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Tópicos Contemporâneos em Adm – Produção e Operações Sustentáveis e Limpas – 202321 Tópico 1 - Evolução da Questão Ambiental Aulas 1 e 2 Profa. Dra. Clarissa Melo Lima Sumário • Cronologia • 1952-LONDRES – início do movimento ambiental ; • 2015 -Uma visão panorâmica e histórica 2 CRONOLOGIA 3 1952-Londres ➢No dia 5 de dezembro de 1952, um grande nevoeiro tomou conta da cidade de Londres: era o começo do desastre de poluição atmosférica mais letal da história britânica. Mais de 60 anos depois, uma equipe internacional de químicos descobriu por que a névoa era fatal. ➢Os cidadãos não ligaram muito para a névoa no começo – afinal, dias de nevoeiro são característicos da vida britânica há milhares de anos. Mas no final daquela tarde, o céu foi tomado por um tom amarelado e começou a cheirar a ovo podre. 4 Noção inicial ➢Qual sua opinião sobre o envolvimento e comprometimento do Brasil com a evolução das questões ambientais? ➢Ruim ➢Regular ➢Bom ➢Ótimo ➢Excelente 5 1952-Londres 6 7 1952-Londres ➢No dia seguinte, o ar estava da cor de uma sopa de ervilha e fedendo a lixo. Conforme as horas se passaram, a visibilidade foi ficando pior e respirar na cidade se tornou doloroso. Essa tortura continuou por cinco dias. Quando o nevoeiro se dissipou no dia 9 de dezembro, 150 mil pessoas tinham sido hospitalizadas. Especialistas estimam que mais de 12 mil homens, mulheres e crianças morreram devido à exposição ao ar poluído. ➢Se existe um lado bom no Grande Nevoeiro, é que ele iniciou um movimento ambiental que levou à criação das primeiras leis que defendiam a limpeza do ar. Agora que nós descobrimos detalhes mais específicos, o incentivo para livrar o mundo do carvão parece mais forte do nunca. ➢Por: Maddie Stone 16 de novembro de 2016 às 13:18 8 1962-Rachel Carson 9 1962-Rachel Carson 10 Primeiro livro de Rachel Carson, Sob o Mar-Vento (publicado em 1941), embora tenha recebido boas críticas, só se tornou um best-seller depois do sucesso de O Mar que nos Cerca (editado em 1951 nos Estados Unidos e publicado no Brasil pela Editora Gaia, em 2010). O livro descreve com precisão o comportamento de peixes e aves marinhas, e seu estilo jornalístico-literário, do qual a autora se tornou um expoente, permite que seja apreciado tanto por jovens quanto por adultos. 1962-Rachel Carson 11 1962-Rachel Carson ➢ A bióloga marinha Rachel Carson lançou seu histórico livro, Primavera Silenciosa, ➢Em setembro de 1962, período em que qualquer indústria química de inseticidas e outros derivados sintéticos podia lançar no meio ambiente o que bem entendessem, sem testes cientificamente projetados. ➢No fundo, praticamente bastava que essas substâncias sintetizadas não matassem o químico responsável. ➢Aliás, nem existia nos EUA a agência de proteção ambiental, a EPA. 12 1962-Rachel Carson • O grande feito de Rachel foi traduzir toda a literatura científica disponível à época, numa brilhante obra literária de denúncia e divulgação científica. • O livro tem nada menos de 57 das suas 328 páginas só de bibliografia de papers consultados. Isolados ou perdidos nas bibliotecas universitárias esses preciosos estudos e pesquisas só acumulavam poeira. • Foi o gênio literário de Rachel que juntou toda essa munição científica pela primeira vez, tornando-a acessiva ao grande público leigo, e disparando os primeiros e ruidosos salvos na guerra dos ecólogos contra a toda poderosa indústria química da época. 13 1962-Rachel Carson • O presidente John Kennedy ficou tão impressionado com o livro que mandou abrir investigações federais, seguidas por audiências no senado americano. • A EPA, a agência ambiental americana, surgiria somente em 1972, graças, justamente às denúncias eloqüentes de Rachel. • John Kennedy e uma de suas frases mais famosas: "Não pergunte o que seu país pode fazer por você, pergunte o que você pode fazer por seu país!“ • Curiosidade: • Integração racial 14 1962-Rachel Carson 15 1962- Rachel Carson Atualmente, Primavera Silenciosa é leitura obrigatória em muitas escolas americanas tanto pela importância literária quanto ao fato de ter sido um marco no enfrentamento da poderosa e arrogante indústria química. Mas os alunos são advertidos para levar em conta que alguns dados são, hoje, considerados errados. Pela falta de conhecimento da natureza do câncer na época, todo um capítulo do livro desmoronou. Nada se sabia sobre a natureza endógena ou hereditária do câncer, e Rachel diagnosticou a doença como causada pelos pesticidas mutagênicos. 16 1962- Rachel Carson • Além disso, o banimento imediato do uso do DDT, em vez da regulamentação da sua aplicação, causou surtos de epidemias de doenças causadas por mosquitos nos países pobres, especialmente a malária, com milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas com a pulverização seletiva. Mas isso não afeta o valor histórico de Rachel Carson. 17 1962- Rachel Carson • • Outro papel importante da obra de Rachel foi a divulgação da teoria evolucionista de Charles Darwin, especialmente numa América conservadora e religiosa. Primavera Silenciosa é uma coletânea viva de extraordinários exemplos da evolução darwiniana em ação. 18 1962- Rachel Carson exemplos da evolução darwiniana em ação. 19 1962-Avanços e Fracassos • Rachel na verdade não era a favor do banimento dos inseticidas químicos, e escreve isso várias vezes no seu livro. O que ela denunciava era o uso descontrolado e abusivo nas pulverizações aéreas que atingiam todo meio ambiente ao redor das pragas inimigas. O barateamento dos aviões de pulverizações, depois do boom aeronáutico da Segunda Guerra, inspirou governos e fazendeiros a combater as pragas com a força bruta dos bombardeios. • Como derrotar formigas e outras pragas da lavoura? Rachel defendia o uso em pequena escala, de forma seletiva, apenas em focos limitados. 20 1962- Rachel Carson I. Escreve ela: "As maiores indústrias químicas estão despejando dinheiro nas universidades para financiar pesquisas sobre inseticidas. Isso cria bolsas atraentes para os estudantes de pós- graduação e cargos cobiçados nas universidades. Os estudos relativos ao controle biológico, por outro lado, nunca recebem esses incentivos - pela simples razão que não prometem a ninguém as fortunas que podem ser ganhas na indústria química. São deixados a cargo dos órgãos estaduais e federais, em que os salários são bastante inferiores". II. Embora essa situação tenha mudado bastante, com a reativação do trabalho de cientistas dedicados aos métodos naturais de controle, a batalha de Rachel está longe de ser vencida, como testemunha o post fácil da edição comemorativa de Primavera Silenciosa. 21 1962- Rachel Carson Edward O. Wilson, o renomado entomólogo, escreve nas linhas finais: "Ainda estamos envenenando o ar e a água, corroendo a biosfera. Hoje entendemos melhor do que nunca porque precisamos insistir até o fim no esforço para salvar o meio ambiente, em conformidade com a mente e o espírito da corajosa autora de Primavera Silenciosa". 22 1962- Rachel Carson 1. Ficou provado que o PCB interfere no sistema endócrino humano, o que levou à sua proibição em 1979. Mas os resíduos dessa substância ainda estão presentes na natureza e são difíceis de serem eliminados. 2. Outra, o Ftalato, usado para amolecer plásticos em brinquedos e chupetas para bebês, está em quarentena em vários países, suspeito de provocar obesidade em crianças. ” 23Química Ambiental 1970 - 2009 • O DDT foi banido de vários países na década de 1970 e tem seu uso controlado pela Convenção de Estocolmo sobre os Poluentes Orgânicos Persistentes. • No Brasil, só em 2009 o DDT teve sua fabricação, importação, exportação, manutenção em estoque, comercialização e uso proibidos pela Lei nº. 11.936 de 14 de maio de 2009. • Como o DDT é facilmente transportado pelo ar e pela chuva, pode ser encontrado em lagos, por exemplo, mas quase sempre em níveis aceitáveis. A substância tem uma meia vida de vários dias em lagos e rios e se acumula na cadeia alimentar, pois os animais são contamidados por ele e depois ingeridos por seus predadores, que absorvem o DDT. 24 1966-Kenneth Boulding ➢Kenneth Ewart Boulding (1910-1993) foi um eminente economista e cientista social norte americano de origem inglesa. Nasceu em Liverpool e em 1937 emigrou para os Estados Unidos, onde tornou-se professor de economia. 25 ▪ Abordagem que integrasse as ciências e a necessidade de compatibilização entre utilização dos recursos naturais e conservação ambiental . ▪ Pioneiro na construção de pontes entre áreas distintas das ciências 1966-Kenneth Boulding 26 ➢ Pioneiros para efeitos práticos de suas reflexões. Dois de seus textos denominados Teoria geral dos sistemas – o esqueleto das ciências, de 1956 e A economia da futura espaçonave terra, de 1966 contribuíram sobremaneira para tal propósito. 1966-Kenneth Boulding Economia da futura espaçonave terra de 1966.. ➢possibilitou ao autor propor uma metáfora do planeta terra como uma espaçonave, pois reconhecida a finitude de seus recursos, marcando assim o início da atual concepção de sustentabilidade forte. ➢Palavras-Chave: Kenneth Boulding, abordagem sistêmica, sustentabilidade 27 . 1972-Os limites do crescimento 28 . O que fala esse livro? Alguém já leu ou tenha alguma ideia? 1972-Os limites do crescimento 29 . Os Limites do Crescimento é um livro escrito em 1972 que modelou as consequências do crescimento rápido da população mundial considerando os recursos naturais limitados, comissionado pelo Clube de Roma. Seus autores foram Donella. Editora Meadows. 1972-Os limites do crescimento • O Clube de Roma é um grupo de pessoas ilustres que se reúnem para debater um vasto conjunto de assuntos relacionados a política, economia internacional e , sobretudo, ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. • Foi fundado pelo industrial italiano Aurelio Peccei e pelo cientista escocês Alexander King. 30 . 1972- Curiosidade 31 • O Comitê dos 300 é uma sociedade altamente secreta, composta da classe governante intocável, que inclui a rainha da Inglaterra, a rainha da Holanda, a rainha da Dinamarca e as famílias reais da Europa. Esses aristocratas decidiram, quando a Rainha Vitória faleceu, que, de modo a adquirirem controle de mundo, seria necessário que os seus aristocratas “fizessem negócios” com os que não são aristocratas, mas que são líderes extremamente poderosos de empresas a nível global. E desta forma as portas para o poder se abriram para “os comuns”, como a rainha da Inglaterra gosta de chamá- los. • Vamos entender a concepção de SISTEMA GLOBAL!! 1972- Os limites do crescimento 32 Investigar a industrialização acelerada; Rápida expansão demográfica; desnutrição; esgotamento dos recursos naturais não renováveis e a deterioração ambiental De Roma para Estocolmo O Clube de Roma é um grupo de pessoas ilustres que se reúnem para debater um vasto conjunto de assuntos relacionados a política, economia internacional e , sobretudo, ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. 33 . 1° Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 1972-Conferência de Estocolmo 34 . 1972-Conferência de Estocolmo 35 . 1972-Conferência de Estocolmo • . 36 . 1972-Conferência de Estocolmo- Considerações finais 37 1972- Conferência de Estocolmo - 38 1972 a 1979 – exemplos de Convenções • Em 1971 – ( no Irã) ,mas só entrou em vigor em 1975 o objeto de uma Convenção específica das Nações Unidas para conservação dos pássaros aquáticos e do seu habitat. ✓Curiosidade abrangência foi ampliada a passou a tratar de temas associados à qualidade da água, produção de alimentos, etc. • Em 1972- ( Londres) tivemos uma Convenção sobre a Prevenção da Poluição pelos Navios assegurando a poluição intencional de hidrocarbonetos, minimizando o lançamento acidental destas substâncias. • Entre 1972 e 1977- várias pesquisas confirmaram a hipótese de que os poluentes atmosféricos podem ser transportados a milhares de quilômetros , antes de degradar o meio ambiente. 39 1972 a 1979 – exemplos de Convenções • Entre 1979 – foi assinada, pela Comissão Econômica da União Europeia, a Convenção sobre a Poluição Atmosférica Transfronteiriça em Longa Distância. • Na década de 70 foram realizadas três conferências mundiais 1. Em Vancouver, Canadá – Assentamentos Humanos ( Habitat) ✓1976 2. Em Mar del Prata, Argentina – Gestão de Recursos Hídricos ✓1977 3. Em Nairóbi, Quênia – Desertificação ✓1977 40 Historicidade – Questionamento Político • Há registro segundo os historiadores da ascensão de partidos verdes no parlamento de vários países europeus devido ao insucessos com as reivindicações dos ambientalistas. • Os anos de 1980 se caracterizam pela crise do capitalismo e as políticas de austeridade impostas pelo Fundo Monetário Internacional – FMI, assim a comunidade internacional parecia se afastar das preocupações ambientais das décadas anteriores. • Destaco aqui o acidente nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. Milhares morreram e morrem de câncer. • Falaremos deste acidente na aula de Química Ambiental. 41 1987-Protocolo Internacional sobre o Ozônio 42 . Curiosidade • Um clorofluorocarboneto (clorofluorcarboneto, clorofluorcar bono ou CFC) é um composto baseado em carbono que contém cloro e flúor, responsável pela redução da camada de ozônio, e antigamente usado como aerossóis e gases para refrigeração, sendo atualmente proibido seu uso em vários países[1] • Estes compostos pertencem à função orgânica derivados halogenados obtidos principalmente pela halogenação do metano. Entre as principais aplicações se destacam o emprego como solventes orgânicos, gases para refrigeração e propelentes em extintores de incêndio e aerossóis. • São derivados dos hidrocarbonetos saturados obtidos mediante a substituição de átomos de hidrogênio por átomos de cloro e flúor. 43 1987-Protocolo Internacional sobre o Ozônio • O Protocolo de Montreal é composto por cinco acordos firmados em Montreal, Canadá, em 16 de setembro de 1987. Durante dois anos o protocolo esteve aberto às assinaturas pelos países, recebendo a adesão de 46 governos que se comprometeram em reduzir em 50% a produção e consumo de CFCs até o ano 2000 e o abandono total da produção e do consumo de halons O halon (hidrocarboneto halogenado) é um agente extintor de compostos químicos formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo).até 1992. 44 . 1987-Protocolo Internacional sobre o Ozônio • O Protocolo de Montreal é composto por cinco acordos firmados em Montreal, Canadá, em 16 de setembro de 1987. Durante dois anos o protocolo esteve aberto às assinaturas pelos países, recebendo a adesão de 46 governos que se comprometeram em reduzir em 50% a produção e consumo de CFCs até o ano 2000 e o abandono total da produção e do consumo de halons até 1992. 45 . O halon (hidrocarboneto halogenado) é um agenteextintor de compostos químicos formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo). 1987-Relatório Brundtland ( “Our Common Future”) • Em 1983, a médica Gro Harlem Brundtland, mestre em saúde pública e ex-Primeira Ministra da Noruega, foi convidada pela Secretaria Geral da Organização das Nações Unidas para estabelecer e presidir a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. • A escolha da médica deveu-se ao fato de ela realizar um trabalho pioneiro para a época, enxergando a saúde para além das barreiras do mundo médico e abrangendo em suas ações atividades ligadas ao meio ambiente e ao desenvolvimento humano. 46 . 1987-Relatório Brundtland ( “Our Common Future”) 47 . 1987-Relatório Brundtland ( “Our Common Future”) 48 . O relatório Brundtland, porém, só ficaria pronto em 1987, após dezenas de reuniões da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, liderada pela primeira ministra e composta por especialistas de diversas áreas. Considerado altamente inovador para aquela época, o relatório foi o primeiro a trazer para o discurso público o conceito de desenvolvimento sustentável. 1989-Relatório Brundtland ( “Our Common Future”) 49 . 1989-Relatório Brundtland ( “Our Common Future”) 50 . 1989-Relatório Brundtland ( “Our Common Future”) 51 . O relatório é constituído por três partes: 1. Preocupações comuns; 2. Problemas comuns; e 3. Esforços comuns ➢ Introduzindo oficialmente na agenda internacional a noção de desenvolvimento sustentável 1992-Conferência do RJ 52 . 1992-Conferência do RJ 53 . 1992-Conferência do RJ • A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e o Desenvolvimento ( CNUMAD), denominada também de ECO- 92, Rio 92, Cúpula ou Cimeira da Terra, realizada entre 3 e 14 de junho de 1992 reuniu mais de 178 representantes de países, mais cem chefes de Estado e estima-se que mais de três mil ONGs . Aprovaram cinco textos: ➢ Declaração do Rio ➢Agenda 21 ➢Declaração de princípios sobre Florestas ➢Convenção - Quadro sobre as Mudanças Climáticas ➢Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB 54 1992-Conferência do RJ 55 Declaração do Rio sobre meio ambiente e desenvolvimento embora não tenha valor jurídico direto, contribuiu para o amadurecimento de certas metas estabelecidas para o desenvolvimento sustentável, pois a declaração enumera 27 princípios para uma gestão sustentável dos recursos do planeta. A Declaração do Rio é mais inclusivo do que a de Estocolmo, na medida que a participação das mulheres e dos jovens na gestão ambiental e no desenvolvimento é reconhecida como de grande relevância. 1992-Conferência do RJ 56 É um documento com 800 páginas , sem valor jurídico impositivo, traça um plano global de ação, a ser implementado pelos governos, pelas instituições de desenvolvimentos , pelos organismos da Nações Unidas e pelas ONGs , para tornar o desenvolvimento sustentável uma realidade no século XXI. 1992-Conferência do RJ 57 . 1992-Conferência do RJ 58 . Para supervisionar a aplicação da Agenda 21, foi criada uma Comissão para o Desenvolvimento Sustentável – CDS, vinculada ao Conselho Econômico e Social da ONU. 1992-Conferência do RJ 59 Contém 15 princípios sobre gestão, conservação e exploração ecologicamente correta de todos os tipos de florestas. Reproduziu um primeiro consenso mundial sobre o uso de florestas. 1992-Conferência do RJ 60 . 1992-Conferência do RJ 61 A Convenção- Quadro sobre mudanças climáticas assunto abordado na Rio- 92 já havia sido adotada em 9 de maio de 1992, em Nova York. Aberta para assinatura em 5 de junho e entrou em vigor somente em 21 de março de 1994. 1992-Conferência do RJ 62 . A Conferência deveria elaborar estratégias e medidas para deter e reverter a degradação ambiental, por meio de esforços nacionais e internacionais, e promover o desenvolvimento sustentável em escala planetária. A proteção da natureza passa , assim, a ser contextualizada sob a ótica do desenvolvimento sustentável na medida que as questões ambientais não poderiam mais serem separadas das questões econômicas. ( Speth & Haas, 2006 ) Comentário final 1994-Convenção – Luta contra a Desertificação • Objetivo: • mitigar os efeitos da seca nos países afetados, em particular a África, mediante a adoção de medidas eficazes, apoiadas por cooperação e acordos internacionais, no marco do enfoque acordado na Agenda 21, para contribuir com o desenvolvimento sustentável das zonas afetadas. • Aplicar nas zonas afetadas estratégias integradas a longo prazo, centradas no aproveitamento sustentável dos recursos da terra e hídricos, para melhorar as condições de vida, especialmente em nível comunitário. 63 . 1994-Convenção – Luta contra a Desertificação Dispositivos do Ato: As partes devem: • - adotar um enfoque integrado que leve em conta os aspectos físicos, biológicos e sócio-econômicos dos processos de desertificação e seca; • - atentar para a situação dos países em desenvolvimento (que sejam Partes da Convenção) no que diz respeito ao comércio internacional, aos acordos de comercialização e à dívida visando estabelecer uma conjuntura econômica internacional propícia a fomentar o desenvolvimento sustentável; • - fomentar entre os Países afetados a cooperação em matéria de proteção ambiental e de conservação dos recursos da terra e hídricos, na medida em que haja relação com a desertificação e a seca; 64 . 1994-Convenção – Luta contra a Desertificação Dispositivos do Ato: As partes devem: • - reforçar a cooperação sub-regional, regional e internacional; • - arbitrar mecanismos institucionais, conforme for acordado, tendo em conta a necessidade de se evitar duplicações; • - promover a utilização dos mecanismos e acordos financeiros bilaterais e multilaterais já existentes que possam mobilizar e canalizar recursos financeiros substanciais às Partes em desenvolvimento afetadas para lutar contra a desertificação e mitigar os efeitos da seca. 65 . 1997- Assinado o Protocolo de Kyoto 66 ▪ Cinco anos após a Rio 92, representantes de 170 países se reuniram em Nova York, para avaliar os resultados e avanços obtidos e estabelecer estratégias visando a impulsionar a implantação da Agenda 21. O Protocolo de Kyoto estabeleceu o quê? 1997- Assinado o Protocolo de Kyoto Objetivos: Firmar acordos e discussões internacionais para conjuntamente estabelecer metas de redução na emissão de gases-estufa na atmosfera, principalmente por parte dos países industrializados, além de criar formas de desenvolvimento de maneira menos impactante àqueles países em pleno desenvolvimento. 67 . 1997- Assinado o Protocolo de Kyoto Dispositivos do Ato: Colocar metas de redução de gases a todos os países, inserir níveis diferenciados de redução para os 38 países que mais emitem gases, ➢O Protocolo de Kyoto não apenas discute e implanta medidas de redução de gases, mas também incentiva e estabelece medidas com intuito de substituir produtos oriundos do petróleo por outros que provocam menos impacto. ➢Diante das metas estabelecidas, o maior emissor de gases do mundo, Estados Unidos, desligou-se em 2001 do protocolo, alegando que a redução iria comprometer o desenvolvimento econômico do país. 68 . 1997- Assinado o Protocolo de Kyoto Principais pontos em negociação: ➢prevê ainda a diminuição da emissão de gases dos países que compõe a União Europeia em 8%,já os Estados Unidos em 7% e Japão em 6%. ➢Países em franco desenvolvimento como Brasil, México, Argentina, Índia e, principalmente, China, não receberam metas de redução, pelo menos momentaneamente. ➢O Protocolo de Kyoto não apenas discute e implanta medidas de redução de gases, mas também incentiva e estabelece medidas com intuito de substituir produtos oriundos do petróleo por outros que provocam menos impacto. 69 . 1997- Assinado o Protocolo de Kyoto Fracassos do Protocolo Diante das metas estabelecidas, o maior emissor de gases do mundo, Estados Unidos, desligou-se em 2001 do protocolo, alegando que a redução iria comprometer o desenvolvimento econômico do país. 70 . Efeito estufa • O efeito estufa é um fenômeno atmosférico natural em que os gases da atmosfera funcionam como um anteparo deixando passar a luz solar para seu interior, mas aprisionando o calor. Sem esse processo, seria impossível a vida na Terra, já que a temperatura média seria 33º centígrados menor. Cimeira - significado conferência em que participam as autoridades máximas de Estados, para debater e decidir sobre temas importantes; reunião de dirigentes; reunião de cúpula 72 1994- População e Desenvolvimento LOCAL: Nações Unidas Cairo, Egito 5 a 13 de setembro de 1994 PARTE DO TEXTO DO RELATÓRIO DA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE POPULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO • Resolução 1 : Programa de ação da Conferência Internacional sobre a população e desenvolvimento • * A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, reunida no Cairo, no período de 5 a 13 de setembro de 1994, em seu capítulo I aprova as seguintes resoluções pela Conferência: 73 1994- População e Desenvolvimento • Resolução 1 • 1. Aprova o Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, que passa a fazer parte da presente Resolução; • 2. Recomenda à Assembleia Geral que endosse, em sua quadragésima nona sessão, o Programa de Ação conforme aprovado pela Conferência; • 3. Recomenda também que a Assembleia Geral aprecie, em também sua quadragésima nona reunião, a síntese de relatórios nacionais sobre população e desenvolvimento, preparada pela secretaria da Conferência 74 1994- População e Desenvolvimento • A Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento segue outras recentes e importantes atividades internacionais, nas quais se fundamenta, e suas recomendações devem ser entendidas como apoio aos acordos alcançados nos seguintes eventos, com os quais se compatibiliza e nos quais se baseia: • a) Conferência Mundial para Examinar e Avaliar as Realizações da Década das Nações Unidas para Mulher: Igualdade, Desenvolvimento e Paz, realizada em Nairobi, em 1985; • b) Cúpula Mundial para Crianças, realizada em Nova Iorque, em 1990; • c) Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de • Janeiro, em 1992; 75 1994- População e Desenvolvimento • d) Conferência Internacional sobre Nutrição, reunida em Roma em 1992; • e) Conferência Mundial sobre Direitos Humanos, realizada em Viena, em 1993; • f) Ano Internacional da População Indígena Mundial, 1993, que levaria à Década da População • Indígena Mundial; • g) Conferência Global sobre o Desenvolvimento Sustentável de Pequenos Estados Insulares em • Desenvolvimento, realizada em Barbados, em 1994; • h) Ano Internacional da Família, 1994. 76 1995- Desenvolvimento Social • Cimeira de Copenhague ocorreu na cidade de Copenhagaue, capital da Dinamarca, em 1995 e tinha como principal objetivo erradicar a pobreza numa escala mundial. • Nesta cimeira participaram 185 representantes de governo e 117 chefes de estado e de governo. • A declaração de Copenhague dividiu-se em dois documentos: 1. Declaração de Copenhague sobre o desenvolvimento social (declaração dos chefes de estado); e 2. Programa de Ação da Cimeira Mundial para o desenvolvimento social (declaração dos chefes de estado). 77 1995- Desenvolvimento Social Os compromissos que nasceram desta cimeira foram os seguintes: ➢garantir a igualdade e equidade entre os homens e mulheres; erradicar a pobreza, promover o pleno emprego e a integração social; ➢promover o pleno respeito pela dignidade humana e o acesso de todos, em termos equitativos, à educação de qualidade e a cuidados médicos; ➢acelerar o desenvolvimento social, econômico e dos recursos humanos; ➢garantir que o programa de ajustamento estrutural tenha em conta os objetivos sociais. Assim como aumentar e utilizar os recursos destinados aos desenvolvimento social de modo mais eficiente; ➢e melhorar e reforçar as estruturas de cooperação para o desenvolvimento social, a nível internacional, regional e sub- regional. 78 1995- Desenvolvimento Social Programa de Ação da Cimeira de Copenhague: • I capítulo - criação de um ambiente propício ao desenvolvimento social; • II capítulo - medidas de erradicação da pobreza; • III capítulo - políticas apropriadas para expandir o emprego produtivo e reduzir o desemprego; • IV capítulo - promoção da integração social; • V capítulo - Sistemas de implementação e seguimento da tomada de medidas a que se comprometeram chefes de estado e governo. 79 1998- Convenção de Rotterdam • Após a Rio + 5 estabeleceu-se um acordos ambientais dentre eles o Consentimento Prévio, que visa regular o comércio de produtos químicos perigosos e pesticidas, assegurando que os países receptores aprovem a sua importação pela criação de tal Consentimento Prévio. 80 81 . 82 . Terceiro setor é formado por associações e entidades sem fins lucrativos, e é classificado como terceiro setor, em sociologia. O termo é de origem americana. 2000 e 2001 Protocolo de Cartagena • Sobre biossegurança, que se aplica aos produtos resultantes de manuseamento e utilização de organismos vivos modificados por biotecnologia, manipulação e uso de organismos geneticamente modificados podem ter efeitos negativos na biodiversidade e na saúde humana Convenção de Estocolmo • Visando promover a utilização, comercialização, manejo e descarte de poluentes orgânicos persistentes de maneira sustentável e ambientalmente correta, no sentido de proteger a saúde humana e o meio ambiente. 83 2001-Metas do Milênio • As Metas do Milênio foram lançadas no âmbito da Declaração do Milênio , setembro de 2001, em Nova York, por ocasião da Cúpula do Milênio. • Participaram do evento representantes de 189 países. • Eles concordaram em reduzir a miséria até o ano 2015, com a adoção de oito objetivos: 1. Reduzir a extrema pobreza e a fome; 2. Assegurar a educação primária a todos; 3. Promover a igualdade dos sexos; 4. Reduzir a mortalidade infantil; 5. Melhorar a saúde materna; 6. Combater a AIDS; 7. Assegurar um ambiente sustentável; 8. e promover um comércio equitativo. 84 Avanços e fracassos • 2001- Metas do Milênio 85 Em dezembro de 2001, o Secretário Geral da ONU, Kofi Annan, publicou um relatório sobre a adoção da Agenda 21. Ele ressaltava que o progresso em relação aos objetivos da CNUMAD foi mais lento que o previsto e que, em alguns casos, as condições estavam piores do que anos antes. O relatório ressalta as dificuldades de se conseguir avanços na proteção dos recursos naturais, dos modos de produção e consumo insustentáveis. Avanços e fracassos • 2001- Metas do Milênio 86 Ressalta também a falta de vontade política. Questiona, também, se a noção de globalização estava sendo benéfica, uma vez que os países mais pobres do mundo estavam sendo deixados para trás. ( Elliott, 2006; Bursztyn & Bursztyn),2002). 2001- 11 de setembro, EUA 87 2001- 11 de setembro, EUA 88 Esse atentado serviu de pretexto para que o Presidente norte-americano mantivesse uma posição unilateral de intransigência frente ao Protocolo de Kyoto. 2002 - Joanesburgo • Rio + 10 • Contexto: O Secretário Geral da ONU, solicitou cinco temas fossem prioritários durante as negociações em Joanesburgo • Água • Energia • Saúde • Agricultura • Biodiversidade • * representado pela sigla em inglês ( WEHAB) 89 2002- Joanesburgo • A declaração de Joanesburgo sobre o desenvolvimento sustentável compreende 27 alíneas, agrupadas em 6 pontos: • Das origens ao futuro; • Estocolmo a Joanesburgo ( passando pelo RJ); • Os desafios que enfretamos; • Nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável; • O multilateralismo é o futuro; • E, da intenção à ação. (Bursztyn & Bursztyn, 2012). ❖O debate ficou mais da insistência do países africanos para o enfrentamento da pobreza 90 2009 • As Nações Unidas ( ONU) decidiram pela realização da Conferência em 2012 no Rio de Janeiro. • Em janeiro de 2012, a ONU divulgou o documento o Futuro que queremos, contendo, de forma preliminar, o texto a ser discutido e submetido à assinatura pelos Chefes de Estado e de Governo no evento Rio + 20. • O tema economia verde e da erradicação da pobreza, foi apontado como destaque do documento. 91 2011- Conferência do Clima da ONU de Durban – 92 2011- Conferência do Clima da ONU de Durban – 93 ➢Evento realizado em Durban, na África do Sul, reuniu representantes de 190 nações para decidir pela renovação – ou não – no mais importante acordo feito até então para contenção dos gases de efeito estufa: o Protocolo de Quioto. ➢Ao final, a COP 17 lançou as bases de um futuro acordo de controle da poluição que deverá ser aprovado até 2015 e entrar em vigor apenas a partir de 2020 – o que foi alvo de críticas de ambientalistas pelo mundo todo. ➢Outra estrutura definida foi o Fundo Verde do Clima que, também a partir de 2020, dará suporte financeiro para iniciativas de combate às mudanças do clima mundial. Inicialmente o fundo terá aporte de US$ 100 bilhões. 2012 - Rio + 20 • As Nações Unidas ( ONU) decidiram pela realização da Conferência em 2012 no Rio de Janeiro. • Em janeiro de 2012, a ONU divulgou o documento o Futuro que queremos, contendo, de forma preliminar, o texto a ser discutido e submetido à assinatura pelos Chefes de Estado e de Governo no evento Rio + 20. • O tema economia verde e da erradicação da pobreza, foi apontado como destaque do documento. 94 2012- Rio de Janeiro • No contexto mundial já se sabia que o grau e compromisso dos países mais desenvolvidos e mais responsáveis pela degradação ambiental seria reduzido. • Crise na zona europeia • Lenta recuperação da crise norteamericana deflagrada em 2008 • Redução do alto ritmo de crescimento da China • Ausentes de direngentes políticos influentes como Brack Obama e Angela Merkel ( primeira ministra da Alemanha) 95 2012- Rio de Janeiro • Tem-se 53 páginas de forma genérica sem metas estabelecidas. • O documento reafirmação de diagnósticos e prognósticos que já contavam em textos anteriores, mas é pobre em “meios de implementação” • 189 países e 88 chefes de Estados e de governo • Declaração: O Futuro que Queremos • Ações: Redução dos subsídios aos combustíveis fósseis. • (Bursztyn & Bursztyn, 2012). 96 2012- Rio de Janeiro • Vinte anos após a Rio 92, mais de 45 mil participantes, entre chefes de governo e sociedade civil, voltaram a se reunir na cidade do Rio de Janeiro, entre 13 e 22 de junho de 2012. O documento final da conferência, intitulado “O Futuro Que Queremos” (conteúdo em inglês), apontou a pobreza como o maior desafio a ser combatido. 97 2015 - Copenhague 98 A Convenção sobre Mudanças Climáticas ( COP) – COP 21 / Paris, França COP 20 / Lima, Peru COP 19 / Varsósia, Polônia COP 18 / Doha, Catar COP 17 / DURBAN, África do Sul COP 16 / Cancun, México COP 15 / Copenhague, Dinamarca COP 14 / Pozan, Polônia COP 13 / Bali, Indonésia Críticas 99 Obrigada! •FIM 100
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