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peste negra reformulado

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PESTE NEGRA
Histórico
Entre 1.974 e 1.993,164 pessoas adoeceram com a peste no estado do México, nessa época, a peste também se manifestou nos Estados Unidos nos seguintes estados, Arizona, Colorado, Califórnia, Origon, Utah , Idaho , Montana, Washington, Wyoming , Nerda ,Oklahoma e Texas, num total de 300 casos de peste ,237 a mais do que ocorreu entre 1.954 e 1.973
Quase metade da população da Europa foi infectada. E quase um terço morreu de forma rápida e horrível. Só 500 anos depois é que a descoberta dos germes , permitiria explicar o tamanho do horror.
Um ano depois que às noticias sobre a doença se espalharam pela Europa, a peste penetrou em cidades ao longo do mediterrâneo e apareceu em Alexandria no Egito. Á beira das estradas, as pilhas de cadáveres eram tão altas que serviam de abrigo para emboscada dos bandidos.
Em 1347, a peste entrou no porto de Messina, na ilha da Sicília. De lá foi um pequeno passo para Itália no continente. Em 1348, ela estava em Paris, no final do ano em Londres .
No século XIV, a peste avançava lentamente pelo mundo, começando por volta de 1.330 no deserto de Gobi na Mongólia.
Esses foi o segundo de três registros de pandemia de peste na história. O primeiro teve início em 1541 d.c e se alastrou por todos as civilizações do mediterrâneo.
Na segunda pandemia a Peste Negra iria mais longe, em direção ao Oriente até a China, pelo oriente médio, chegando à Europa. Em menos de vinte anos alcançava Londres.
Para alguns, parecia que a doença passava de pessoa para pessoa, mais eles não conseguiam explicar como ela se propagava, mesmo com as mais elaboradas medidas de proteção. Nem todos acreditavam que a doença fosse contagiosa, que se disseminasse por algum veneno ou hálito ou olhar , passando misteriosamente de pessoa para pessoa.
Na procura de um motivo para peste, alguns se voltavam para os estrangeiros acusando- os de causar a doença. Na Espanha por exemplo os Árabes foram acusados. Em Portugal os peregrinos religiosos.
Em todo norte da Europa o povo judeu e que foi acusado de trazer a peste.
No Sul da França, onde as acusações em relação à peste parecem ter começado, os judeus já eram massacrados anos antes , proporcionando um alvo para o medo das pessoas.
Surgiu no século XIV, matou milhões de pessoas na Europa.
É causada pela bactéria Yersinia pestis
Comum entre roedores e transmitida ao homem pelas pulgas.
Doença fatal perdendo apenas para malária como principal causa de morte infecciosa em toda história.
Peste Negra
Peste Negra no Brasil
A bactéria Yersinia pestis chegou ao Brasil durante a Terceira epidemia, no ano de 1899. Atualmente, a bactéria circula entre roedores silvestres na região Nordeste, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e na Serra dos Órgãos, no Estado do Rio de Janeiro.
Os últimos casos relevantes de peste no Brasil ocorreram nos estados do Ceará e Paraíba, na década de 1980, quando foram notificados 76 casos e três óbitos. Entre os anos 2000 e 2017, apenas 2 casos de peste foram diagnosticado no país, um na Bahia e outro no Ceará. Não há casos de mortes por peste no Brasil desde 1986.
Características epidemiológicas
Os caracteres clínico-epidemiológicos da peste pneumônica justificaram sua inclusão no Regulamento Sanitário Internacional (RSI), que exige dos países a imediata notificação das ocorrências de peste humana, epizootias e registro de áreas infectadas, bem como a execução de medidas para controle de roedores nos portos e nos aeroportos internacionais.
Agente Etiológico
Yersinia pestis, Engloba duas outras espécies patogênicas para o homem. 
Y. pseudotuberculosis e a Y. enterocolitica, ambas são enteropatogênicas.
Y. pestis - bacilo Gram negativo, imóvel, não formador de esporos. Em microscopia óptica, as bactérias apresentam-se bem coradas nas extremidades e claras no centro (coloração bipolar) e podem se mostrar isoladas, em aglomerados ou formar pequenas cadeias.
A característica morfológica mais importante da Y. pestis é seu pleomorfismo, podendo se apresentar sob formas cocóide, anelar ou bastonetes longos, espessos ou afilados.
 O bacilo não sobrevive bem saprofiticamente, é destruído rapidamente pela luz solar ou portemperaturas acima de 40ºC.
 É inativado pela acetona, pelo fenol e pelo álcool. Um aspecto extremamente importante é sua capacidade de permanecer viável em materiais como escarro e fezes de pulgas dessecados e tecidos protegidos (medula óssea), principalmente a baixas temperaturas. 
O bacilo possui poucas reações bioquímicas positivas: orto-nitro-fenil-galactosidase (ONPG), fermenta a glicose sem produção de gás, o manitol, a arabinose, a trealose e a esculina
Dependendo das reações de fermentação do glicerol e redução do nitrato em nitrito, distinguem-se três variedades de Y. pestis denominadas regionais ou biovars: Antiqua ou Continental, Mediaevalis e Orientalis ou Oceânica.
Agente Etiológico
Variedades geográficas de Yesinia pestis
Essas variedades não apresentam quaisquer diversidades em relação à virulência ou à forma clínica da doença, mas possuem diferentes distribuições geográficas e cada uma foi associada a uma das três grandes pandemias
Agente Etiológico
Variedades geográficas de Yersinia pestis e áreas de distribuição 
Agente Etiológico
A introdução de novas técnicas moleculares (ribotipagem, MLVA, RFLP-IS) enriqueceu essa linha de pesquisa, permitindo a subtipagem dos biovars clássicos. O conhecimento da estrutura genética da Y. pestis é indispensável para a compreensão dos mecanismos de patogenicidade, bem como para o desenvolvimento de novos testes diagnósticos. O genoma da Y. pestis consiste em um cromossomo e três plasmídeos prototípicos: pYV, pFra e pPst. No cromossomo existe uma região considerada uma “ilha de alta patogenicidade” (HPI).
Plasmídeos de Yersinia pestis
O pYV confere ao bacilo a capacidade de superar as defesas do hospedeiro; o pPst parece envolvido na transmissão pelas picadas das pulgas, e o pFra codifica a toxina murina e o antígeno capsular da Y. pestis (Fração 1 ou Fl). A F1 é a proteína utilizada na maioria dos testes aplicados na rotina diagnóstica da peste. 
Epidemiologia 
Distribuição mundial da peste (OMS) – 2000-2005
Epidemiologia 
Existem duas áreas principais de focos independentes no Brasil 
Focos do Nordeste: zonas pestosas do Polígono da Seca, distribuídas por vários estados do Nordeste (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Piauí) e nordeste de Minas Gerais (Vale do Jequitinhonha). Em Minas, há uma zona fora do Polígono, o Vale do Rio Doce. 
Foco de Teresópolis: adstrito a uma pequena área da Serra dos Órgãos, nos limites dos municípios de Nova Friburgo, Sumidouro e Teresópolis-RJ. Os focos do Nordeste têm seus centros em elevações cujas condições de temperatura, umidade, vegetação e fauna são bem diferentes das que prevalecem nas regiões circunvizinhas.
Focos no norte e no centro do Ceará: Serra da Ibiapaba, Serra de Baturité, Serra da Pedra Branca, Serra do Machado, Serra das Matas, Serra de Uruburetama. 
Focos no Sul do Ceará/oeste de Pernambuco/leste do Piauí: Chapada do Araripe. 
Foco de Triunfo: limites de Pernambuco e Paraíba. 
Foco do Agreste: Chapada da Borborema, estendendo-se do Rio Grande do Norte a Alagoas.
Focos da Bahia: Planalto Oriental da Bahia, Chapada Diamantina/Piemonte da Diamantina, Planalto de Conquista, Serra do Formoso, na microrregião de Senhor do Bonfim.
Chapada do Apodi: Rio Grande do Norte (sem registro de casos humanos).
Epidemiologia 
 Focos de peste do Brasil
Transmissão
Período de incubação => Varia de dois a seis dias, sendo mais curto na peste pneumônica, de um a três dias, podendo ser mais longo em indivíduos vacinados. Incubações de poucas horas ou de oito ou mais dias são incomuns.
Transmissão 
Transmitida ao homem quando este é picado por um pulga que previamente havia se alimentado do sangue de algum roedor infectado, tal como ratos, esquilos, cães-da-pradaria ou coelhos.
As pulgas costumam provocar
peste nas formas bubônica ou septicêmica. Eventualmente, a forma pneumônica pode surgir como complicação destas duas formas.
Os animais domésticos, em especial os gatos, podem transportar as pulgas infectadas de roedores silvestres.
 Gatos doentes também podem transmitir a bactéria através de mordidas ou arranhaduras.
Manipulação de sangue, secreções ou tecidos de animais contaminados.
Transmissão 
Por via respiratória provocando a peste pneumônica, que é a única forma de peste que pode ser transmitida diretamente de humano para humano.
A peste pneumônica também pode ser transmitida de animais para os seres humanos. Os gatos são particularmente suscetíveis e podem se contaminar ao comer roedores portadores da bactéria. Os gatos doentes podem transmitir a peste através de gotículas de saliva para os seus donos ou veterinários.
Período de transmissibilidade 
As pulgas podem permanecer infectantes durante meses. Na peste pneumônica o período é curto, quer pela evolução fatal do quadro quer pela imediata implantação da terapêutica específica. Aproximadamente 95% destes pacientes falecem sem que cheguem a se converter em transmissores.
Suscetibilidade e resistência é universal, e a imunidade temporária é relativa, não protegendo contra grandes inóculos. 
Letalidade Varia de acordo com as circunstâncias. Inferior a 10% quando a vigilância epidemiológica é eficaz, e próxima dos 100% quando ela inexiste.
Patogenia
 Peste bubônica ► geralmente é contraída quando você leva uma mordida de algum rato infectado ou de alguma pulga. Essa forma da doença afeta o  sistema imunológico, causando inflamação.
Peste septicêmica ►aparece quando as bactérias se multiplicam no organismo. A peste septicêmica pode ser contraída também por uma pulga, ou por mordida de um roedor, ela também pode ser causada por uma peste bubônica ou pneumônica não tratada.
Peste pneumônica ► forma mais grava peste, que ocorre quando a  bactéria infecta os pulmões e causa pneumônica. Você pode se contaminar quando inala a bactéria de uma pessoa ou animal infectado ( esse é conhecido como a pneumônica primária).
	A secundária acontece quando a bubônica ou a peste septicêmica não é tratada. Essa forma da peste pode se espalhar através de arranhões ou mordidas de gatos domésticos infectados, o que não acontece com os outros dois tipos. 
Sintomatologia 
Peste bubônica - (Eles aparecem em até três dias depois da infecção)
Febre e calafrios
Dor de cabeça
Dor muscular
Fraqueza
Convulsões
Aumento dos gânglios linfáticos (bubões) no local da mordida, ou da picada. Aparecem também na virilha, axilas e pescoço.
Sintomatologia
 Peste septicêmica – (Os sinais aparecem dentro de dois a sete dias após a exposição, mas ela pode levar a morte antes que os sintomas apareçam)
Dor abdominais
Diarreia
Náuseas
Febre e calafrios
Extrema fraqueza
Hemorragia (o sangue pode não ser capaz de coagular)
Sintomatologia 
Peste pneumônica – (Os sintomas dessa fase aparecem muito rapidamente, até um dia após a contaminação pela bactéria) 
Problemas respiratórios
Dor no peito
Tosse
Febre
Dor de cabeça
Fraqueza geral
Expectoração com sangue (saliva e muco ou pus dos pulmões)
Diagnóstico 
O diagnóstico pode ser obtido por exames de laboratório, de sangue ou expectoração. O exame de sangue pode revelar se você possui a peste septicêmica.
Para verificar se você contraiu a peste bubônica, é usado uma agulha para tirar uma amostra do líquido dos nódulos linfáticos inchados. A forma mais grave da doença ( a peste pneumônica), pode ser detectada por um fluido que é  extraído de suas vias respiratórias pela endoscopia.
Tratamento 
A peste negra é uma doença perigosa que exige tratamentos imediatos. Se tratada logo que descoberta, é possível não desenvolver suas formas mais graves. São usados para o tratamento com antibióticos fortes (geralmente estreptomicina ou gentamicina), fluidos intravenosos e oxigênio. Se não tratadas, principalmente a peste bubônica, pode dar origem peste septicêmica, a pneumônica.
Se contraído o último tipo, a pessoa pode morrer dentro de 24 horas após o aparecimento o primeiro sintoma.
Tratamento específico 
Aminoglicosídeos - são os antimicrobianos de eleição. A estreptomicina é o antibiótico mais eficaz contra a Y. pestis, particularmente na forma pneumônica.
Tetraciclinas - consideradas droga de eleição no tratamento dos casos não complicados.
Cloranfenicol - l é a droga de eleição para os casos e as complicações que envolvam espaços tissulares, tais como a endoftalmite e principalmente a meningite, bem como a pleurite e a miocardite, em que alguns antimicrobianos não atingem níveis terapêuticos.
Sulfonamidas - o drogas de segunda linha e só devem ser utilizadas quando outros antimicrobianos mais potentes e inócuos não estiverem disponíveis, pois os pacientes que as utilizam podem apresentar febre prolongada e complicações mais frequentemente.
Fluoroquinolonas - podem ser comparadas à estreptomicina.
Prevenção 
A prevenção contra a peste negra é basicamente o controle de roedores em casas, local de trabalho e lazer, o que diminui muito o risco de contaminação. Além disso, é importante proteger os animais de estimação contra pulgas e se prevenir contra picadas de insetos.
Curiosidade
O Instituto de Biodesign da Universidade Estadual do Arizona, têm feito experiências com plantas de tabaco para criar uma vacina. A vacina foi experimentada com sucesso em cobaias. A vacina é uma nova esperança para os doentes, as existentes no mercado, têm taxas altas de reações adversas e efeitos secundários.
Bibliografia: 
A Assustadora Historias das Petes e Epidemias - (Jeanette Farrell).
Manual de Vigilância e Controle da Peste
(MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica) 
Enfermagem 3° Semestre
Pedro Robbie Netto 115377
Luciana Aparecida Muniz	114056
Regiane Aparecida Blanco 114909
Marcella Santana Santos 115168
Valéria Aparecida Bento 115162
Yasmim Louzada Mendes 114938		
Ana Carolina Valente 114791

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