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DIREITO ADMINISTRATIVO I - CCJ0010 
 
SEMANA 2 
 
 
Caso Concreto: O prefeito do município “P", conhecido como 
João do “P”, determinou que, em todas as placas de 
inauguração das novas vias municipais pavimentadas em seu 
mandato na localidade denominada “E”, fosse colocada a 
seguinte homenagem: “À minha querida e amada comunidade “E”, 
um presente especial e exclusivo do João do “P”, o único que 
sempre agiu em favor de nosso povo!” O Ministério Público 
estadual intimou o Prefeito a fim de esclarecer a questão. 
Na qualidade de procurador do município, você é consultado 
pelo Prefeito, que insiste em manter a situação. Indique o 
princípio da Administração Pública que foi violado e por que 
motivo. 
 
No caso em tela, o princípio violado é o da impessoalidade. 
 
Quando o agente público atua, não é a pessoa do agente quem 
pratica o ato, mas o Estado – órgão a quem ele representa. 
Corresponde, portanto a teoria do órgão (ou teoria da 
imputação volitiva). Assim sendo, a vontade do agente público 
se confunde com a própria pessoa jurídica estatal, não 
admitindo danos causados a terceiros, ou mesmo seu 
conhecimento pelo benefício gerado a coletividade. 
 
Como corolário deste princípio, o art. 37 da CF estabelece: 
 
“A publicidade dos atos, programas, obras, 
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá 
ter caráter educativo, informativo ou de 
orientação social, dela não podendo constar 
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem 
promoção pessoal de autoridade e servidores 
públicos” 
 
De fato, caso se admitisse a realização de propaganda 
pessoal, estar-se-ia atribuindo a uma conduta estatal ao 
próprio agente público, o que não se pode admitir, uma vez 
que atuou investindo de múnus público para o exercício de 
atividade do Estado. 
 
Na mesma esteira. Vejamos: 
 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. 
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO: § 6º DO 
ART. 37 DA MAGNA CARTA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD 
CAUSAM. AGENTE PÚBLICO (EX-PREFEITO). PRÁTICA DE 
ATO PRÓPRIO DA FUNÇÃO. DECRETO DE INTERVENÇÃO. 
O § 6º do artigo 37 da Magna Carta autoriza a 
proposição de que somente as pessoas jurídicas 
de direito público, ou as pessoas jurídicas de 
direito privado que prestem serviços públicos, 
é que poderão responder, objetivamente, pela 
reparação de danos a terceiros. Isto por ato ou 
omissão dos respectivos agentes, agindo estes na 
qualidade de agentes públicos, e não como 
pessoas comuns. Esse mesmo dispositivo 
constitucional consagra, ainda, dupla garantia: 
uma, em favor do particular, possibilitando-lhe 
ação indenizatória contra a pessoa jurídica de 
direito público, ou de direito privado que 
preste serviço público, dado que bem maior, 
praticamente certa, a possibilidade de pagamento 
do dano objetivamente sofrido. Outra garantia, 
no entanto, em prol do servidor estatal, que 
somente responde administrativa e civilmente 
perante a pessoa jurídica a cujo quadro 
funcional se vincular. Recurso extraordinário a 
que se nega provimento. 
 
(STF - RE: 327904 SP, Relator: Min. CARLOS 
BRITTO, Data de Julgamento: 15/08/2006, Primeira 
Turma, Data de Publicação: DJ 08-09-2006 PP-
00043 EMENT VOL-02246-03 PP-00454 RTJ VOL-00200-
01 PP-00162 RNDJ v. 8, n. 86, 2007, p. 75-78)

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