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ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO | NÚCLEO DE PRÁTICAS | PORTFÓLIO 
Aulas de Matemática acessíveis com o uso de aplicativos
Por Tainara Botan RU:122313
Polo – Marilândia- ES
Data 17/08/2017
 
Fonte: Google
Um projeto realizado na Escola Padre Antonio Volkeres com alunos do nono ano do ensino fundamental visa beneficiar alunos com deficiência visual com a inserção do aplicativo Calculadora falante nas aulas de Matemática. O projeto abrange alunos com faixa etária entre 14 e 15 anos, onde entre eles há um com deficiência visual. 
O aplicativo Calculadora Falante App está disponível no Google Play e também em celulares Android no Play Store, é um aplicativo recentemente criado, onde sua ultima atualização foi em julho de 2016. Aparentemente apresenta ser uma calculadora normal, possui em sua tela os números de 0 a 9, as operações matemáticas básicas de multiplicação, adição, subtração e divisão, vírgula, sinal de igualdade e tem como diferença uma tecla “C”. Ao entrar no aplicativo uma voz de mulher é pronunciada “Seja bem vindo a Calculadora Falante”, e pode ser usada normamente como qualquer outra calculadora, a única diferença é que toda tecla que for encostada a calculadora pronuncia em voz alta e também a tecla “C” que significa apagar. 
Segundo o relato de professores que criaram e puderam participar do projeto, foi apresentado aos alunos o aplicativo e todo o seu funcionamento. Logo em seguida foi proposto um trabalho, onde alunos tiveram que colocar uma venda nos olhos e começar a usar o aplicativo conforme o professor ia dando as orientações. Primeiro os alunos foram descobrindo no celular onde ficava cada um dos números e como sequencia foram realizando as operações ditadas pelo professor. Primeiramente foram ditadas operações simples como 2+3, e assim sucessivamente foram aumentando o grau de dificuldade para as mais complicadas como 5,6. 7,8 e também 4320/3, 98. Como a classe possui um aluno com deficiência visual todos os outros alunos também puderam fazer a experiência de não enxergar por alguns minutos, e ver a dificuldade que esses alunos especiais encontram dia a dia nas salas de aula quando não encontram meios acessíveis para conseguir a aprendizagem.
O desempenho de cada aluno ocorreu de maneira diferente, alguns conseguiram com poucas tentativas, outras já demoraram mais, porém a dificuldade inicial foi muito grande por parte de todos. Segundo alguns alunos a parte de descobrir onde ficava cada um dos números foi mais fácil, já conforme o professor ia ditando, conseguir digitar números compostos como 45, 450, 4500, se tornava cada vez mais difícil conforme os números iam passando da casa das dezenas para a casa das centenas depois para a de milhar e assim por diante. A parte de multiplicar e apagar, dividir e apagar e assim consequentemente de começo também foi bem difícil, segundo os alunos. 	
Flávio o aluno especial achou muito interessante à ideia do aplicativo e diz acreditar que será muito útil na hora de resolver as operações, principalmente na hora das avaliações, já que assim com um bom treinamento conseguira com menos tempo e menos ajuda acabar a avaliação, isso cria uma maior independência e como consequência uma grande motivação para se aprender ainda mais Matemática.
Os professores também perceberam um grande desenvolvimento dos alunos quando começaram a usar repetidamente o aplicativo, conforme iam praticando, as contas ficavam mais rápidas e fáceis, gerando assim um incentivo maior para aprendizagem de matemática, já que a mesma é temida por muitos alunos.
São grandes os pontos positivos e aparentemente poucos negativos. A grande preocupação do projeto foi com aqueles alunos que não possuíam celulares ou por aqueles que possuíam, mas que não apresentava Android. Foi constatado que 97% da turma possuía celular, mas para os 3% que não possuíam, a situação proposta foi a formação de duplas por quem possuía o celular onde irá ser revezado com o colega ao lado. Outra situação também é com aquelas escolas onde o uso do celular é proibido, na escola onde o projeto aconteceu o uso do celular pelos os alunos é proibido, porém em casos de ensino onde há uma necessidade das tecnologias, por meio de uma autorização previamente avisada pelo diretor, os professores conseguem trabalhar com os alunos e expor projetos como esse de inclusão. Infelizmente para as escolas com regras rígidas e sem exceções os alunos nunca poderão conhecer projetos como esse e desfrutar de grandes benefícios para a inclusão de alunos com deficiência visual.
O projeto foi avaliado pela escola como um grande motivador de ensino e de inclusão para alunos especiais. “Toda a turma se envolve e as diferenças são deixadas de lado, Flávio o aluno com deficiência visual se sente igual e os alunos normais conseguem se colocar no lugar dele e ver a dificuldade que ele passa na escola todos os dias”, cita a diretora da escola.

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