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06/08/17 1 Nutrição Funcional Conceitos Importantes Inflamação • Reação inflamatória aguda: resposta de proteção - Combate de infecções, remoção e reparo de tecidos danificados por lesões de origem Gsica, química ou biológica - Processo iniciado e conduzido por mediadores de origem celular e plasmáMca que atuam localmente - Clinicamente, a reação inflamatória manifesta-se de maneira estereoMpada e independente • Depende do tecido afetado e estado do hospedeiro 06/08/17 2 Citocinas • Substâncias que atuam como mediadores inflamatórios • Atuam no senMdo de restringir as consequências e a extensão do dano tecidual • Outras funções • Pro inflamatórias: IL 1, IL 6, IL 8, TNF α Citocinas • Dependendo da persistência e/ou intensidade da lesão: mediam sinais e sintomas sistêmicos - Proteínas de fase aguda (PCR, fatores de complemento, ferr iMna e haptoglobul ina, ceruloplasmina, amilóide A sérico e, fibrinogênio. - Leucocitose, aMvação do SC, alterações metabólicas e das concentrações plasmáMcas de alguns metais plasmáMcos 06/08/17 3 Inflamação – Células brancas • Aumento de monócitos/macrófagos: circulantes e MO • Produção grandes quanMdades de metabólitos reaMvos do oxigênio e nitrogênio • Alta capacidade microbicida e tumoricida Citocinas • O padrão de expressão determina: em grande parte, a natureza e a persistência da resposta inflamatória. • O excesso de aMvação dos fatores de transcrição pode ser responsável pela prolongação da liberação de citocinas inflamatórias • Inflamação Crônica 06/08/17 4 Fator Nuclear Kappa B • O fator nuclear kapa β (NF-κβ) foi descrito por em 1986 • Proteína reguladora da expressão gênica • Atualmente também está envolvido na transcrição d e d i v e r s o s g e n e s l i g a d o s à r e s p o s t a imunoinflamatória, entre outros genes envolvidos na apoptose e na transformação neoplásica celular. Fator Nuclear Kappa B • AMvado por vários esjmulos extracelulares: ü TNF-α e a IL-1, fatores aMvadores de linfócitos, LPS bacteriano, proteínas virais, fatores de crescimento e fatores indutores de estresse • Atualmente está bem relatado na literatura que o NF-κB é um dos reguladores mais importantes da expressão de genes pró-inflamatórios. 06/08/17 5 ANTIOXIDANTES E ESTRESSE OXIDATIVO AnMoxidantes e Estresse OxidaMvo • Oxigênio da atmosfera: adaptações biológicas • Espécies reaMvas formadas intracelularmente a parMr do oxigênio ameaçam a integridade celular por meio da oxidação de biomoléculas, e podem comprometer processos biológicos importantes. • Agentes protetores endógenos e exógenos • Desequilíbrio: Estresse oxidaMvo 06/08/17 6 AnMoxidantes e Estresse OxidaMvo • O dano oxidaMvo de biomoléculas pode levar à inaMvação enzimáMca, mutação, ruptura de membrana, ao aumento na aterogenicidade de lipoproteínas plasmáMcas de baixa densidade e à morte celular. • Estes efeitos tóxicos do oxigênio têm sido associados ao envelhecimento e ao desenvolvimento de doenças crônicas, inflamatórias e degeneraMvas. Oxidantes • Pró-oxidantes são substâncias endógenas ou exógenas que possuem a capacidade de oxidar moléculas-alvo. • Radicais livres são espécies cuja reaMvidade resulta da presença de um ou mais elétrons desemparelhados na estrutura atômica, capazes de existência independente em intervalos de tempo variáveis • Interrupção: anMoxidantes 06/08/17 7 Radicais Livres • Espécies rea<vas de oxigênio ou nitrogênio • Grandes quanMdades: excesso de exercícios Gsicos, elevada exposição ao sol, tabagismo, ingestão de alimentos com muita fritura e refinados, consumo de álcool, estresse psicológico/emocional, patologias crônicas • Poluição, pesMcidas, adiMvos químicos, raio x, raios gama, estresse, Espécies ReaMvas • O superóxido, os radicais hidroxila, do óxido nítrico e do ácido hipoclorito. • São produzidos principalmente por eosinófilos, neutrófilos e células endoteliais – MO fagocitados. 06/08/17 8 xenobióMcos • Qualquer substância química ou molécula estranha ao organismo, originada interna ou externamente, que não possua papel fisiológico conhecido. • Toxinas: enMdade química, capaz de causar um dano a um sistema biológico, alterando seriamente uma função ou levando-o a morte, sob certas condições de exposição. • Ação sinérgica 442 Quim. NovaCerqueira et al. por elas depende da ação de compostos denominados antioxidantes6. O próprio O2 no estado fundamental é um radical, uma vez que contém 2 elétrons desemparelhados no último orbital molecular. Todavia, o oxigênio reage lentamente com compostos que não pos- suam elétrons desemparelhados (k < 101 M-1 s-1), ou seja, não reage com a maioria dos componentes celulares. Entretanto, a reação de O2 com íons de metais de transição e radicais livres resulta em uma variedade de ROS/RNS, que podem efetivamente iniciar reações em cadeia e atacar biomoléculas2. Estima-se que cerca de 0,1% do O2 utilizado durante a respiração mitocondrial forma ROS, devido ao escape dos elétrons dos complexos que compõem a cadeia respi- ratória (Figura 2). Além da cadeia de transporte de elétrons mitocondrial, ROS/ RNS também são produzidas endogenamente por vários sistemas enzimáticos e células do sistema imune, além de serem formadas a partir da exposição à radiação ionizante7. Embora certo nível de ROS e RNS esteja envolvido na regulação de processos fisiológicos, o excesso na produção destes compostos leva à superestimulação de algumas vias intracelulares, o que geral- mente está associado ao aparecimento de diversas doenças (Figura 3). Além disso, a própria natureza reativa destas espécies leva a modifica- ções em biomoléculas, provocando alterações em suas estruturas e funções. Entre as alterações mais drásticas encontram-se alterações na ribose e bases nitrogenadas do DNA (ácido desoxirribonucléico); ligações cruzadas entre bases nitrogenadas, DNA e proteínas e prote- ína-proteína; formação de adutos8; peroxidação de PUFAs (ácidos graxos poliinsaturados) que compõem membranas plasmáticas e lipoproteínas9 e nitração10 e nitrosilação de proteínas11. Em vista dos prejuízos provenientes do excesso de ROS e RNS, as células dispõem de uma variedade de mecanismos de defesa con- tra os danos causados por estas espécies: as defesas antioxidantes. Para o funcionamento celular normal, deve haver uma compensação entre a formação de ROS/RNS e os níveis de defesas antioxidantes, que mantêm a célula em estado geral reduzido. Se as defesas antioxidantes tornam-se insuficientes frente à excessiva produção de ROS e RNS, ocorre o chamado estresse oxidativo. Estresse oxidativo agudo bem como estresse oxidativo crônico têm sido rela- cionados a um grande número de doenças degenerativas, como aterosclerose12, diabetes12, injúria isquêmica13, doenças inflamatóri- as (artrite reumatóide14, colite ulcerativa15 e pancreatite16), câncer17, doenças neurológicas (doença de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, síndrome de Down, doença de Alzheimer)18, hiperten- são19, doenças oculares (degeneração macular relacionada ao enve- lhecimento e catarata)20, doenças pulmonares (asma e doença pul- monar obstrutiva crônica)21. Os efeitos crônicos de ROS/RNS são considerados agentes importantes no processo de envelhecimento22. Considerando-se que a produção de ROS/RNS e as defesas antioxidantes estejam em ajuste contínuo, pode-se supor que em algumas situações o balanço pode tender facilmente em favor das espéciesreativas. O estresse oxidativo poderia ocorrer em várias situações patológicas ou ambientais que aumentem a produção de ROS/RNS e em conseqüência do consumo inadequado de antioxidantes derivados da dieta23. Halliwell e Gutteridge2 definiram antioxidante como alguma substância presente em concentrações baixas, comparadas às con- centrações do substrato oxidante, que previne significativamente ou atrasa a oxidação de substratos susceptíveis. Os principais me- canismos de ação de compostos antioxidantes incluem captadores de radicais e supressores de estados excitados; sistemas catalíticos Figura 1. Principais tipos de reações radicalares. Reproduzida da ref. 6, com permissão da SBPC Figura 2. Formação de radicais livres na cadeia de transporte de elétrons mitocondrial Figura 3. Esquema demonstrativo de regulação fisiológica modulada pelo estado redox intracelular. As espécies oxidantes (ROS/RNS) geralmente se relacionam à estimulação da expressão de proteínas – envolvidas no controle de importantes processos fisiológicos (ciclo celular, resposta imune e neuroregulação). As espécies antioxidantes modulariam negativamente tais funções. O desequilíbrio entre as modulações positiva e negativa levaria ao aparecimento de doenças. Os antioxidantes (ANTIOX) endógenos incluem enzimas: superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GSHPX), peroxirredoxinas (PRX) e tiorredoxinas (Trx); compostos de baixo peso molecular: ácido úrico (AU); ácido lipóico (AL); coenzima Q (CoQ) e glutationa (GSH); tiol proteínas, como albumina, peroxirredoxinas e tiorredoxinas, e proteínas armazenadoras/ transportadoras de íons de metais de transição. As defesas antioxidantes exógenas referem-se aos antioxidantes obtidos por meio da alimentação, sendo os mais estudados o ácido ascórbico (Asc), α-tocoferol (α-TH), carotenóides (CAR) e polifenóis. Adaptado da ref. 23 06/08/17 9 AnMoxidantes • Alguma substância presente em concentrações baixas, comparadas às concentrações do substrato oxidante, que previne significaMvamente ou atrasa a oxidação de substratos suscepjveis • Eliminam ou neutralizam EROS/ERNS • EnzimáMcos: gluta<ona (SH) e dependentes (glutaMona peroxidase, transferase, sintetase), catalase, superoxido desmutase • Não enzimáMcos: vitamina E, C, A, selênio, zinco, cobre, manganês, ácido úrico HIPERPERMEABILIDADE INTESTINAL 06/08/17 10 Hiperpermeabilidade intesMnal • Mudanças na barreira epitelial do intesMno que resulta na maior permeabilidade da parede intesMnal, promovendo maior aMvação de macrófagos e liberação citocinas pro inflamatórias 06/08/17 11 No intesMno • LPS • PAMPs: padrões moleculares associados a patógenos - Bactérias degluMdas - Bactérias do ID - PAMPs dos alimentos • Agentes tóxicos bioaMvados por sistemas de enzimas das bactérias: processo tem velocidade maior no intesMno com MO desequilibrados
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