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ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO & OPERAÇÕES Prof. Milton J. Monteiro 3. PAPEL ESTRATÉGICO E OS OBJETIVOS DA PRODUÇÃO Baseado em SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; JOHNSTON, Robert. Administração da produção. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2009. Capítulo 2 (Com adaptações e acréscimos). QUESTÕES-CHAVE! Qual papel a função produção deveria desempenhar para atingir o sucesso estratégico? Quais são os objetivos de desempenho da produção e quais são os benefícios internos e externos que derivam do fato de exceder-se em cada um deles? DUAS PERGUNTAS IMPORTANTES PARA O PAPEL DA APO Se qualquer departamento de produção deseja entender sua contribuição estratégica, deve responder a duas perguntas: 1. Que parte pretende desempenhar dentro do negócio - isto é, qual seu papel dentro da empresa? 2. Quais são seus objetivos de desempenho específicos? TÓPICOS ABORDADOS NESTE CAPÍTULO: PAPEL DA FUNÇÃO PRODUÇÃO PAPEL DA FUNÇÃO PRODUÇÃO A administração da produção pode “fazer ou quebrar” qualquer empresa. Não só porque a função produção é grande e para muitas empresas representa o grosso dos bens e a maior parte dos funcionários, mas também porque é a função que agrega competitividade à empresa ao fornecedor a habilidade de resposta os consumidores e ao desenvolver as capacitações que a colocarão à frente dos concorrentes no futuro. PAPEL DA FUNÇÃO PRODUÇÃO O papel e o desempenho da função produção é altamente importante para a organização. É capaz de manter sua reputação, em grande parte, devido ao desempenho de seus processos em operações. Se uma função produção, no entanto, não consegue produzir seus produtos e serviços de forma eficaz, poderá “quebrar” o negocio ou prejudicar seu desempenho, independentemente da posição que ocupe no mercado. DA ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO À ESTRATÉGIA DE APOIO E À ESTRATÉGIA DE IMPULSIONAMENTO A maior parte das empresas espera que sua operações e seus gerentes de operações melhorem com o tempo. Ao passar pelo processo de aprimoramento, eles deveriam evoluir de um estado em que contribuem muito pouco para o sucesso competitivo da empresa até o ponto onde são diretamente responsáveis por seu sucesso competitivo. Isso significa que eles deveriam ser capazes de, em diferentes etapas, dominar as habilidades de primeiro “implementar”, depois, “apoiar”, e por fim “impulsionar” a estratégia de operações. PAPEL DA FUNÇÃO PRODUÇÃO ESTRATÉGIA 1. IMPLEMENTAR 2. APOIAR 3. IMPULSIONAR 1. IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL O papel mais básico da produção é implementar a estratégia. A maioria das empresas possui algum tipo de estratégia, mas é a produção que a coloca em prática. Afinal, você não pode tocar uma estratégia; não pode vê-la; tudo o que você pode ver é como a produção se comporta na prática. 2. APOIO PARA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Apoiar a estratégia vai além de simples implementar a estratégia. Significa desenvolver suas capacitações de modo a permitir à organização aprimorar e refinar seus objetivos estratégicos. Por exemplo, um fabricante de telefones decidiu ser o primeiro no mercado com produtos inovadores. Sua operação necessita ser capaz de enfrentar a inovação constante. Deve desenvolver processos que sejam flexíveis o suficiente para fabricar novos componentes, organizar seus funcionários para que eles entendam as novas tecnologias, desenvolver relacionamentos com fornecedores de novos componentes, etc. Quanto melhor for a produção ao fazer estas coisas, mais apoio estará dando para a estratégia da empresa. 3. IMPULSIONAMENTO DA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL O mais difícil papel da produção é impulsionar a estratégia, dando-lhe vantagem única a longo prazo. Quatros estágios da contribuição da produção segundo Hayes e Wheelwright: Estágio 1: Neutralidade interna Estágio 2: Neutralidade Externa Estágio 3: Apoio Interno Estágio 4: Apoio Externo O MODELO DE QUATRO ESTÁGIOS A habilidade de qualquer operação de exercer seus papeis na organização pode ser julgada pela consideração de seus propósitos ou aspiração organizacionais. Esse modelo pode ser usado para avaliar o papel e a contribuição da função produção. O modelo traça a progressão dessa função, desde papel negativo que exerce no estágio 1 de produção até tornar-se o elemento central da estratégia competitiva no excelente estágio 4 de produção. ESTÁGIO 1 – NEUTRALIDADE INTERNA Este é o nível mais fraco de contribuição da função produção. Neste estágio, a função produção está segurando a empresa quanto a sua eficácia competitiva. Ela mantém-se voltada para dentro e, no máximo, reage às mudanças dos ambientes internos e externos, contribuído pouco para o sucesso competitivo. De forma paradoxal, sua ambição é “passar despercebida” (ou “internamente neutra”). Ao menos, quando isso ocorre, ela não contribuiu para o insucesso da empresa. Certamente, o restante da organização não vê a produção como fonte de qualquer originalidade, talento ou impulso competitivo. Suas tentativas de aprimoramento são limitadas a “evitar erros”. ESTÁGIO 2 – NEUTRALIDADE EXTERNA A primeira etapa do rompimento do estágio 1 é a função produção começar a comparar-se com empresas ou organizações similares fora do mercado (sendo “externamente neutra”). Isso pode não conduzi-la imediatamente à “primeira divisão” de empresas de mercado, mas, ao menos, pode levá-la a comparar seu desempenho ao da concorrente, e a tentar adotar “melhores práticas”. ESTÁGIO 3 – APOIO INTERNO A operação no estágio 3 está entre as melhores de seu mercado. Ainda assim, aspira a ser, sem sombra de dúvida, a melhor do mercado. Isso é atingido obtendo uma visão clara da concorrência ou dos objetivos estratégicos da empresa e desenvolvendo os recursos de produção “apropriados”. A produção está tentando dar “apoio interno” ao fornecer uma estratégia de operações respeitável. ESTÁGIO 4 – APOIO EXTERNO A diferença entre Estágio 3 e 4 é sutil, embora muito importante. Uma empresa no estágio 4 vê a função produção como provedora da base para o sucesso competitivo. A produção olha para o longo prazo. Ela prevê as prováveis mudanças nos mercados e na oferta de insumos e desenvolve capacidades que serão exigidas para competir nas condições futuras do mercado. A produção no estágio 4 é inovadora, criativa e proativa e está impulsionado a estratégia da empresa ao manter-se “um passo a frente” dos concorrentes. O MODELO DE QUATRO ESTÁGIOS A habilidade de qualquer operação de exercer seus papeis na organização pode ser julgada pela consideração de seus propósitos ou aspiração organizacionais. Esse modelo pode ser usado para avaliar o papel e a contribuição da função produção. O modelo traça a progressão dessa função, desde papel negativo que exerce no estágio 1 de produção até tornar-se o elemento central da estratégia competitiva no excelente estágio 4 de produção. COMENTÁRIO CRÍTICO Há quem entendam que não é possível a função produção ter esse papel, estágio 4. O modelo deveria parar no estágio 3. As necessidades do mercado vão sempre ser preeminentes em moldar a estratégia de uma empresa. Portanto, as operações deveriam devotar seu tempo e entendimento das exigências do mercado (como definido pela função marketing dentro da organização) e concentrar-se em sua tarefa central de assegurar que os processos operacionais possam atender às demandas do mercado... COMENTÁRIO CRÍTICO ... As empresas podem ser bem-sucedidas, argumentam-se, somente por posicionarem-se no mercado (por meio de uma combinação de preço, promoção, projeto de produto e gestão de como seus produtose serviços são entregues aos consumidores), tendo a produção somente um papel de “apoio”. OBJETIVOS DE DESEMPENHO DA PRODUÇÃO STAKEHOLDERS Todas as operações possuem uma gama de stakeholders – pessoas ou grupos de pessoas que podem ser influenciadas por ou influenciar as atividades da operação produtiva. Alguns são internos, como, por exemplo, os funcionários da operação. Outros são externos, como a sociedade ou grupos comunitários, ou ainda os acionistas da empresa. Alguns externos possuem um relacionamento comercial direto com a empresa, como, por exemplo, os fornecedores e os consumidores, outros ao, como os legisladores e fiscais industriais. É responsabilidade da função procurar compreender os objetivos (algumas vezes conflitantes) de seus stakeholders e estabelecer seus objetivos. CINCO OBJETIVOS DE DESEMPENHO BÁSICOS Os objetivos mais amplos dos stakeholders formam o pano de fundo para o processo decisório da produção, mas o nível operacional necessita de um conjunto de objetivos mais estritamente definidos, que relacione-se especificamente a sua tarefa básica de satisfazer às exigências dos consumidores. Que tipos de providência precisa ser tomada para satisfazer às exigências dos consumidores e contribuir para a competitividade? VANTAGENS DE: Qualidade Velocidade ConfiabilidadeFlexibilidade Custo OBJETIVO QUALIDADE A empresa deseja não cometer erros e satisfazer a seus consumidores, fornecendo bens e serviços isentos de erro, “adequados a seus propósitos” Isto é proporcionar uma vantagem de qualidade para os seus consumidores. Qualidade é conformidade, coerente como as expectativas do consumidor; significa “fazer certo as coisas”, mas as coisas que a produção precisa fazer certo variarão de acordo com o tipo de operação. Todas as operações encaram qualidade como um objetivo particularmente importante. OBJETIVO QUALIDADE Algumas vezes, qualidade é a parte mais visível que a operação faz. Além do mais, é algo que o consumidor considera relativamente fácil de julgar, a respeito da operação. O produto ou serviço é do jeito que deveria ser? Está certo ou errado? Existe algo de fundamental a respeito da qualidade. Por isso, exerce a maior influencia na satisfação ou insatisfação do consumidor. A sua percepção de produtos ou serviços de alta qualidade significa a sua satisfação e, com isso, uma chance maior de seu retorno. QUALIDADE PODE SIGNIFICAR QUALIDADE DENTRO DA OPERAÇÃO Quando qualidade significa a produção consistente de serviços e produtos dentro das especificações, não apenas leva à satisfação de consumidores externos como também torna mais fácil a vida das pessoas envolvidas na operação. Satisfazer aos clientes internos pode ser tão importante quanto satisfazer aos consumidores externos. QUALIDADE DENTRO DA OPERAÇÃO Qualidade reduz custo: Quanto menos erros em cada processo da operação, menos tempo será necessário para a correão e, consequentemente, menos confusão e irritação. QUALIDADE DENTRO DA OPERAÇÃO Qualidade aumenta confiabilidade: Custos crescentes não são a única consequência da má qualidade. No supermercado, pode também significar bens faltando nas prateleiras, o que resulta na perda de faturamento e irritação dos consumidores externos. Aqui, o ponto importante é que o objetivo de desempenho da qualidade (como os outros objetivos de desempenho) envolve um aspecto externo, que lida com a satisfação do consumidor, e um aspecto interno, que lida com a estabilidade e a eficiência da organização. OBJETIVO VELOCIDADE Velocidade significa o tempo transcorrido entre a requisição e o recebimento de produtos ou serviços pelos consumidores. O principal benefício da rapidez de entrega dos bens e serviços para os consumidores (externos) é que ela enriquece a oferta. É muito simples: para a maioria dos bens e serviços, quanto mais rápido estiverem disponíveis para o consumidor, mais provável é que este venha a compra-los, mais provável é que este venha a pagar mais por eles e maiores serão os benefícios de quem receberá. OBJETIVO VELOCIDADE VELOCIDADE DA OPERAÇÃO INTERNA A velocidade da operação interna também é importante. A resposta rápida aos consumidores externos é auxiliada sobretudo pela rapidez na tomada de decisão e na movimentação de materiais e das informações internas da operação. Ademais, podem existir benefícios complementares. VELOCIDADE REDUZ ESTOQUES Tome como exemplo uma fabrica de automóveis. O aço usado para fabricar as portas dos veículos é primeiramente entregue na estamparia, onde é prensado e moldado. Depois, as portas são transportadas para a área de pintura para receber proteção e tinta. Após isso, são encaminhadas à linha de montagem, onde são fixadas aos automóveis. Esse é um processo simples de três estágios, mas na pratica, as portas não fluem suavemente de um estagio para o seguinte. Primeiro, o aço é entregue como parte de um lote maior, que contém matéria- prima suficiente para tornar possível a fabricação de várias centenas de produtos. A seguir, é encaminhado a área de estamparia para ser moldado e transformado em portas... VELOCIDADE REDUZ ESTOQUES ... As portas ficam aguardando o momento de serem transportadas à área de pintura. Novamente, esperam a pintura e, após essa fase, ficam aguardando o momento de serem transportadas à linha de montagem. Enfrentam outra espera até derem montadas nos automóveis. O tempo de percurso do material foi mais longo do que o tempo necessário para, realmente, moldar, pintar e montar as peças finais. Na verdade, o material gastou mais tempo em espera como estoque de peças e produtos. Quanto mais tempo os itens gastarem para movimentar-se por esse processo, maior o tempo de espera resultante e maiores os estoques de peças e produtos. VELOCIDADE REDUZ RISCOS Para a empresa, prever eventos de amanha é menos arriscado do que prever o próximo ano. Quanto mais à frente a empresa previr, mais provavelmente cometerá erros. Quanto mais rápido o tempo total do percurso de um processo, menores os horizontes de previsão necessários. VELOCIDADE REDUZ RISCOS Por exemplo, se o tempo total para a porta completar seu percursos pela fábrica for seis semanas, estará passando pela primeira operação seis semanas antes de atingir o seu destino. A quantidade de portas processadas será determinada pela previsão de demanda feita seis semanas antes. Se, em vez de seis semanas, as portas demorarem apenas uma semana para percorrer a fábrica, os painéis de portas processadas no primeiro estágio atenderão à demanda apenas uma semana mais tarde. Sob essas circunstancias, é mais provável que o número e os tipos de portas processadas sejam os necessários. OBJETIVO CONFIABILIDADE Confiabilidade significa fazer as coisas em tempo para os consumidores receberem seus bens ou serviços exatamente quando necessários ou, ao menos, quando prometidos. Os consumidores só podem julgar a confiabilidade de uma operação após o produto ou serviço ter sido entregue. Inicialmente, a confiabilidade talvez não afete a escolha do consumidor – ele já terá “consumido”. Entretanto, no decorrer do tempo, confiabilidade pode ser mais importante do de qualquer outro critério. Por exemplo, não importa quão barata seja a passagem de ônibus ou sua rapidez, se o serviço estiver sempre atrasado e os veículos estiveram sempre lotados. OBJETIVO CONFIABILIDADE CONFIABILIDADE NA OPERAÇÃO INTERNA A confiabilidade na operação interna tem efeito similar. Os clientes internos julgarão o desempenho uns dos outros, analisando o nível de confiabilidade entre os processosna entrega pontual de materiais e informações. As operações que possuem confiabilidade interna maior são mais eficazes do que as que não possuem, por varias razoes. CONFIABILIDADE ECONOMIZA TEMPO Tome por exemplo a oficina de manutenção e consertos da empresa de ônibus urbanos. O gerente terá sempre um plano de atividades da oficina preparado para manter suas instalações plenamente utilizadas e, ao mesmo tempo, para assegurar que a frota esteja sempre limpa e pronta para atender à demanda a qualquer momento. Se faltarem à oficina algumas peças de reposição cruciais para a manutenção dos ônibus, o gerente precisará gastar tempo tentando obtê-las com urgência e recursos reservados para atender aos ônibus não serão usados com o mesmo nível de produtividade que teriam sem essa interrupção... CONFIABILIDADE ECONOMIZA TEMPO Mais serio é que frota fique reduzida enquanto os ônibus são consertados e o gerente de operações de frota tenha que gastar tempo reprogramando serviços. Assim, inteiramente por conta de uma falha de confiabilidade de fornecimento, parte significativa do tempo das operações será desperdiçada. Tentando lidar com a interrupção do serviço. CONFIABILIDADE ECONOMIZA DINHEIRO O uso ineficaz de tempo será transformado em custo operacional extra. As peças de reposição podem custar mais para serem entregues com urgência e os funcionários de manutenção receberão pagamento mesmo quando não houver ônibus ou peças com que trabalhar. Similarmente, alguns custos fixos de operações, como iluminação e aluguel, não serão reduzidos se o ônibus ficarem parados. Provavelmente, a reprogramação de rotas forçará a alocação de ônibus de tamanho inadequado para alguns trajetos e determinados serviços terão que ser cancelados. Isso resultará em assentos vazios (se ônibus maiores forem usados) ou perda de faturamento (se passageiros potenciais não forem transportados). CONFIABILIDADE DÁ ESTABILIDADE A perturbação causada nas operações pela falta de confiabilidade vai além de tempo e custo. Afeta “qualidade” do desempenho em tempo da operação. Se tudo em uma operação for perfeitamente confiável, e assim, permanecer por algum tempo, haverá um nível de confiança entre as diferentes partes da operação. Não haverá “surpresas” e tudo será previsível. Sob tais circunstancias., cada parte da operação pode concentrar-se em melhorar sua atividade, sem ter sua atenção desviada pela falta de serviços confiáveis das outras partes. OBJETIVO FLEXIBILIDADE Flexibilidade significa ser capaz de alterar a operação de alguma forma. Pode ser alterar o que a operação faz, como faz ou quando faz. Especificamente a mudança deve atender a quatros tipos de exigências: Flexibilidade de produto ou serviço Flexibilidade de composto (mix) Flexibilidade de volume Flexibilidade de entrega OBJETIVO FLEXIBILIDADE Flexibilidade de produto/serviço: a habilidade da operação em introduzir ou modificar produtos ou serviços. Flexibilidade de composto (mix): a habilidade da operação em produzir em ampla variedade ou composto de produtos e serviços. Flexibilidade de volume: a habilidade da operação de alterar seus níveis de saída para produzir diferentes quantidades ou volumes de produtos e serviços ao longo tempo. Flexibilidade de entrega: a habilidade da operação em alterar os tempos de entrega de seus serviços ou produtos. OBJETIVO FLEXIBILIDADE Um dos efeitos externos benéficos da flexibilidade é a maior habilidade de uma operação de fazer coisas diferentes para diferentes consumidores. Assim, alta flexibilidade fornece a habilidade de produzir uma variedade alta de produtos e serviços. Normalmente, alta variedade significa alto custo. Além do mais, operações com alta variedade geralmente não produzem em alto volume. Algumas empresas desenvolveram flexibilidade de tala forma que seus produtos e serviços são produzidos para atender a consumidores individuais. Mesmo assim, conseguem produzir em alto volume, de forma que a produção em massa mantém os custos baixos. CUSTOMIZAÇÃO EM MASSA CUSTOMIZAÇÃO EM MASSA Essa abordagem é denominada customização em massa. Algumas vezes, isso é atingido por meio de flexibilidade de projeto. Por exemplo, a Dell é o maior fabricante em volume de computadores individuais, ainda assim, permite que cada consumidor “desenhe” (embora em sentido limitado) sua própria configuração. CUSTOMIZAÇÃO EM MASSA Algumas vezes, tecnologias, tecnologias flexível é também usada para alcançar o mesmo efeito. Paris Miki, varesjista de óculos requintados, que possui o maior numero de óticas no mundo, utiliza seu próprio “sistema de desenho mikissimes) para capturar a imagem digital do consumidor e analisar suas características faciais. Junto com a lista de preferências pessoas dos consumidores, o sistema então recomenda um desenho particular e o dispõe sobre a imagem do rosto do consumidor. Em consulta com uma especialista em ótica, o consumidor pode ajustar os formatos e tamanhos até que o desenho final seja escolhido. Na própria loja, as armações são montadas a partir de uma gama de componentes pré-fabricados, as lentes são cortadas e montadas nas armações. Todo processos leva aproximadamente uma hora. CUSTOMIZAÇÃO EM MASSA AGILIDADE Julgar operações em termos de sua agilidade tornou-se popular. Agilidade é a combinação de todos os cincos objetivos de desempenho, especialmente flexibilidade e velocidade. Além disso, agilidade pressupõe que uma operação e a rede de suprimentos da qual faz parte possam responder à incerteza do mercado. Agilidade significa responder às exigências do mercado ao produzir produtos e serviços novos ou não, de forma rápida e flexível. O desenvolvimento de uma operação flexível pode também trazer vantagens aos consumidores da operação. Flexibilidade agiliza a resposta Flexibilidade economiza tempo Flexibilidade mantém a confiabilidade FLEXIBILIDADE NA OPERAÇÃO INTERNA FLEXIBILIDADE AGILIZA A RESPOSTA Frequentemente, serviço rápido depende da flexibilidade da operação. Por exemplo, se o hospital precisa enfrentar um repentino fluxo de vitimas de um acidente rodoviário, é necessário o tratamento rápido dos feridos. Sob tais circunstancias, um hospital flexível que pode transferir rapidamente funcionários e equipamentos para o pronto-socorro possibilitará o atendimento rápido que os paciente necessitam. FLEXIBILIDADE ECONOMIZA TEMPO Em muitas partes do hospital, os funcionários precisam atender a uma ampla variedade de problemas. Pacientes com fraturas, cortes ou envenenamento por superdosagem de medicamentos não chegam em “lotes”. Cada paciente é um indivíduo com necessidades exclusivas. Os funcionários do hospital não podem levar tanto tempo para “entrar no ritmo” do tratamento de um problema especifico; devem ter flexibilidade para rapidamente adaptarem-se à situação. Devem também ter instalações e equipamentos suficientemente flexíveis para que não se perca tempo esperando que equipamentos sejam trazidos para o atendimento de um paciente. O tempo de utilização dos recursos do hospital é economizado porque estes têm flexibilidade na mudança de uma tarefa para outra. FLEXIBILIDADE MANTÉM A CONFIABILIDADE A flexibilidade interna também pode ajudar a manter a operação dentro do programado quando eventos imprevistos perturbam os planos. Por exemplo, se um fluxo repentino de pacientes também resultar na necessidade de cirurgias de emergência, esses paciente, certamente, serão atendidos antes de outras operações rotineiras. Os pacientes submetidos a operações de rotina já terão sidos internadose, provavelmente, estarão preparados para suas operações. Provavelmente, cancelar suas operações causaria aflição e considerável inconveniência. Um hospital flexível pode estar preparado para minimizar a perturbação, possivelmente, reservando salas de cirurgia para atender às emergências e convocando funcionários e médicos que estiveram de sobreaviso. OBJETIVO CUSTO Custo é o ultimo objetivo a ser coberto, embora não porque seja o menos importante. Para as empresas que concorrem diretamente em preço, custo será seu principal objetivo de produção. Quanto menor o custo em produzir seus bens e serviços, menor pode ser o preço a seus consumidores. Mesmo as empresas que concorrem em outros aspectos que não preço estarão interessados em manter seus custos baixos. Cada real retirado do custo de uma operação é acrescido a seus lucros. Não surpreende que o custo baixo é um objetivo universalmente atraente. OBJETIVO CUSTO A forma como a administração de produção influencia os custos dependerá largamente de onde estes são incorridos. A produção gastará dinheiro em funcionários (dinheiro gasto com o pessoal empregado), instalações, tecnologias e equipamentos (dinheiro gasto em compra, conservação, operação e substituição de maquinas de produção) e materiais (dinheiro gasto nos materiais consumidos ou transformados na produção). OBJETIVO CUSTO OBJETIVO CUSTO Embora a comparação da estrutura de custos de operações diferentes nem sempre seja direta e dependa da categorização adotada, alguns pontos gerais podem ser considerados. Muitos dos custos hospitalares são fixos e modificam-se pouco para pequenas mudanças no numero de pacientes atendidos. Suas instalações, camas salas de cirurgia e laboratórios, são recursos caros, assim como alguns de seus funcionários, altamente qualificados. Alguns custos hospitalares são representados por pagamentos por pagamentos a fornecedores de medicamentos, suprimentos médicos e de serviços de terceiros, como limpeza, mas, provavelmente, não são proporcionalmente tão elevados quantos os da fabrica de automóveis... OBJETIVO CUSTO Os pagamentos da fabrica de automóveis por materiais e outros suprimentos serão bem maiores do que todos os outros custos reunidos. Inversamente, a empresa de ônibus urbanos pagará menos por suprimentos, sendo o combustível um de seus principais itens. Em outro extremo, os custos de supermercado são dominados pela compra de mercadorias. Entretanto, apesar do alto custo de seus “materiais”, uma loja isolada pouco pode fazer se algo afetar o custo de mercadorias que vende. Provavelmente, todas as decisões de compra são tomadas na sede da empresa. O supermercado isolado estará mais preocupado com a utilização de seu ativo principal, o prédio, e com seus funcionários. MANTENDO BAIXO OS CUSTOS DE PRODUÇÃO Todas as operações possuem interesse em manter seus custos baixos o quanto possível, desde que compatíveis com os níveis de qualidade, velocidade, confiabilidade e flexibilidade que seus consumidores demandam. A medida que é mais comumente usada para indiciar o nível de sucesso de uma operação em relação a isso é a produtividade (razão entre o que é produzido por uma operação e o que é necessário para essa produção): 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 = 𝑂𝑢𝑡𝑝𝑢𝑡 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝐼𝑛𝑝𝑢𝑡 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑎 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 MANTENDO BAIXO OS CUSTOS DE PRODUÇÃO Geralmente, medias parciais de input e output são usadas de modo que comparações possa ser feitas. Assim, por exemplo, na indústria automobilística, a produtividade é algumas vezes medida em termo de número de carros produzidos ao ano por funcionário. Isso é chamado de medida de fator parcial de produtividade. 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒆 𝒖𝒎 𝒇𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒑𝒂𝒓𝒄𝒊𝒂𝒍: = 𝑂𝑢𝑡𝑝𝑢𝑡 𝑑𝑎 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑈𝑚 𝑖𝑛𝑝𝑢𝑡 𝑛𝑎 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 MANTENDO BAIXO OS CUSTOS DE PRODUÇÃO Isso permite que diferentes operações possam ser comparadas excluindo os efeitos de custos de input. Uma operação pode ter custo total mais alto por carro mas alta produtividade em termos de números de carros por funcionário ao ano. A diferença entre as duas medidas é explicada em termos da distinção ente o custo dos inputs da operação e a maneira como a operação é administrada por converter inputs em outputs. Os custos de input podem ser altos, mas a operação pode ser boa em convertê-los em bens e serviços. A produtividade de fator parcial pode incluir os efeitos dos custos de input se o fator parcial for expresso em termos de custo, como o “custo de funcionário”. MANTENDO BAIXO OS CUSTOS DE PRODUÇÃO A produtividade de fator total é a medida que inclui todos os fatores de input. 𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒎𝒖𝒍𝒕𝒊𝒇𝒂𝒕𝒐𝒓𝒊𝒂𝒍: = 𝑂𝑢𝑡𝑝𝑢𝑡 𝑑𝑎 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑇𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑝𝑢𝑡𝑠 𝑛𝑎 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 EXERCÍCIO Uma clínica de exames clínicos possui 5 funcionários e atende 200 pacientes por semana. Cada funcionário trabalha 35 horas por semana. O total da folha de pagamento semanal da clínica é de $ 3900 e o custo fixo total é $ 2000 por semana. Qual é a produtividade de fator parcial (para mão-de-obra) e sua produtividade multifatorial? Produtividade da mão-de-obra: 200/5=40 pacientes/funcionário/dia Produtividade da mão-de-obra: 200/(5X35) = 1,143 paciente/hora Produtividade multifatorial=200/(3900+2000)=0,0339 pacientes/$ APRIMORANDO A PRODUTIVIDADE Uma forma obvia de aprimorar a produtividade é reduzir o custo de seus inputs, mantendo-se o nível de seus outputs. Isso significa reduzir o custo de alguns ou todos os seus inputs de recursos transformados ou transformadores. Exemplos: aluguel e mão-de-obra mais barato, alteração do projeto do projeto de produtos para permitir o uso de materiais mais baratos, etc. A produtividade pode ser também aprimorada por meio de um melhor uso de inputs na operação. Por exemplos, evitar desperdícios. REDUÇÃO DE CUSTO POR MEIO DE EFICÁCIA INTERNA Cada um dos vários objetivos de desempenho possui vários efeitos internos, mas todos eles afetam o custo. Assim, uma forma importante de aprimorar o desempenho de custo é aprimorar o desempenho dos outros objetivos operacionais. Operações de alta qualidade não desperdiçam tempo ou esforço de retrabalho nem seus clientes internos são incomodados por serviços imperfeitos. Operações rápidas reduzem o nível de estoques em processo, entre as micro-operações, bem como diminuem os custos administrativos indiretos... REDUÇÃO DE CUSTO POR MEIO DE EFICÁCIA INTERNA Operações confiáveis não causam qualquer surpresa desagradável aos clientes internos. Pode-se confiar que suas entregas serão exatamente como planejado. Isso elimina o prejuízo de interrupção e permite que as outras micro- operações trabalhem eficientemente. Operações flexíveis adaptam-se rapidamente às circunstancias mutantes e não interrompem o restante da operação global. As micro- operações flexíveis podem também mudar rapidamente de uma tarefa a outra, sem desperdiciar tempo e capacidade. EFEITOS EXTERNOS DOS 5 OBJETIVOS DE DESEMPPENHO A REPRESENTAÇÃO POLAR DOS OBJETIVOS DE DESEMPENHO Uma forma útil de representar a importância relativa dos objetivos de desempenho para um produto ou serviço é a representação polar. É chamada assim porque as escalas que representam a importância de cada objetivo de desempenho possuem a mesma origem. Uma linha descreve a importância relativa de cada objetivo de desempenho. Quanto mais perto estiver a linha do seu ponto de origem comum, menos importante será o objetivo de desempenho para a operação. A REPRESENTAÇÃO POLAR DOS OBJETIVOS DE DESEMPENHORepresentações polares de (a) importância relativa de objetivos de desempenho para um serviço de taxi e um serviço de ônibus e (b) metas e desempenho de uma força policial RESUMO DAS RESPOSTAS A QUESTÕES-CHAVE QUAL O PAPEL QUE A FUNÇÃO PRODUÇÃO DEVERIA TER PARA ATINGIR O SUCESSO ESTRATÉGICO? Qualquer função produção possui três papeis a desempenhar dentro de uma organização: como implementadora da estratégia da organização; como apoiadora da estratégia global da organização; e como impulsionadora da estratégia. A extensão em que a função produção preenche esses papeis em conjunto com suas aspirações pode ser utilizada para julgar sua contribuição para a organização. Hayes e Whellwrright fornece um modelo de quatro estágios para fazer isso. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO DAS OPERAÇÕES E QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS INTERNOS E EXTERNOS QUE DERIVAM DO FATO DE EXCEDER-SE EM CADA UM DELES? No nível estratégico, os objetivos de desempenho relacionam-se com os interesses dos stakeholders da operação. Isso diz respeito a responsabilidade da empresa para com seus consumidores, fornecedores, acionistas, empregados e sociedade em geral. Ao “fazer as coisas certas”, a produção procura influenciar a qualidade dos bens e serviços da empresa. Externamente, qualidade é um aspecto importante para a satisfação ou insatisfação do consumidor. Internamente, a produção de qualidade tanto reduz os custos como aumenta a confiabilidade. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO DAS OPERAÇÕES E QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS INTERNOS E EXTERNOS QUE DERIVAM DO FATO DE EXCEDER-SE EM CADA UM DELES? Ao “fazer as coisas rapidamente”, a produção procura influenciar a velocidade com que os bens e sérvios são fornecidos. Externamente, a velocidade é um aspecto importante do serviço ao consumidor. Internamente, a rapidez tanto reduz estoques ao diminuir o tempo de atravessamento, como reduz riscos ao atrasar o comprometimento de recursos. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO DAS OPERAÇÕES E QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS INTERNOS E EXTERNOS QUE DERIVAM DO FATO DE EXCEDER-SE EM CADA UM DELES? Ao “fazer as coisas a tempo”, a produção procura influenciar a confiabilidade de entrega de bens e serviços. Externamente, a confiabilidade é um aspecto importante do serviço ao consumidor. Internamente, a confiabilidade dentro da produção aumenta a confiabilidade operacional, economizando, assim, tempo e dinheiro, que seriam, de outra forma, gastos em solucionar problemas de confiabilidade e também dando mais estabilidade à operação. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO DAS OPERAÇÕES E QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS INTERNOS E EXTERNOS QUE DERIVAM DO FATO DE EXCEDER-SE EM CADA UM DELES? Ao “mudar o que se faz”, a produção procura influenciar a flexibilidade, com a qual a empresa produz bens e serviços. Externamente, flexibilidade pode: produzir novos produtos e serviços (flexibilidade de produto/serviço); produzir ampla gama ou composto (mix) de produtos e serviços (flexibilidade de mix ou composto); produzir diferentes quantidades ou volumes de produtos e serviços (flexibilidade de volume); produzir e entregar produtos e serviços em diferentes momentos (flexibilidade de entrega). Internamente, a flexibilidade pode apressar os tempos de respostas, economizar tempo gasto em troca de equipamento e manter a confiabilidade. QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DE DESEMPENHO DAS OPERAÇÕES E QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS INTERNOS E EXTERNOS QUE DERIVAM DO FATO DE EXCEDER-SE EM CADA UM DELES? Ao “fazer as coisas mais barato”, a produção procura influenciar o custo dos bens e serviços da empresa. Externamente, custos baixos permitem Às empresas reduzir seus preços de modo a ganhar com volumes mais altos, ou, de forma alternativa, aumentar sua lucratividade nos níveis de volume atual. Internamente, o desempenho de custo é ajudado pelo bom desempenho de outros objetivos de desempenho. WEBSITES ÚTEIS
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