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RESPOSTA- AV2- EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E PRÁXIS EDUCATIVA

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GABARIO DA AVALIAÇÃO VIRTUAL 2
Eu fiz a avaliação, porém ela indicou erro, refiz as questões e não encontrei o que estava errado, acho que foi loucura do site, estou apontando as resposta na wab aula, qualquer coisa entre em contato comigo. 
Att Adriana Lopes
GABARITO- 1-A / 2-B / 3-C / 4-D / 5-A
WA - PED - UNIDADE 2 - EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E PRÁXIS EDUCATIVA
Weber e a formação da sociedade Capitalista: a importância da reforma protestante no surgimento de um novo ethos social.
Pessoal, continuando nosso caminho sobre como a sociologia interpreta a realidade social, fundamentado até agora em Durkheim (que concebe a sociedade como um organismo biológico, sendo que muitas vezes ela se encontra em estado de anomia social, sendo necessário o estabelecimento de novas leis e regras para a efetivação da harmonia social e seu progresso); em Marx (sociedade capitalista desigual por natureza, pois é dividida em duas classes sociais, sendo que existe a exploração de uma classe sobre a outra, o que impossibilita a liberdade do individuo dentre outras coisas!), acredito ser interessante refletirmos um pouco sobre o pensamento de mais um autor essencial: Max Weber.
Weber não é muito conhecido no meio pedagógico, por ser considerado um pensador que tem sua obra mais vinculada à interpretação da política capitalista moderna. Mas mesmo assim, acho necessário conhecer um pouco mais sobre este intelectual muito importante para as Ciências Sociais.
Uma questão interessante é a leitura que ele realizou sobre o surgimento do modo de produção capitalista, sendo que essa leitura está vinculada especificamente à Reforma Protestante de Martin Lutero e João Calvino.
Max Weber se propôs a explicar o surgimento do modo de produção capitalista, não pelo viés econômico (como fez Marx), mas pela questão subjetiva dos indivíduos e de como essas ações (lembrando que ele desenvolve a questão da ação social afetiva, tradicional, racional com relação a fins e racional com relação a valores) geram os fenômenos sociais.
Para Weber, em alguns países do ocidente europeu, a ética protestante instituiu alguns valores que ajudaram a criar em certos indivíduos, predisposições morais e motivações para se envolverem na produção e no comércio típico capitalista.
Na crença protestante, os homens já nascem predestinados à salvação ou ao inferno, embora não pudessem saber ao certo o seu destino. Para tentar fugir de serem vistos como pecadores, eles dedicaram-se a glorificar a Deus por meio do trabalho e da busca pelo sucesso na profissão. Com isso, princípios como disciplina, dedicação ao trabalho, vocação, poupança são sinônimos de salvação, sendo essas características, na leitura de Weber, essenciais para o surgimento do capitalismo, pois a grande dedicação ao trabalho resultaria no sucesso e enriquecimento.
A citação abaixo nos mostrará melhor como Weber pensou nos princípios do protestantismo como eixo inicial do capitalismo:
Nesse sentido, o protestantismo: 1) separa radicalmente o homem de Deus, já que os desígnios d'Ele não podem ser conhecidos pela limitada mente humana; 2) desenvolve a teoria da Predestinação (já que não podemos agir moralmente e assim garantir a salvação, só podemos imaginar que alguns são predestinados à salvação, embora não possamos nos certificar de quais são os escolhidos); 3) como substituto à idéia católica das boas ações que garantem a salvação, cria-se a idéia de que o sucesso na vida mundana é um sinal de que se é predestinado. Com isso, o protestantismo cria uma ética inteiramente nova: a ética do trabalho. Se Deus quer a Glória, se todo o Universo é criado para a Glória de Deus, e se os homens são escolhidos ou não nesse Universo por Deus, sem que nós possamos garantir nenhuma salvação, então apenas podemos nos contentar (e procurar nos tranquilizar) com a idéia de que, se somos prósperos, se engrandecemos a glória divina, então devemos ter sido escolhidos. Daí porque a riqueza é o sinal de nossa salvação, e consequentemente, a ética é a da produção da glória divina, a produção da prosperidade, da riqueza. No entanto, esta riqueza deve ser produzida para a Glória de Deus e não para a glória humana mundana. O sinal da salvação é dado pela prosperidade do homem que acumula, e não pelo homem que gasta - pois este último não trabalha pela glória de Deus, portanto não deve ser um escolhido.A ética protestante, como ética do trabalho feito para a acumulação (e não para os gastos, as despesas, o consumo da riqueza) é o fator cultural determinante para o desenvolvimento do capitalismo, segundo Weber.
Interessante essa leitura, não acham? Como os princípios religiosos podem, de certa forma, reestruturar questões econômicas e políticas? Por isso, a importância de compreendermos todos os fenômenos sociais como importantes para a formação do homem.
Continuando na questão da sociedade capitalista, Weber coloca que as diversas formas de dominação existentes são fruto das ações dos homens, visto que na leitura weberiana é o individuo que constitui a sociedade através da ação que realiza. Essa ação pode ser política, cultural, amorosa, econômica dentre outras, mas sempre terá uma finalidade. Nesse sentido, acredito ser interessante compreendermos um pouco mais a questão da dominação política, em virtude de representar os interesses de toda uma população.
As formas de dominação instituídas por Weber (a tradicional, a carismática e a legal) são representações do poder instituídas pelos próprios homens. 
( resposta da av2-questão 2), (OBS: achei a resposta um pouco fechada, fiquei com dúvidas, então fiz uma pesquisa, encontrei esse texto (Em sua obra "Economia e Sociedade", Weber classifica a Autoridade em três tipos, dependendo principalmente das bases da Sociedade em questão, ou seja, das bases de sua legitimidade: Racional-Legal, Tradicional, Carismática) 
Link do site http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/max-weber-e-os-tres-tipos-puros-de-dominacao-legitima/43721/ 
 Vamos focalizar a dominação legal que representa o Estado Capitalista Democrático, ou seja, a Democracia.
Para Weber, a dominação legal é aquela em que a obediência baseia-se na observação de estatutos, leis, normas e acordos estabelecidos em sociedade.(resposta da av2- questão 1) Vamos pensar em como isso se efetiva nas escolas?
Se pensarmos na escola como uma instituição inserida na teia de relações sociais, podemos perceber que ela é constituída por diversas regras, que possibilitam muitas atividades: os currículos, os conteúdos, a hierarquia, as políticas educacionais que direcionam um sistema educacional nacional. Para que as escolas funcionem, torna-se necessário a instituição de um inúmero conjunto de regras e normas que direcionem a prática pedagógica. Dentro dessa prática pedagógica, instituem-se práticas burocráticas, que dão direção ao processo de ensino de um país, por exemplo: Imaginem se cada escola ensinasse conteúdos que achassem interessante para seus alunos, sem seguir um plano geral, instituído socialmente. Cada aluno seria formado de uma forma, teria acesso a conteúdos restritos a vontade de professores e da direção pedagógica. Quero deixar bem claro, que não estou falando de homogeneização de ensino (onde todos devem apreender da mesma forma, tirando a autonomia da escola, a especificidade da região e o trabalho e autonomia do professor), mas sim, da necessidade de um direcionamento geral para o processo de ensino aprendizagem de um país. Por isso a existência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96), dos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Nesse contexto, existe a formação os professores também dentro de uma diretriz. Em nosso caso, temos a diretriz nacional do curso de Pedagogia, que estabelece categorias essenciais para a formação do pedagogo, sendo que para Weber isso representa a burocratização do processo de ensino, necessário ao desenvolvimento da sociedade capitalista moderna. Interessante o pensamento weberiano sobre a nossa sociedade, não é?
Só gostaria dereafirmar um aspecto: todos os autores trabalhados interpretaram a sociedade capitalista em um determinado momento histórico, tendo cada um uma leitura especifica sobre essa realidade. Não existe um pensador certo e outro errado, o que existe são diferentes pontos de vista sobre o mesmo objeto de estudo, sendo essencial discernirmos as categorias trabalhadas por Durkheim, Marx e Weber dentro de suas teorias, pois cada uma trás um conjunto de especificidades. Devemos ter cuidado para não “misturar” as categorias explicativas no que chamamos ecletismo teórico ou seja, relacionar aspectos que são diferentes ideologicamente, dando a entender que toda teoria explicativa da realidade social é igual.
Reafirmando o que disse no final do nosso texto: O que é importante salientar, é que nenhum dos pensadores trabalhados fornece em suas teorias, métodos e técnicas prontas para a Educação, mas apontam como é extremamente importante o papel do processo educativo na construção da sociedade, para o indivíduo, para a classe e, portanto, para a nossa história.
GLOSSÁRIO:
e.cle.tis.mo sm (gr eklektismós)
1. Método filosófico ou científico que reúne diversas teses conciliáveis entre si, compendiadas de sistemas distintos, prescindindo do que eles têm de incompatíveis.
2. Escola filosófica representada pelo francês Vítor Cousin, segundo a qual há em todo homem um "sentido da verdade", que lhe permite descobrir um fragmento ou aspecto da verdade total.
3. Hábito ou liberdade de escolher o que se julga melhor, na política, nas artes etc. Var: ecleticismo
A importância da cultura na formação da sociedade.
Pessoal, chegamos a nossa última web aula! Debatemos muito até aqui e aprendemos que existem várias formas de compreender a realidade social, ainda mais quando falamos em cultura. Em nossa teleaula, vimos a importância de compreender a diversidade cultural em virtude do processo negativo do etnocentrismo, que centra a leitura de mundo em uma única e possível manifestação cultural, o que gera preconceito e discriminação.
Dentro dessa discussão, gostaria de abordar a temática da diversidade cultural e a formação da sociedade brasileira.
Basta pensarmos em nosso processo de ensino aqui na Unopar Virtual. Estamos em contato direto com um grande número de municípios, em todas as regiões do Brasil, onde o dialeto, a forma de se vestir, a culinária dentre outros aspectos podem ser considerados diferentes. Falamos que existem muitos “Brasis” dentro do Brasil.
Chico Buarque, compositor brasileiro, conseguiu trabalhar a questão da diversidade cultural existente em nosso pais em sua obra, especificamente na música Paratodos (1993).[leia a letra da música aqui!]
Analisando a letra da música, podemos perceber que as origens de Chico Buarque estão vinculadas as diversas regiões do Brasil e consequentemente as especificidades culturais de cada grupo. Nesse sentido, acredito ser importante compreendermos como essa diversidade foi trabalhada por alguns autores da sociologia.
Pela antropologia, cultura é o modo como os indivíduos ou comunidades respondem as suas próprias necessidades e desejos simbólicos. O ser humano, ao contrário dos animais, não vive de acordo com seus instintos, isto é, regido por leis biológicas, invariável para todas as espécies, mas a partir da sua capacidade de pensar, a realidade que o circunda o faz construir novos significados para essa natureza, que vão além daqueles percebidos imediatamente. A essa construção simbólica, que vai guiar toda ação humana, dá-se o nome de cultura. A cultura, nesse sentido amplo, engloba a língua que falamos, as idéias de um grupo, as crenças, os costumes, os códigos, as instituições, as ferramentas, a arte, a religião, a ciência, enfim, toda as esferas da atividade humana(reposta da av2-questão 3).Mesmo as atividades básicas de qualquer espécie, como a reprodução e a alimentação, são realizadas de acordo com regras, usos e costumes de cada cultura particular. Os rituais de namoro e casamento, os usos referentes à alimentação (o que se come, como se come), o preparo dos alimentos, o tipo de roupa que vestimos, a língua que falamos, as palavras de nosso vocabulário, tudo isso é regulado pela cultura à qual pertencemos. A função da cultura é tornar a vida segura e contínua para a sociedade humana. Ela é o "cimento" que dá unidade a um determinado grupo de pessoas que dividem os mesmos usos e costumes, os mesmos valores. Deste ponto de vista, podemos dizer que tudo o que faz parte do mundo humano é cultura.
Para compreendermos o processo de constituição da cultura brasileira, devemos voltar ao processo de colonização do Brasil, pois a formação do povo brasileiro iniciou-se nesse momento, em que o povo europeu entra em contato, através das grandes navegações, com o povo indígena que já habitava as terras brasileiras. Junto a esse momento, o povo negro, fruto do processo escravista, também faz parte da formação do que convencionamos chamar de cultura brasileira. Somos fruto da miscigenação das raças branca X negra X indígena.
Para refletirmos melhor sobre a condição histórica desse processo, elenquei três autores que de certa forma, no campo da sociologia e da antropologia, explicam a cultura brasileira: Gilberto Freire, Florestan Fernandes e Darcy Ribeiro.
Gilberto Freire, (resposta da av2-questão 4), autor pernambucano, foi o primeiro estudioso sobre a cultura brasileira. Em seu livro “Casa Grande e Senzala” de 1933, Freire escreve que a integração social entre o negro, o branco e o índio efetuou-se de forma harmoniosa, sendo que essa miscigenação proporcionou um equilíbrio entre os diversos grupos culturais, sendo que essa “mistura” se deu sobre relações sociais que se fundamentavam sobre o trabalho escravo e no poder do senhor de engenho e da família patriarcal, um dos processos da colonização portuguesa no Brasil.
Dessa relação, surgiria uma cultura genuinamente brasileira, fundamentada na fusão dos vocabulários das raças, nas práticas diárias, nas crenças e nas representações de poder, o que segundo Freire resulta em um processo de democratização racial entre os indivíduos. É dessa relação entre poder e sobrevivência, respectivamente entre brancos e negros, que surgiria uma cultura propriamente brasileira expressa na fusão do vocabulário das duas raças, nas práticas diárias, nas crenças e nas representações de poder, o que resultou em um processo democratização racial entre os indivíduos. 
Muitos estudiosos acreditavam que a leitura feita por Freire era romântica e não apresentava a questão da contradição existente entre os diversos grupos culturais existentes no Brasil. Florestan Fernandes é um desses autores de cunho marxista, que acreditava que a leitura freiriana mascarava a questão do conflito de classes existentes entre dominantes e dominados, estabelecendo a diferença entre os grupos como algo natural.
Em seu livro (resposta da av2-questão 5) “A integração do Negro na Sociedade de Classes” de 1978, Florestan busca compreender o processo de exclusão do negro na formação da cultura brasileira. Para Fernandes, o negro e sua cultura sempre participaram do processo de desenvolvimento do país, mas sempre em posição de inferioridade dentro da estrutura social.
 Visto que no inicio do processo de colonização eles eram visto como mercadorias e depois da abolição da escravidão em 1888, a presença do negro sempre foi vinculada ao trabalho não capacitado.
Nesse processo, a sociedade brasileira ideologicamente e historicamente colocou o negro a margem da sociedade, visto que com o desenvolvimento do capitalismo no Brasil (desenvolvimento das cidades, da produção, comércio) os negros passaram a concorrer com os trabalhadores imigrantes (alemães, italianos, japoneses), que já estavam acostumados com o trabalho nos princípios do modo de produção capitalista. Vamos ilustrar um pouco essa questão: Imagine um negro, que antes da abolição da escravidão era visto como mercadoria:
ergio Buarque de Holanda também discute de forma interessante o que chamamos da formaçãodo homem cordial. Em seu livro Raízes do Brasil (2003), a formação da cultura brasileira tem relação com o período de transição do Brasil tradicional para uma ordem moderna, onde o modelo agrário, rural e patriarcal dava lugar para o modelo industrial, urbano e democrático.
A formação da cultura brasileira tem relação o período que o Brasil atravessava desde o século XIX sob uma prolongada crise de transição de uma ordem tradicional a uma ordem moderna. Tratava-se de uma revolução lenta, com a superação de um modelo agrário, rural e patriarcal, por um outro modelo - industrial urbano e democrático. A dificuldade de ultrapassagem para esta última fase se originava de uma série de entraves que a estrutura colonial havia legado e que se manifestava desde então no modo de ser do brasileiro. Premido entre os novos imperativos da civilização ocidental e os condicionantes arcaicos da sua formação histórica, o Brasil assistia a um impasse na definição de seu destino (HOLLANDA, 2007).
Nesse contexto, podemos estabelecer a relação entre o português, o índio e o negro, fundado na questão da dominação legal do branco sobre as outras culturas, instituindo uma relação de superioridade e de poder sobre o homem simples (fruto da mistura de raças). Sendo assim, esse homem cordial aceita as estruturas sociais vigentes, sem questionar, pois é muito forte culturalmente, o domínio de uma classe sobre a outra.
Abordamos aqui três autores importantes para a discussão da formação do povo brasileiro, cada um com sua leitura de mundo que possibilitou várias interpretações sobre a nossa cultura.
Independente da concepção teórica (marxista ou tradicional) podemos chegar a uma conclusão sobre a diversidade cultural brasileira: Somos fruto do processo de miscigenação das raças. O que devemos ter claro enquanto educadores, que esse processo muitas vezes é visto de forma etnocêntrica, sendo essencial possibilitarmos aos nossos alunos a real e histórica constituição da cultura brasileira, elencando suas contradições e especificidades.
O vídeo abaixo é fruto de um documentário sobre o livro “O povo brasileiro” de Darcy Ribeiro e sintetiza bem nossa discussão. Antes de finalizar, quero deixar um questionamento: Podemos compreender a cultura brasileira e consequentemente a forma como ela se coloca em nossa sociedade (escola, família, meios de comunicação de massa) sem analisá-la historicamente?

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