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Aplicação da Pena Privativa de Liberdade

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APLICAÇÃO DA PENA 
PRIVATIVA DE LIBERDADE
Aplicação da pena 
privativa de liberdade
A atividade de aplicar a pena, consiste em fixá-la, na sentença, depois de superadas todas as etapas do devido processo legal, em quantidade determinada e respeitando os requisitos legais, em desfavor do réu a quem foi imputada a autoria ou participação em uma infração penal. (Cleber Masson)
Aplicação da pena 
privativa de liberdade
Cuida-se de ato discricionário juridicamente vinculado. O juiz está preso aos parâmetros que a lei estabelece.
Teoria das margens: limites mínimos e máximo para a dosimetria da pena.
Aplicação da pena 
privativa de liberdade
Pressuposto: A culpabilidade do agente, constituída por imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa.
Sistema de aplicação da pena 
Método trifásico (elaborado por Nelson Hungria) – artigo 68 do Código Penal:
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento.
CIRCUNSTÂNCIAS
Circunstâncias legais: são as previstas no Código Penal e pela legislação penal especial. 
Espécies: 
- qualificadoras – ex. artigo 121, § 2º do CP;
- Atenuantes e agravantes: ex. art 61 do CP;
- Causas de diminuição ou aumento de pena: art. 121, § 1º do CP.
CIRCUNSTÂNCIAS
Circunstâncias judiciais: são as relacionadas ao crime, objetiva ou subjetivamente – art. 59 do CP;
Possuem natureza residual ou subsidiária, pois somente incidem quando não configuram circunstâncias legais.
CIRCUNSTÂNCIAS
Circunstâncias judiciais depende da valoração do juiz;
Circunstâncias legais têm função obrigatória na individualização da pena.
Compensação entre circunstâncias: possível se na mesma fase;
AGRAVANTES GENÉRICAS E 
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
AGRAVANTES	
- Previstas taxativamente na parte geral do CP;
- Deve respeitar o limite mínimo e máximo abstratamente cominado pelo lei;
- Seu aumento é definido pelo juiz no caso concreto;
- Aplicada na segunda fase;
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
- Previstas tanto na parte geral do CP (ex. arts, 70, 71) e parte especial do CP (ex. art. 155, § 1º do CP;
- podem elevar a pena acima do limite máximo;
- são previstas em quantidade fixa;
- aplicada na terceira fase.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA e QUALIFICADORA
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
	
- são utilizadas na terceira fase da aplicação da pena, funcionam exclusivamente como percentuais para a elevação da pena em quantidade fixa ou variável.
Encontram-se previsão tanto na parte geral como na parte especial do CP e em legislação especial;
QUALIFICADORAS
- Têm penas próprias, dissociadas do tipo fundamental, pois são alterados os próprios limites (mínimo e máximo). 
Já usado na primeira fase da aplicação da pena;
Jamais previstas na parte geral do CP;
ATENUNANTES GENÉRICAS E CAUSAS DE DIMINUIÇÃO DE PENA 
ATENUANTES
- Previstas na parte geral do CP, mas pode ocorrer também em leis especiais.
- Abrandamento deve observar o limite mínimo abstratamente previsto na pena;
- é definido pelo juiz no caso concreto.
- Aplicada na segunda fase;
CAUSAS DE DIMINUIÇÃO DE PENA
- Previstas na parte geral (ex. art. 16, 21 CP) e na parte especial (ex. art. 121, § 1º e art.155, § 2º CP) e legislação especial (§ 4º do art. 33 da Lei 11.343/06);
Quantidade fixa ou variável de redução de pena;
Pode reduzir a pena abaixo do mínimo e aplicada na 3ª fase;
Súmula 231 do STJ
A incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Apropriação indébita
        Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
        Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
         § 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:
        I - em depósito necessário;
        II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;
        III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
Dano
        Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
        Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
        Parágrafo único - Se o crime é cometido:
        I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
      ...  
        Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Furto
        Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
        Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
        § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
        § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
Crime continuado
        Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços
Art. 61 do CP- São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
        I - a reincidência; 
        II - ter o agente cometido o crime: 
        a) por motivo fútil ou torpe;
        Art. 65 do CP - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
        I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; 
Homicídio 
        Art. 121. Matar alguém:
        Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
                § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
        § 2° Se o homicídio é cometido:
        I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
Art. 298 da Lei 9503/97: São circunstâncias que sempre agravam as penalidades dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a infração:
        I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros;
        II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas;
        III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
        IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de categoria diferente da do veículo;
        V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga;
      
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime

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