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Mandado de Segurança

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DESEMBARGADOR (A) PRESIDENTE (A) DO TRIUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ.
MAGNOLIA, brasileira, profissão_________, estado civil________, portadora da Carteira de Identidade sob o N° _________, CPF N°_______, domiciliada e residente na rua ______, n° ___, bairro _____, na cidade de Caicó/CE, endereço eletrônico ________, vem por meio do Defensor Público abaixo firmado, vem mui respeitosamente à presença de vossa excelência impetrar: 
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL C/C TUTELA DE ANTECIPADA DE URGÊNCIA:
em face do ESTADO DE CEARÁ contra ato coator praticado pela SECRETÁRIO(A) ESTADUAL DE SAÚDE, na pessoa de Sr.(a)___________, (estado civil)________, com endereço na rua _________, n°_______, bairro________, cidade_______, estado______, portador(a) da carteira de identidade sob n° ____ , CPF N° _____ , endereço eletrônico _______, autoridade pública que negou o fornecimento do medicamento, cuja a sede é situada na Rua _________, n° _____, bairro ______, Fortaleza – CE, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir:
I) DA COMPETÊNCIA
Segundo dispõe a Constituição Estadual do estado do Ceará, no Art. 108, VII, “b”, a competência é originária:
Art. 108 – “ Compete ao Tribunal de Justiça:”
VII - processar e julgar, originariamente:
b) os mandados de segurança e os habeas data contra atos do Governador do Estado, da Mesa e Presidência da Assembleia Legislativa, do próprio Tribunal ou de algum de seus órgãos, dos Secretários de Estado, do Tribunal de Contas do Estado ou de algum de seus órgãos, do Tribunal de Contas dos Municípios ou de algum de seus órgãos, do Procurador-Geral de Justiça, no exercício de suas atribuições administrativas, ou na qualidade de presidente dos órgãos colegiados do Ministério Público, do Procurador-Geral do Estado, do Chefe da Casa Militar, do Chefe do Gabinete do Governador, do Controlador e do Ouvidor Geral do Estado, do Defensor Público-Geral do Estado, do Comandante Geral da Polícia Militar e do Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar;
II) DA TEMPESTIVIDADE
A impetrante ingressou com o requerimento junto da Secretaria Estadual de saúde no dia 11/10/2017, e recebeu a resposta negativa na data do dia 15/10/2017, por está razão a impetrante encontra-se no prazo legal que é de 120 dias conforme o Art. 23 da Lei 12.016/16.
III) DA ASSISTÊNCIA JURIDICIÁRIA GRATUITA
A impetrante requer o benefício da assistência jurídica gratuita por ser hipossuficiente na forma da lei, e que está comprovado na documentação anexa e com o seu comprovante de renda também anexado nos autos, assim não podendo arcar com às custas e despesas do processo, sem prejuízo próprio sustento e de sua família, com base de apoio na Lei 1.060/50, acrescidas das alterações dispostas nas Lei 7.115/83 e Lei 10.073/01, tudo com concordância com o Art. 5°, LXXIV, da Constituição da República Federativa do Brasil.
IV) DOS FATOS 
Magnólia há alguns meses sofreu uma infecção grave no intestino e precisou ser internada com urgência no Hospital Estadual da Rede Pública de Fortaleza, Capital do estado do Ceará, onde ela foi submetida a exames para ver qual era o motivo de sua infecção. Logo após saírem os resultados foi constatado, que Magnólia era portadora da doença de Lúpus (CID____) uma doença grave autoimune. 
Depois de uma sensível melhora no seu estado de saúde, a paciente recebeu alta médica para que pudesse ser liberada para ir para casa, e foi orientada a seguir um tratamento médico regular e contínuo de alto custo financeiro. 
Essa medicação que a impetrante está pretendendo terá que ser utilizar tem que caráter de urgência e terá que ser consumida de forma contínua para o tratamento de sua doença, e o medicamento pretendido consta lista de medicamentos a serem distribuídos gratuitamente pela Sistema Único de Saúde (SUS) e também está na relação de remédios excepcionais elaborados pelo Estado do Ceará.
Por seu uma pessoa com pouca renda e que não tem condições financeiras para adquirir os remédios para realizar o tratamento para combater sua doença, por isso a impetrante procurou a central de distribuição estadual de medicamentos localizada na cidade de Caicó, no dia 10/10/2017, e foi notificada que os medicamentos de altos custos mesmo que constam na lista do SUS e do Governo Estadual, estavam suspensos sem tempo determinado para voltarem a serem fornecidos, por ordem da Secretaria Estadual de Saúde.
No dia 11/10/2017, protocolou o requerimento (anexo) do medicamento, junto à Secretaria Estadual de Saúde. No dia 15/10/2017, recebeu formalmente a resposta (anexa) que todos os medicamentos fornecidos pela Secretaria Estadual e Saúde estavam com os seus fornecimentos suspensos por período indeterminados.
À frente de extrema necessidade de fazer o uso dos medicamentos para conseguir êxito ao seu tratamento e da decepção de obtê-los, sobrou para a Srª. Magnólia procurar ajuda do judiciário para ter crédito de seu direito.
V) DO DIREITO
Direito à saúde é um dos direitos fundamentas dispostos na Constituição Federal de 1988 que está localizado no Art. 6°
“Art.6° - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)
Esse direito que foi negado à impetrante Srª. Magnólia, mesmo estando previsto na Carta Magna. 
A Constituição federal concedeu a todos o direito da saúde e um dever do Estado e como todo o dever é uma obrigação que tem que ser assegurada. É garantida pelas políticas sociais que tem por objetivo tentar diminuir as doenças e garantir o acesso universal e igualitário atribuído a proteger e recuperar a saúde que está disposto no Art. 196: 
“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” 
 
A Lei n° 8.080/90, que atua regulando o Sistema Único de Saúde, estabelece no mesmo sentido que :
“Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.” 
“§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.” 
“§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.”
“Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:”
“III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.”
“Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde - SUS: “
“I - a execução de ações:”
“d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; “
“Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde - SUS, são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios: “
“II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;”
Mesmo com todos esses dispositivos elencados na constituição federal e na lei infraconstitucional que assegura o direito à saúde para todos os cidadãos, mesmo assim o direito da impetrante não foi adquiro.
Também temos que mencionar o Art. 1°, III da CF que trata a dignidade da pessoa humana que é um dos seus fundamentos.VI ) DA TUTELA ANTECIPADA
Segundo o que consta na narrativa dos fatos, o impetrante esbarrou com a ineficiência do Estado, e por conta disso e de não ter um prazo determinado para o recebimento dos remédios pleiteados, amparado pelo Art. 300 do CPC/15 que trata da tutela de urgência, pois há delonga que poderá causar danos irreversíveis ou de difícil reparação a Srª Magnólia, no caso de a demora ser de um período muito longo para adquirir a tutela, que sua doença precisa de tratamento contínuo.
Referente que há um sinal ou indício de que o direito pleiteado de fato existe e tem como base o direito à saúde da impetrante. O agrupamento probatório, seu direito incontestável à saúde, inalienável e irrenunciável, e a obrigação compulsória pela Constituição Federal que o poder público arque com os custos do tratamento, isso ficou demonstrados pelos fatos expostos e pelo direito, que o fato é verdadeiro.
Diante desses argumentos colocados acima estão presentes os requisitos para o cabimento e a concessão da tutela de urgência antecipada.
VII) DO PEDIDO
Diante do exposto requer:
a) Deferimento LIMINAR “inaudita altera parte”, da segurança pleiteada, ordenando a autoridade coatora que tome as providências necessárias no sentido de proceder ao fornecimento imediato, com contração de regime de urgência , com dispensa de licitação, nos termos dos artigos 24. IV da Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, dos remédios necessários e indicados para o tratamento; 
b) Concessão do benefício da Assistência Jurídica Gratuita, com o suporte na Lei 1.060/50, acrescidas de suas alterações que estão na Lei 7.115/83 e Lei 10.3117/01 tudo concordando com o Art. 5°, LXXIV, da constituição Federal.
c) a notificação da autoridade coatora, para que, querendo possa prestar informações qe achar pertinentes, no prazo da lei, com como se dê ciência do feito do órgão que representação da pessoa jurídica interessada para que, querendo, ingresse no feito;
d) a intimação do representante do Ministério Público.
VIII) VALOR DA CAUSA
Dá-se o valor da causa de R$ ________
Instruem a presente inicial os seguintes documentos anexados:
I – Prontuário médico
II – Protocolo do requerimento administrativo do medicamento
III – Recusa administrativa
IV - comprovante de renda da impetrante
PEDE DEFERIMENTO
Caicó, _____ de _____ de ________.
_______________________
DEFENSOR PÚBLICO
OAB/RS n° ______

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