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* CARACTERÍSTICAS GERAIS DO VÍRUS RECIFE, 2016 * VISÃO GERAL Veneno em latim = vírus Um vírus é um agente infeccioso Parasita intracelular obrigatório Antes da teoria dos germes Plantas Animais Humanos - Infecções benignas - Gripes e verrugas Graves Câncer AIDS Poliomielite Genoma pequeno - Fácil manuseio - Descobertas do metabolismo celular. Doenças causadas por venenos. * Diversidade de tamanho e formas Encontrados de duas formas: Extracelular = virion (partícula submicroscópica) Intracelular – REPLICAÇÃO VIRAL Menores agentes infecciosos 12 a 400 nm Bactérias 1000nm Poder de resolução do microscópio óptico é de cerca de 200nm. Visão de um vírus, no microscópio/varredura. * Tamanho dos vírus * * Simples DNA ou RNA Em 2000 descoberta exceção. Um capsídeo (para proteger o genoma) Capa protéica Envoltório * Envelope protéico com uma camada dupla lipídica cuja presença é usada para distinguir espécies. COMPOSIÇÃO Incapazes de crescimento independente em meio artificial, podendo replicar apenas em células animais, vegetais e microrganismos. * Minivírus - Descoberto em 1992 - pneumonia (La Scola et al. (2003) A giant virus in amoeba. Science, 299:2003.) Capsídeo de 500 nm de diâmetro Presença de DNA e RNA (!!) Suzan-Monti et al. (2006) Genomic and evolutionary aspects of Mimivirus. Virus Res.,117:145-155. * * Capsídeo O agrupamento das proteínas virais dá ao capsídeo sua simetria, PROTEÇÃO E RIGIDEZ. Icosaédrica ou helicoidal. Genoma + capsídeo = nucleocapsídeo. Formado por subunidades = Protômeros Agrupamento = Capsômeros * SIMETRIA DO CAPSÍDEO Duas configurações geométricas: Helicoidal - em forma de bastão ou mola Icosaédrica - esférica ou simétrica * O capsídeo é construído de múltiplas cópias de um mesmo tipo de polipeptídeo (encontrado nos capsídeos helicoidais) ou de um pequeno número de polipeptídeos diferentes (capsídeos icosaédricos). * SIMETRIA HELICOIDAL Os capsídeos com simetria helicoidal, consistem em unidades repetidas de uma única espécie de polipeptídeo que se associa com o ácido nucléico viral formando um cilindro helicoidal. Cada unidade de polipeptídeo (protômero) é ligada, por pontes de hidrogênio, aos protômeros vizinhos, * Vírus Helicoidais * SIMETRIA ICOSAÉDRICA Os capsídeos com este tipo de simetria são mais complexos do que aqueles com simetria helicoidal, pois consistem em diversos polipeptídeos diferentes agrupados em subestruturas denominadas capsômeros que se ligam um ao outro por pontes de hidrogênio, formando um icosaédrico. * O genoma está localizado dentro do espaço vazio criado pela estrutura icosaédrica rígida * * GENOMA O vírus pode ser de DNA ou RNA com fita simples (single stranded, ss) ou dupla (double stranded, ds) em ambos os casos. O tipo de ácido nucléico é o principal critério de classificação do vírus. Os mais comuns são RNAss e os DNAds, porém, todos os tipos tem importância clínica. * ENVELOPE É uma membrana rica em lipídeos que circunda o nucleocapsídeo. Grande importância na classificação da família viral. Um vírus não envelopado é um “vírus nu”. Os envelopados apresentam um nucleocapsídeo flexível e enovelado dentro do envelope (esférico) * Deriva da membrana celular do hospedeiro, porém, as proteínas da membrana celular são substituídas por proteínas específicas do vírus, conferindo assim antigenicidade viral específica à partícula. Devido à presença de lipídeos no envelope, os vírus envelopados são éter- sensíveis. Vírus perde a infectividade As gliproteínas do envelope, por estarem expostas na superfície, constituem os principais antígenos virais. * * Bacteriófago Pequeno vírus que infectam apenas bactérias. Da mesma forma que vírus que infectam eucariontes, os fagos consistem em uma proteína exterior protetora e no material genético (dupla hélice). Alguns são virulentos a célula tenha ao ser invadida, eles imediatamente iniciam seu processo de reprodução, e em pouco tempo "lisam" (destroem) a célula, lançando novos fagos. A bactéria Vibrio é inofensiva, e se torna Vibrio cholerae por um fago, causando a cólera. * CLASSIFICAÇÃO DOS VÍRUS Os vírus são classificados em família e subfamília de acordo com : * o tipo e a estrutura do ácido nucléico viral * a estratégia utilizada na sua replicação * o tipo de simetria do capsídeo (helicoidal versus icosaédrico) * presença ou ausência de um envelope lipídico * Em uma família de vírus, diferenças em propriedades adicionais específicas como: a gama de hospedeiros, as reações sorológicas, as sequências de aminoácidos das proteínas virais, o grau de homologia dos ácidos nucléicos, formam a base para divisão em gêneros e espécies. Espécies do mesmo vírus isoladas de diferentes localidades geográficas podem apresentar diferenças na sequência de nucleotídeos. Neste caso elas são referidas como linhagens da mesma espécie. * VÍRION Partícula estrutural completa com estruturas adicionais (capsídeo, proteínas, envelope) que funciona como um sistema de fornecimento que circunda uma carga útil de ácido nucléico, que é o genoma viral. Esse sistema oferece também as enzimas necessárias para o início da replicação viral - um processo obrigatoriamente intracelular. * Dependente de organelas e enzimas do hospedeiro Geralmente promove a morte e lise da célula hospedeira. Ciclo lítico Estágios do ciclo lítico/infecção produtiva 1) Adsorção 2) Penetração 3)Síntese dos componentes virais 4) Montagem/maturação 5) Liberação Replicação viral Alterar a estrutura e/ou função da célula infectada; Promover a replicação; Promover a formação de partículas. * 1) Adsorção Primeiro estágio Contato íntimo célula (receptor) -vírus (proteína, anti-receptor) Fraca incialmente (reversível) Ligação mais forte (irreversível) ESPECÍFICA Vírions colidem ao acaso com sítios na superfície celular. Aprox. 103 colisões Cargas negativas – repelem Sítios receptores específicos CD4 (receptor HIV) * 2) Penetração Entrada e liberação do material genômico viral. Mecanismos: Injeção do ácido nucléico (bacteriófagos através de barreira da parede celular, e da membrana contígua); Endocitose (mediada por receptores) Vírus englobados pela membrana citoplasmática. Fusão do envelope viral (vírus envelopados) Fusão com a membrana. Translocação A partícula viral inteira é translocada através da MC. * * 3) Síntese de componentes virais A infecção viral leva a produção de milhares de novas partículas viras. Antes da síntese são necessários arranjos: - Remoção do capsídeo; - Síntese de novas enzimas. - Período de latência - período de tempo em que não há aumento do número de partículas virais infecciosas. * PERÍODO DE ECLIPSE ou LATÊNCIA *Após fixar-se à célula do hospedeiro, o vírus perde a capacidade de infectar outras células. O tempo decorrido entre a entrada inicial e a desmontagem do vírus-mãe à montagem do primeiro vírion da progênie é o que representa o período de eclipse. Neste período ocorre a síntese dos componentes do vírus. Nos vírus humanos esse período leva de uma a vinte horas. * 4) Montagem/maturação - União das proteínas e ácidos nucléicos virais. - Ligações não covalentes aos constituintes dos vírus. - Componentes de baixo PM combinam-se em questões de minutos, para formar partículas de alto PM. 5) Liberação - Existe um limite de vírus armazenado. - A célula morre ou cessa o suprimento de dos fatores para a continuidade da replicação. - Vírus dissemina-se de uma célula para outra. * CRESCIMENTO EXPONENCIAL O número de vírus produzidos dentro da célula infectada aumenta exponencialmente por um período de tempo e depois estaciona. A carga viral máxima varia para cada sistema vírus-célula.Reflete o equilíbrio entre a velocidade com que os componentes virais continuam a ser sintetizados e montados em vírions. * Reflete a velocidade com que a célula perde a capacidade sintética e a integridade estrutural necessária para produzir novas partículas virais. Ocorre entre 8 a 72 horas ou mais, com cargas de 100 a 10.000 vírions por célula. * Ciclo lítico: Tipo reprodutivo Ciclo lisogênico: Integração do ác. nucléico da célula ao viral. Início da síntese de componentes virais. * Alguns possuem cópias de oncogenes em seu genoma. Alguns estimulam oncogenes do hospedeiro. Alguns interferem com a repressão de tumor, quando inseridos no gene repressor. Como vírus podem causar câncer? * Bons estudos! * * * * * Figure: Figure 09-03 Caption: Comparison of naked and enveloped virus, two basic types of virus particles. * * * *
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