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CEFALEIAS Habilidades médicas IV Unisa Cefaleia Cefaleia é a dor que pode acometer desde os olhos até a final da implantação dos cabelos 90% dos homens e 95 % das mulheres apresentam cefaleia por ano 90% dos casos são benignos Corresponde a 10% das queixas médicas São classificadas: Primárias Secundárias Cefaleia Bases anatômicas: O QUE DÓI? Todas as estruturas faciais superficiais ou profundas Couro cabeludo Periósteo craniano Vasos sanguíneos extracranianos Artérias do círculo de Willis (e suas porções prox. extracerebrais) Grandes seios venosos e suas tributárias Parte basal da dura-máter Nervos sensitivos Cefaleia Mecanismos envolvidos na produção das cefaleias: Deslocamento, tração, distensão, irritação ou inflamação das estruturas sensíveis à dor Vasodilatação Cefaleia Primária : Corresponde a própria doença Principais Tensional Migrânea (Enxaqueca) Em Salvas Migrânea (enxaqueca) Afeta cerca de 4% dos homens e 25 % das mulheres adultas Pico de prevalência entre 25 e 55 anos História familiar presente em 80% dos casos Classificada em Comum ou sem áurea – 85% Clássica ou com áurea – 15 % Migrânea (enxaqueca) PRINCIPAIS FATORES DESENCADEANTES Mudanças climáticas Estresse Odores Alimentos Jejum Bebidas alcoólicas Fases do ciclo hormonal Alterações do sono Manifestações clínicas Crise completa de enxaqueca inclui quatro fases: Pródromos Aura Cefaleia Pósdromos. Manifestações clínicas Pródromos Antecedem a crise em horas ou 2-3 dias. Ocorrem em 20-60% dos doentes Sensação de fadiga Dificuldade de concentração Sonolência Alterações do humor Rigidez cervical Manifestações clínicas Aura Definição: sintomas neurológicos focais, progressivos com duração média de 20 min Ocorrem em cerca de 20% dos doentes Podem ser visuais (80%), somato-sensoriais, perturbações da linguagem e da articulação verbal e sintomas motores (hemiparesia - raros) Manifestações clínicas Fase álgica Cefaleia tipicamente unilateral, sobretudo à região temporo-orbitária ou hemicraniana, muda de lado nas diferentes crises Forte intensidade, pulsátil Intolerância aos estímulos sensoriais Sintomas autonômicos gastrointestinais (náuseas e vômitos) Sintomas vaso motores (palidez, vasoconstrição periférica, sensação intensa de frio). Manifestações clínicas Fase posdrômica ou de resolução Ausência de dor Manutenção: queixas cognitivas e intolerância aos estímulos. Adultos: crises duram entre 4 a 72 horas Migrânea (Enxaqueca) Diagnóstico A história clínica é a base do diagnóstico Não há necessidade de exames complementares Migrânea (Enxaqueca) Tratamento - Medidas Gerais Exercícios físicos regulares Dieta adequada Manutenção adequada do sono. Evitar álcool Migrânea (Enxaqueca) Terapia Medicamentosa Leve: Analgésicos simples / Aines Moderado /Grave : Ergotamina / Sumatriptano Grave: Clorpromazina Cefaleia tensional Tipo de cefaleia mais comum 80% da população Mais comum em mulheres Episódica Crônica Mínimo 15 dias de dor por mês durante , pelo menos,6 meses Cefaleia Tensional Dor em aperto/pressão e de fraca a moderada intensidade Geralmente bilateral com piora a atividade física Não associada a náuseas Fotofobia e fonofobia são frequentes Sem pródromos e sem aura Diagnóstico baseado em história clínica e exame físico Cefaleia Tensional Tratamento Medidas gerais Aines Analgésicos simples CEFALEIA EM SALVAS 0,4 a 1% dos casos de cefaleia Relação H/M – 6:1 Primeiros surtos entre 20 e 40 anos Pico de dor entre 2 a 15 minutos Surtos podem trocar de lado em 15% dos pacientes e podem ter início sempre no mesmo horário 50% pacientes despertam pela dor CEFALEIA EM SALVAS Dor unilateral e intensa do tipo facada Região orbitária / supra orbitária / temporal Duração de segundos a 180 minutos Acompanha sinais autonômicos Pode surgir 1 crise a cada 2 dias a 8 crises/dia Comum em etilistas Não atribuída a outro transtorno CEFALÉIA EM SALVAS CEFALÉIA EM SALVAS Tratamento Oxigenioterapia Ergotamina Sumatriptanos Característica Clínica Enxaqueca Em salvas Tensional Hist.Familiar Sim Não sim Sexo Mais em mulheres masculino Mais em mulheres Inicio Variável Súbito; Durante o sono Situações de estresse Localização Unilateral Retrorbitária periorbitária Bilateral(80-90%),faixa emvolta dacabeça Tipo da dor Pulsátil / moderada a forte intensidade Muito intensa Incômoda/persistente pressão /aperto fraca amoderada Frequência e duração 4-72 h / Crise 1–8crises /dia 1–2 episódios/ano Variável Sintomas associados Aura; foto/fonofobia Náuseas e vômitos Sudorese ; rubor fácil ; lacrimejamento ; congestãonasal;ptose Fotofobia Fonofobia leves Cefaleia Secundária Anormalidades Vasculares Cranianas Distúrbios intracranianos não vasculares Distúrbios de nervos cranianos Distúrbios de outras estruturas cranianas Sintoma de outra doença Geralmente se associa a uma lesão neurológica orgânica ou distúrbios sistêmicos. Anormalidades Vasculares Acidente vascular encefálico – Isquêmico e Hemorrágico Hematoma Intracraniano Distúrbios intracranianos não vasculares Meningites Distúrbios Nervos Cranianos Nevralgia do Trigêmeo Distúrbios de outras estruturas cranianas Anamnese Caracterização do início da cefaleia Evolução/Mudança do padrão temporal da dor Semiologia da dor Comorbidades Presença de sinais de alerta Sinais de Alerta Início súbito Piora do padrão >50 anos Sinais neurológicos Doença sistêmica Trauma Pior cefaleia da vida Associada a disfunção cognitiva Acorda o paciente a noite Exame Físico - Fundo de olho e sinais meníngeos (HIC, infecção) - Otoscopia e percussão da mastoide (dor irradiada) - Percussão dos seios da face (sinusite aguda) - Palpação do crânio (pontos dolorosos) - Temperatura (infecções) - Pressão arterial (pico hipertensivo) - Exame neurológico completo (sinais de localização) Sinais de Alerta e Diagnóstico Diferencial AchadoClínico DiagnósticoDiferencial CondutaDiagnóstica Cefaléia de início>50a ArteriteTemporal,Lesão expansiva VHS,Neuroimagem Cefaléia de iníciosúbito AVEh,lesão expansiva TCeLCR Cefaléia com Aumentoda frequência e intensidade Lesão expansiva,hematoma subdural, Tc/LCR Início de cefaléia em pacientes HIV/Imunodep eneoplásicos Meningite, Abscessos,Toxoplasmose,Metástases Tc/lcr Cefaléia com sinaisde doençassistêmicas Meningites,infecçõessistêmicas TC/ Sinais neurológicos focais ou sinais de doençaneurológica Lesão expansiva,MAV,AVE,Vasculite,Aneurismas TC,LCR Papiledema LesãoexpansivaeMeningite Neuroimagem,LCR Cefaléia pósTCE Hemorragia,Hematoma, Cefaléiapós-traumática Neuroimagem Síndrome vestibular Central e Periférica Síndromes Vestibulares Relacionam-se com o Sistema vestibular Responsável pelo equilíbrio corporal Conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma doença ou um conjunto de fenômeno Localizado no ouvido interno Sistema Vestibular VESTIBULAR, VISUAL E PROPRIOCEPTIVO (MOTOR) Vertigem Sensação de uma tontura rotatória Náuseas Vômitos Ilusão de movimento Tontura Sensação de flutuação Instabilidade Sensação de queda. Periféricas Acometem o sistema vestibular periférico: Canais semicirculares Utrículo Sáculo Nervo vestibular Central Lesões nas estruturas vestibulares do SNC Síndromes Vestibulares Vascular Tronco cerebelar Mal formações Hemorragias Doenças desmielinizantes Tumores do tronco cerebelar Epilepsia focal Crise do lombo temporal Doenças degenerativas Causas sistêmicas Drogas Pré-sincope Doenças infecciosas Lesões na cabeça Tumores doângulo ponto-cerebelar Principais causas de Sd Vestibular Central 46 Dividido em categorias: Tratamento específico: Controlar a vertígem sintomática, tontura e instabilidade e aliviar as náuseas e vómitos. Drogas sedativas: Sulpirida vestibular, tietilperazina, meclizine, cinarizina ou flunarizina. TRATAMENTO Sintomas: Apresenta-se geralmente em crises agudas,há alterações de equilíbrio, porém conseguem caminhar Vertigem (rotatória) Manifestações auditivas (hipoacusia, zumbidos, plenitude aural,intolerância a ruídos) O Nistagmo espontâneo periférico pode ser inibido com a fixação ocular,duração de 12 a 24 horas diferente da central que persiste semanas a meses. Trabalha-se com diagnóstico de exclusão, considerando ausencias de lesão do sistema nervoso central. Sd.Vestibular Periférica Doença de Ménière Vertigem Postural Paroxística Benigna (VPPB) Neuronite Vestibular Principais Sd. Periféricas Doença de Meniére Hidropsia Endolinfática Distensão do compartimento da endolinfa Múltiplas causas: Distúrbios autoimunes Processos inflamatórios Causas hormonais Vertigem Postural Paroxística Benigna (VPPB) Deslocamento anormal dos otólitos Causas Idiopática Envelhecimento do sistema vestibular Doenças otológicas Ateromatose artéria vestibular Duração: 5 a 30 segundos Tratamento: Manobras de reposição otólitos no ouvido interno Neuronite Vestibular Vertigem súbita Degeneração do nervo vestibular Sintomas auditivos Piora com movimentos rápidos da cabeça Sintomas Hipoacusia Zumbido Vertigem Outras causas de Sd. periféricas Doenças Sistêmicas Drogas ototóxicas Barotrauma Hábitos Traumas sonoros Aterosclerose Outras causas de Sd. periféricas Osteoartrites Traumatismos cranianos Distúrbios sensoriais (Neuropatia periférica) Infecções do labirinto O objetivo é promover a recuperação do equilíbrio corporal e também controlar efetivamente a tontura e sinais/sintomas associados Diagnóstico: testes de sensibilidade, equilíbrio, coordenação, avaliação postural, vestíbulo-ocular e amplitude de movimento Exames: eletronistagmografia, eletrococleografia e teste calórico. TRATAMENTO
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