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cefalosporinas (pronto)

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(DIP/Resumo )
			 ( Cefalosporinas
	
	As cefalosporinas são muito semelhantes às penicilinas do ponto de vista químico, mecanismo de ação e efeitos adversos; porem as cefalosporinas são mais resistentes que as penicilinas às β-lactamases, por isso as cefalosporinas tendem a apresentar um espectro mais amplo que as penicilinas. 
( Slide paulo: 
	As cefalosporias são antimicrobianos da classe dos ß-lactâmicos muito utilizados após novas gerações de microrganismos, comunitários e hospitalares, que adquiram resistências às penicilinas semi-sintéticas (ampicilina, amoxacilina, ticarcilina, piperacilina). 
	- As de 1ª e 2ª geração são muito populares nos tratamentos das infecções comunitárias e já as 3ª (ceftriaxona) nas infecções comunitária que requer tratamento hospitalar e já às 3ª e 4ª geração com ação anti-pseudomnas nas infecções hospitalares ou de risco para inf. por Pseudomonas. 
	-São bactericidas 
	- Como as penicilinas não têm atividades anti-micoplasma, anti-clamidia, anti-legionela, anti-rickettsias, anti-brucela. 
	-Ao contrário da Pen G cristalina e da ampicilina as cefalosporinas não tem atividade contra Listeria e enterococos.
1ª geração:
	ORAL: cefalexina, cefadroxil
	PARENTERAL: cefalotina, cefazolina
2ª geração:
	ORAL: cefaclor, cefuroxime
	PARENTERAL: cefuroxime, cefoxitina
3ª geração (com boa penetração SNC)
	ORAL: cefixime
	PARENTERAL: ceftriaxona, cefetaxima, ceftazidina
Cefalosporinas não tem ação contra enterococos e Listeria monocytogenes.
Efeitos Adversos: 
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE < 5% dos tratamentos somente 5 – 10% dos pacientes alérgicos às penicilinas são também alérgicos às cefalosporinas. 
MAIS COMUNS: 
exantema maculopapular, exantema urticariforme, febre
MENOS COMUNS: 
eosinofilia, reação de Coombs positiva, broncospasmo, anafilaxia
EFEITOS TÓXICOS: 
nefrotoxidade, diarréia, intolerância álcool, hemorragia,trombocitopenia, disfunção plaquetária, hipoprotombinemia (ceftriaxona).
(Slide: 
MECANISMO DE AÇÃO E RESISTÊNCIA DAS CEFALOSPORINAS
- As cefalosporinas inibem a síntese da parede celular bacterina de modo semelhante às penicilinas.
- O principal mecanismo de resistência é devido a ação de ß-lactamases que hidrolisam o anel ß-lactâmico necessário para atividade antimicrobiana.
- Há variação marcante na suscetibilidade entre as cefalosporinas a ß-lactamases.
- A cefalotina ou cefazolina é a mais resistente à hidrolise por ß-lactamase produzida por S. aureus .
- A cefalosporinas de segunda (cefoxitina, cefuroxima) e principalmente atualmente às de terceira geração (ceftriaxona, ceftazidina) são mais estáveis e resistentes à hidrolise por ß-lactamase produzida por bacilos Gram-negativos.
	 1º) – Cefalosporinas de Primeira Geração:
	
Esse grupo inclui o Cefadroxil, a Cefalexina, a Cefazolina, a Cefalotina e a Cefradina. (o Paulo deu mais importância às cefalosporinas sublinhadas)
ORAL: Cefalexina, Cefadroxil e Cefradina (administração via oral e absorção em graus variáveis pelo intestino. A concentração na urina é muito elevada e nos tecidos a [ ] é inferior à do soro. A excreção do fármaco é principalmente por filtração glomerular e secreção tubular. A Probenecida é uma droga que bloqueia a secreção tubular e pode aumentar a meia vida dessas drogas. Em pacientes com IR é necessário controlar a dose)
PARENTERAL: Cefalotina, Cefazolina (principalmente) (em adultos a dose habitual é 0,5-2g IV 8/8h. A excreção é renal e a dose deve ser controlada em pacientes com IR. A Cefazolina também pode ser usada por via IM)
Espectro de ação: 
	- Muito ativas contra cocos Gram +, incluindo pneumococos, estreptococos (A, 	B, viridans) e estafilococos (não são ativas contra cepas de estafilococos 	resistentes à oxacilina)
	- Escherechia coli; Klebsiella pneumoniae e Proteus mirabilis, Shigella,	 	gonococo são sensíveis (atividade moderada); os cocos anaeróbios (ex: 	eptococcus, Peptostreptococcus) são habitualmente sensíveis, o que não ocorre 	com B. fragilis. Tem alguma atividade contra C. tetani (pode ser ate utilizado no 	tétano)
	- POUCA atividade contra Pseudomonas aeruginosa, Proteus, Enterobacter, 	Serratia marcescens, Citrobacter e Acinetobacter 
Usos Clínicos: 
	- Apesar de terem um amplo espectro e relativamente baixa toxicidade, raramente são os fármacos de 1ª escolha para as infecções.
	- As drogas orais podem ser usadas: para Infecções urinárias não complicadas (usar preferencialmente fluoroquinolonas, mas essas cefalosporinas podem ser usadas como alternativa), pequenas lesões estafilocócicas ou pequenas infecções polimicrobianas, como celulite ou abcesso de tecidos moles.
[Tratamentos das infecções de pele e anexos (piodermite,impetigo, ectima, erisipela, celulite, mastite, furunculose)]. 
 (Não são usadas para infecções sistêmicas graves em andamento). Obs: APÓS A ALTA HOSPITALAR, pode continuar o tratamento de infecções graves por S.aureus (não oxacilina resistente) como: osteomielite, artrite séptica, bursite
NÃO DEVE SER USADAS: Tratamento sinusite, otite, pneumonia, diarréia infecciosa, DST com uretrite com ou sem corrimento, gonorréia, sifilis. Nas infecções por Micoplasma, Clamidia, Legionella
	- A Cefazolina (IV), (penetra satisfatoriamente na maioria dos tecidos, mas NÃO penetra no SNC e por isso NÃO pode ser usada para meningite). é principalmente indicada hoje em dia para profilaxia de cirurgia [profilaxia das cirurgias cabeça pescoço, toráxica, cirurgias abdominais limpas ou outras com baixo risco para infecção como: cirurgia cardíaca (onde há baixa prevalência MRSA), cirurgias ginecológicas, urológicas, plásticas, vascular. Nas cirurgias potencialmente infectadas abdominais ou ginecológicas ou oncológicas (cefazolina+metronidazol).] (as de 2ª e 3ª geração não são usadas em profilaxia de cirurgia). Pode ser usada por exemplo para tratar K. pneumoniae, ou então infecções estafilocócicas (aureus sensíveis) ou estreptocócicas (pyogenes) em pacientes com hipersensibilidade à penicilina ou quando não dispomos de penicilina (ou seja, é uma alternativa à penicilina). Se houver suspeita de enterococos, listeria e gram - ,não usar. 
 
		 
		 2º)-Cefalosporinas de Segunda Geração: 
Nesse grupo temos Cefaclor, cefuroxima, cefoxitina, (principais), etc.
 
ORAL: cefaclor, cefuroxima (alem de cefprozil, loracarbef) [com exceção de cefuroxima, os outros não devem ser usados para tratar pneumococos, pois não são presumivelmente ativos contra pneumococos resistentes à penicilina. O Cefaclor é mais sensível a B-lactamases]
PARENTERAL: cefuroxima, cefoxitina (alem de cefonicida, cefotetano, ceforanida) [existem muitas diferenças quanto à meia-vida, ligação a proteínas e intervalo entre as doses. A dose deve ser regulada na IR.]
Espectro de Ação: 
	 Em geral, as drogas de segunda geração mostram-se ativas contra os mesmos 	microorganismos afetados pelas drogas de primeira geração, porem a cobertura 	sobre organismos Gram – é maior. 
	 As Klebsiellae são geralmente sensíveis;
	 Cefuroxima, cefaclor (cefamandol, cefonicida, ceforanida) são ativos contra 	Haemophilus influenzae, mas não são contra Serratia e B. fragilis.
	 Por outro lado, cefoxitina (cefmetazol e cefotetano) tem baixa ação sobre H. 	influenzae, mas exibem atividade para B. fragilis e algumas cepas de Serratia 
	 Todas as de segunda geração são menos ativas contra Gram + do que as de 	primeira geração.
	 (Slide) Elas são muito populares nos tratamentos das infecções respiratórias 	alta e baixa pois além do espectro da cef. 1a geração possui uma atividade anti-	Haemophilus influenza e anti- Moraxella (Moraxella catarrhalis, é uma gram-negativa 	que pode colonizar e causar infecção do trato respiratório) . A cefoxitina é a primeira cef 	2ª com atividade anti-anaeróbios e também ativa anti-gonococo. Atualmente há 	vários anaeróbios são resistentes a cefoxitina.NÃO são ativas contra enterococos, Listeria monocytogenes (igual a todas as 	outras) e também não são ativas para P. aeruginosa; não devem ser usadas no 	tratamento de 	enterobacter.
Usos Clínicos: 
	(Drogas via oral: cefuroxima, cefaclor) graças a sua ação também contra H. influenzae e Moraxella, são drogas bastante utilizadas para tratar infecções bacterianas como sinusites e otites comunitárias ou infecções das vias aéreas inferiores (tão boa quanto comparada a ceftriaxona para o tratamento da pneumonia comunitária bacteriana). Podem também ser usadas para tratar infecções urinárias (Tem um espectro melhor que a cefalexina para o tratamento das infecções urinárias comunitárias)
[NÃO uma opção para o tratamento de disenterias e ou anti-salmonella, e anti- bacilos Gram negativos fermentadores ou hospitalares]
	(drogas via Parenteral: cefuroxima, cefoxitina) como profilaxia de infecção obstétrica e Doença inflamatória pélvica; pode ser usado para pneumonia comunitária (associando macrolídeos). Alternativa em infecções comunitárias: urinárias, de pele e anexos.) A cefuroxima é capaz de atravessar BHE, mas não deve ser usada para tratar meningite, pois a ceftriaxona é melhor. 
			 3º) Cefalosporinas de Terceira Geração
Nesse grupo temos cefixime, ceftriaxona, cefetaxima, ceftazidina, cefoperazona, cefotaxima, ceftizoxima, cefpodoxima proxetil, cefditoren pivoxil, ceftibuteno, moxalactama 
ORAL: cefixime
PARENTERAL: ceftriaxona, cefetaxima, ceftazidima
Espectro de Ação: 
	São Drogas com um espectro muito ampliado sobre Gram - e algumas dessas drogas são capazes de atravessar a BHE, sendo úteis para tratar meningite. Alem das gram (–) inibidas pelas de segunda geração podemos acrescentar Citrobacter, Serratia marcescens e Providencia (mas essas bactérias podem produzir cefalosporinases e com isso adquirir resistência à cefalosporina ). Também são drogas eficazes para Haemophilus e Neisseria produtoras de B-lactamases.
	Cefoperazoma e ceftazidima tem atividade adequada contra P. aeruginosa. (mas não tem sido usado atualmente) 
	As de 3ª geração podem ser inativadas por B-lactamases de Enterobacter, de modo que não é aconselhável usar. 
	Não deve ser usada nas infecções por S.aureus pois a oxacilina e até mesmo cefalotina ou cafazolina tem um atividade superior. 
	(Slide) Elas são muito populares no tratamento pneumonia comunitária, infecção urinária, meningite comunitária, nas infecções por Nesseria gonorrhoae (gonorréia, artrite gonocóccica, gononococcemia), meningococcemia, tem antividade anti-leptospira anti-Treponema pallidum. (por isso podem ser utilizadas para gonorréia, meningite meningocócica, meningococcemia, para leptospirose e alternaytiva para sífilis)
Usos Clínicos:
	-São usadas em uma ampla variedade de infecções graves causadas por microorganismos resistentes à maioria dos outros fármacos. 
	- Cefixima e ceftriaxona ( primeira linha para tratar gonorréia (artrite gonocócica e gonococcemia)
	- Por penetrarem no SNC, as drogas de 3ª (principalmente ceftriaxona), podem ser usadas para tratar meningite por pneumococo, meningococo, H. influenzae, bastonetes gram (-) entéricos sensíveis (mas não serve, obviamente, para Listeria monocytogenes)
	- Ceftriaxona e cefotaxima são muito ativas para pneumococos resistentes à penicilina, podendo ser usado para tratamento empírico de infecções graves onde se suspeita de cepas resistentes, pode ser necessária a associação com vancomicina
	- Terapia empírica de sepse de causa desconhecida em paciente imunocompetente ou imunocomprometido 
	- Slide : Pneumonia comunitária, 
 (paulo) Endocardite infecciosa por S.viridans, S. bovis, HACEK, 
		 infecção urinária, 
		 febre tifóide, leptospirose. 
		 Tratamento de abscesso intra-abdominais ou cerebral associado com 										 metronidazol. 			 Tratamento na Doença de Lyme, Nocardiose, Actinomicose. 
		 Alternativa a Pen G cristalina na neurossífilis.
 		
	
 		4º) Cefalosporinas de Quarta Geração 
Nesse grupo temos principalmente a Cefepima. É bastante resistente à hidrólise por β-lactamases cromossômicas (produzidas por exemplo por enterobacter) e algumas β-lactamases de espectro ampliado que inativam muitas cefalosporinas de 3ª geração. 
Tem boa atividade contra P. aeruginosa, enterobacteriaceae, S. aureus, S. pneumoniae. Pode seu útil no tratamento de infecçoescausadas por enterobacter. É muito ativa contra Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis. (penetra muito bem no líquido cefalorraquidiano, ou seja, atravessa bem a barreira hemato-encefálica, por isso é muito eficiente na meningite) Depurada pelo rim e meia vida de 2 horas. 
Nos demais aspectos seu papel clínico se assemelha muito às cefalosporinas de 3ª geração. 
Slide: 
- A cefepima (cef. 4ª geração) além de ser anti-pseudomonas tem ação contra S.aureus semelhante a de 1ª geração e uma atividade contra bactéria do grupo CESP ( Citrobacter, Enterobacter, Serratia, Proteus, Providencia). 
- As cefalosporinas de 4ª geração têm penetração no SNC igual a de 3ª geração porém muito superior a de 1ª e 2ª geração.
- Não é segura para o tratamento de infecções por anaeróbios (não usar em infecções por anaeróbios), anti- E.coli e K.pneumoniae produra de ESBL (carbapnêmicos), não são eficazes nas infecções por Acinetobacter.
- INDICAÇÕES: 
Nas suspeitas de infecções por Pseudomnas aeruginosa comunitária ou hospitalar
Granulocitopenia Febril
Meningite Bacteriana Nosocomial (associada vancomicina)
Pneumonia comunitária ou pneumonia do idoso ou em pacientes em assistência médica (Home-Care)
Pneumonia nosocomial tardia ( > 7 dias), Sepse comunitária e nosocomial ( 7 – 14 dias)
Infecção urinária comunitária ou nosocomial complicada.

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