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PARASITOLOGIA, agentes etiologicos

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RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS
No seio de uma comunidade biológica, o equilíbrio entre as populações depende das interações que se estabelecem entre as diferentes espécies.
Quando em um habitat duas ou mais espécies competem pelos mesmos objetivos, sejam eles alimentos, substâncias químicas determinadas, luz, espaço, locais de nidação ou qualquer outra coisa, estabelece-se entre ambas uma ação desfavorável que reduz a curva de crescimento populacional de cada uma, até que a mais afetada seja eliminada pela outra.
ECOLOGIA –Ciência que estuda os seres vivos em seu ambiente natural.
BIÓTOPO ou HABITAT – região onde as espécies vivem
BIOCENOSE ou BIOTA – espécies de seres vivos que ocupam um biótopo
NICHO ECOLÒGICO – papel que um dado organismo desempenha no ecossistema
ECOSSISTEMA – conjunto formado por uma área natural e todos os organismos que habitam e ai se desenvolvem
POPULAÇÃO - conjunto de organismos de mesma espécie
COMUNIDADE – conjunto de espécies que coexistem numa dada região
GÊNERO – ex. Leishmania sp.
ESPÉCIE – Leishmania. braziliensis, Leishmania. amazonensis 
	O gênero deve ser escrito com letra maiúscula, enquanto a espécie deve ser escrita com letra minúscula. 
Em caso de digitação, o nome científico deve estar em itálico (Plasmodium vivax) e em caso manuscrito, deve ser sublinhado.
FORMAS DE ASSOCIAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS
As relações harmônicas ou interações positivas são aquelas em que não há prejuízo para nenhum dos indivíduos da associação.
As relações desarmônicas ou interações negativas são aquelas em que pelo menos um indivíduo da associação sai prejudicado.
Intra-específicas
Amensalismo
Predatismo
Canibalismo
Comensalismo
Protocooperação
Mutualismo
Colônia
Sociedade
	
Interespecíficas
Intra-específicas
Interespecíficas
Relações harmônicas
Parasitismo
Relações desarmônicas
Competição intra-específica
Competição interespecífica
Além das relações ecológicas até aqui consideradas, observa-se que, na natureza, os organismos estabeleceram entre si associações mais íntimas, de que resultam melhores condições de sobrevivência. Essas associações podem ser inter e intraespecíficas.
1) RELAÇÕES HARMÔNICAS
1.1- Relações harmônicas intra-específicas 
 São inter-relações que podem ser evidenciadas entre indivíduos de uma mesma população, ou seja, entre indivíduos de uma mesma espécie. 
. Sociedades - São relações entre indivíduos da mesma espécie, organizados de um modo cooperativo e não ligados anatomicamente. Os indivíduos componentes de uma sociedade se mantêm unidos graças aos estímulos recíprocos. Ex: alcatéia, cardume, manada de búfalos, homem, térmitas (cupins), formigas, abelhas. 
 
. Colônias - São associações harmônicas entre indivíduos de uma mesma espécie, anatomicamente ligados, que em geral perderam a capacidade de viver isoladamente. A separação de um indivíduo da colônia determina a sua morte. 
-Quando as colônias são constituídas por organismos que apresentam a mesma forma (isomorfas) não ocorre divisão de trabalho. Todos os indivíduos são iguais e executam todas as funções vitais. 
Ex: as colônias de corais (celenterados), de crustáceos do gênero Balanus (as cracas).
-Quando as colônias são formadas por indivíduos com formas e funções distintas, (heteromorfas) ocorre uma divisão de trabalho. 
Ex: celenterado da espécie Phisalia caravela popularmente conhecida por "caravelas". Elas formam colônias com indivíduos especializados na proteção e defesa (os dactilozóides), na reprodução (os gonozóides), na natação (os nectozóides), na flutuação (os pneumozóides), e na alimentação (os gastrozóides).
1.2 – Relações harmônicas interespecíficas 
São as relações que acontecem entre indivíduos pertencentes a espécies diferentes. São geralmente mais complexas.
. Protocooperação ou cooperação 
		É a associação entre indivíduos de espécies diferentes em que ambos se beneficiam, mas cuja coexistência não é obrigatória. 
		Exemplos: as associações entre o paguro-eremita e as anêmonas-do-mar, o pássaro-palito. 
O paguro-eremita (ermitão) e as anêmonas-do-mar – O paguro é um crustáceo As anêmonas, graças aos seus tentáculos que elaboram substâncias urticantes, afugentam os possíveis predadores do paguro. Este, ao se locomover, transporta a concha com anêmonas, aumentando muito a área de sua alimentação. Trata-se de um caso de protocooperação, porque tanto o paguro como a anêmona podem viver isoladamente. Como conceituamos, a coexistência de ambos não é obrigatória
- O pássaro-palito e o crocodilo - os crocodilos que vivem do rio Nilo, ao dormirem, podem deixar a boca aberta. 0 pássaro-palito aproveita essa oportunidade para se alimentar dos parasitas (sanguessugas) e restos de alimentos encontrados entre os dentes e na boca do crocodilo. Dessa forma, o pássaro-palito livra o crocodilo dos parasitas indesejáveis e, ao mesmo tempo, alimenta-se. 
. mutualismo – também conhecida como simbiose É a associação entre indivíduos de espécies diferentes na qual ambos se beneficiam. Esse tipo de associação é tão íntima, que a sobrevivência dos seres que a formam torna-se impossível, quando são separados. 
Como exemplos podemos citar: os líquens, as associações entre cupins e protozoários e entre herbívoros com bactérias e protozoários. 
Líquens - são constituídos pela associação mutualística entre algas e fungos. A alga realiza a fotossíntese e cede ao fungo parte da matéria orgânica sintetizada. O fungo, além de proteger a alga, cede-lhe umidade e sais minerais que absorve. Esse tipo de relação é benéfico para ambos. Permite a sobrevivência do líquen em lugares onde, isoladamente, a alga e o fungo não teriam chance. Os líquens podem ser encontrados em troncos de árvores, nas rochas nuas, nos desertos. 
Cupins e protozoários - Os cupins ou térmitas utilizam em sua alimentação produtos ricos em celulose, como a madeira, o papel. Contudo são incapazes de digerir a celulose, por não fabricarem a enzima celulase. Por isso, abrigam em seu intestino um protozoário flagelado denominado Tryconinpha. A celulose, uma vez digerida, serve de alimento para ambos. Os cupins fornecem ao protozoário abrigo e nutrição e, em troca, recebem os produtos da degradação da celulose. 
Ruminantes e microrganismos - os animais ruminantes, do mesmo modo que os cupins, não fabricam a enzima celulase. Como os alimentos que ingerem são ricos em celulose, também abriga em seu estômago grande número de protozoários e bactérias capazes de fabricar a enzima celulase. A celulose serve de alimento para os herbívoros, as bactérias e os protozoários. A partir daí estabelece-se uma relação mutualística, em que as bactérias e os protozoários fornecem aos herbívoros produtos da digestão da celulose. Os herbívoros, por sua vez, fornecem abrigo e nutrição a esses microrganismos.
. comensalismo – quando duas espécies se associam com benefício apenas de uma delas e sem causar prejuízo à outra. Nos casos mais clássicos de comensalismo, uma espécie usa os restos alimentares de outra.. No entanto, pode-se considerar comensalismo qualquer tipo de benefício recebido. Pode ser do tipo foresia (do grego phoresis, levar; transporte de uma espécie por outra), inquilinismo (uso de outra espécie como abrigo), epifitismo (uso de uma espécie como suporte de fixação) e epizoísmo (uso de outro animal para fixação)
Rêmora e tubarão – a rêmora (peixe-piolho) se prende ao corpo do tubarão por meio de uma nadadeira dorsal transformada em ventosa de fixação. Além dos restos de comida, a rêmora consegue um eficiente meio de transporte.
2) RELAÇÕES DESARMÔNICAS
2.1 Relações desarmônicas intra-específicas
. Canibalismo: um indivíduo mata outro da mesma espécie para se alimentar; 
.  Competição intra-específica: indivíduos da mesma espécie disputam recursos insuficientes oferecidos pelo ecossistema.
2.2 Relações desarmônicas interespecíficas
. Parasitismo – o parasita retira do animal parasitado todos, ou parte dos materiais de que necessita. Podem ser ectoparasitos(parasitos externos:> berne, bicho-de-pé) ou endoparasitos (parasitos internos, das cavidades naturais ou tecidos, dependem totalmente e seu hospedeiro como fonte nutritiva)
. Amensalismo - Consiste numa relação desarmônica em que indivíduos de uma população secretam substâncias que inibem ou impedem o desenvolvimento de indivíduos de populações de outras espécies. 
 	EX: É o caso bem conhecido dos antibióticos, que, produzidos por fungos, impedem a multiplicação das bactérias. Esses antibióticos são largamente utilizados pela medicina, no combate às infecções bacterianas. 
	O mais antigo antibiótico que se conhece é a penicilina , substância produzida pelo fungo Penicillium notatum. 
	
	Outro caso de amensalismo é conhecido por maré vermelha.
	Sob determinadas condições ambientais, certas algas marinhas microscópicas, produtores de substâncias altamente tóxicas, apresentam intensa proliferação, formando enormes manchas vermelhas no oceano. Por essa razão, a concentração dessas substâncias tóxicas aumenta, provocando grande mortalidade de animais marinhos. 
. Predatismo – nesse tipo de relação, um organismo (chamado predador) mata outro (presa) para se alimentar. O predatismo é um fenômeno bastante freqüente na natureza. Um caso bem conhecido ocorre entre mamíferos carnívoros (predadores) e mamíferos herbívoros (presas).
HOSPEDEIROS
São requisitos ecológicos do parasitismo circunstâncias tais como ocuparem os hospedeiros (ao menos temporariamente) o mesmo biótopo, onde ocorrem as formas infectantes ou os vetores do parasito. 
Se as espécies não forem simpátricas (syn, mesmo; patria, lugar), ou se não houver um encontro no espaço e no tempo, não poderá haver transmissão do parasito
VETOR – transmissor, haja ou não desenvolvimento ou multiplicação do parasito.
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO – hospedeiro invertebrado do parasito
HOSPEDEIRO DEFINITIVO – aquele que abriga o parasito adulto
HOSPEDEIRO NATURAL – não sofre com o parasitismo, garante a perpetuação da espécie e funciona como fonte de infecção para outros animais ou para o homem
HOSPEDEIROS ANORMAIS – aqueles que se ressentem do parasitismo, adoecendo ou morrendo em conseqüência
HOSPEDEIRO ACIDENTAL – é aquele em que raramente ocorre a presença de determinado parasito, não podendo portanto ser considerado como um elo obrigatório do ciclo vital deste último.
CICLOS BIOLÓGICOS DOS PARASITOS
Os seres vivos costumam apresentar características e funções que se modificam ciclicamente no decurso do tempo, em geral dentro do lapso de tempo de cada geração; é sua evolução ontogenética ou ontogênese (do grego ontos, ser, indivíduo; e genos, origem). Os protozoários podem alternar fases císticas com outras de vida vegetativa, ou ciclos sexuados com outros sexuados.
QUANTO AO CICLO BIOLÓGICO DOS PARASITOS
* PARASITOS MONOXENOS – (monos, único; xenos, estrangeiro) - quando um único hospedeiro for necessário para que se complete o ciclo. 
 CICLOS MONOXENOS – transferência de hospedeiro a hospedeiro, sem necessidade de expor o parasito aos riscos do meio exterior
* PARASITOS HETEROXENOS – (heteros, outro) - quando o desenvolvimento de outras espécies exige sua passagem obrigatória através de dois ou mais hospedeiros, sempre na mesma seqüência e nas mesmas fases. Em cada um desses hospedeiros completa-se uma parte do ciclo vital do parasito.
 CICLOS HETEROXENOS – envolvem a participação de duas, três ou mais espécies de hospedeiros, nas sucessivas etapas de diferenciação do parasito, desde ovo até organismo adulto. O ciclo heteroxeno, sem fase de vida livre ou formas resistentes no exterior, apresentam-se com muita freqüência nas parasitoses de vertebrados, transmitidas por artrópodes hematófagos.
QUANTO A ESPECIFICIDADE PARASITÁRIA
Há parasitos para os quais uma única espécie pode desempenhar a função de hospedeiro, como o homem em relação ao Ascaris lumbricoides; há outros que admitem uma grande variedade de hospedeiros, como o Toxoplasma gondii.
* PARASITOS ESTENOXENOS – (stenos, estreito) - mostram muito estritos, quanto a hospedeiros.
* PARASITOS EURIXENOS – (eurys, largo, amplo; xenos, estrangeiro, estranho) admitem ampla variedade de hospedeiros possíveis
	QUANTO A OBRIGATORIEDADE DO PARASITISMO
*PARASITOS FACULTATIVOS – parasitismo ocasional ou acidental. Ex. N. fowleri, que penetram eventualmente através da mucosa nasal de banhistas e causam meningencefalites.
*PARASITOS OBRIGATÓRIOS – parasitismo frequente. Ex. ciclo de vida livre e de outra parasitária dos helmintos
CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA A EXISTÊNCIA DE UM FOCO NATURAL:
FOCO NATURAL – determinada área de terreno onde a parasitose pode ocorrer
1)	Superposição de áreas habitadas pelos hospedeiros e vetores

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