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Aula07: Relações de custo/volume/lucro A relação custo/volume/lucro é a relação que o volume de vendas tem com os custos e lucros. O planejamento do lucro exige uma compreensão das características dos custos e de seu comportamento em diferentes níveis operacionais. A demonstração do resultado do exercício reflete o lucro somente em determinado nível de vendas, não se prestando à previsão de lucros em diferentes níveis de atividade. Ponto de equilíbrio A empresa está no ponto de equilíbrio quando ela não tem lucro ou prejuízo; nesse ponto, as receitas totais são iguais aos custos totais ou despesas totais. Considerando o exemplo da empresa Alfa, vamos calcular seu ponto de equilíbrio: A análise das relações entre custo/volume/lucro e o conceito de ponto de equilíbrio têm algumas limitações. Veja. Os custos fixos são fixos dentro de determinado volume de produção, se a empresa aumentar seu volume de produção além de certos limites, seus custos fixos se elevarão, mas não proporcionalmente às quantidades. As retas de custos e despesas totais e receitas totais nem sempre são lineares. A análise supõe a existência de um único produto ou que a composição de vendas seja mantida. O volume de produção é praticamente igual ao volume de vendas, não havendo variações nos estoques iniciais e finais. A análise do Ponto de Equilíbrio é fundamental nas obrigações referentes a investimentos, nos planejamentos de controle do lucro, no lançamento ou corte de produtos e para análise das alterações do preço de venda, conforme o comportamento do mercado. � Ponto de Equilíbrio Contábil, Econômico e Financeiro Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC) É obtido quando há volume (monetário ou físico) suficiente para cobrir todos os custos e despesas fixas, ou seja, o ponto em que não há lucro ou prejuízo contábil. É o ponto de igualdade entre a Receita Total e o Custo Total (soma dos custos e das despesas). Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) É a quantidade que iguala a receita total com a soma dos custos e despesas acrescida de uma remuneração mínima (custo de oportunidade) sobre o capital investido pela empresa. Assim, ocorre quando existe lucro na empresa, e esta busca comparar e demonstrar o seu lucro em relação à taxa de atratividade que o mercado financeiro oferece ao capital investido. Margem de contribuição (Mg C) No custeio variável, todos os custos e despesas variáveis (inclusive as despesas de vendas e administração) são deduzidos da Receita de Vendas, embora as despesas variáveis não façam parte do custo do produto, resultando na Margem de Contribuição. A Margem de Contribuição podem ser medidas das seguintes formas: Margem de Contribuição Total Mg C = RV – CV Margem de Contribuição Unitária Mg C U = PVU - CVU Para se entender melhor a Margem de Contribuição, é necessário entrar em algumas definições: Margem de Contribuição Total É um conceito de extrema importância para o custeio variável e para tomada de decisões gerenciais. Em termos de produto, a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos e despesas variáveis. Margem de Segurança É o espaço limitado pelo nível de produção e de vendas considerado normal e pelo nível do ponto de equilíbrio. Esse nível normal situa-se acima do ponto de equilíbrio e, evidentemente, localiza-se entre este e o de capacidade máxima. Alavancagem Operacional Mede o impacto das variações de produção e de vendas sobre o lucro operacional. Se duas empresas têm vendas e custos variáveis iguais, apresentarão a margem de contribuição, porém, aquela que apresentar custo fixo total maior terá lucro operacional menor e grau de alavancagem maior, acontecendo o contrário com a outra, cujo lucro operacional será maior. Grau de alavancagem operacional É a relação proporcional de lucro e o de produção física ou de receita total, tendo como referência o nível de operação normal. Toma-se um ponto qualquer acima do ponto de equilíbrio, chamado nível de alavancagem, e determina-se a relação existente entre ele e o nível de operação normal da empresa. Análise de sensibilidade e incerteza Análise de sensibilidade e incerteza é uma técnica de simulação que examina o quanto um resultado será alterado se os dados da previsão inicial não forem obtidos ou se alguma suposição fundamental for alterada. A sensibilidade para diversos possíveis resultados amplia as perspectivas dos gerentes para o que poderia de fato ocorrer, apesar de seus planos terem sido bem estabelecidos. Um aspecto da análise sensibilidade é a margem de segurança que é o excesso das receitas orçadas sobre o ponto de equilíbrio da receita. A margem de segurança é a resposta para questões do tipo: se as receitas orçadas estiverem acima do ponto de equilíbrio e caírem, o quanto elas podem ficar abaixo do orçado antes de atingir o ponto de equilíbrio? Tal queda poderia estar relacionada a um competidor que tenha um melhor produto, a um marketing malfeito etc. A análise de sensibilidade é um enfoque para reconhecer a incerteza que é possibilidade de que uma quantia real se desvie da quantia esperada. Um outro enfoque é calcular valores esperados usando a probabilidade de distribuição. Planejamento de custos e o CVL O planejamento do lucro, em toda a sua complexidade, considera que existem vários direcionadores de receita e de custo. A análise de CVL é um caso específico que, num número restrito de condições, pode auxiliar os gerentes na compreensão do comportamento dos custos totais, das receitas e do lucro operacional à medida que correm mudanças no nível de atividade, preço de venda, custos variáveis ou custos fixos. A análise CVL pode sinalizar para os gerentes o baixo risco e o alto potencial de retorno das alternativas que diferem em custos fixos e variáveis. Quando a análise CVL é aplicada numa Empresa com múltiplos produtos, considera-se que o mix de venda dos produtos permanece constante quando o número de unidades vendidas se altera.
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