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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL- UNIJUÍ MARCAS GRÁFICAS E DESENHOS Acadêmicas: Amanda Dorneles e Micheli Regina Seger Disciplina: Arte – Educação Professora: Maria Regina Johann Introdução Neste trabalho iremos analisar as marcas gráficas e os desenhos como linguagem, os processos que a criança passa no seu desenvolvimento, desde as garatujas até o realismo o que diferencia cada um, expondo suas características e o que leva a criança a se expressar de tal forma. MARCAS GRÁFICAS E DESENHOS É através do desenho e das marcas gráficas que a criança expressa o seu sentimento e a sua visão de mundo, expressando a realidade em que está inserida. A marca gráfica, que não possui intenção, ao longo do tempo vai se transformando em desenho, que é uma forma de linguagem por permitir a expressão e a intenção dessa representação. É algo que vem sendo construído ao longo dos anos, desde o momento em que o homem deixou suas marcas nas cavernas. Na representação gráfica a criança também encontra um recurso para executar e desenvolver a sua imaginação, colocando no papel através das marcas o que possui no seu imaginário. A criança deve ser incentivada pelos adultos que a cercam, tanto em casa, como na escola, a se expressar, não somente nos desenhos, mas em outras formas artísticas, pois é algo fundamental para o seu desenvolvimento. A criança passa por várias fases no seu processo de desenvolvimento, seja ele, intelectual, corporal, ou até mesmo na sua expressão em desenhos. Cada fase possui características próprias, e o professor deve ter conhecimento de todas elas para entender o processo pelo qual os seus alunos passam, entender forma como eles estão expressando a sua realidade. A primeira fase é a das Garatujas, que é o primeiro contato da criança com o papel e lápis, ela é dividida em dois processos. No primeiro, das garatujas desordenadas, a criança ainda não possui controle sobre os seus movimentos e não tem a intenção de explorá-los. Figura 1 - GARATUJA DESORDENADA Já nas garatujas ordenadas, a criança começa a ter percepção dos seus movimentos, saindo do movimento mecânico, e explorando círculos e outras formas que o corpo proporciona. Ela percebe o seu movimento e tenta controla-los e organizá-los. Figura 2 - GARATUJA ORDENADA Em ambas as fazes o traçado que a criança desenvolve representa o seu comportamento e se inicia por volta dos dois anos de idade. Na medida em que vai evoluindo psicologicamente e fisicamente, a criança passa de estágio. Depois da fase das garatujas ela entra nos estágio pré-esquemático, onde ela possui uma ideia e tenta representa-la, já possui a noção da forma, porém seus traços ainda são desordenados e desproporcionais, ela desenha o que sabe do objeto, por exemplo, o corpo humano, aparece com cabeça, braços e pernas. Essa fase se inicia em média aos 4 anos de idade. Figura 3 - PRÉ – ESQUEMÁTICO No processo de desenvolvimento, cada vez mais, a criança vai se apropriando de tudo que a cerca, e no estágio esquemático, ela já consegue representar as formas e o que vivencia no seu cotidiano, começam a ter mais noção de espaço, os desenhos não ficam mais dispersos, se tornando mais organizados. A criança representa aquilo que vê e sabe como também descreve a sua representação. Em média, essa fase inicia aos 7 anos. Figura 4 -ESQUEMÁTICO O ultimo estágio é o do realismo, onde a criança representa o que vê, e no realismo intelectual, representa também o que existe no objeto, mas não é visto, também da transparência aos objetos, desenhando, por exemplo, o que está dentro de uma casa. Luquet (1969) remete ao fato de que a criança tem a intenção de ser realista, tem a intenção de desenhar um determinado objeto tal como ela vê. Tem noção de espaço e usa base nos seus desenhos. Os detalhes são enriquecidos nessa fase, onde os desenhos ganham mais decoração. Figura 5 - REALISMO As marcas gráficas e os desenhos nos permitem pensar a aprendizagem pois fazem parte do desenvolvimento intelectual e emocional da criança, é algo que deve ser estimulado e deve possuir suporte para a criança, onde ela tenha condições e matérias necessários para poder expressar a sua realidade, a comunidade em que está inserida e o que vivência no seu cotidiano e assim poder iniciar e desenvolver o seu processo de linguagem. CONCLUSÃO Como vimos, as marcas gráficas e os desenhos fazem parte do desenvolvimento da criança, onde ela caminha para autonomia e capacidade de expressão. Portando os processos que os envolve deve ser estudado e conhecido pelo professor, para que assim, ele possa conhecer o seu aluno, e poder auxilia-lo de uma forma correta. A criança deve ser estimulada, e deve ter contato aos materiais que possam possibilitar a sua produção, fazendo com que assim, ela desenvolva cada vez mais a sua expressão e a sua linguagem. REFERÊNCIAS FERREIRA, SUELI. Imaginação e linguagem no desenho da criança.2º edição. Campinas, SP. Papirus, 2001.
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