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MALÁRIA Doença infecciosa de notificação compulsória. Transmissão: picada da fêmea do Anopheles (darlingi, aquasalis, +3) ou induzida (congênita, transfusões, transplantes) – Aleitamento não transmite! Regiões tropicais: África subsaariana, Ásia, Am. Latina. No BR – Amazônia legal Criadores: água limpa de baixa correnteza, sombradas. Aquasalis – água salobras/lagoas Internação: P. falciparum>P.vivax>P.malariae, mas qtd: vivax>falciparum>malariae (não tem Ovale no BR) Aumento no 2º semetre, pós chuvas. Áreas estáveis: hiper (50-75%) e holoendêmicas (>75%) – pode ter parasitemia assintomática (<10.000). Instáveis: hipo (<10) e mesoendêmicas (11-50%) Ciclo: Humano: Esporozoítos móveis ( hepatócitos ( reprodução assexuada (merogonia) intra-hepática ou pré-eritrocitária ( liberação de merozoítos (10 a 30mil)- 8 dias ( eritrócitos ( trofozoítos ( consumo de hemoglobina e crescimento ( esquizonte ( reprodução assexuada (esquizogonia) intra-eritrocitária ( merozoítos ( sangue (fase sintomática) Vetor: ingestão de gametócitos (pós ciclos assexuados no falciparum e pós liberação do fígado) ( zigoto ( oocineto ( parede ( oocisto ( multiplicação ( esporozoítos ( hemolinfa ( gld salivar. (dura 8-30 dias) Hipnozoítos: formas latentes que demoram 3meses-1ano para reproduzir no hepatócito (P. vivax e P.ovale) Recidiva: Recaída: retorno da doença pós tratamento da forma sanguínea – P. vivax e P. ovale – em até 6m/5anos Recruscedência: falha terapêutica ou resistência a medicamentos – P. falciparum e P. malariae Patogenia: ERITRÓCITOS (anemia falciforme dificulta malária) Consumo de ptns, pp hemoglobina Alteração do formato – irregular, dificultando mobilidade e passagem nos vasos – pode obstruir P. falciparum: forma botões superficiais na membrana – aderência a eritrócitos normais (roséolas) e infectados (aglutinação) + seqüestro das formas maduras por órgãos (continuam a se desenvolver longe da defesa do baço) = aparecem apenas formas jovens no sangue periférico. Parasitemia >5% Outras 3: não seqüestro, aparecendo todos os estágios no sangue periférico. Parasitemia <2% Característica P. falciparum P. vivax P. ovale P. malariae Período para aparecer no sangue (parasitos) 8-25d 8-27d 9-17d 15-30d Reprodução assexuada no eritrócito 48h 48h 48h 72h Eritrócitos parasitados Todos Jovens Jovens Maduros Recaída por persistência no fígado (latentes) Não Sim (hipnozoítos) Sim (hipnozoítos) Não, mas pode persistir por 30 anos no eritrócito Resistência fármacos Sim (4) Sim – cloroquina Não Não Febre Terça maligna Terça benigna Terça benigna Quartã Recidivas Recruscedência Recaída Recaída Recruscedência Reação: Mecanismos de defesa inespecíficos Filtração esplênica – remoção de eritrócitos parasitados Macrófagos e citocinas (pelo rompimento eritrocitário) ( FEBRE: >40º lesiona formas maduras Paroxismo: ruptura dos eritrócitos + TNF (mau prognóstico) Fisiopatogenia: FEBRE: cafafrios ( súbita T:40º C ( sudorese profusa (desfervescência) // não imunes: febre contínua HIPOXEMIA: anemia e alterações microvasculares EVENTOS IMUNOLÓGICOS: Imunocomplexos: Sd. nefrótica, Linfoma e Esplenomegalia Quadro clínico: Inespecíficos: febre (não imunes >40º), mialgia (menor que a da dengue), fadiga, desconforto abdominal, cefaléia, náuseas, vômitos (densidade nos hepatócitos). NÃO ( Rigidez de nuca, fotofobia, adenomegalia Álgica: abre com diarréia tipo cólera + febre Sinais: febre, calafrio, alteração do nível de consciência, icterícia (leve em adultos), anemia, esplenomegalia (inf. repetidas), hepatomegalia leve (crianças). P. vivax – raros casos graves + Insuf. Renal e Problemas respiratórios P. malariae – quadro crônico, febril, com imunocomplexos. P. falciparum não complicada – 1-3 semanas Malária grave (P. falciparum) COMA (precedido por convulsões ou gradual) – ou alterações de consciência: altamente letal; hemorragia retiniana, 15% das crianças com déficits residuais. HIPOGLICEMIA (<40mg/dl) – mais grave em grávidas e crianças; ocorre por ↓gliconeogênese, ↑consumo, ↑insulina (quinina e quinidina). Reduz sinais físicos (sudorese, taquicardia, pele anserina) ACIDOSE LÁTICA (pH<7.25 ou bicarbonato <15mmol/L) – mau prognóstico EDEMA PULMONAR / SARA – não cardiogênico, alta mortalidade – NÃO CRIANÇAS RENAL (diurese <400ml adultos e 12ml/kg crianças) – NTA, IRA, cilindros hemáticos (hipovolemia, hipotensão e desidratação agravam) – NÃO CRIANÇAS ANEMIA MULTIFATORIAL (HT <15% e Hb < 5g/dl) – hemólise, remoção esplênica, hemólise por IMC, redução da eritropoietina, reduzindo eritropoiese Anormalidades na coagulação, trombocitopenia – Hemorragias, CID Hemoglobinúria ICTERÍCIA (>3mg/dl) – mau prognóstico quando acompanha outra disfunção – NÃO CRIANÇAS Hiperparasitemia (se não for imune: interna), Convulsão, Hipotensão, Choque Gravidez (congênita <5%): Estável – baixo peso ao nascer, mães assintomáticas, aumento da mortalidade Instáveis – grave (anemia, hipoglicemia, EPA), prematuros, natimorto ou baixo peso. Crianças: rápida resposta ao tto. Comum: convulsão, coma, anemia, hipoglicemia, acidose. Não: EPA, IRA, Icterícia Transfusional: curto PI. Não precisa de primaquina no P. vivax e P. malariae (transmissão só para eritrócitos) Complicações crônicas: Linfoma de Burkitt, EBV, Esplenomegalia malárica hiper-reativa, Nefropatia malárica quartã. Diagnóstico: Direto – esfregaços de sangue periférico (distensão ou gota espessa) – Giemsa ou Wrigth – 2/3 esfregaços P. falciparum – citoplasma tênue, anel de sinete, 1 ou 2 cromatinas, na periferia, pigmentos negros, pode ter esquizonte (mau prognóstico) ou gametócitos (forma de banana) P. vivax – citoplasma amplo, anel largo, deformada, pigmentos marrons ou amarelados, granulações de Schüffner, trofozoíta. P. ovale P. malariae – trofozoíto em faixa. ( Fita de cartão para Ag específicos – permanece positiva pós infecção aguda (semanas) Sorologia / moleculares Anticorpos – IFI, ELISA (só em não imunes) ParaSight F ICT Malaria Test Optimal Test PCR Laboratoriais Anemia normocítica normocrômica Leucócitos normais (grave: aumentados) VHS, PCR, viscosidade – aumentados Trombocitopenia, redução de antitrombina III, TTPa prolongado GRAVE: elevação de lactato, uréia, creatinina, enzimas musculares e hepáticas, urato, bilirrubinas Tratamento: não afeta formas maduras. P. vivax, P.ovale, P. malariae – sensíveis a cloroquina: CLOROQUINA: 4 (1º), 3 (2º), 3 (3ºdia) ou 4 (0h), 2 (6h), 2 (2º), 2 (3º) PRIMAQUINA (depois): 14 dias (1comp) ou 7 dias (2comp) ( CI: grávidas e crianças <6 meses P. falciparum por Mefloquina: 5 comp: 3 (0h), 2 (6h) P. falciparum não grave / ambulatorial (1ª escolha): Artemether 20mg + Alofantrine 120mg = 8/dia Malária grave: UTI Soro glicosado (10%) – para hipoglicemia Não pode hidratar muito (PVC<8) – risco de SARA 1ª escolha ARTESUNATO (EV) – 3 dias: 4 (0h), 1 (6h), 1 (2º), 1 (3º) ARTEMETHER (IM) – 5 dias: dose única (1º) + uma dose a cada 24h Completar com: CLINDAMICINA – 2 doses 12/12h DOXICICLINA – 5d MEFLOQUINA – dose única 2ª escolha QUININA (EV) – 20-30mg diluída em 500ml SG5-10% - 4h a cada 8/8h (condição de ingestão oral e parasitemia em declínio ( ingestão oral a cada 8h – 7dias (negativação da gota espessa) + 48h) Gestantes: (3ª escolha): QUININA (EV) - 20-30mg diluída em 500ml SG5-10% - 4h a cada 8/8h – 3 DIAS + CLIDAMICINA – 2 doses 12/12h – 7 DIAS Prevenção: não há vacinas Inseticidas: combate ao vetor Diagnóstico precoce e tto adequado Quimioprofilaxia – apenas para viagens para fora do BR, em áreas endêmicas (não evita 100%). No BR, indica-se ter a mão o antimalárico: sensíveis a cloroquina: CLOROQUINA – 1x/semana resistentes a cloroquina: MEFLOQUINA – 1x/semana resistentes a cloroquinae mefloquina: DOXICICLINA ou ATOVAQUONA + PROGANIL Profilaxia pessoal: repelentes com DEET roupas adequadas evitar contato (entardecer – alimentação/ e à noite) mosquiteiros impregnados com inseticida (permetrina ou deltametrim) BABESIOSE: Babesia microti ou divergens – transmitidas por Ixodídeos (Ixodes scapularis e ricinus) ou por transfusão ( pelas glds salivares: reproduzem nos eritrócitos. PI: 1-4 semanas Febre gradual e irregular (remitente ou intermitente – chegando a 40ºC), calafrios, mialgia, sudorese, fadiga, hepatomegalia, anemia hemolítica, dor abdominal, colúria, náusea, vômitos Não há: exantema, adenomegalia, tosse, fotofobia, hiperemia conjuntival, faringite Complicações (asplenia, idoso ou disfunção esplênica) ( anemia hemolítica, SARA, hepatoesplenomegalia, choque, petéquias, equimose, splinter Diagnóstico: esfregaços de sangue fino ou espesso corados ( pequeno anel, mas SEM pigmentos, gametócitos ou esquizontes (formam 4 parasitos-filhos) TTO: CLINDAMICINA (IV) + QUININA (VO)
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