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Advocacia administrativa Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa. TRÁFICO DE INFLUÊNCIA Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995) O que tutela esse crime? O prestígio da Administração Pública, uma vez que, nesse delito, o agente, sob a alegação de possuir influência, prestígio, junto à Administração Pública, reclama vantagem de outrem a pretexto de exercer influência nos atos por ela praticados. O que configura o crime? O agente solicitar, exigir, cobrar ou obter para si ou para outrem vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. Há assim, uma mercancia, venda de suposta influência exercida pelo agente junto à Administração Pública em troca de vantagem. Essa conduta não configura o crime de estelionato? Veja-se que, em tese, as hipóteses figuradas configuram o delito de estelionato, uma vez que o agente induz as pessoas em erro, sob o falso argumento de possuir prestígio junto à Administração Pública, com o fim de obter indevida vantagem. Contudo, antes de configurar crime contra o patrimônio, em virtude do prejuízo material causado às vítimas ludibriadas, sobreleva o interesse em proteger o prestígio, o bom nome da Administração Pública. O funcionário sobre o qual o agente alega exercer influência pode ser imaginário? Esse funcionário tanto pode existir quanto ser imaginário. Sujeito Ativo: Qualquer pessoa, inclusive o funcionário público. Sujeito Passivo: - Estado; - Aquele que compra o prestígio, isto é, que paga ou promete a vantagem, visando obter algum benefício, o qual pode ser lícito ou não. Elemento Subjetivo: Dolo. Consumação: O crime, nas modalidades solicitar, exigir e cobrar, consuma-se com a prática de uma dessas ações criminosas, independentemente da obtenção da vantagem almejada. Trata-se, portanto, de crime formal. Já na modalidade obter, o crime se consuma no momento em que o agente obtém a vantagem ou sua promessa. É, portanto, delito material. Tentativa: É possível. Exemplo: Solicitação, exigência ou cobrança de vantagem por carta, a qual é interceptada antes de chegar ao destinatário. Exploração de prestígio Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas referidas neste artigo. Este crime tem semelhança com o estelionato? Na verdade, consoante a doutrina, esse crime é um verdadeiro estelionato, uma vez que o agente obtém vantagem ilícita induzindo o indivíduo em erro. Em que consiste a fraude? Em afirmar que exerce influencia sobre as pessoas indicadas no artigo. Sujeito Ativo: Crime comum. Sujeito Passivo: Estado e vítima iludida com a fraude, que foi lesada em seu patrimônio. Quando se consuma esse crime? No momento em que é realizado o pedido de dinheiro ou de qualquer outra vantagem, independentemente de a vítima aceitar ou não a solicitação. Na conduta receber, com a efetiva obtenção da vantagem. Tentativa é possível? Na modalidade solicitar, admite-se, desde que o pedido seja escrito. Na modalidade receber ocorre a tentativa no momento em que o agente é impedido, por circunstâncias alheias a sua vontade, de obter a vantagem.
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