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Acidentes com Materiais Biológicos - Tabelas

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É uma emergência médica 
 
Risco Infeccioso com Materiais Pérfuro-Cortantes 
 
HBsAg (+) com HBeAg (+) à 50% 
HBsAg (+) com HBeAg (-) à 30% 
HCV à 2% 
HIV à 0,3% 
 
 
Materiais Biológicos com Risco 
 
• Sangue e qualquer fluido que o contenha 
• Sêmen e secreção vaginal (menos o HCV) 
• Saliva (apenas HBV, discutível) 
• Líquido pleural, pericárdico e peritoneal 
• Líquor 
• Leite materno 
 
Materiais Biológicos sem Risco 
 
• Suor 
• Lágrima 
• Fezes 
• Urina 
 
Forma de Exposição de Risco 
 
• Exposições percutâneas (82%) 
• Exposições cutâneas (14%) 
• Exposições em mucosas (3%) 
• Mordedura humana (quando envolver sangue 
(1%) 
 
Conduta Imediata do Profissional de Saúde em Caso 
de Exposição 
 
• Lavar a região exaustivamente com água e 
sabão ou detergente (não utilizar soluções 
irritantes como éter, álcool e hipoclorito) 
• Não se recomenda a expressão do local afetado 
para induzir sangramento. Não realizar 
procedimentos lesivos à pele 
• Em caso de exposição em mucosas, lavar com 
água corrente abundante ou soro fisiológico, 
repetindo várias vezes 
• Explicar a situação ao paciente-fonte e não 
liberá-lo por enquanto 
• Informar o ocorrido ao supervisor imediato e 
entrar IMEDIATAMENTE em contato com o 
setor responsável da unidade de saúde 
 
HIV 
 
• Persiste em até 2 horas viável em superfície 
• Transmissão à sangue e outros fluidos 
orgânicos, relação sexual, transmissão vertical 
• Soroconversão em até 6 meses, podendo 
chegar a 1 ano 
• Uso de TARV pós-exposição reduz o risco de 
infecção em até 10 vezes 
 
Fatores que Agravam a Exposição 
 
• Agulha com lúmen 
• Agulhas de grosso calibre 
• Lesão profunda 
• Agulha usada no interior de artéria ou veia 
• Presença de sangue visível no dispositivo 
• Carga viral elevada do paciente-fonte 
• Para exposição em mucosas: volume e tempo 
de exposição 
 
Conduta 
 
• Identificar as circunstâncias do acidente, para 
determinar seu risco e gravidade 
• Obter dados do paciente-fonte (sorologia 
prévia?) 
• Paciente HIV+, procurar saber: 
o Estágio da infecção 
o Carga viral 
o Histórico de tratamento 
• Se não há informação sorológica do paciente-
fonte, realizar teste rápido anti-HIV, após 
aconselhamento pré-teste e autorização do 
mesmo. 
 
ESQUEMA BÁSICO 
 
PREFERENCIAL ALTERNATIVO* 
AZT + 3TC TDF + 3TC d4T + 3TC 
 
*Intolerância ou contraindicação 
 
ESQUEMA EXPANDIDO 
 
PREFERENCIAL ALTERNATIVO* 
(AZT + 3TC) + TDF 
(AZT + 3TC) + LPV/r TDF + 3TC + LPV/r 
 
DURAÇÃO 28 dias 
 
 
 
 
 
 
 
Acidentes com Materiais Biológicos 
Guilherme Vale 2010.2 
	
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 Paciente-fonte Conhecido Paciente-fonte Desconhecido HIV + HIV - HIV ? 
Exposição Percutânea 
Maior Gravidade 
(Lesão profunda, sangue visível no 
dispositivo, agulha previamente inserida na 
veia/artéria, agulhas com lúmen e de 
grosso calibre) 
EXPANDIDO Não Em geral, Não Em geral, Não 
Menor Gravidade 
(Lesão superficial, ausência de sangue 
visível no dispositivo, agulha de sutura) 
EXPANDIDO Não Em geral, Não Em geral, Não 
Exposição de Mucosa ou Cutânea 
Maior Gravidade 
(Grande quantidade de material biológico, 
contato prolongado) 
EXPANDIDO Não Em geral, Não Em geral, Não 
Menor Gravidade 
(Pouca quantidade de material biológico, 
curto contato) 
BÁSICO Não Em geral, Não Em geral, Não 
 
Considerações 
 
• Deve ser iniciada dentro de 2 horas após o 
acidente 
• Benefício discutível após 48 horas. Prazo 
máximo à 72 horas 
• Na dúvida quanto à gravidade do acidente, 
iniciar quimioprofilaxia 
• O efeito protetor é de pelo menos 81% (AZT), 
porém menor que 100% mesmo com 3 drogas 
• Se há suspeita de resistência viral aos 
esquemas-padrão indicados, deve-se consultar 
um especialista (mas, até lá, iniciar esquema 
padrão) 
 
Seguimento 
 
• Sorologia anti-HIV (ELISA convencional) do 
profissional acidentado no momento zero e 
após 6 semanas, 3 meses e 6 meses. 
o 0, 6s, 3m, 6m 
• Monitorar toxicidade medicamentosa com 
hemograma e bioquímica 
• Teste de gravidez quando existir essa 
possibilidade 
 
Orientações 
 
• O profissional deve estar atento a sintomas de 
infecção aguda (geralmente na 3ª e 4ª semana 
após exposição) 
• Cuidados para com terceiros até que a infecção 
seja descartada 
• Mais de 50% dos profissionais acidentados 
sofrem efeitos colaterais 
o AZT à Mielossupressão (anemia, 
neutropenia) 
o LPV/r à Diarréia 
o TDF à Insuficiência Renal 
 
 
 
 
 
 
HEPATITE B 
 
• Pode persistir viável por até 1 semana sobre 
superfícies 
• Transmissão à sangue e outros fluidos 
orgânicos, relação sexual, transmissão vertical 
• Alta transmissibilidade, vacina extremamente 
eficaz 
• Soroconversão à 1 a 10 semanas (HBsAg) 
• Forma aguda à 5 a 10% vai para a fomra 
Crônica, 90 a 95% vai para a Cura 
 
Condutas 
 
• Verificar história vacinal do profissional 
acidentado (Se tem pelo menos 3 doses e 
controle sorológico positivo, nada a fazer) 
• Profissionais de saúde que já tiveram hepatite B 
-> Nada a fazer 
• Obter dados do paciente-fonte (sorologia 
prévia?) 
• Para a hepatite B, a gravidade da exposição 
não pesa na decisão quanto à profilaxia (alta 
infectividade) 
• Se não há informação sorológica do paciente-
fonte, realizar teste rápido para HBsAg 
 
 
Seguimento 
 
• Sorologias do profissional de saúde susceptível 
no momento 0, 3 e 6 meses após a exposição 
(HBsAg, anti-HBs, anti-HBc) 
o 0, 3m, 6m 
• Mesmos cuidados de transmissão secundária 
mencionados para o HIV, exceto quanto à 
amamentação, que a maioria dos autores 
(inclusive MS) não contra-indica. 
 
 
 
 
 
 
	
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Situação do Profissional 
Acidentado 
Situação do Paciente-fonte 
HBsAg + HBsAg - HBsAg ? 
Não vacinado Imunoglobulina + Iniciar 
vacinação Iniciar Vacinação 
Iniciar vacinação e avaliar 
risco (Imunoglobulina) 
Vacinado 
Resposta vacinal adequada Nada a fazer Nada a fazer Nada a fazer 
Resposta vacinal 
inadequada 
Imunoglobulina + Iniciar 
vacinação ou 
Imunoglobulina (2x) 
Iniciar vacinação Iniciar vacinação e avaliar risco (Imunoglobulina) 
Resposta desconhecida Testagem da imunidade do 
profissional acidentado 
(anti-HBs): 
> 10 mU/mL =	
  adequada 
< 10 mU/mL = inadequada 
Nada a fazer 
Testagem da imunidade do 
profissional acidentado 
(anti-HBs): 
> 10 mU/mL =	
  adequada 
< 10 mU/mL = inadequada 
 
 
HEPATITE C 
 
• Obter dados do paciente-fonte (sorologia 
recente?) 
• Se não há informação, recomenda-se a 
realização do anti-HCV (teste convencional) 
• Não há vacina nem profilaxia pós-exposição 
para hepatite c 
• O seguimento do profissional acidentado é 
importante para tratamento precoce, se for o 
caso 
• Como quimioprofilaxia, não há nada para fazer 
 
Seguimento e Orientação 
 
• Detectar precocemente 
• Sorologias do profissional de saúde no 
momento 0 e após 3 e 6 meses 
o 0, 3m, 6m 
• PCR para HCV-RNA 3 meses após o acidente 
• Dosagem de transaminases (TGO/TGP) no 
momento 0 e após 6 semanas, 3 meses e 6 
meses 
o 0, 6s, 3m, 6m 
• Cuidados de transmissão secundária

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