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1.1 Texto Grécia Antiga

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GRÉCIA ANTIGA I 
Há mais de quatro mil anos, uma região excessivamente acidentada da Península Balcânica 
passou a abrigar vários povos de descendência indo-europeia. Aqueus, eólios e jônios foram as primeiras 
populações a formarem cidades autônomas que viviam do desenvolvimento da economia agrícola e do 
comércio marítimo com as várias outras regiões do Mar Mediterrâneo. 
Mal sabiam estes povos que eles seriam os responsáveis pelo desenvolvimento da civilização 
grega. Ao longo de sua trajetória, os gregos (também chamados de helenos) elaboraram práticas políticas, 
conceitos estéticos e outros preceitos que ainda se encontram vivos no interior das sociedades ocidentais 
contemporâneas. Para entendermos esse rico legado, estabelecemos uma divisão fundamental do 
passado desse importante povo. 
No Período Pré-Homérico (XX – XII a.C.), temos o processo de ocupação da Grécia e a formação 
dos primeiros grandes centros urbanos da região. Nessa época, vale destacar a ascensão da civilização 
creto-micênica que se desenvolveu graças ao seu movimentado comércio marítimo. Ao fim dessa época, 
as invasões dóricas foram responsáveis pelo esfacelamento dessa civilização e o retorno às pequenas 
comunidades agrícolas subsistentes. 
Logo em seguida, no Período Homérico (XI – VIII a.C.), as comunidades gentílicas transformam-se 
nos mais importantes núcleos sociais e econômicos de toda a Grécia. Em cada genos, uma família 
desenvolvia atividades agrícolas de maneira coletiva e dividiam igualmente as riquezas oriundas de sua 
força de trabalho. Com o passar do tempo, as limitações das técnicas agrícolas e o incremento 
populacional ocasionou a dissolução dos genos. 
Entre os séculos VIII e VI a.C., na Fase Arcaica da Grécia Antiga, os genos perderam espaço para 
uma pequena elite de proprietários de terra. Tendo poder sobre os terrenos mais férteis, as elites de cada 
região se organizaram em conglomerados demográficos e políticos cada vez maiores. É aqui que temos o 
nascimento das primeiras cidades-Estado da Grécia Antiga. Paralelamente, os gregos excluídos nesse 
processo de apropriação das terras passaram a ocupar outras regiões do Mediterrâneo. 
No período Clássico, que vai do século V até o IV a.C., a autonomia política das várias cidades-
Estado era visivelmente confrontada com o aparecimento de grandes conflitos. Inicialmente, os persas 
tentaram invadir o território grego ao dispor de um enorme exército. Contudo, a união militar das cidades-
Estado possibilitou a vitória dos gregos. Logo depois, as próprias cidades da Grécia Antiga decidiram lutar 
entre si para saber quem imperaria na Península Balcânica. 
O desgaste causado por tantas guerras acabou fazendo de toda a Grécia um alvo fácil para 
qualquer nação militarmente preparada. A partir do século IV a.C., os macedônios empreenderam as 
investidas militares que determinaram o fim da autonomia política dos gregos. Esses eventos marcaram o 
Período Helenístico, que termina no século II a.C., quando os romanos conquistam o território grego. 
Por Rainer Sousa, graduado em História 
GRÉCIA ANTIGA II 
Os gregos contribuíram muito para o mundo ocidental, verificamos a presença deste povo nas 
artes, nos princípios éticos e políticos. Os primeiros povos a ocupar a Grécia foram os Pelasgos em 2000 
a.C., porém depois seu território foi invadido por povos indu-europeus conhecidos também como helenos. 
A chegada destes povos foi decisiva para a história política da Grécia, porém eles não realizaram 
uma ocupação uniforme no território grego. 
Com esses povos se iniciavam os tempos homéricos. Homero é o suposto autor das obras “Ilíada” 
e “Odisséia”, essas obras são grande fonte de referência histórica para se conhecer esse período. 
 
CARACTERÍSTICAS DO PERÍODO HOMÉRICO 
- Tradição e religião eram grande fonte de poder; 
- Autoridade nas mãos do mais velho; 
- Valorização da coragem na guerra; 
- Cultivo coletivo da terra e a produção era repartida entre todos; 
Com o crescimento da população e o consequente aumento do consumo de alimentos, houve a 
necessidade de terras mais férteis para aumentar a produção, o que causou várias disputas que acabaram 
por romper o processo de repartição coletiva. 
CONSEQUÊNCIAS DESSAS DISPUTAS 
- Rompimento da repartição coletiva 
- Desigualdade social 
- Migrações: alguns deixavam a Grécia para fundar colônias em outras regiões; outros passaram a viver 
do comércio e artesanato; outros, ainda tornaram-se pequenos agricultores. 
- As unidades políticas se ampliaram até formarem as cidades-Estados. 
AS CIDADES-ESTADOS 
- ESPARTA 
Características 
- Legislação severa 
- Militarismo 
- Estrutura social rígida. Dividia a sociedade em 3 grupos. 
- Elite: eram os espartanos ou esparciatas. Por serem os únicos considerados cidadãos, podiam controlar 
a religião a política e os assuntos militares. 
- Períecos: eram livres e se dedicavam ao comércio e ao artesanato. 
- Hilotas: prisioneiros de guerra, eram a maioria da população. 
Os espartanos temiam rebeliões dos hilótas, por esta razão fizeram da cidade um verdadeiro 
campo militar. 
Aos sete anos, os meninos passavam a pertencer ao Estado e eram educados para a guerra, se 
desobedecessem eram punidos. Toda essa submissão causava transtornos entre as famílias, pois o 
cidadão espartano servia ao exército até os 60 anos. 
O governo espartano era diárquico: dois reis comandavam os exércitos e representavam os 
interesses das principais famílias espartanas. 
- ATENAS 
Características 
- Sociedade dividida em 3 grupos 
- cidadãos: eram os proprietários de terra e o grupo mais poderoso. 
- metecos: estrangeiros que se envolviam com o comércio e artesanato. 
- escravos: não tinham direito político, assim como as mulheres. 
- comércio ativo: exportavam: vinho, azeite, artesanato. Importavam: cobre, ferro e trigo. 
Antes de se tornar uma Democracia (leia mais sobre a democracia ateniense), Atenas conheceu a 
monarquia, oligarquia ( governo de poucas pessoas, pertencentes ao mesmo partido, classe ou família) e 
a tirania. 
LÍDERES 
Drácon (legislador) 
Sólon (legislador) 
Pisístrato (tirano) 
Hípias (tirano) 
Hiparco (tirano) 
Iságoras (último tirano) 
Clístenes (sob seu comando, Atenas entrou em um período de reformas políticas que beneficiavam os 
mais pobres) 
Nos séculos V e IV a.C.(Período Clássico), os gregos se envolveram em várias guerras. 
1) Guerras Médicas: lutaram contra os persas, pois estes haviam construído um império que ameaçava as 
colônias gregas. 
2) Guerra do Peloponeso (Atenas X Esparta): Esparta saiu vencedora. 
3) Tebas X Esparta: Tebas saiu vencedora. 
CONSEQUÊNCIAS DESSAS GUERRAS 
- Enfraquecimento das cidades gregas 
- Enfraquecimento bélico 
OS GREGOS E OS MACEDÔNIOS 
Os Macedônios viviam no norte da Grécia, sem acesso para o mar, isolados geograficamente, 
porém com a ascensão de Filipe II ao poder, organizaram um exército e iniciaram uma campanha militar 
no intuito de conseguir uma saída para o mar - essa atitude os levou à conquista da Grécia em 338 a.C. 
Foi com Alexandre - O Grande, que o Império Macedônico expandiu-se ainda mais. Alexandre 
derrotou os persas e os fenícios, chegando a invadir a Mesopotâmia e a dominar o extenso território que ia 
do mar Mediterrâneo até o rio Indo. 
O império macedônico reunia traços ocidentais e orientais, ou seja, era marcado pela variedade 
cultural. Vários conhecimentos resultaram desse intercâmbio cultural, dentre eles a filosofia. 
A mistura de hábitos, ideias e religiões dos povos que viviam sob o domínio macedônio ficou 
conhecido como cultura helenística. 
Havia também uma preocupação com a existência humana e a vontade de ter uma vida mais 
tranquila. Qual opapel do indivíduo no mundo? 
 
CULTURA GREGA 
- Mitologia 
Características 
- A mitologia grega incluía deuses, semi-deuses e heróis. 
- Seus deuses tinham emoções parecidas com os seres-humanos, porém eram imortais. Zeus era o 
soberano do Olimpo (situado ao norte da Grécia). 
- Alguns deuses eram homenageados em templos. 
- Os gregos não se preocupavam com a vida após a morte. 
- Corpos eram cremados e os cultos eram baseados em sacrifícios humanos. 
- Outra forma de homenagear os deuses eram nos jogos pan-helênicos e nas Olimpíadas, feitas em 
homenagem a Zeus. 
- A mitologia grega trazia ensinamentos e exemplos para a reflexão. Os gregos procuravam fornecer 
explicações para os mistérios da natureza e dos sentimentos humanos. 
- Arte 
Era centrada no homem, ou seja, era antropocêntrica. 
- Exemplos de artistas 
Escultura: Fídias, Míron e Praxíteles, são os mais conhecidos, porém o primeiro foi o mais atuante. 
Teatro: Ésquilo (“Prometeu acorrentado”), Sófocles (“Édipo rei”), Eurípedes (“Medéia”) e Aristófanes (“As 
nuvens” e “As rãs”). 
Poesia: Homero. Suposto autor da ”Ilíada” e “Odisséia”. 
A “Ilíada” narra a Guerra de Tróia e a “Odisséia” conta as aventuras de Ulisses ao voltar para casa 
após o término dessa guerra. 
Outros autores: Hesíodo, Heródoto e Tucídides. 
Filosofia: Pitágoras, Sócrates, Platão e Aristóteles. 
CONCLUSÃO 
A Grécia fez importantes contribuições ao campo da arte, da literatura e da filosofia: seus 
escultores e arquitetos, poetas e dramaturgos, filósofos e legisladores lançaram as bases longínquas de 
toda a cultura ocidental; suas colônias estenderam-se até o mar Negro, norte da África e sul da Itália e 
França, mas a constante rivalidade, sobretudo entre Esparta e Atenas, acabou enfraquecendo a civilização 
grega permitindo a sua conquista por Filipe da Macedônia em 338 a.C. 
Seu filho, Alexandre, O Grande difundiu largamente a civilização helênica, como citado 
anteriormente.

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