrizes:
SELEÇÃO: deve ser rigorosa, atentar-se em todo fenótipo do animal um a um, efetuar pesagem e se há presença de hérnias ou outros defeitos, estas, devem ser descartadas.
Conformação: não pode ter garupa caída;
Temperamento tranquilo;
Conformação genital bem desenvolvida;
Pelo menos 7 pares de tetas bem desenvolvidas.
CRUZAMENTOS: atentar-se aos cruzamentos efetuados, não podendo haver erros. Machos terminadores também não devem ser utilizados na cobertura das avós, pois o resultado será um animal voltado sua aptidão a carne e não a reprodução, não havendo habilidade materna.
Bisnagas de sêmen com tampas de cor diferenciada, coloração de sêmen e registro zootécnico preciso são algumas das formas de controle que diminuem os riscos de cruzamentos errados.
FLUXO REGULAR DE PRODUÇÂO: É importante que o produtor, em primeiro lugar, defina o número de avós necessário para a produção suficiente de leitoas bem selecionadas para sua reposição. Normalmente, esse número irá variar de 6 a 10% do plantel geral da granja, dependendo da eficiência produtiva, da seleção alcançada, etc. Uma vez estabelecido esse número inicial, deve ser organizada uma distribuição adequada das coberturas das avós, de forma que a disponibilidade de leitoas selecionadas venha a ser regular. Quando os partos de avós são muito concentrados, a oferta nunca será igual à demanda da granja: ou teremos fêmeas em demasia, ou faltarão fêmeas e o produtor poderá incorrer no erro de uma seleção menos criteriosa.
NÃO ALOJE E ALIMENTE AS LEITOAS COMO SE FOSSEM CEVADOS: Embora essa recomendação seja válida também para aqueles que adquirem suas leitoas comerciais, ao invés de as produzirem a partir de avós, é nesses últimos que observamos as maiores distorções técnicas: tratar as avós de forma “impecável”, mas esquecer que são as leitoas comerciais que irão representar mais de 90% do plantel produtivo. 
Arraçoamento específico: 3.250kcal/kg de ED e 14 a 15% PB
Densidade adequada nas baias e pisos de boa qualidade são alguns dos aspectos que devem ser respeitados, diferenciando da rotina adotada para os animais de engorda.
O QUE SE ESPERAR DE UM ABOA LEITOA
Apesar de parecer um tanto óbvia, esta pergunta nos traz importantes definições que irão nortear o manejo adotado nas leitoas de reposição. Podemos enumerar alguns pontos que resumem o quê devemos buscar com as leitoas: 
• Incorporar à granja os ganhos genéticos progressivos alcançados pelos programas de melhoramento no que diz respeito às linhagens maternas; 
• Trabalhar com o menor número possível de dias não-produtivos (DNP), através de um eficiente manejo do pool de leitoas. Não devemos, todavia, incorrer no erro de buscar “compulsivamente” uma eficiência em DNP, esquecendo de respeitar os limites biológicos impostos pelas modernas linhagens. A análise de DNP é uma importante ferramenta administrativa, mas de limitado uso na comparação entre realidades distintas, não podendo se sobrepor às necessidades fisiológicas das fêmeas geneticamente mais magras. 
• Possibilitar maximização do resultado reprodutivo da granja, desde o primeiro parto. Desmamar a primeira leitegada em boas condições físicas, retornar rapidamente a um estro fértil e alcançar resultados ainda melhores no segundo parto. Devemos ter em mente que a chamada “síndrome do segundo parto” reflete muito mais as condições de manejo, desde a formação das leitoas até sua primeira lactação, do que qualquer predisposição biológica a um mau segundo parto, para a qual não existe justificativa técnica real. 
• Permitir uma máxima longevidade no rebanho, buscando alcançar índices de reposição não superiores a 35-40%, com ótima produtividade média do plantel.
PUBERDADE
A puberdade representa o momento em que as leitoas estão aptas para a atividade reprodutiva. Essa competência reprodutiva é evidenciada através dos sintomas do primeiro estro ou cio. Entretanto, fisicamente ainda não estão preparados para o evento, eles estão em crescimento.
Nas leitoas, a puberdade significa o aparecimento do primeiro cio, que ocorre por volta do quinto e o sexto mês de idade.
Diversos fatores podem influenciar a idade na qual as leitoas apresentam sua puberdade. Entre outros, podemos citar a genética, a idade, o peso, a reserva de gordura corporal, a temperatura, o fotoperíodo e o programa nutricional. 
Considerando a idade, a puberdade ocorre por volta dos 150 a 180 dias, mas existem registros de puberdade ocorrendo desde os 102 até os 350 dias. Se considerar o peso, os animais chegam a puberdade quando atingem cerca de um terço de seu peso adulto estimado, de acordo com a raça (55 a 120kg/PV). 
Idade e peso devem ser trabalhados em conjunto para que atinjam o peso e idade ideal. A fêmea deve apresentar GPD de 630 a 650g desde o nascimento até a puberdade. Pois restrição alimentar e deficiências nutricionais podem retardar a puberdade. O ambiente social também influencia a puberdade dos suínos.
O manejo coletivo de fêmeas em baia com o contato eventual ao macho antecipa a puberdade em até 15 dias.
Deve-se apresentar o macho para as leitoas todos os dias, por um curto período de tempo (10 min.) e NUNCA permitir cobertura. O macho tem potencial de estimular leitoas em razão a sua maior produção de ferormonios (machos até um ano de idade).
O clima também pode influenciar, fêmeas criadas em instalações quentes apresentam atraso no crescimento e necessitam de mais tempo para atingir a puberdade.
É OPCIONAL ter um fotoperíodo de 17 a 18 horas luz por dia alegando que elas atingem a puberdade no momento ideal.
INDUÇÃO A PUBERDADE
Causar o estresse moderado nas fêmeas, misturando lotes ou realizando um manejo difenciados (soltar fêmeas em piquetes para exercícios). 
Pode-se fazer o uso de hormônios sintéticos como o PMS (Soro de égua prenhe) assossiado ao HCG (gonadotropina corionica humana), que induzem leitoas ao cio. Essa indução é feita ao 5º mês de idade, devendo-se seguir as recomendações do fabricante.
CICLO ESTRAL, TIPOS DE CIO E OVULAÇÃO
O ciclo dura em média 21 dias ( 19 – 23). Dividida em fase folicular e luteínica.
Fase folicular: Compreende o proestro (2 dias), o estro (2-3 dias), metaestro (2 dias).
Fase luteínica: Compreende o diestro com duração média de 14 dias.
Nos suínos podem haver cios de diversos períodos fisiológicos.
CIO NORMAL: Fêmea apta a receber gestação.
CIO SILENCIOSO: Ovulam mas não apresentam sintomas normais de cio.
A ovulação caracteriza-se pelo rompimento dosfolículos. É liberado em cada ovulação cerca de 15 a 20 oócitos, mas parte destes morrem antes de serem fecundados pelos espermatozoides. Alguns fatores como: 
IDADE: Número de óvulos aumenta até o 5º ou 6º cio, depois inicia-se o processo de declínio.
ENDOGAMIA: Reduz a taxa de ovulação.
NUTRIÇÃO: Verificar escore corporal, 90% matrizes devem estar entre 2 e 3.
ESTÁDIO FISIOLÓGICO.
NÚMERO DE COBRIÇÕES.
FLUSHING
Permite certo incremento na taxa de ovulação. Consiste em aumentar o fornecimento de energia digestível de 6.000 para 10.000kcal/dia para cada fêmea por duas semanas.
Mas, não deve ser quando a fêmea estiver no cio, quando deverá ser coberta.
Estas não devem ser cobertas no primeiro cio, nem inseminadas.
Assim, fêmeas com ciclo de 21 dias, com o flushing podendo durar 14, tem-se sete diasde intervalo. Ou seja: No primeiro cio, não muda-se a ração por sete dias, a partir do oitavo inicia-se o Flushing durando 14 dias, completando os 21 dias, dando o 2º cio.
 SINCRONIZAÇÃO DE CIO
Insiste em agrupar fêmeas que serão cobertas na mesma época, podendo planejar o nascimento dos leitões, o manejo, e aproveitar as instalações e a mão de obra.
Há também o método artificial que consiste em indução hormonal, tendo diversos hormônios (PMSG, FSH, HCG, LH ou PGF2-α).
IDADE IDEAL
As marrãs estarão aptas a reprodução por volta dos sete meses com cerca de 120kg. NÂO podendo utilizar o primeiro cio da marrã.
Quando são usadas precocemente, têm o crescimento retardado, menor vida útil, produzirá leitões mais fracos e mais leves e com menor número de nascidos.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, R. A.. Suinocultura: Manual Prático de Criação. 2. ed.: Editora Aprenda Fácil, 2018.
JÚNIOR, J. G. C.. Manejo Reprodutivo de Suínos. 2. ed.: Editora Lk, 2017.

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