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Capítulo 1 Traumatologia Forense 1.1. Conceito/Objeto É um ramo da Medicina legal que estuda as lesões corporais resultantes de traumatismos de ordem física ou psicológica. Seu objeto é o estudo dos efeitos das agressões físicas e morais, bem como a determinação de seus agentes causadores. Este reconhecimento é feito através do exame pericial na vítima, bem como no local do crime, denominado EXAME DE CORPO DE DELITO. 1.2. Energias Físicas Define-se como aquelas que, ao incidir sobre um determinando corpo, podem modificar o seu estado físico e causar-lhe a morte/lesões corporais. 1.2.1. Agentes Físicos 1.2.1.1. Calor O Pode atuar de forma difusa (insolação e intermação) ou direta (queimaduras). 1.2.1.2. Eletricidade É energia física capaz de se transformar em calor durante a passagem pelo corpo. Pode causar o óbito. 1.2.1.3. Frio As lesões por causa do frio são definidas como geladuras. Seu aspecto é pálido podendo evoluir para uma lesão mais grave e causar a necrose. 1.2.1.4. Pressão A pressão pode alterar o organismo do homem. Pode causar lesões graves ou até mesmo a morte. 1.2.1.5. Radioatividade As radiações podem causar lesões ou até mesmo a morte. As principais fontes de radiação são: raios X, o rádio e a energia atômica. 1.3. Energias Químicas As energias químicas atuam nos tecidos vivos através de substâncias que provocam alterações de natureza corporal, fisiológica ou psíquica, capazes de causar danos à saúde ou até mesmo à vida da pessoa. 1.3.1. Agentes Químicos 1.3.1.1. Cáusticos Os cáusticos (corrosivos) provocam significativa desorganização dos tecidos vivos, quer por desidratação (coagulantes) quer por dissolução (liquefacientes). Podem destruir os tecidos vivos causando escaras secas e endurecidas ou lesões úmidas pelo amolecimento (liquefação) dos tecidos. 1.3.1.2. Venenos São substâncias que, uma vez introduzidas no organismo e por ele assimiladas/ metabolizadas, podem causar danos à saúde. Exemplos de venenos: inseticidas, agrotóxicos, etc. 1.3.1.3. Drogas São substâncias que no psiquismo e podem causar danos à saúde. 1.4. Energias Físico-Químicas (asfixiologia forense) No estudo da medicina legal, interessam três espécies de asfixias: primitiva; violenta e mecânica. Sinais externos da asfixia: face cianótica; globos oculares proeminentes; língua projetada; cogumelo de espuma. Sinais internos: sangue escuro nas cavidades cardíacas e acúmulo de sangue no fígado/rins. 1.5. Energias de Ordem Mecânica São aquelas que podem modificar o estado de repouso ou movimento de um corpo. São capazes de provocar lesões parciais ou totais. Podem ter repercussões internas ou externas. De acordo com as características que imprimem às lesões, os meios ou as ações, os agentes mecânicos classificam-se em: a) perfurantes; b) cortantes; c) contundentes; d) pérfuro- cortantes; e) corto-contundentes; f) pérfuro- contundentes; g) lacerantes; Aplicação Prática – Questão de Concurso (Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: PC-PA Prova: Investigador de Polícia Civil) Sobre a traumatologia forense, pode-se afirmar que este ramo da Medicina Legal estuda principalmente: a) as lesões corporais e as energias causadoras do dano. b) a identidade e identificação da vítima c) questões voltadas ao vínculo entre familiares. d) os crimes contra a dignidade sexual. e) a gravidez, aborto e infanticídio Gabarito: Letra a) Capítulo 2 Sexologia Forense 2.1. Conceito É o ramo da Medicina Legal que estuda os problemas médico-legais relacionados com o sexo. 2.2. Estupro Com base no Código Penal, é necessária a conjugações dos seguintes elementos: conjunção carnal/ato libidinoso + violência ou grave ameaça A Violência pode provir de: embriaguez, anestesia, psicotrópicos – boa noite cinderela. Também temos a possibilidade da violência presumida caso a vítima seja menor de 14 anos. Incorre na mesma pena do estupro quem pratica as tais atos com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. Súmula 593 do STJ: "O crime de estupro de vulnerável configura com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante o eventual consentimento da vítima para a prática do ato, experiência sexual anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente." 2.3. Materialização da Conjunção Carnal Formas de verificação: Ruptura Himenal Completa: Solução de continuidade da borda livre (ruptura recente ou antiga) Entalhes congênitos: não é ruptura verdadeira, sendo epitelizado. É diferente de ruptura himenal cicatrizada antiga
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