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Elementos indispensáveis da Narrativa Jurídica Narrar significa mostrar, no texto, a ação de um personagem, que opera uma transformação em seu meio. Aquele que escreve o texto deve definir, dentre os fatos que vai narrar, 1 - os que são juridicamente relevantes; 2- os que contribuem para a compreensão dos fatos juridicamente relevantes; 3 - os que dão ênfase aos outros fatos, mais importantes e 4 - os que satisfazem a curiosidade do leitor ou despertam interesse na leitura. Os fatos juridicamente relevantes são aqueles que importam diretamente para a aplicação da norma jurídica: um acidente de automóvel, por exemplo. As denúncias penais, normalmente, vão pouco além dos fatos juridicamente relevantes. Os fatos secundários, que contribuem para a compreensão dos fatos principais, são os que dão o contexto em que se desenrolaram. São elementos fáticos que não impõem, necessariamente, uma conseqüência jurídica, por eles mesmos. Exemplo: o motorista guardava distância do veículo que vinha à sua frente. Entre os fatos relevantes e os secundários, deve-se procurar responder à estas questões: O quê - o fato, a ação. Exemplo: o acidente. Quem - os personagens. Exemplo: dois motoristas; autor e réu. Como - o modo como se desenrolou o fato. Exemplo: de onde vinham, para onde iam, mecânica da acidente. Quando - o momento ou a época em que se deu o fato. Exemplo: na noite do dia 15 de maio de 2003. Onde - o local onde se deu o fato. Exemplo: na avenida 23 de Maio. Por quê - as razões desencadeadoras do fato. Exemplo: pista molhada, velocidade excessiva. Por isso - a conseqüência dos fatos. Exemplo: danos causados ao veículo. Os fatos que dão ênfase aos demais devem ser bem sopesados, antes de serem inseridos no texto: podem tornar a narrativa longa e desinteressante. O ideal do texto narrativo é criar uma expectativa no leitor, fazer progredir o conflito de modo a prender a atenção de quem lê. Para esse fim alguns fatos que não estão no cerne da narrativa podem auxiliar. Os fatos que satisfazem a curiosidade do leitor têm que ser ainda mais criteriosamente escolhidos: a idade dos motoristas, o que faziam antes do acidente, etc.. A narrativa, enfim, não é só um encadeado objetivo de fatos. O advogado mais atento aproveita-se dela para, sem escapar à verdade, iniciar a exposição do seu ponto de vista, e começar a persuadir o leitor. A par da narrativa dos fatos - que terá lugar, no mais das vezes, apenas nas iniciais e nas contestações e defesas - o advogado não pode, nunca, deixar de enfrentar fatos narrados pela parte contrária. Pode tentar tirar-lhes a relevância, mas deve enfrentá-los, não só para que não fiquem incontroversos, mas especialmente para demonstrar a força dos seus próprios argumentos. 1- Enredo (Conflito) História: Apresentação ou Exposição ou Introdução; Complicação ou Desenvolvimento; Clímax ou suspense; Desfecho ou Conclusão 2 - Característica do Personagem (Sujeitos) Física – roupas, voz, estatura... Psicológcas (Personalidade) Social (profissão) Ideológica (utopias ) MORAL (você faz o julgamento das ações e comportamentos deste sujeito) 3 – Tempo – momento em que o fato ocorre: Tempo Cronológico linear Psicológico Não linear – ocorre flashback. Obs.: lembre que toda narrativa deve ter princípio, meio e fim, independente do tempo. 4 -Espaço (aspecto físico do lugar onde aconteceu a ação). - Ambiente (aspectos sócio- econômicos, sociais e/ ou culturais do lugar) 5 - Tema Palavra ou expressão que define a história; Assunto a delimitação do tema; Mensagem considerações finais.
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