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Politica Economica

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Comentários sobre a Política Econômica no Brasil (Evolução Recente)
	O Brasil, desde o início da década de 80, apresentava dois problemas crônicos na área macroeconômica: A inflação persistente e o desequilíbrio na balança de pagamentos (BP). Esta última atingiu o seu ápice no início da década de 80, onde o Brasil teve que recorrer à moratória de seus pagamentos externos e solicitar novamente um empréstimo ao FMI (Fundo Monetário Internacional) para “fechar” o BP. Foi realizada uma reestruturação dos passivos brasileiros no exterior, sendo que a maior parte dos pagamentos só seria realizada em meados da década de 90.
	No aspecto inflacionário, vários planos heterodoxos foram realizados ao longo da década de 80 (Plano Cruzado, Planos Bresser I e II e outros) sem sucesso. No início da década de 90, com a posse do Presidente Fernando Collor, o Plano Econômico da época (Plano Collor) restringiu de forma exagerada todos os meios de pagamento, impondo compulsórios de até 100% para as operações de depósito a vista e a prazo, e ainda, impondo restrições na disponibilidade dos residentes junto às instituições financeiras.
	Todavia, em função dos recentes direitos adquiridos através da Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB) de 1988, o poder judiciário julgou como improcedente várias medidas impostas� pelo Poder executivo, devolvendo os recursos que se encontravam indisponíveis aos cidadãos. Novamente o problema da inflação voltou à tona e o outro plano Econômico foi apresentado (Plano Collor 2) sem o devido sucesso.
	A partir de 1993�, com a introdução da URV (Unidade Referencial de Valor) começa-se a montar os alicerces do Plano Real. Em junho de 1994, já tendo como Presidente Itamar Franco (após o impeachment de Fernando Collor), o Brasil adota algumas medidas que seriam vitais para a redução da inflação. Descrevemos abaixo os principais pontos:
	- Valorização da Moeda Nacional Frente à Americana;
	- Regime de Bandas Cambiais com pequenas desvalorizações, onde o Banco Central do Brasil (BCB) deveria honrar os limites da banda para operações de compra e venda;
	- Forte aumento da taxa de juros interna no país (o Brasil passa a deter o maior juros real do mundo);
	- Continuação e aumento da política de privatização iniciado ao longo do governo de Fernando Collor.
	- introdução de nova moeda na economia (Real) através do encerramento da URV.
	O modelo acima foi realizado ao longo de 1994 até janeiro de 1999. Neste período vários países apresentam crises cambiais, tais como o México (1995), Ásia (1997) e a Rússia (1998). Vale ressaltar que a Finlândia em 1991 e a desvalorização da Libra Esterlina� em 1992 foram outras crises cambiais importantes no contexto mundial. 
O Brasil não conseguiu resistir ao ataque especulativo no início de 1999 ao ataque especulativo realizado contra a moeda nacional e não possui outra escolha, a não ser ter que passar para o regime de câmbio flutuante. Novamente foi necessário um aporte de recursos do FMI para solucionar os problemas na balança de pagamentos e um forte aumento de juros para conter o forte avanço das remessas para o exterior (nesta época Armínio Fraga assume o Banco Central do Brasil)
	Todavia, a partir deste ponto, o Brasil adota o regime de Metas de Inflação, uma política monetária restritiva (continua com a maior taxas de juros real do mundo) e consegue começar a obter bons resultados em suas operações externas. Neste ponto é importante citar dois pontos: O forte crescimento dos preços das commodities no mercado internacional (principalmente devido ao crescimento asiático comandado pela China – Inclusive com a sua entrada na OMC) e aos déficits gêmeos� da economia americana. O Brasil, assim como os demais emergentes, começam a acumular um grande saldo em suas reservas e passam a financiar, assim como a China e Japão (em maior escala) os déficits americanos.
	No que concerne à política monetária, o Brasil adota uma política de compulsórios elevados, sendo que vêm gradualmente reduzindo em função da crise de crédito originada dos sub-prime americanos. Além disso, a política de open-market do BCB sempre obteve como meta a taxa SELIC, que possui no regime de metas de inflação buscar o centro da meta definido pelo Conselho Monetário Nacional no Brasil.
	Para contribuir com a política de juros elevados, o governo central tomou várias medidas, como o forte aumento da carga tributária ao longo dos últimos anos (principalmente através de contribuições) e um esforço fiscal através de sucessivos superávits (importante para manter a relação dívida/PIB constante).
	Em função disso, o Brasil apresenta hoje uma situação macroeconômica ainda flexível do ponto de vista monetário (ainda pode baixar fortemente as taxas de juros), enquanto outros países não possuem esta possibilidade (os EUA já adotam taxa zero em várias operações monetárias), além da possibilidade de redução das taxas dos compulsórios bancários.
	
� A CRFB/88 foi marcada como um texto constitucional democrático e que privilegiava um soberano. Além disso, podemos exemplificar tal fato com a criação do Ministério Público Federal (guardião da constituição), o qual deve pregar que todo o conteúdo constitucional deva ser cumprido por todos os entes do Estado.
� No ano de 1992, a dívida externa brasileira foi renegociada através do Sr. Pedro Malan. Os novos títulos emitidos no mercado para pagamento dos que iriam vencer foram os C-Bond´s, Elegible Yields e alguns Global (Como por exemplo o Global 2027). Esses títulos receberam o nome de Bradies, já que a renegociação foi comandada pelo Secretário do Tesouro Americano da época - John Brady.
� Este caso ficou muito famoso em função da posição do Especulador húngaro George Soros, já que admitiu antes da desvalorização da libra que apresentava uma grande exposição contra o Bank of England (acreditava que a moeda da Inglaterra seria desvalorizada em funções das variáveis Macroeconômicas presentes na época)
� Déficit nas Contas Públicas e no Balanço de Pagamentos.

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