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FICHAMENTO CAPITULO 2 (ANA BOCK)

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UNIVERSIDADE POTIGUAR
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA PSICOLOGIA
PROFESSOR: DÉLIO DELFINO
ALUNOS (AS): GISELLE SILVA DA TRINDADE GIBSON
TULIO ROLIM DE ALBUQUERQUE
FICHAMENTO
INTRODUÇÃO
Este trabalho é um fichamento do Capítulo 2: A Evolução da Ciência Psicologia, do livro “Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia” de Ana Bock. Tem por finalidade servir como meio de aprendizado antecipado, para posteriores debates sobre o tema dentro de sala de aula. Portanto, espera-se que os conceitos básicos sobre a evolução da Psicologia sejam bem assimilados e que possíveis dúvidas sejam esclarecidas nos debates em sala. 
PSICOLOGIA E HISTÓRIA
Toda produção humana, seja material ou espiritual durante a sua evolução produz história e tem por trás de si a contribuição de múltiplos indivíduos. Para compreender a complexidade da Psicologia de hoje, é imprescindível conhecer a sua forma de construção em cada momento histórico da humanidade. [Pg. 31]
A PSICOLOGIA ENTRE OS GREGOS: OS PRIMÓRDIOS
Os gregos foram o povo mais evoluído da sua época, 700 a.C. até as vésperas da era cristã. É graças ao seu grande desenvolvimento (econômico, social, político e cultural) que surge a preocupação em compreender melhor o homem, o seu espírito. A Filosofia vai ganhando forma junto a evolução desse povo, pois antes de Cristo já viam o espírito como uma parte imaterial do ser humano que abrangia o pensamento, os sentimentos (amor, ódio e desejo), a irracionalidade, a sensação e a percepção. Marcos importante dessa história para o surgimento da Psicologia:
Filósofos pré-socráticos: preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção. Têm-se duas vertentes: a dos idealistas e os materialistas, onde discutiam se o mundo existe porque o homem o vê ou se o homem o vê um mundo que já existe.
Sócrates (469-399 a.C.): cria o princípio da razão (o homem se distingue dos animais por ser um ser racional). A razão é a essência humana. Sócrates permite que os princípios do mundo psicológico ganhem consistência, abrindo caminho para o conceito de consciência;
Platão (427-347 a.C.): definiu a cabeça como a parte física do corpo que abriga a alma (razão). Quando a pessoa morre o corpo se desfaz, mas a alma não. A alma fica livre para habitar outro corpo (imortalidade da alma);
Aristóteles (384-322 a.C.): escreveu a obra “De Anima”, que foi o primeiro tratado das ideias psicológicas (diferenças entre razão, percepção e sensação). A alma e o corpo não podem ser dissociados; ou seja, ela morre junto com o corpo. Tudo que cresce se reproduz e se alimenta possui alma.
Eis o motivo de a palavra Psicologia derivar das palavras gregas “psyché”= alma e “logos”= razão. [Págs. 32 e 33]
A PSICOLOGIA NO IMPÉRIO ROMANO E NA IDADE MÉDIA
O desenvolvimento da modernidade é o responsável pelo surgimento da Psicologia como ciência. Os marcos históricos mais importantes são: [Pg. 34]
Época do Império Romano e Idade Média (Feudalismo - Cristianismo): com o Império Romano surge o cristianismo. Na Idade Média essa religião torna-se a principal, dominando as forças políticas da época. A hierarquia social era fixa, predestinada no nascimento: clero, nobreza ou servo. Não havia como mudar isso, pois o conhecimento era monopolizado pela Igreja. As ideias psicológicas estão intimamente ligadas as ideias da religião. As pessoas não podiam ter dúvidas sobre como deveriam pensar e agir (inquisição). O corpo é visto como algo sagrado, por ser habitação da alma. O homem surgiu de Adão e Eva. Os filósofos que se destacaram nessa época foram:
Santo Agostinho (354-430): por ser um elemento que liga o homem a Deus, a alma é imortal. A preocupação da Igreja é a alma;
São Tomás de Aquino (1225-1274): o homem busca a perfeição através de sua existência; mas somente Deus é capaz de reunir essência e existência, em termos de igualdade. Lançam-se os dogmas (fundamentos) da Igreja.
RENASCIMENTO (1474: FINAL DA IDADE MEDIA E FINAL DA IDADE MODERNA – CAPITALISMO - PROTESTANTISMO)
Os dogmas da Igreja são questionados e surge o protestantismo com novas ideias sobre o pensamento religioso. A hierarquia social passa a ser algo flexível: surge a burguesia, que derruba a nobreza e o clero. O conhecimento torna-se independente da fé e a racionalidade surge como grande possibilidade de sua construção. Percebe-se a importância do estudo da História. Estabelecem-se regras e métodos básicos para a construção do conhecimento científico. A noção de verdade agora conta com o aval da ciência. O homem passa a ser visto como o centro no universo (ele é responsável pela construção do seu futuro, pode com seu esforço mudar sua classe social). A Terra deixa de ser o centro do universo (o Sol não gira ao redor dela, mas ela ao redor do Sol). O homem veio do macaco (teoria evolucionista de Darwin). O mercantilismo leva ao capitalismo. O capitalismo trouxe consigo a máquina, que passou a determinar a nova forma de ver o mundo. [Págs. 35 e 36]
A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA (CONHECIMENTO SISTEMATIZADO) CONSIDERA DUAS CARACTERÍSTICAS DO MUNDO MODERNO:
A crença na ciência como forma de conhecer o mundo e dar respostas e soluções para problemas da vida humana: René Descartes (1596-1659) compara o corpo humano a uma máquina que é movida pela energia da alma. Para conhecer o psiquismo humano passa a ser necessário compreender os mecanismos e o funcionamento da máquina de pensar do ser humano – seu cérebro. Portanto, como a nova visão de mundo não vê o corpo como algo sagrado, o homem deixa de ser estudado apenas pela Filosofia e passa a ser estudado também pela Anatomia e pela Fisiologia. Surgem teorias sobre o sistema nervoso central, que demonstram que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram produtos desse sistema. Em 1846, a Neurologia relaciona a doença mental a fatores ligados as células cerebrais. A Neuroanatomia descobre o reflexo (estímulo que chega a medula espinhal antes de chegar ao cérebro). Em 1860 Fechner e Weber criam a lei que estabelece a relação entre estímulo e sensação. Isso permitiu medir os fenômenos psicológicos e transformá-los em algo científico;
Crença na subjetividade: o homem moderno valoriza a razão (conhecimentos e escolhas), o individualismo (banheiros e quartos passam a ser vistos como algo íntimo e pessoal, criando o conceito de vida privada) e a subjetividade (o mundo é algo interno, é o conjunto de experiências vividas por cada pessoa, é o seu EU). Descarte, precursor do modernismo, lança a frase: “Penso, logo existo”. 
No mundo moderno, cada pessoa passa a buscar as suas verdades e a criar seus próprios conflitos internos (crise da subjetividade). A partir daí surge a Psicologia, como produto da dúvida destes homens, que tem como missão ajudá-los a encontrar respostas de forma a minimizar seus conflitos internos.
O precursor da Psicologia, Wundt, através do método introspeccionista desenvolveu a concepção de paralelismo psicofísico (fenômenos mentais correspondem a fenômenos orgânicos). Utilizou os novos padrões de conhecimento: definiu o objeto de estudo, delimitou o campo de estudo (para diferenciar da Filosofia e da Fisiologia), formulou um método de estudo e a teoria.
Apesar de Wundt ser alemão, foi nos Estados Unidos que a Psicologia encontrou campo para crescer. Foi lá que surgiram as primeiras abordagens ou escolas psicológicas (que deram origem as inúmeras teorias da Psicologia que existem hoje):
O funcionalismo: é a escola de William James (1867-1927). Preocupou-se com a consciência e o seu funcionamento, à medida que o homem a usa para adaptar-se ao meio. Tenta responder as seguintes perguntas: “O que fazem os homens? Por que o fazem? ”;
O estruturalismo: escola de Edward Titchener (1867-1927). É o funcionalismo reformulado, com o foco no aspecto estrutural do sistema nervoso central. Faz uso do método introspeccionista e da coleta experimental (laboratorial);
O associacionismo: escola de Edward L. Thorndike (1874-1949). Formulou a primeira teoria daaprendizagem na Psicologia (Lei do Efeito): todo comportamento de um organismo vivo tende a se repetir (se recompensarmos o organismo assim que o comportamento é emitido) ou não se repetir (se castigarmos o organismo após a ocorrência do comportamento). O organismo acaba associando essas situações com outras semelhantes e o processo de aprendizagem se dá pela associação de ideias – das mais simples as mais complicadas. [Págs. 36 a 42]
AS PRINCIPAIS TEORIAS DA PSICOLOGIA NO SÉCULO 20
As três mais importantes tendências teóricas da Psicologia neste século são consideradas por inúmeros autores como sendo o Behaviorismo ou Teoria (S-R) (do inglês Stimuli-Respond — Estímulo-Resposta), a Gestalt e a Psicanálise.
O Behaviorismo, que nasce com Watson e tem um desenvolvimento grande nos Estados Unidos, em função de suas aplicações práticas, tornou-se importante por ter definido o fato psicológico, de modo concreto, a partir da noção de comportamento (behavior).
A Gestalt, que tem seu berço na Europa, surge como uma negação da fragmentação das ações e processos humanos, realizada pelas tendências da Psicologia científica do século 19, postulando a necessidade de se compreender o homem como uma totalidade. A Gestalt é a tendência teórica mais ligada à Filosofia. 
A Psicanálise, que nasce com Freud, na Áustria, a partir da prática médica, recupera para a Psicologia a importância da afetividade e postula o inconsciente como objeto de estudo, quebrando a tradição da Psicologia como ciência da consciência e da razão. [Pg. 43]
BIBLIOGRAFIA: 
“BOCK, ANA M. B.; FURTADO, ODAIR E TEIXEIRA MARIA DE LOURDES T.., PSICOLOGIAS UMA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE PSICOLOGIA, SÃO PAULO, SARAIVA, 2008. ”

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