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Matéria: Leis Penais Especiais – Crimes Contra Sistema Financeiro Nacional – Prof: Gabriel Habib DISCIPLINA: LEIS PENAIS ESPECIAIS PROFESSOR: GABRIEL HABIB MATÉRIA: CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Indicações bibliográficas: • HABIB, Gabriel. Leis Penais Especiais Para Concurso. Ed. Juspodivm. Leis e artigos importantes: • Art. 192, CR/88. • Arts. 1ª, 4º, 19, 22, 26, L7492/86 Palavras-chave: • Crimes Contra o Sistema Financeiro Nacional. Instituição Financeira. Gestão fraudulenta. Evasão de divisas. TEMA: CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN) PROFESSOR: GABRIEL HABIB Previsão normativa: L7492/86 – Crimes do Colarinho Branco (Edwin Sutherland) Crime do Colarinho Azul: criminalidade comum, diferente da criminalidade econômica. Fundamento constitucional: art. 192, CRFB/88 Bem jurídico protegido: SFN – conjunto de instituições monetárias, bancarias e o mercado financeiro de capitais e de valores mobiliários Tipos penais em branco: norma penal em branco homogênea homovitelina. Instituição financeira é definida de modo objetivo, isto é, por meio da atividade desempenhada, e não da pessoa. Agiota é equiparado como instituição financeira? Não, porque ele usa recursos próprios para emprestar, e não de terceiros. Matéria: Leis Penais Especiais – Crimes Contra Sistema Financeiro Nacional – Prof: Gabriel Habib GESTÃO FRAUDULENTA E GESTÃO TEMERÁRIA (ART. 4º) GESTÃO FRAUDULENTA (caput) – administração mediante utilização de fraudes. Sujeito ativo: administrador da instituição financeira. Consumação: Crime de perigo concreto (prova conduta + prova perigo gerado) OBS.: Não se aplica o princípio da insignificância (RESP 1015971) GESTÃO TEMERÁRIA (§único) – gestão arriscada, que ultrapassa os limites da prudência. Crítica doutrinária: violação ao princípio da taxatividade. Sujeito ativo: administrador da instituição financeira. O que é gestão temerária? STJ (Info 558): condutas de administração que violam deveres extrapenais de normas administrativas estabelecidas por órgãos como CVM, CMN ou BC. Modalidade culposa: STJ (info 448) – crime só pode ser doloso. Manuel Pedro Pimentel tem posição isolada de que seria modalidade culposa. Crime de perigo concreto: prova da conduta praticada + prova do perigo gerado. Crime habitual: é crime habitual impróprio, bastando um único ato de administração para sua configuração e consumação. OBTENÇÃO DE FINANCIAMENTO MEDIANTE FRAUDE (ART. 19) Finaciamento X Empréstimo Pessoal: financiamento é ligado a um objeto específico (carro, imóvel, obra). Empréstimo pessoal não tem correlação do valor emprestado a um objeto. EVASÃO DE DIVISAS (ART. 22) Conceito: Saída clandestina de dinheiro do país. Pode o indivíduo tirar o dinheiro do país? SIM, desde que o faça pelos meios oficiais declaradamente, e não clandestinamente. Matéria: Leis Penais Especiais – Crimes Contra Sistema Financeiro Nacional – Prof: Gabriel Habib Três condutas 1) Efetuar operação de câmbio não autorizada Ex.: comprar moeda estrangeira de instituição não autorizada com o especial fim de evadi-la clandestinamente do país. Consumação com a prática da conduta (crime formal) 2) Promoção, sem autorização legal, da saída de moeda ou divisa do país Formas de saída: física (levar o dinheiro consigo) ou escritural (dólar-cabo) Regra de saída: operação dólar-cabo. Exceção: dinheiro físico até R$10.000,00 ou equivalente. STJ (info 578): Transferência bancária ilegal até R$10mil não é conduta insignificante. Consumação: saída de dinheiro do país (crime formal) 3) Manter depósitos no exterior não declarados à repartição federal competente (BC ou Receita) Ex.: Jogador de futebol que ganha dinheiro no exterior, volta para o Brasil e não declara seus depósitos estrangeiros. Consumação: manutenção do depósito Crime formal, habitual (reiteração de condutas) e permanente. COMPETÊNCIA (ART. 26) Competência da Justiça Federal, sempre.
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