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17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/4 Resposta Imune Adaptativa ou Adquirida O OBJETIVO DESTA AULA É ESTUDAR MAIS DETALHADAMENTE A IMPORTÂNCIA DOS LINFÓCITOS T NO SISTEMA IMUNOLÓGICO. Resposta imune celular Também conhecida como resposta imune mediada por células, apresenta características que a classificam como resposta imune adaptativa ou adquirida. As células que participam são, predominantemente, os linfócitos T e os macrófagos. As células T progenitoras produzidas na hematopoiese iniciam a migração para o timo por volta da oitava semana de gestação. Nesse órgão, ocorre a diferenciação dos linfócitos que consiste na síntese de glicoproteínas como o CD4 e CD8 e nos receptores específicos para um epítopo (chamados de TCR). Em seguida, ocorre a seleção de linfócitos T (chamada de seleção clonal): os linfócitos T que reconhecem epítopos existentes nas células normais são eliminados (seleção negativa) e os linfócitos T que não reconhecem tais epítopos são selecionados positivamente e iniciam sua proliferação. Os linfócitos T que contêm CD4 ou CD8 e um tipo de TCR (receptor de célula T) saem do timo como células virgens e espalham-se para os tecidos ou órgãos linfoides secundários ou ficam na circulação sanguínea. Os linfócitos T maduros desempenham um papel fundamental na imunidade, seja pela secreção de citocinas – linfócitos T CD4+ (também conhecidos como T helpers – Th – ou T auxiliares) –, seja na indução da lise das células infectadas (linfócitos T CD8+). Diferenciação de células T CD4+ virgens As células T CD4+ virgens diferenciam-se em subtipos de linfócitos T CD4+ que produzem e liberam diferentes tipos de citocinas. Os subtipos são: Th1 e Th2. Os macrófagos que apresentam o antígeno para a célula T CD4+ virgem, estimulam essa célula a liberar IL- 12. Essa citocina promove a diferenciação da célula em linfócito Th1. 01 / 03 17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/4 O subtipoY Th1 apresenta várias respostas efetoras, a saber: estimular a produção de IgG, que é importante para a opsonização, ativação de linfócito T citotóxico e de macrófago (importante também para o processo inflamatório) e liberação de interferon gama (IFN-?). O IFN-? regula positivamente a produção de IL-12 e a diferenciação completa do próprio linfócito Th1. A IL-12 e IFN-? inibem a diferenciação da célula T CD4+ virgem para o subtipo Th2. Células NK e mastócitos apresentam o antígeno para a célula T CD4+ virgem, que inicia a liberação de IL-4. Essa citocina possibilita a diferenciação da célula em linfócito Th2, o qual desempenha diversas funções, dentre elas: ativação de vários linfócitos B que podem produzir, individualmente, IgM, IgG, IgA e IgE e promoção do crescimento de mastócitos e eosinófilos. Uma série interleucinas são produzidas pelo linfócito Th2, possibilitando a execução das funções citadas. A diferenciação da célula T CD4+ virgem para um subtipo de linfócito T CD4+ ocorre a partir da ligação entre um tipo de TCR produzido e o CHP classe II e antígeno processado. Portanto, para que ocorra a formação de um linfócito Th1 ou Th2 deve existir uma especificidade muito grande. Os subtipos de linfócitos diferenciados podem estimular linfócitos B, aumentar a resposta imune inflamatória e ativar o linfócito T CD8 + (linfócito T citotóxico). Diferenciação de células T CD8+ virgens A diferenciação da célula T CD8+ virgem para um linfócito T citotóxico inicia com duas diferentes interações com a célula - alvo: uma com o linfócito T CD4+ subtipo Th1 e outra com a célula T CD8+ virgem. Após a interação, o linfócito subtipo Th1 produz a citocina IL-2, que estimula a diferenciação da célula prematura para um linfócito T citotóxico. Vale lembrar que nessas duas interações existe um alto grau de especificidade e que a célula-alvo produz as duas classes de CHPs. O linfócito T citotóxico tem a capacidade de destruir a célula-alvo, produzindo e liberando a perforina e a granzina. A perforina promove a formação de poros na membrana da célula-alvo e permite a passagem da granzina, que irá fragmentar o DNA da célula-alvo, provocando apoptose. Formação da memória imunológica Os linfócitos T CD4+ ou CD8+ que não foram destruídos após a eliminação do antígeno permanecem como linfócitos T de memória antígenos específicos, podendo sobreviver por vários anos. Essas células de memória não necessitam de células apresentadoras de antígenos para a ativação, visto que são antígenos específicos. 02 / 03 17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/4 Agora que você já estudou esta aula, resolva os exercícios e verifique seu conhecimento. Caso fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida com seus colegas e professor. EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/impressos/_g/imun40/a11ex01_imun40.pdf) REFERÊNCIA GOLDSBY, Richard A.; KINDT, Thomas J.; OSBORNE, Barbara A. Kuby imunologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2002. 03 / 03 17/04/2018 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/4
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