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Custos de Produção em Microeconomia

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Aula 7:Os Custos De Produção De Uma Firma
Nesta aula, você irá:
1- Aprender quais são os custos de produção.
2- Conhecer os tipos de custos existentes.
3- Perceber a diferença entre análise de custos a curto e longo prazo.
4- Entender graficamente a evolução dos custos de produção.
5- Aprender o que é uma isocusto.
Introdução
Nesta aula explica-se o que são os custos de produção, suas peculiaridades e suas análises gráficas. Tais discussões são importantes para se entender como as unidades de produção tendem a determinar o comportamento da sua oferta, dados os objetivos que as empresas possam ter, na produção do seu produto final.
Análise introdutória
Segundo Vasconcellos, no estudo da microeconomia, a teoria da produção, conforme já estudamos, prende-se mais as questões tecnológicas, ou físicas, entre os insumos e a quantidade de produção. Já os custos de produção, prendem-se mais aos valores monetários que tendem a ser gastos com a utilização desses insumos (ou fatores) de produção e que determinarão a chamada curva de oferta da firma.
Nesta seção iremos ver o comportamento dos custos (de produção) da empresa (ou da firma) associado à produção de determinada quantidade de um dado produto (bem ou serviço). Neste caso, novamente, é utilizada a distinção entre o curto e o longo prazo.
Custos de produção a curto prazo
No caso do período de tempo de curto prazo, pelo menos um dos fatores de produção está fixo e, neste sentido, o custo total (CT) da firma é formado pela soma do custo associado à utilização do fator de produção fixo (CF) mais o custo pela utilização do fator de produção variável (CV). Melhor dizendo, esquematicamente, tem-se:
CT = CF + CV
O comportamento do custo de produção pode ser visto melhor a partir do diagrama a seguir, onde:
Como se pode observar pela figura, o custo total (assim como o custo variável, com exceção do custo fixo) tende a aumentar em função do aumento da quantidade produzida. Uma vez que o tamanho da firma é constante a curto prazo, a curva de custo total terá a mesma forma do custo variável.
Por outro lado, se pegarmos a fórmula do custo total a curto prazo e dividirmos pela quantidade produzida (q), teremos os custos médios, isto é: CTMe = CVMe + CFMe  Ao mesmo tempo se trabalharmos com a relação entre a variação do custo total (ΔCT) com a variação da quantidade de produção (Δq), tem-se o que é definido como custo marginal, sendo este o custo de se produzir uma unidade a mais (extra) do produto da firma, ou seja: CMg = (ΔCT / Δq).
ATENÇÃO
Cabe destacar que os custos marginais não são influenciados pelos custos fixos (invariáveis a curto prazo.
Graficamente, verificamos os seguintes diagramas a seguir relacionando as curvas de custos médios e de custo marginal.
Os formatos destas curvas estão inclusos ao que nós estudamos na teoria da produção a curto prazo, ou seja, à lei dos rendimentos decrescentes (ou dos custos crescentes). Mas cabe destacar que a primeira figura acima mostra que o custo fixo médio (CFMe) é decrescente ao longo do processo produtivo. Por que? A explicação é simples, ou seja, o custo fixo (CF) permanece inalterado (invariável) e na medida em que se aumenta o volume de produção, o CFMe irá diminuindo (tendendo a ter um valor igual a zero). Como o custo total médio é o resultado da soma entre o custo fixo médio e o custo variável médio, sendo o CFMe maior do que zero, o CTMe será maior do que o CVMe, mas as duas curvas de CTMe e de CVMe tendem a se aproximar em função do aumento de q.
Graficamente, as curvas de custo total médio, de custo variável médio e de custo marginal são curvas com formatos em U. Isto quer dizer que, inicialmente, estes custos são decrescentes, pois ha pouca quantidade de trabalho para uma grande quantidade de capital, o custo total cresce em proporções cada vez menores e, neste sentido, há uma queda dos custos médios (total e variável) e do custo marginal. Atinge-se um ponto de mínimo, isto significa que satura-se a utilização do capital (que é fixo). Pós este ponto, os custos são crescentes, pois a contratação de mais trabalho tende a não trazer aumentos proporcionais de produção, melhor dizendo, o custo total cresce em proporções cada vez maiores e os custos médios e marginal são crescentes. A todo esse processo tem-se o que os economistas definem como sendo a lei dos custos crescentes (em curto prazo).
A longo prazo, conforme já estudado por nós, todos os fatores de produção são variáveis, incluindo o tamanho ou a dimensão da empresa. Neste sentido, o custo total é igual ao custo variável: como CF = 0 >>> CT = CV; da mesma forma, temos que: CTMe = CVMe , que chamaremos de CMeLp.
Sabendo-se que o comportamento dos custos de longo prazo está relacionado ao tamanho ou dimensão (da planta de produção) para poder operar neste espaço de tempo, a curva de custo médio total a longo prazo terá também um formato em U. Este formato refere-se ao que os economistas e administradores chamam de economias de escala, onde todos os fatores de produção (inclusive a dimensão da empresa) estão variando.
Logo, em cada ponto da curva abaixo, de longo prazo, demonstra-se então que a empresa tem um elenco de possibilidades de produção de curto prazo, com diferentes escalas de produção (tamanho), que ela pode escolher no seu planejamento de longo prazo.
Pelo gráfico, ao nível do ponto q, temos o ponto de mínimo desta curva de custo médio de longo prazo (CMeLp), onde encontramos o tamanho ótimo (ou a dimensão, ou a escala ótima) de produção da empresa, com ganhos de produtividades. Porém, pós este ponto de mínimo, o CMeLp começa a crescer, ou seja, apresenta-se depois deste ponto a existência de economias de escala decrescentes (ou deseconomias de escala).
Segundo Vasconcellos, “(...) Da mesma forma que o consumidor, coeteris paribus, deve obedecer a uma restrição orçamentária, a empresa também costuma ter um orçamento definido, que será utilizado na aquisição dos fatores produtivos.” (p. 131). Por esta colocação, podemos dizer que toda a empresa tem o seu orçamento e este é transmitido pelo custo total de que a empresa apresenta em função dos preços (r e w) dos seus fatores de produção. A partir daí podemos, então explicar o que é isocusto.
Isocusto
A curva de isocusto (ou linha de isocusto) representa um conjunto de todas as combinações possíveis dos fatores (K e N) de produção que mantém constante o orçamento (ou o custo total) da empresa. Sendo que essa curva é apresentada a partir da expressão:
CT = wK + RN
Para concluir, é interessante notar que, dados os preços dos fatores (w e r), se, conforme são apresentadas as setas azuis, a empresa aumenta a contratação de um fator, deverá reduzir a aquisição de outro fator, se deseja manter constante o orçamento gasto, por isso a inclinação da isocusto ser negativamente inclinada.
	
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Microeconomia

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