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Aplicação da Lei Penal

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CARACTERÍSTICAS DA LEI PENAL
A – EXCLUSIVIDADE – somente a norma penal define crimes e comina penas (PRINCÍPIO DA LEGALIDADE);
B – IMPERATIVIDADE – a norma penal é imposta a todos, independentemente de sua vontade. Assim, praticada uma infração penal, o Estado, obrigatoriamente, deverá buscar a aplicação da pena;
C – GENERALIDADE – a norma penal vale para todos (“erga omnes”); e,
D – IMPESSOALIDADE – a norma penal é abstrata, sendo elaborada para punir acontecimentos futuros e não para punir pessoa determinada.
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
Tem por finalidade buscar o exato significado da norma penal.
I - QUANTO A ORIGEM – ou seja, quanto ao sujeito que interpreta a lei:
AUTÊNTICA – é dada pela própria lei, a qual, em um dos seus dispositivos, esclarece determinado assunto;
DOUTRINÁRIA – feita pelos estudiosos, professores e autores de obras de direito, através de seus livros, artigos, conferências, palestras etc; e,
JURISPRUDENCIAL – é aquela feita pelos juízes, que com as suas decisões comuns formam uma tendência.
II - QUANTO AO MODO:
GRAMATICAL – que leva em conta o sentido liberal das palavras contidas na lei;
TELEOLÓGICA – que busca descobrir o seu significado através de uma análise acerca dos fins a que ela se destina;
HISTÓRICA – que avalia os debates que envolveram sua aprovação e os motivos que levaram à apresentação do projeto de lei; e,
SISTEMÁTICA – que busca o significado da norma através de sua integração com os demais dispositivos de uma mesma lei e com o sistema jurídico com um todo.
III - QUANTO AO RESULTADO
DECLARATIVA – na qual se conclui que a letra da lei corresponde exatamente àquilo que o legislador quis dizer;
RESTRITIVA – quando se conclui que o texto legal abrangeu mais do que queria o legislador (por isso a interpretação irá restringir seu alcance); e,
EXTENSIVA – quando se conclui que o texto da lei ficou aquém da intenção do legislador (por isso a interpretação irá ampliar sua aplicação).
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA E ANALOGIA
A interpretação analógica é possível quando, dentro do próprio texto legal, após uma sequência casuística, o legislador se vale de uma fórmula genérica, que deve ser interpretada de acordo com os casos anteriores:
EXS.: 1 – o crime de estelionato (Art. 171 CP), de acordo com a descrição legal, pode ser cometido mediante artifício, ardil ou QUALQUER OUTRA FRAUDE; 2 – o Art. 28, II, estabelece que não exclui o crime a embriaguez por álcool ou por SUBSTÂNCIAS DE EFEITOS ANÁLOGOS.
A analogia somente é aplicável em casos de lacuna da lei, ou seja, quando não há qualquer norma regulando o tema. Fazer uso da analogia significa aplicar a norma penal a um fato não abrangido por ela nem por qualquer outra lei, em razão de tratar-se de fato semelhante àquele que a norma regulamenta. A analogia, portanto, é forma de integração da lei penal e não forma de interpretação.
Diz-se que, em matéria penal, ela deve ser aplicada em favor do réu (analogia “IN BONAM PARTEM”), e ainda assim, se ficar constatado que houve mera omissão involuntária (esquecimento do legislador). A vedação da analogia “IN MALAM PARTEM” como regra, visa a evitar que seja desrespeitado o princípio da legalidade.
PRINCÍPIO DO “IN DUBIO PRO REO”
Se persistir dúvida, depois de haverem sido utilizadas todas as formas interpretativas, a questão deverá ser resolvida da maneira mais favorável ao réu, para absolvê-lo ou para puni-lo de maneira mais branda.
SUJEITOS DO CRIME
I - SUJEITO ATIVO - sujeito ativo ou agente é a pessoa que comete o crime. Em regra, só o ser humano, maior de 18 anos, pode ser sujeito ativo de uma infração. Excepcionalmente, em razão de expressa previsão legal contida em nosso ordenamento jurídico, as pessoas jurídicas poderão cometer crimes, uma vez que a CF estabeleceu que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar o dano (Lei 9605/98 – Art. 222, § 3º CF).
A doutrina tem criticado veementemente esta tendência estabelecida.
II - SUJEITO PASSIVO - é a pessoa ou entidade que sofre os efeitos do delito (vítima do crime).
OBJETOS DO CRIME
I - OBJETIVIDADE JURÍDICA (ou objeto jurídico) - é o bem ou interesse que a lei visa a proteger quando incrimina determinada conduta. Assim, no crime de furto, o objeto jurídico é o patrimônio, no homicídio, é a vida etc.
II - OBJETO MATERIAL - é a coisa sobre a qual recai a conduta delituosa, isso deve ser entendido como sendo a “RES FURTIVA”, no crime de furto, ou, o corpo da vítima no homicídio.
CONFLITO APARENTE DE NORMAS
Configura-se o conflito aparente de normas sempre que existir uma pluralidade de leis regulando um mesmo fato criminoso, sendo que, na realidade, apenas uma delas é efetivamente aplicável ao caso concreto.
Para saber qual das normas deve ser efetivamente aplicada ao fato concreto, dentre as aparentemente cabíveis, torna-se necessário recorrer aos princípios que solucionam a questão.
São eles:
I - PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE – de acordo com o princípio da especialidade se, no caso concreto, houver duas normas aparentemente aplicáveis e uma delas puder ser considerada como especial em relação a outra, deve o julgador aplicar esta norma especial, de acordo com o brocardo “LEX SPECIALIS DERROGAT GENERALI”.
Considera-se norma especial aquela que possui todos os elementos da lei geral e mais alguns, denominados “especializantes”. EX. homicídio (Art. 121 CP), onde qualquer pessoa pode matar outra; e, infanticídio (Art. 123 CP), no qual somente a mãe, sob influência do estado puerperal, mata o filho nascente ou recém-nascido.
II - PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE – em havendo duas normas aplicáveis ao caso concreto, se uma delas puder ser considerada subsidiária em relação a outra, aplica-se a norma principal, denominada primária, em detrimento da norma subsidiária. Aplica-se o brocardo “LEX PRIMARIA DERROGAT SUBSIDIARIAE”. EX. estupro (Art. 213 CP) e constrangimento ilegal (Art. 146 CP). Não há estupro sem constrangimento, que acaba embutido na prática contra a dignidade sexual da vítima. Por isso, o constrangimento não é punido, restando a punição somente pelo estupro.
III - PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO – a relação de consunção ocorre quando um fato definido como crime atua como fase de preparação, de execução, ou ainda, como exaurimento de outro crime mais grave, ficando, portanto, absorvido por este.
HIPÓTESES DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO
CRIME PROGRESSIVO – ocorre o crime progressivo quando o agente, desejando desde o início a produção de um resultado mais grave, mediante diversos atos, realiza sucessivas e crescentes violações ao bem jurídico. Nessa hipótese, o agente responderá apenas pelo resultado final e mais grave obtido, ficando absorvidos os atos anteriores. EX. para matar alguém, faz-se necessário lesioná-la primeiro.
PROGRESSÃO CRIMINOSA
EM SENTIDO ESTRITO – ocorre quando o agente, desejando inicialmente um resultado, após atingi-lo, pratica novo fato, produzindo um resultado mais grave. Aqui o agente responderá apenas pelo crime final. EX. pretende-se a lesão, no curso do delito, altera-se o dolo e pratica homicídio (Art. 121 CP).
“ANTE FACTUM” (fato anterior) IMPUNÍVEL – é um fato menos grave praticado pelo agente de um mais grave, como meio necessário à realização deste. O crime-meio fica absorvido pelo crime-fim. EX. furto (Art. 155 CP) e estelionato (Art. 171 CP).
“POST FACTUM” (fato posterior) IMPUNÍVEL – é o fato menos grave praticado contra o mesmo bem jurídico da mesma vítima após a consumação de um primeiro crime e, embora constitua aquele um novo delito, não é punível, por ser menos grave. EX. furto (Art. 155 CP) e dano (Art. 163 CP).
CRIME COMPLEXO – é aquele que resulta da união de dois ou mais crimes autônomos, que passam a funcionar como elementos ou circunstâncias do crime complexo. O agente não responde pelos crimes autônomos, mas tão-somente pelo crime complexo. EX. latrocínio (Art. 157, § 3º, 2ª parte), extorsãomediante sequestro (Art. 159 CP).
IV – PRINCÍPIO DA ALTERNATIVIDADE – na realidade há diversas críticas quanto à inclusão desse princípio entre os que solucionam conflito aparente de normas. Nesses casos, não há propriamente um conflito aparente de normas, mas sim um conflito dentro da mesma norma. Ele só é aplicado aos chamados tipos alternativos mistos, nos quais a norma incriminadora descreve várias formas de execução de um mesmo delito, no qual a prática de mais de uma dessas condutas em relação a mesma vítima, caracteriza crime único. EX. o crime de participação em suicídio (Art. 122 CP), pune quem induz, instiga ou auxilia alguém a cometer suicídio. Desta forma, se o agente, no caso concreto, induz e auxilia a vítima a se matar, comete um só crime.
 
PRINCÍPIOS GERAIS
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (Art. 1º CP) - esse princípio, consagrado no Art. 1º do CP, encontra-se atualmente descrito também no Art. 5º, XXXIX, da CF. Segundo ele, “não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal”.
A doutrina subdivide o princípio da legalidade:
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE – uma pessoa só pode ser punida se, à época do fato por ela praticado, já estava em vigor a lei que descrevia o delito; e,
PRINCÍPIO DA RESERVA LEGAL – apenas a lei em sentido formal pode descrever condutas criminosas. É vedado ao legislador utilizar-se de decretos, medidas provisórias ou outras formas legislativas para incriminar condutas.
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE – Este princípio se encontra ligado à técnica redacional legislativa. Não basta existir uma lei que defina uma conduta como crime. A norma incriminadora legal deve ser clara, compreensível, permitindo ao cidadão a real consciência acerca da conduta punível pelo Estado.
O princípio da taxatividade, ou da determinação, não está expresso em nenhuma norma legal. Trata-se de uma construção doutrinária, fundamentada no princípio da legalidade e nas bases do Estado Democrático de Direito.
NORMAS PENAIS EM BRANCO
São chamadas normas penais em branco aquelas que exigem complementação por outras normas, de igual nível (leis), ou de nível diverso (decretos, regulamentos etc.). Ex. No artigo 33 da Lei 11343/2006, que tipifica o tráfico ilícito de entorpecentes, o Termo “DROGAS” depende de complementação, dada por uma portaria expedida pelo Ministério da Saúde, para esclarecer a sua amplitude. O mesmo se verifica no artigo 269 do Código Penal, que estabelece o compromisso atribuído aos médicos de denunciar a autoridade pública, acerca da constatação de doença cuja notificação seja compulsória (nem qual autoridade, nem quais doenças estão especificadas no dispositivo, cabendo, portanto, complementação a ser dada por outra norma).
O uso por si só, de normas penais em branco, aparentemente, como técnica legislativa, não viola o princípio da legalidade, porém deve-se, ao formulá-las, ter sempre em vista tal princípio (seus corolários), servindo de balize e dando a dimensão exata do alcance dessas leis e em completa conformidade com este.
Cabe ao princípio da legalidade, dar ao cidadão instrumentos para, em face de abusos e arbítrios do Estado, que normalmente tenta flexibilizá-lo frente às supostas necessidades, sejam momentâneas ou não, da sociedade. As garantias que tal princípio encerra são por demais valiosas para que o Estado venha a funcionar em prol dos seus cidadãos.
Normas penais em branco não ferem o princípio da legalidade e os que dele derivam.
JURISPRUDÊNCIA
STJ - RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS RHC 40133 MS 2013/0271585-6 (STJ)
Data de publicação: 26/02/2014
Ementa: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA O MEIO AMBIENTE (ARTIGO 34, PARÁGRAFO ÚNICO, INCISO II, DA LEI 9.605/1998). INÉPCIA DA DENÚNCIA.NORMAPENALEMBRANCO.MENÇÃO À RESOLUÇÃO QUE NÃO GUARDA CORRESPONDÊNCIA COM O CASO CONCRETO. AMPLA DEFESA PREJUDICADA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. RECURSO PROVIDO. 1. O devido processo legal constitucionalmente garantido deve ser iniciado com a formulação de uma acusação que permita ao acusado o exercício do seu direito de defesa, para que eventual cerceamento não macule a prestação jurisdicional reclamada. 2. No caso dos autos, da leitura da exordial em tela, constata-se que os recorrentes foram denunciados pelo crime previsto no artigo 34, parágrafo único, inciso II, a qual, por se tratar de norma penal em branco, deve ser complementada pela legislação que fornece os parâmetros para a pesca autorizada. 3. Ao denunciar os recorrentes, o órgão ministerial afirmou que os pescados com eles encontrados extrapolariam os limites referidos no parágrafo único do artigo 2º da Resolução SEMAC 22/2010, que se refere ao período de pesca posterior à data em que os fatos narrados no vestibular teriam ocorrido. 4. Verifica-se, assim, que a norma legal utilizada para complementar o artigo 34, parágrafo único, inciso II, da Lei 9.605/1998 não guarda correspondência com o caso concreto, o que revela a inaptidão da exordial formulada pelo Ministério Público para a deflagração de uma ação penal condizente com as garantias constitucionais. Precedente. 5. Recurso provido para declarar a inépcia da denúncia ofertada contra os recorrentes nos autos da Ação Penal n. 0002397-67.2011.8.12.0024.
STJ - HABEAS CORPUS HC 150032 MG 2009/0197341-9 (STJ)
Data de publicação: 29/08/2011
Ementa: HABEAS CORPUS. CRIME CONTRA A ORDEM ECONÔMICA. ART. 1º, I, DA LEI8.176/91.NORMAPENALEMBRANCO.REGULAMENTAÇÃO ANTERIOR PELA PORTARIA 248/00 DA AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO. EXIGIBILIDADE DE COLETA DE AMOSTRAS-TESTEMUNHA. REVOGAÇÃO PELA RESOLUÇÃO 9/07 DA ANP. FACULDADE DO REVENDEDOR-VAREJISTA. ABOLITIO CRIMINIS. EXTINÇÃO DAPUNIBILIDADE. ART. 107 , III , DO CP . ORDEM CONCEDIDA. 1. Como norma penal em branco, o art. 1º , I , da Lei 8.176/91 foi inicialmente regulamentado pela Portaria 248/00 da Agência Nacional do Petróleo. 2. A superveniência da Resolução 9 da ANP revogou expressamente a Portaria 248/00 e estabeleceu faculdade ao revendedor varejista na coleta de amostras-testemunha, procedimento que antes constituía exigibilidade no controle de qualidade do combustível automotivo líquido efetuado pelos órgãos de fiscalização. 3. Não há mais falar em conduta criminosa a subsumir no art. 1º , I, da Lei 8.176 /91, ante o advento da abolitio criminis, sendo de rigor, portanto, a extinção da punibilidade, nos termos do art. 107, III, do CP . 4. Ordem concedida para decretar a extinção da punibilidade quanto ao crime previsto no art. 1º , I , da Lei 8.176 /91.
Encontrado em:INC:00003 CÓDIGOPENALLEG. FED. LEI: 008176 ANO:1991 ART : 00001 INC:00001 LEG:FED RES: 000009 ANO:2007... INC: 00003 CÓDIGOPENAL CONTROLE DE QUALIDADE DE COMBUSTÍVEL - ADULTERAÇÃO - ABOLITIO CRIMINIS STJ – HABEAS CORPUS.

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