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02/08/2017 S.E.U (Sistema Educacional Uninove) http://www5.uninove.br/seu/SISTEMA/SEU_MNU0001.php 1/5 Introdução a ética e legislação profissional Oportunizar ao aluno uma reflexão crítica sobre ética e moralidade e sua relação com a contabilidade. Ética e Moral: reflexão crítica sobre ética e moralidade sua relação com a Contabilidade O que é ética? Sobre os aspectos conceituais da ética, existem muitos pontos de vistas de vários autores. Segundo Sá (2015), em seu sentido de maior amplitude, a ética tem sido entendida como a ciência da conduta humana perante o ser e seus semelhantes. De forma simplificada Lisboa (2007) define ética como sendo um ramo da filosofia que lida com o que é moralmente bom ou mau, certo ou errado. Conforme entendimento de Moreira (2003), a ética é sinônimo de moral, mas na verdade a ética é parte da moral, onde ela trata da conduta humana, enquanto a moral é a norma dirigida do bem, é a ciência do bem. 02/08/2017 S.E.U (Sistema Educacional Uninove) http://www5.uninove.br/seu/SISTEMA/SEU_MNU0001.php 2/5 Murcho (2015), afirma que são três as áreas da ética: a. ética aplicada - que se dispõe a trabalhar os problemas práticos como o aborto; b. ética normativa - como o próprio nome diz, estabelece regras ou códigos de comportamento; e Ética é parte da moral que trata da conduta humana 02/08/2017 S.E.U (Sistema Educacional Uninove) http://www5.uninove.br/seu/SISTEMA/SEU_MNU0001.php 3/5 c. metaética - reflete sobre a natureza da própria ética. Torna-se relevante citarmos, conforme veremos mais adiante, a ética nas atividades profissionais, onde o cidadão necessita ser possuidor de princípios ou valores próprios do ser humano para vivenciá-los nas suas atividades de trabalho. A cerca da ética profissional contábil, geralmente os contabilistas são atraídos a se utilizar de práticas inadequadas no exercício de sua profissão. São exemplos dessas práticas: criar falsas receitas; esconder participações em outras empresas; desaparecer com dívidas, etc. Estas práticas indevidas são muitas vezes solicitadas pelos donos ou administradores das empresas. Assim, o cumprimento da ética profissional contábil, remonta a consciência de que não basta informar e que se deve também mostrar o significado das informações, tem sido uma tendência moderna dentro de uma esfera ética da profissão. Já a expressão moral equivale a normas utilizadas no dia a dia, orientando os sujeitos em suas ações e julgamentos, para que possa ter uma visão clara acerca do que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau. Em outras palavras, a moral designa um conjunto de normas que, em determinado meio, propõe diretrizes para o comportamento dos homens. Diante das considerações citadas, podemos entender a expressão ética como indicativo de princípios que baliza a conduta das pessoas ou de determinada profissão e lida com o que é moralmente bom ou mau, certo ou errado. O sistema capitalista e o lucro, sob a perspectiva ética O capitalismo selvagem, que antes indicava que ética e lucro são conceitos incompatíveis tem, atualmente, uma visão diferente, pois a economia globalizada tem demonstrado que a ética pode vir a se constituir em elemento de valor empresarial. Neste sentido, torna-se relevante discursar sobre a relação entre consumidor e produtor, lucro e lucro ético. Os problemas básicos da economia estão na relação entre consumidor (benefício do produto) e produtor (lucro do produto) haja vista que o lucro é parte do sistema capitalista que existe para fomentar a produção e é o resultado de todo investimento. Surgi agora o lucro ético, que significa reinvestir uma parcela do resultado do lucro em ações sociais objetivando destacar a imagem da empresa, utilizando também nas fases de busca, elaboração e beneficiamento, na relação entre empresa e empregado, na distribuição do produto e na relação com o consumidor. As empresas que incorporam o conceito ético ganham notoriedade e tendem a paradigmar seu nicho mercadológico, conforme explica Arruda (2002 apud WHITAKER, 2015), exemplificando que elas procuram trabalhar honestamente, com bons produtos e profissionais envolvidos na produção, tendo sucesso e sendo reconhecidas. Portanto, o sistema capitalista e o lucro deverão estar sob o amparo da ética, pois esta cosmovisão (visão geral do mundo) influencia na construção de organizações empresariais que respeitam clientes, colaboradores, fornecedores, governos e ambientes naturais. Ética como fator estratégico no capitalismo Atividades socialmente responsáveis comprovam com a melhoria da imagem empresarial junto aos consumidores, acionistas, comunidade financeira e outros públicos relevantes. Isto porque as empresas descobriram que práticas éticas e socialmente responsáveis simplesmente são negócios saudáveis que resultam em uma imagem benéfica, e, no final das contas, em maiores vendas. O contrário também é verdadeiro: percepções de falta de responsabilidade social por parte de uma empresa afetam negativamente as decisões de compra do consumidor. (SCHIFFMAN; KANUK, 2000, p.12 apud FORMENTINI; OLIVEIRA, 2015). Neste sentido, emerge o conceito de Responsabilidade Social Empresarial (RSE). A seguir, descrevem-se alguns conceitos pertinentes a RSE: Quadro 01 – Conceitos de RSE. AUTOR CONCEITO DE RSE 02/08/2017 S.E.U (Sistema Educacional Uninove) http://www5.uninove.br/seu/SISTEMA/SEU_MNU0001.php 4/5 Quiz Exercício Final Banco Mundial (2002) SER é o compromisso empresarial de contribuir para o desenvolvimento econômico sustentável, trabalhando em conjunto com os empregados, suas famílias, a comunidade local e a sociedade em geral para melhorar sua qualidade de vida, de maneiras que sejam boas tanto para as empresas como para o desenvolvimento. Ashley (2002, p.6-7) A responsabilidade social pode ser definida como o compromisso que uma organização deve ter com a sociedade, expresso por meio de atos e atitudes que a afetem positivamente, de modo amplo, ou a alguma comunidade, de modo específico. (....) Assim, numa visão expandida, responsabilidade social é toda e qualquer ação que possa contribuir para a melhoria da qualidade de vida da sociedade. Grajew (2001) Apenas a responsabilidade social é capaz de promover uma drástica transformação no quadro humano e ambiental brasileiro e mundial. Ashley (2002, p.03) O mundo empresarial vê, na responsabilidade social, uma nova estratégia para aumentar seu lucro e potencializar seu desenvolvimento. Fonte: Formentini e Oliveira (2015). Alguns autores, todavia, esclarecem que a RSE é apenas uma estratégia do capitalismo. A “responsabilidade social da empresa” baseia-se em ampliar seus lucros, haja vista que apenas indivíduos podem ter responsabilidades: uma organização não pode tê-las. Será que os administradores, desde que permaneçam dentro da lei, possuem outras responsabilidades no exercício de suas funções além daquela que é aumentar o capital dos acionistas? Minha resposta é não. (FRIEDMAN, 1970 apud KREITLON, 2015). A idealização de um “capitalismo benigno” mistifica as verdadeiras forças que impulsionam a atividade empresarial, assim como as pressões por eficiência e lucratividade a que empresas e gestores estão submetidas, contribuindo para reforçar o paradigma neoliberal, as quais preconizam a iniciativa individual e privada como resposta à ineficiência burocrática do Estado e também como prevenção à politização de conflitos sociais. Ato contínuo, a RSE acaba servindo para que se evitem questionamentos éticos efetivamente radicais a respeito das relações entre empresas e sociedade. (JONES, 1996; PAOLI, 2002 apud KREITLON, 2015). A dicotomia que a RSE proporciona a atividade empresarial (se é efetivamente uma empresa responsável ou se apenas utiliza a terminologia para alcançar visibilidade e maiores lucros) deve ser analisada sob aégide ética, pois através da história de cada empresa, os cidadãos poderão formalizar seus conceitos, definindo-as como verdadeiramente éticas, ou não. Introdução a ética e legislação profissional 02/08/2017 S.E.U (Sistema Educacional Uninove) http://www5.uninove.br/seu/SISTEMA/SEU_MNU0001.php 5/5 Referências CAMARGO, Marculino. Fundamentos de ética geral e profissional. 2 ed. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2001. FORMENTINI, Márcia; OLIVEIRA, Tiago Mainieri de. Ética e responsabilidade social: repensando a comunicação empresarial. Disponível em: < file:///C:/Users/cleidecoimbra/Downloads/0189.pdf >. Acesso em: 02 jun. 2015. KREITLON, Maria Priscilla. A ética nas relações entre empresas e sociedade: Fundamentos Teóricos da Responsabilidade Social Empresarial. Disponível em: < file:///C:/Users/cleidecoimbra/Downloads/TEXTO+02.pdf>. Acesso em: 03 jun. 2015. LISBOA, Lázaro Plácido (Coord.). Ética geral e profissional em contabilidade. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 174 p. MOREIRA, Joaquim Manhães. A Ética Empresarial no Brasil. São Paulo: Thomson, 2003. 246 p. MONTEIRO, Teresa Murcia Leite; CHACON, Márcia Josienne Monteiro. Um caso de ética profissional: a relação das empresas com os conselhos de contabilidade. 10. Seminário Acadêmico de Contabilidade. [Recife]: Faculdade de Ciências Humanas Esuda, 2005. f. 10-12. MURCHO, Desidério. Ética e moral: distinção indistinta. Disponível em: <http://criticanarede.com/fil_eticaemoral.html>. Acesso em: 01 jun. 2015. SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 312 p. WHITAKER, Maria do Carmo . Transparência dá lucro?. Disponível em: < http://www.eticaempresarial.com.br/site/pg.asp? pagina=detalhe_artigo&codigo=62&tit_pagina=ARTIGOS&nomeart=s&nomecat=n >. Aceso em: 02 jun. 2015. >
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