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Lei de Lavagem de Dinheiro e Anti Terrorismo - Leis Especiais Gabriel Habib

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DISCIPLINA: Leis Especiais
PROFESSOR: Gabriel Habib
MATÉRIA: Lei de Lavagem de Dinheiro e Anti Terrorismo
Indicações de bibliográficas:
• Lei 9.296/96
Palavras-chave: 
• Conceito
• Requisitos
TEMA: Lei de Lavagem de Dinheiro e Anti Terrorismo
PROFESSOR: Gabriel Habib
Lavagem de Dinheiro – Lei 9.613/98
Conceito de Lavagem de Dinheiro – A lavagem de dinheiro consiste na atividade revestida de 
objeto lícito, que tem por finalidade a transformação de recursos financeiros obtidos de forma 
ilícita em lícitos, operada por meio das fases da introdução (placement), dissimulação (layering) e 
integração (integration), para que seja ocultada a origem ilícita.
Bem jurídico tutelado:
Crime pluriofensivo
• Ordem econômica (em geral)
• Ordem tributária Supra-individuais e coletivos
• Sistema financeiro nacional
• Administração da justiça
• Paz pública
Fases da Lavagem de Dinheiro
1ª – Introdução (placement) – Há a separação do agente e o produto da infração penal, isso 
dificulta a descoberta da origem ilícita do dinheiro
2ª – Dissimulação (Layering) – O agente constrói uma nova origem lícita para os valores, que visa 
impedir a descoberta da origem ilícita, espalhando em diversas operações financeiras.
Matéria:Leis Especiais – Prof: Gabriel Habib
3ª – Integração (integration) – OS valores já com aparência de lícitos são formalmente 
incorporados ao sistema econômico.
Natureza Acessória da Lei 
1ª Geração – Trazia apenas como crime antecedente o tráfico de drogas.
2ª Geração – Trazia um rol de infrações penais antecedentes.
3ª Geração – Admitem a lavagem derivada de qualquer infração penal.
 Para as infrações penais praticadas até a edição da lei 12.683/12, que transformou a Lei 
9.613/98 em lei de 3ª geração, o crime deveria estar descrito nos incisos do art. 1º da lei, sob 
pena de atipicidade.
 Por se tratar de crime permanente (ocultar ou dissimular) incide a súmula 711 do STF, se a 
lei entra em vigor durante a consumação do crime, fala-se em atividade, tempus regit actum, a 
lei nova deverá ser aplicada, podendo a lavagem ser proveniente de qualquer tipo penal.
Lavagem de Dinheiro X Infração Penal Antecedente
• Não absorve a infração penal antecedente
• Não é pós factum impunível
• Será concurso material de crimes
Crimes
Art. 1°
Sujeito ativo – Qualquer pessoa
Verbos típicos – Ocultar (esconder) e dissimular (camuflar, disfarçar)
 Abrange o dolo eventual, teoria da cegueira deliberada, quando sabe-se que o dinheiro 
possa ser proveniente de ilícito e mesmo assim transaciona, assumindo o risco de cometer o 
crime de lavagem de dinheiro.
Matéria:Leis Especiais – Prof: Gabriel Habib
 Substrato da teoria – Poderia ter consciência da origem ilícita do dinheiro mas escolhe não 
buscar informações a respeito, age com indiferença com relação a origem dos valores.
Requisitos para aplicação da teoria da cegueira deliberada – Dolo eventual
1º - Consciência por parte do agente no sentido de que os valores possam ser provenientes de 
ilícito penal;
2º - O agente deliberadamente cria mecanismos que obstam a sua pelan consciência da origem 
ilícita do dinheiro ou deixa de buscar informações que lhe permitam concluir por tal origem.
 Nos crimes contra a ordem tributária do art. 1º I a IV da lei 8.137/90, deve-se atentar a 
Súmula vinculante 24 que diz que esses crimes só se consumam com o lançamento definitivo 
do tributo, após a conclusão do PAF, sendo assim só haverá lavagem de dinheiro após a 
consumação do crime tributário.
Art. 1, § 1°
• Condutas equiparadas
• Descreve a primeira e segunda fase da lavagem
• Admitem o dolo eventual
Art. 1°, § 2°
• Inciso I admite dolo eventual
• Inciso II trata de associação na lavagem, exige dolo direto
Art. 1°, § 5°
• Trata da delação premiada
• É uma faculdade do juiz
Matéria:Leis Especiais – Prof: Gabriel Habib
• Pode ser feita a qualquer momento, inclusive após o transito em julgado, cabendo a 
aplicação ao juízo da execução penal (Art. 66, II e V, c, LEP)
Competência
Art. 2°, II – Autonomia processual da lavagem – O processo e julgamento da ação penal 
antecedente não é uma questão prejudicial. A tentativa da infração antecedente também pode 
gerar lavagem se desta obtiver-se renda.
A absolvição da infração antecedente em regra não impede que o agente seja autor de lavagem. 
Exceto se a absolvição tiver por fundamento a inexistência do fato (Art. 386, I, CPP) ou por 
atipicidade da conduta (Art. 386, III, CPP)
Art. 2°, III – Serão de competência da justiça federal os crimes descritos neste inciso.
Antiterrorismo – Lei 13.260/16
• Previsão constitucional (Art. 4°, VIII e 5º, XLIII, CRFB)
• Na constituição não havia tipificação do crime de terrorismo (STF informativo 772/12)
Conceito de terrorismo - O terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos 
previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e 
religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a 
perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.
Elementos do terrorismo
1 – Violência – É um dos pilares do terrorismo, é uma violência extrema contra a vida ou 
integridade física das pessoas. Tem relação com crimes contra a pessoa.
Matéria:Leis Especiais – Prof: Gabriel Habib
2 – Teleológico – É a finalidade específica que move o terrorista. Pode ser religiosa, política, gera 
terror social generalizado.
3 – Teatral – Está ligado a necessidade de atrair a atenção mundial à realização do terrorismo. 
Demonstra a violência extrema.
4 – Ausência de arrependimento ou culpa – Age com orgulho de ter praticado o ato com sua 
finalidade específica.
Terrorismo Nacional – Pratica e finalidades restritas ao mesmo território.
Terrorismo internacional – Atuação do terrorista para além do seu Estado soberano.
• Crime equiparado a hediondo
• O artigo 2° não é norma penal incriminadora, é norma explicativa, duplo especial fim de 
agir.
• Outras formas de discriminação não previstas no art. 2° não configuram terrorismo.
Tipos penais
Art. 2°, § 1° 
• A interpretação deve ser feita de acordo com o caput do art. 2°, devendo haver sempre o 
duplo especial fim de agir.
• Todos os crimes são comuns
• Pode haver concurso entre o inciso I e V
• Não pode haver concurso entre homicídio e lesão corporal e o terrorismo
Art. 2°, § 2° - Não configura terrorismo - Causas de atipicidade formal.
Matéria:Leis Especiais – Prof: Gabriel Habib
Art. 3° - Organização terrorista
• Crime comum
• Mínimo de 2 pessoas
• Exige estabilidade e permanência
• Especial fim de agir de praticar terrorismo
• Haverá concurso material com os outros crimes
• Irretroatividade – não retroage quando gerou novo tipo penal. Porém se no momento da 
novatio legis se mantinha integrado a organização aplica-se a súmula 711 do STF.
• Princípio da especialidade (art. 288 do CP, Art. 35 da lei 11.343/06, Art. 2, lei 12.850/13, 
Art. 2 lei 2.889/56, Art. 16, lei 7.170/83)
• Consumação com as condutas do art. 3°, a simples prática já consuma o crime, sem 
necessidade de praticar ato terrorista.
Matéria:Leis Especiais – Prof: Gabriel Habib

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