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MANDADO DE SEGURANÇA MAGNÓLIA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ. 
		MAGNÓLIA, cearense, estado civil.., profissão.., portadora da Cédula de Identidade/Rg nº ...., residente e domiciliada na Rua .... nº ...., na Cidade de Caicó - CE, e-mail... representada pelo Defensor Público abaixo abaixo firmado, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência propor o seguinte: 
MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL C/C TUTELA DE URGÊNCIA
Em face do ESTADO DO CEARÁ, contra o ato coator praticado pelo SECRETÁRIO ESTADUAL DE SAÚDE, na pessoa de ...., autoridade pública que negou o fornecimento do medicamento, cuja sede é situada na Rua..., nº..., bairro...., município de Fortaleza/CE, pelos fatos e motivos que passa aduzir. 
DA COMPETÊNCIA: 
Conforme dispõe na Constituição do Estado do Ceará, em seu Art. 108, inciso VIII, alínea ‘’b’’, a competência é originária:
Art. 108. ‘’ Compete ao Tribunal de Justiça’’:
VII – ‘’ processar e julgar, originariamente’’:
b) ‘’ os mandados de segurança e os habeas data contra atos do Governador do Estado, da mesa e Presidência da Assembleia Legislativa, do próprio Tribunal ou de algum de seus órgãos, dos Secretários de Estado, do Tribunal de Contas do Estado ou de algum de seus órgãos, do Procurador-Geral do Estado, do Chefe da Casa Militar, do Chefe do Gabinete do Governador, do Controlador e do Ouvidor Geral do Estado, do Defensor Público-Geral do Estado, do Comandante Geral da Polícia Militar e do Comandante Geral de Bombeiros Militar’’.
DA TEMPESTIVIDADE 
A Impetrante ingressou com requerimento junto à Secretaria Estadual de Saúde no dia 11/10/2017, obteve resposta negativa no dia 15/10/2017, encontra-se, portanto, no prazo legal de 120 dias nos moldes de Lei nº 12.016/16, art. 23. 
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA: 
A Impetrante afirma expressamente, a Vossa Excelência, nos termos da declaração em anexo, que não tem condições de pagar às custas do processo, sem o prejuízo do seu próprio sustento, e de sua família, razão pelo qual requer desde já que lhe seja concedido o benefício da gratuidade de justiça nos exatos termos da Lei 1.060/50, acrescida das alterações estabelecidas pela Lei 7.115/83 e Lei 10.317/01, tudo em consonância com o art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal. 
DOS FATOS:
A Impetrante foi diagnosticada como portadora de uma doença com baixa frequência e diagnostico semelhante (CID...), em razão disso, lhe fora prescrito um medicamento de uso regular e constituo, de alto custo, conforme prontuário médico anexo. O referido medicamento compõe a lista de remédios fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), bem como, consta na relação de medicamentos excepcionais do Estado do Ceará. 
Sendo assim, como a Impetrante é pessoa humilde, sem recursos financeiros, procurou a central de distribuição estadual de medicamentos localizada no município de Caicó, no dia 10/10/2017 em busca do medicamento, todavia, foi informada que o fornecimento estava suspenso da lista do SUS e do Governo Estadual por prazo indeterminado, por ordens da Secretaria Estadual de Saúde.
Outrossim, no dia 11/10/2017, protocolou requerimento (anexo) do medicamento, junto à Secretaria de Estadual de Saúde, e no dia 15/10/2017 obteve a resposta (anexo), de que todos os medicamentos estavam suspensos por prazo indeterminado.
Por ser pessoa humilde, que não consegue arcar com os custos do medicamento e por extrema necessidade de fazer uso do mesmo, a Sra. Magnólia recorre ao judiciário para valer seu direito. 
DO DIREITO:
No caso em questão a Impetrante não conseguiu os medicamentos para o seu tratamento, que são de extrema importância para a manutenção de sua saúde, pois de acordo com a sua situação financeira, não tem como arcar com o pagamento dos medicamentos pela rede privada de saúde.
A Constituição Federal dispõe sobre o assunto:
Art. 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
A Lei n.º 8.080/90, que regula o Sistema Ú nico de Saúde, preceitua, no mesmo sentido, que :
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
I - a execução de ações:
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica;
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes princípios:
II - integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema.
Ainda, eis o entendimento jurisprudencial pacífico a respeito da matéria:
Ementa: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS A CIDADÃO HIPOSSUFICIENTE. DEVER CONSTITUCIONAL DO PODER PÚBLICO. I-O direito subjetivo à saúde está, no ordenamento jurídico pátrio, garantido por meio de norma programática insculpida no art. 196 da Constituição Federal. II-Constitui dever do Poder Público, em qualquer de suas esferas, assegurar a todas as pessoas o direito à manutenção da saúde, consequência indissociável do direito à vida. Precedentes do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça. III-Comprovada a necessidade do tratamento associada à falta de condições de adquirir o medicamento necessário, o cidadão poderá, sim, buscar proteção junto ao Poder Judiciário para que sejam disponibilizados pelo Estado os meios necessários ao adequado tratamento da enfermidade. IV- Mostra-se irrelevante o fato do medicamento postulado não está presente nas listas de medicamentos fornecidos pelo Sistema Único de Saúde - SUS, posto que tem o Estado o dever de garantir o direito subjetivo à saúde do cidadão. Súmula do TJPE, enunciado nº 18. V-Segurança concedida. TJ-PI - Apelação / Reexame Necessário REEX 200900010034890 PI (TJ-PI). Data de publicação: 18/07/2012.
Dessa forma, Excelência, conforme a lei e a jurisprudência supramencionada, resta claro o direito de conseguir os medicamentos pelo Poder Público.
DA TUTELA ANTECIPADA:
Da narrativa dos fatos é possível visualizar que o ato coator da Autoridade Municipal causou risco à vida da impetrante, pois os medicamentos negados são fundamentais para o tratamento que necessita ser reiniciado URGENTEMENTE.
Logo, Excelência, estão presentes todos os requisitos para a concessão da medida liminar que ora se pleiteia, visto o iminente risco de dano irreparável à vida da impetrante, ou seja, o perigo na demora no uso dos medicamentos pode causar a morte da impetrante (periculum in mora) e há também a verossimilhança das alegações ou aparência do bom direito, pois estão colacionados aos autos o Laudo médico que confirma a enfermidade, o pedido do medicamento e a afirmativa de negativa do impetrado (fumus boni iuris).
DOS PEDIDOS: 
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:
 Seja concedida a medida liminar pleiteada, para compelir o município de e o secretário municipal de saúde a fornecer a medicação necessária para o tratamento na rede pública de saúde ou arcar com o custo do medicamento na rede particular de saúde do município, sob pena de sequestro de valores dos cofres públicos ou prisão do secretário municipal de saúde;
Que, após a concessão da liminar seja notificado o poder público coator, na forma do artigo 7º, inciso I,da Lei 12.016/09.
 Seja julgado totalmente procedente o pedido para condenar o município de Caicó e o secretário municipal de saúde a fornecer a medição necessária para o tratamento na rede pública de saúde ou arcar com o custo do medicamento na rede particular de saúde do município, sob pena de sequestro de valores dos cofres públicos ou prisão do secretário municipal de saúde.
Sejam concedidos os benefícios da Assistência Judiciária, na forma da Lei 1.060/50, conforme declaração de rendimentos e encargos financeiros (doc. Anexo).
A Intimação do representante do Ministério Público.
Dá-se à causa o valor de R$ ....
Termos em que,
Pede deferimento
Caicó/CE, .... de .... de ....
_________________________
DEFENSOR PUBLICO 
OAB....

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